A Situação dos Recursos Hídricos para os
Horizontes do Plano.
Esta apresentação é composta de:
1. Um diagnóstico da situação dos recursos hídricos para os
horizontes 2017, 2022 e 2032 caso tudo continuar como está
(aspectos legais, institucionais, normativos e investimentos). São
os cenários tendenciais.
2. Caso, investimentos previstos e constando dos orçamentos da
união e dos estados não ocorrerem a curto prazo ou sofrer
atrasos a longo prazo, qual será a situação em 2017 e em 2032:
cenários críticos 2017 e 2032
3. Caso, as disponibilidades hídricas atuais sofrerem modificações
importantes por causa das mudanças climáticas ora em curso:
como fica a situação dos recursos hídricos para o horizonte de
longo prazo?
Por meio de cenários, observaremos o que pode ser feito. São os
cenários normativos.
1. Cenário Normativo A
1.
Com o cenário normativo A, se procura verificar, como a situação
melhoraria caso fossem editadas normas de regulação e implantados
os instrumentos de gestão para permitir a racionalização do uso da
água.
2. Cenário Normativo B
1.
2.
3.
Admita-se a construção do açude Oiticica e de um sistema de
canais/adutoras (cinturão do Seridó). Até quanto, na situação atual e
prevista resolveria os déficits hídricos do Seridó?
Apresentaria um impacto significativo sobre a disponibilidade do
açude Armando Ribeiro Gonçalves?
Poderia ser utilizado como reservatório de contenção de cheias?
Por meio de cenários, observaremos o que pode ser feito. São os
cenários normativos.
3. Cenário Normativo C
1.
Existe um potencial significativo de incremento da disponibilidade
hídrica na bacia do rio Espinharas. O açude Serra Negra do Norte
poderia também atender parte das demandas reprimidas do Seridó?
4. Cenário Normativo D
1.
2.
Um novo portal de entrada no rio Piancó, com 3m³/s, induziria novas
demandas no Piancó e poderia reforçar o papel dos açudes oiticica e
Serra Negra do Norte junto ao Seridó?
Um novo portal de entrada no rio do Peixe à altura do açude
Capivara, com 1,2m³/s, induziria novas demandas no Peixe e no
Médio Piranhas Paraibano e poderia reforçar o papel dos açudes
Oiticica e Serra Negra do Norte junto ao Seridó?
Potencial teórico de incremento da disponibilidade
hídrica via ações estruturais
Diagnóstico da situação prevista para 2017 – Cenário
tendencial 2017
Diagnóstico da situação prevista para 2017 – Cenário
tendencial 2017
• Atendimento às demandas prioritárias
No Pataxó, desconsiderar porque as
demandas são muito pequenas.
Diagnóstico da situação prevista para 2017 – Cenário
tendencial 2017
• Atendimento às demandas não prioritárias
Sub- bacias com maiores problemas
para o atendimento às demandas
prioritárias e não prioritárias:
•Peixe
•Espinharas
•Seridó
•Paraú
Quadro onde as demandas estão excessivas –
(Tendencial 2017)
RESUMO DA SITUAÇÃO 2017
1.
Bacias críticas:
•
Peixe (principalmente na sua parte setentrional)
Mesmo com o PISF; potencial de incremento da disponibilidade; Demandas excessivas
Necessidade de aumentar as afluências externas.
•
Espinharas
Demandas razoáveis; demandas concentradas no alto curso, mas as demandas urbanas
estão asseguradas por adutoras;
Potencial para construção de barragem no baixo curso
•
Seridó
Demandas excessíveis; baixo potencial de incremento da disponibilidade.
Necessidade de aumentar as afluências externas.
•
Paraú
Demandas razoáveis; sem potencial significativo de incremento da disponibilidade.
Necessidade de aumentar as afluências externas.
Diagnóstico da situação prevista para 2032 – Cenário
tendencial 2032
Diagnóstico da situação prevista para 2032 – Cenário
tendencial 2032
• Atendimento às demandas prioritárias
No Pataxó, desconsiderar porque as
demandas prioritárias são muito baixas
Diagnóstico da situação prevista para 2032 – Cenário
tendencial 2032
• Atendimento às demandas não prioritárias
Quadro onde as demandas estão excessivas –
(Tendencial 2032)
RESUMO DA SITUAÇÃO 2032
1.
Bacias muito críticas:
•
Peixe (principalmente na sua parte setentrional)
Mesmo com o PISF; potencial de incremento da disponibilidade; Demandas excessivas
Necessidade de aumentar as afluências externas.
•
Espinharas
Demandas razoáveis; demandas concentradas no alto curso, mas as demandas urbanas
estão asseguradas por adutoras;
Potencial para construção de barragem no baixo curso
•
Seridó
Demandas excessíveis; baixo potencial de incremento da disponibilidade.
Necessidade de aumentar as afluências externas.
•
Pataxó
Demandas excessíveis; com potencial significativo de incremento da disponibilidade;
disponibilidades no seu baixo curso por meio de lagoas (importante aspecto ecológico)
Soluções alternativas
RESUMO DA SITUAÇÃO 2017 - continuação
2.
Bacias críticas:
•
Piancó
Pequeno potencial de incremento da disponibilidade; Demandas excessivas
Necessidade de aumentar as afluências externas.
•
Médio Piranhas Paraibano
Demandas razoáveis;
Potencial para construção de sistemas adutores
•
Médio Piranhas Paraibano Potiguar
Demandas razoáveis.
Potencial para construção de sistemas adutores.
•
Paraú
Demandas excessíveis; sem potencial de incremento da disponibilidade;
Necessidade de aumentar as afluências externas
O que aprendemos com os cenários críticos?
1. Sem o PISF (1,0 m³/s), a sub-bacia hidrográfica do Peixe é
deficitária na sua totalidade já em 2017, não atendendo
adequadamente as demandas prioritárias bem como as não
prioritárias.
2. Sem o PISF (1,7 m³/s), a bacia do Alto Piranhas também é
parcialmente deficitária já em 2017. As demandas
prioritárias são atendidas com 95% de confiabilidade
(insuficiente) e as não prioritárias com 93,2% de garantia
(razoável).
3. Nos períodos de estiagem, as águas do São Francisco
resolvem parcialmente os déficits locais (parte do Peixe e
Alto Piranhas) mas não fluem para o restante da bacia do
Piranhas – Açu. Para isto, haveria necessidade de um marco
regulatório.
O que aprendemos com os cenários críticos?
4. As mudanças climáticas prognósticadas para o século XXI
devem modificar a disponibilidade hídrica com 90% de
garantia na bacia do Piranhas – Açu, principalmente as dos
açudes Coremas – Mãe d´Água e Armando Ribeiro
Gonçalves. Nas demais sub-bacias não existem informações
a respeito. Todavia, as simulações feitas permitem afirmar
que com uma operação refinada dos principais reservatórios
da bacia, a vulnerabilidade da mesma às mudanças
climáticas é baixa.
Necessidades de se programar medidas de gestão
dos reservatórios e de aperfeiçoamento da informação.
O que observamos com os cenários Normativos?
1.
Cenário Normativo A
Ações Normativas e implantação dos instrumentos de gestão permitiria
promover desde 2017 o uso racional da água?
Diminuição da demanda
Usos prioritários: Melhoria no atendimento em toda a bacia, com
mudanças de faixa para o Piancó, o Peixe, o Seridó e o Parau.
Usos não prioritários: Melhoria no atendimento em toda a bacia,
resolvendo os déficits previstos no Alto Piranhas e no Paraú.
Em 2032, a melhoria, apesar de pequena continua significativa para os usos
prioritários e não prioritários, sem todavia resolver satisfatoriamente os déficits
previstos.
Comparação Normativo A 2017 com Tendencial 2017 – Demandas prioritárias
Comparação Normativo A 2017 com Tendencial 2017 – Demandas não prioritárias
O que observamos com os cenários Normativos?
2.
Cenário Normativo B
•
O açude Oiticica, ora em construção, poderia assumir parte
significativa das demandas do Seridó?
•
•
•
Em 2022, 1,9 m³/s
Em 2032, 2,6 m³/s
O açude Oiticica pode servir para contenção de cheias
•
Foi simulado considerando uma elevação móvel da sua cota máxima por meio de
comportas “tipo segmentos” de contenção de cheias
Em 2017, o açude Oiticica atenderia a demanda de 1,9 m³/s do Seridó com 98,6% de
garantia. As demandas no Seridó somam ainda 5,6 m³/s as quais seriam atendidas com
aproximadamente 80% de confiabilidade. Não haveria prejuizo para o Açude Armando Ribeiro
Gonçalves
Em 2032, o açude Oiticica atende a demanda de 2,6 m³/s com 98,6% de
confiabilidade. As demandas no Seridó somam ainda 7,7 m³/s as quais seriam atendidas com
69% de confiabilidade. A confiabilidade do Açude Armando Ribeiro Gonçalves passaria para o
valor de 98,5% em vez de 99%.
O que observamos com os cenários Normativos?
2.
Cenário Normativo B (Continuação)
As comportas de contenção de cheias poderiam conter aproximadamente 250 hm³ de
volume de cheias, mas não é suficiente para conter as cheias no baixo curso da bacia. Isto se
observa da comparação das curvas de permanência:
Sem comportas
Com comportas
O que observamos com os cenários Normativos?
3.
Cenário Normativo C (com o açude Oiticica)
•
A Sub-bacia do Espinharas apresenta um potencial de incremento da sua
disponibilidade e concentra poucas demandas no seu baixo curso. O
açude Serra Negra do Norte poderia ser construído e assumir também
parte das demandas do Seridó (principalmente região do Sabugi e de
Caicó).
•
Em 2032, 0,9 m³/s
Demandas do Seridó assumidas pelo Açude Serra Negra do Norte: 0,9 m³/s
atendidas com 92,2% de garantia
As demandas do Armando Ribeiro Gonçalves estão atendidas com 98,4% de
garantia, contra 99% no cenário tendencial e 98,5% no cenário B1.
As demandas do Seridó somam ainda 6,8 m³/s dos quais 5,0 m³/s ou seja 72,7%
estão atendidas contra 69,3% no cenário B1. Quanto ao açude Oiticica, ele
continua atendendo a sua demanda de 2,6 m³/s com 98,6% de garantia
Observações a respeito dos cenários Normativos B e C
•
A finalização da construção do Açude oiticica e a construção de um sistema adutor
chamado aqui de “cinturão das Águas” permitiria:
–
–
Em 2017, resolver parcialmente os déficits da bacia do Seridó, sem prejuizo para o resto da bacia.
Em 2032, resolver parcialmente porém de modo insuficiente os déficits do Seridó, ficando em uma
situação limite para o Açude Armando Ribeiro Gonçalves.
Necessidade de aporte suplementar
•
A construção do Açude Serra Negra do Norte, para alimentar com 0,9 m³/s em
2032 as regiões do Sabugi e de Caicó, não resolve satisfatoriamente os déficits do
Seridó.
–
Observa-se porém que a capacidade teórica de incremento da disponibilidade fica em 2,54, valor
bastante superior ao valor tradicionalmente admitido.
•
Estudos com um projeto mais adequado
•
Estudos de viabilidade econômica
O que observamos com os cenários Normativos?
3.
Cenário Normativo D
•
O cenário Normativo D1 considera uma entrada de 3 m³/s pelo rio
Piancó na altura do açude Condado.
•
•
o
Assume déficits prioritários da bacia do Piancó da ordem de 0,1 m³/s
Induze até 2032 a recuperação e efetivação dos perímetros irrigáveis da subbacia do rio Piancó (demanda suplementar aproximada de 0,9 m³/s)
O açude Oiticica assume as demandas do Seridó (2,6 m³/s) com 98,8% de garantia, o Açude Armando
Ribeiro Gonçalves apresenta uma confiabilidade de 98,7%. O açude Serra Negra do Norte atende as
demandas do Seridó que lhe foram afetadas (0,9 m³/s) com 90,1%% de garantia e os açudes do Seridó
atendem as suas demandas remanescentes com um pouco mais de 72% de garantia.
o
A vazão média mensal transferida do açude Oiticica para o açude Armando Ribeiro Gonçalves era de
60,1 m³/s no cenário C1. Com este cenário ela é de 61,2 m³/s ou seja um incremento de 1,1 m³/s propiciado
por este novo portal da transposição do rio São Francisco
O que observamos com os cenários Normativos?
3.
Cenário Normativo D2
•
O cenário Normativo D2 considera uma entrada de 1,2 m³/s pelo rio
do Peixe na altura do Açude Capivara.
•
•
•
o
•
Assume déficits prioritários da bacia do rio do Peixe da ordem de 0,09 m³/s e
déficits não prioritários da ordem de 3,3 m³/s
Induze até 2032 a explotação agrícola de novas áreas irrigáveis com forte
potencial de 1200ha no Peixe e 1000 ha no Médio Piranhas Paraibano.
As demandas prioritárias e parte das demandas não prioritárias dos açudes
Carneiro e Riacho dos Cavalos seriam atendidos via adutoras a partir do
trecho perenizado do Rio Piranhas.
Comparam-se o atendimento às demandas prioritárias do Cenário D2 com o cenário C1 – horizonte de
2032
Comparam-se o atendimento às demandas não prioritárias do Cenário D2 com o cenário C1 –
horizonte de 2032
O que observamos com os cenários Normativos?
3.
Cenário Normativo D2
Comparam-se o atendimento às demandas prioritárias do Cenário D2 com o cenário C1 – horizonte de 2032
O que observamos com os cenários Normativos?
3.
Cenário Normativo D2
Comparam-se o atendimento às demandas não prioritárias do Cenário D2 com o cenário C1 – horizonte de 2032
O que observamos com os cenários Normativos?
3.
Cenário Normativo E
•
O cenário Normativo E considera considera ações normativas e de
gerenciamento para garantir na fronteira entre os dois estados a
vazão firme de 1,7 m³/s da transposição do São Francisco tal como
garantida atualmente.
•
•
O cenário Normativo E foi construído sobre o cenário Normativo C1 com
estas premissas.
Com este cenário, se quer observar:
•
•
Melhorias no atendimento às demandas do Seridó por parte do açude
Oiticica
Eventuais prejuízos aos atendimentos das demandas nas sub-bacias da
Paraíba.
Síntese dos Resultados
1. Em 2017 a situação é crítica nas UPH´s do Peixe, do Seridó do
espinharas e do Paraú
2. Em 2032 a situação é muito crítica nas UPH do Peixe, do
espinharas, do Seridóe do Pataxó e crítica nas UPH´s do
Piancó, do Médio Piranhas Paraibano, do Médio Piranhas
Paraibano Potiguar e do Pataxó.
3. A transposição das águas do PISF pelos dois portais
atualmente em construção beneficia exclusivamente as
UPH´s onde se localizam: o Alto Piranhas e o Peixe. Mesmo
assim, a porção setentrional do Peixe não é beneficiada.
4. Ações normativas e de gestão poderiam melhorar
parcialmente a situação das UPH´s em melhor situação em
2017.
Síntese dos Resultados
5. Mudanças climáticas podem provocar diminuições sensíveis da
disponibilidade hídrica dos açudes em 2032, piorando a situação.
Mas a vulnerabilidade da bacia a essas mudanças poderá ser
fortemente reduzida com refinamento das operações conjuntas
dos reservatórios implicando em melhoria da gestão, das
conservações dos reservatórios do monitoramento e dos sistemas
de informações e tomadas de decisões.
6. O açude Oiticica permite, sem prejuízo para o Açude Armando
Ribeiro Gonçalves solucionar parte significativa dos déficits do
Seridó em 2017. Já em 2032, não resolve suficientemente bem e
coloca o açude Armando Ribeiro Gonçalves em situação limite, o
que não é desejável.
7. Em 2032 o açude Serra Negra do Norte melhoraria parcialmente e
de forma ainda insuficiente o atendimento às demandas do Seridó,
necessitando estudos técnicos e de viabilidade econômica mais
bem apurados.
Síntese dos Resultados
8. Uma nova entrada das águas do rio São Francisco pelo rio Piancó
no valor de 3 m³/s, permitiria solucionar os déficits do Piancó em
2032, bem como induzir a recuperação de áreas irrigáveis. Além
disto deve beneficiar o Rio Grande do Norte com aportes
significativos ao Açude Oiticica, garantindo um atendimento um
pouco melhor às demandas reprimidas do Seridó e possivelmente
do Paraú e do Pataxó (não simulados neste estudo)
9. Outra alternativa seria uma nova entrada no rio do Peixe na altura
do açude Capivara. Foi simulada uma entrada de 1,2 m³/s, a qual
induziria um atendimento melhor às demandas prioritárias do
Peixe e a criação de novos perímetros irrigáveis em áreas propícias
já detectadas nos estudos do solo, nas UPH do Peixe e do Médio
Piranhas paraibano. O efeito desta transposição com este valor
seria limitado a essas duas UPH´s.
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