ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL
CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM
CONTEXTO ESCOLAR
SINAIS DE ALERTA PARA A VIOLÊNCIA
CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Na maioria das vezes
a violência intrafamiliar
permanece oculta
e só é identificada a
partir de sinais de
alerta, em relação aos
quais os profissionais
precisam estar
atentos.
Fique atento aos seguintes sinais da
criança ou do adolescente:
• Baixa autoestima e
descaso consigo
mesmo;
• Desconfiança contínua
de qualquer contato
físico, permanecendo
sempre alerta e na
defensiva;
• Mudanças extremas, súbitas e sem explicação
do apetite, do humor e do desempenho
escolar;
• Comportamento agressivo ou excessivamente
tímido, com dificuldades nos relacionamentos;
• Regressão a comportamentos infantis, como
chorar excessivamente, chupar dedos, etc;
• Contusões, queimaduras ou
fraturas inexplicadas ou que
não combinam com a
história relatada;
• Uso de roupas rasgadas ou
sujas de sangue;
• Hemorragia vaginal ou retal, dor ao urinar,
genitais inchados ou com secreção;
• Pesadelos, gritos ou agitação noturna;
• Interesse súbito e incomum sobre questões
sexuais, brincadeiras sexuais persistentes e
masturbação compulsiva;
• Enurese e/ou Encoprese;
• Fuga de casa;
• Uso de drogas;
• Tentativa de suicídio.
Não confunda violência doméstica
com acidente.
Fique atento sempre que forem encontradas:
• Lesões que não são compatíveis com a idade
ou com o desenvolvimento psicomotor da
criança ou adolescente;
• Lesões que não se justificam pelo acidente
relatado;
• Lesões em várias partes do corpo ou lesões
bilaterais;
• Lesões que envolvem partes usualmente
encobertas do corpo;
• Lesões em estágios diferentes de cicatrização
ou cura;
• Inexplicável atraso entre o
“acidente” e a procura
de tratamento médico.
A presença isolada de indicadores não
é significativa para interpretação da
violência
COMO ABORDAR A CRIANÇA
• Busque um ambiente apropriado, tranqüilo e
seguro para conversar com a criança;
• Ouça-a atenta e exclusivamente;
• Procure não fazer julgamentos dos pais;
• Fique calmo, pois reações extremas poderão aumentar
a sensação de culpa;
• A violência sexual é um fenômeno que envolve medo,
culpa e vergonha. Dessa forma é fundamental não
criticar a criança ou adolescente, nem duvidar que
esteja falando a verdade;
• Deixe que a criança se
expresse com suas
próprias palavras,
respeitando seu ritmo;
• A linguagem dos profissionais deve ser simples e
clara;
• Jamais desconsidere os sentimentos das crianças ou
adolescente, com frases do tipo “isso não foi nada”,
“não precisa chorar”. Pois no momento em que elas
falam sobre o assunto, revivem os sentimentos
sofridos. Mostrem empatia;
• Sobretudo as crianças têm dificuldades em
denunciar, pois temem ameaças de violência contra
elas mesmas, contra membros de sua família e
também temem serem levadas para longe do lar;
• É essencial não fazer promessas que não
possa cumprir, nem prometer guardar segredo
antes de saber o que vai ser revelado;
• Ressalte que ela estará protegida e explique os
procedimentos que serão tomados;
• Evite que ela precise repetir a narrativa dos
fatos, para não aumentar o sofrimento.
Após a escuta, os profissionais que realizaram a
abordagem devem fazer a denúncia, incluindo
relato sobre como foi o comportamento da criança
ou do adolescente (se houve choro, resistência ao
falar, etc.), pois esse registro será utilizado em
procedimentos posteriores, evitando que a criança
repita o que já foi relatado uma vez.
FLOXO DE NOTIFICAÇÃO
APAEs, ONGs,
Associações, etc.
Escolas
Hospitais, UBS,
CAPS, etc.
CRAS, Conselhos
da Comunidade,
etc.
Delegacias, Polícia
Militar e Patrulha
Escolar
Conselho Tutelar e
CREAS
Encaminhamentos:
Saúde, CREAS,
Educação, etc.
Ministério Público
(para medidas de
proteção)
Investigação Criminal
e responsabilização
do agressor
CONTATOS IMPORTANTES EM
PONTA GROSSA:
• Conselho Tutelar – Leste
3225-2340 / 9900-9177 (plantão)
• Conselho Tutelar – Oeste
3901-1818 / 9900-9175 (plantão)
• CREAS – Sentinela (Centro de Referência
Especializado de Assistência Social)
3901-1563
• DISCK 100
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Enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes