 1. (Univ. Fed. de Goiás) – “O grito do bicho era ‘eu sou
macho’ e cocoreco e bico de pato. E fazia aquela ginga de
mão, você manja, n’é? (João Antônio, in Mariazinha Tiro
a Esmo, da obra Judas Carioca)
 No texto acima, observamos um registro de fala de
habitantes da zona urbana, nos morros do Rio de
Janeiro. Essa forma de se expressar é tratada,
linguisticamente, como:
 a) (
) Um dos inúmeros registros do português do
Brasil.
 b) ( ) Gíria.
 c) ( ) Variação linguística.
 d) (
) Uma forma de se expressar de determinada
realidade cultural.
 e) ( ) Uma forma de se expressar.

 2. (UNICAMP) No diálogo adiante transcrito, um dos
interlocutores é falante de uma variante do português
que apresenta uma série de diferenças em relação ao
padrão culto. Identifique, na fala desse interlocutor, as
marcas formais dessas diferenças e transcreva-as. A
seguir, levante uma hipótese sobre quem poderia ser
essa pessoa (sua classe social, seu grau de escolaridade):
 1. Por que o senhor acha que o pessoal não está mais
querendo tocar?

 2. É... a rapaziada nova agora não são mais como era
quando nós ia, não senhora. Quando nós saía com o
Congo, nós levava aquele respeito com o mestre que saía
com nós, né? Então nós ficava ali, se fosse tomar arguma
bebida só tomava na hora que nós vinhesse embora.
 3. “Estudei durante seis anos muito a vida de um paulista e fiz um
filme sobre ele, que é o Mario de Andrade, um puta poeta muito
pouco falado pelas ditas vanguardas modernistas. [...] Hoje em dia,
felizmente, já existem vários trabalhos, há muita gente reavaliando
a poética do Mário, que ela é muito mais importante e profunda do
que aparentemente pareceu nestes últimos anos. Estudando o
Mário, eu descobri que o Mário foi um exemplo do cara que morreu
de amor, mas de amor pelo seu povo, pelo seu país, pela sua
cultura. [...] Um outro cara que eu também fiz um filme é o Câmara
Cascudo. Um cara como o Câmara Cascudo morre, os jornais dão
uma notinha desse tamaninho, escondidinho, um cara que deveria
ter estátua em praça pública, devia ser lido, recitado.” (Trecho
extraído da transcrição do debate que se seguiu à palestra do poeta
Paulo Leminski (“Poesia: A paixão da linguagem”), proferida
durante o curso “Os sentidos da Paixão” (Funarte, 1986)
(UNICAMP)
 No texto transcrito é possível identificar palavras e construções
características da linguagem coloquial oral. Reescreva-o de forma a
adequá-lo à modalidade escrita culta.

 4.(Puccamp-SP) Observe o texto abaixo, extraído de um conto.
Trata-se da fala do protagonista, um sitiante.
 “-Com perdão da pergunta, mas será que mecê não tem por lá
alguma enxada assim meia velha pra cedê pra gente?”
 Indique qual das frases abaixo apresenta a transcrição dessa fala
para uma forma adequada à linguagem urbana culta.
 a)( )Me perdoe de perguntar, mas será que você não tem por
lá uma enxada assim meia velha que a gente pudesse usá?
 b) ( ) Desculpe a gente perguntar, mas o senhor não tem
alguma enxada assim meia velha para emprestar pra nós?
 c) ( ) Desculpe a pergunta, mas o senhor não teria alguma
enxada meio velha para nos ceder?
 d) ( )Desculpe-me a pergunta, mas será que você não tem, para
nos emprestar, alguma enxada assim do tipo meio velha?

 5. O texto que segue apresenta linguagem coloquial.
Transcreva-o no padrão escrito da linguagem formal.

 “O nosso salário, cum relação ao que nóis fazemo e o
lucro que os outros tem, é insignificante. Por que
acontece isso? Eu tenho que trabaiá trezentos e sessenta
e cinco dias por ano. O outro não trabaiá nem... Nem
cem dias, ganha muito mais. Porque eu sô a máquina
que dô descanso pra ele.” (RAINHO, Luís Flavio, Os
peões do Grande ABC)
 6. O texto abaixo é a resposta de uma jovem à pergunta:
 “- O que é, para você, ser feliz?” Transcreva a resposta
da jovem para uma forma adequada ao português
escrito culto.

 “Sei lá o que te dizer sobre esse negócio de ser feliz, mas
acho que, pra todo mundo encontrar a felicidade, agente
tem que dizer um ‘não’ bem grande pras coisas ruins
que acontece pra gente na vida.
 7. Considerando o que foi tratado nesta Unidade, as
observações do professor e os comentários de seus
colegas durante as aulas, assim como os exercícios
anteriores, escolha uma das afirmativas abaixo, para
defender seu ponto de vista.

 a. Falar é mais fácil do que escrever.
 b. Só produz bons textos quem domina a norma culta.
 c. A língua que falamos no dia a dia é errada.
 d. É importante, para os jovens de classes populares,
aprender a modalidade culta da língua.
 Lembre-se de que é importante apresentar argumentos
que sustentem seu ponto de vista. Não concordo ou
concordo não é argumento.
 Após escrever seu texto, antes de entregá-lo, leia-o,
reflita e faça a si mesmo as perguntas que seguem:
 Minha letra está legível?
 Fiz parágrafos?
 Usei corretamente letra maiúscula após ponto e ponto
final?
 Não cometi erros de ortografia e acentuação?
 Quanto aos argumentos usados, não fui incoerente?
 Expus claramente minhas ideias, ou “eu quis dizer,
mas não consegui?”

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EXERCÍCIOS de VARIANTES LINGUISTICAS