O
AMOR
DE
DEUS
Organização dos slides:
Márcia Marise de Carvalho Gatti
Nossa missão evangelizadora
“Ide pelo mundo inteiro e
anunciai a Boa-Nova a toda
criatura!” (Mc 16,15).
Diretório Nacional de Catequese
Capítulo 2
A catequese na missão evangelizadora da
Igreja
Fé e sentido da vida
Em nossa existência, procuramos o sentido
da vida.
• O que significa ser pessoa humana,
viver muitos ou poucos anos?
• O que estamos fazendo aqui?
• De onde viemos?
• Para onde vamos?
Essas e outras perguntas existenciais são um ponto
de partida e de contínua referência na catequese.
Da capacidade de levar em conta
essas perguntas depende
a relevância da catequese
para as pessoas às quais
se destina.
A busca de Deus
na história da humanidade se enraíza
nas perguntas que as pessoas fazem
quando se inquietam
sobre a vida,
o mundo.
A fé cristã nos faz reconhecer
um propósito na existência:
Não somos frutos do acaso,
fazemos parte de uma história
que se desenrola
sob o olhar amoroso de Deus.
Contemplando o olhar amoroso de Deus que se
Revela na história da humanidade e em nossa
história pessoal, contemplando a revelação plena de
Deus em Jesus Cristo, vivemos e concluímos a
expressão de João em sua Carta: Deus é amor!
“Amados, amemo-nos uns aos outros;
porque o amor é de Deus; e todo aquele que ama é
nascido de Deus e conhece a Deus.
Aquele que não ama não conhece a Deus; porque
Deus é amor.
Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco:
que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para
que por ele vivamos.
(...)
Amados, se Deus assim nos amou, também nós
devemos amar uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos
outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu
amor.
1 João 4:7-12
DEUS
É
AMOR
CIC - Prólogo:
Deus, infinitamente Perfeito
e Bem-aventurado em si mesmo,
em um desígnio de pura bondade,
criou livremente o homem
para fazê-lo participar
de sua vida bem-aventurada.
Chama-o e ajuda-o a procurá-lo,
a conhecê-lo
e a amá-lo com todas as suas forças.
Conclusão do Prólogo:
“Toda a finalidade da doutrina
e do ensinamento deve ser
posta no amor que não acaba.
Com efeito, pode-se facilmente
expor o que é preciso crer,
esperar ou fazer;
mas sobretudo
é preciso fazer
sempre com que apareça o
Amor de Nosso Senhor,
para que cada um compreenda
que cada ato de virtude
perfeitamente cristão não tem outra
origem senão o Amor e outro fim
senão o Amor” (Catecismo Romano).
Amor de Deus: Causa da Criação (CIC, 27)
“O aspecto mais sublime
da dignidade humana está
na vocação do homem à comunhão com Deus.
Este convite que Deus dirige ao homem,
de dialogar com ele,
começa com a existência humana.
Pois se o homem existe,
é porque Deus o criou por amor e,
por amor, não cessa de dar-lhe o ser,
e o homem só vive plenamente,
segundo a verdade,
se reconhecer livremente este amor
e se entregar ao seu Criador” (GS)
Como provar que Deus existe?
Vias de acesso ao conhecimento de Deus
(CIC, 31)
Provas da existência de Deus (não no sentido
das provas que as ciências naturais buscam,
mas no sentido de argumentos convergentes
e convincentes que permitem chegar a
verdadeiras certezas.
Estas vias para chegar a Deus tem como
ponto de partida a criação:
o mundo material e a pessoa humana.
(CIC, 34) O mundo e o homem
atestam que não tem em si mesmos,
nem seu princípio primeiro,
nem seu fim último,
mas participam do Ser em si,
que é sem origem e sem fim.
Assim, por essas diversas vias,
o homem pode aceder ao
conhecimento da existência
de uma realidade
que é a causa primeira e
o fim último de tudo,
e que todos chamam Deus.
As faculdades do homem
o tornam capaz de conhecer
a existência de um Deus pessoal.
Mas, para que o homem possa entrar
em sua intimidade, Deus quis
revelar-se ao homem e dar-lhe a
graça de poder acolher esta
revelação na fé.
Contudo, as provas da existência
de Deus podem dispor à fé e ajudar
a ver que a fé
não se opõe à razão humana.
O Conhecimento de Deus segundo a Igreja
(CIC 36)
“A Santa Igreja, nossa mãe,
sustenta e ensina que Deus,
princípio e fim de todas as coisas,
pode ser conhecido com certeza
pela luz natural da razão humana
a partir das coisas criadas”
(Vaticano I: DS 3004).
(...) “embora a razão humana, absolutamente
falando, possa chegar com suas forças e lume
naturais ao conhecimento verdadeiro e certo de
um Deus pessoal, que governa e protege o mundo
com sua Previdência, bem como chegar ao
conhecimento da lei natural impressa pelo
Criador em nossas almas, de fato, muitos são os
obstáculos que impedem a mesma razão
de usar eficazmente e com resultado desta sua
capacidade natural.
As verdades que se referem a Deus e às relações
entre os homens são verdades que transcendem
completamente a ordem das coisas sensíveis, e
quando essas verdades atingem a vida prática e a
reagem, requerem sacrifício e abnegação.
A inteligência humana, na aquisição destas
verdades, encontra dificuldades tanto por parte
dos sentidos e da imaginação, como por parte das
más inclinações, provenientes do pecado original.
Donde vemos que os homens, em tais questões,
facilmente procuram persuadir-se de que seja
falso ou ao menos duvidoso aquilo que não
desejam que seja verdadeiro”
(Pio XII, Encíclica Humani generis - 1950)
Como falar de Deus (CIC 39)
Ao defender a capacidade da razão humana
de conhecer a Deus, a Igreja exprime sua
confiança na possibilidade de falar de Deus
a todos os homens e com todos os homens.
Esta convicção está na base de seu diálogo
com as outras religiões, com a filosofia e
com as ciências, como também com os
não-crentes e os ateus.
Uma vez que nosso conhecimento de Deus
é limitado, também limitada é nossa
linguagem sobre Deus.
Só podemos falar de Deus a partir
das criaturas e segundo nosso modo humano
de conhecer e de pensar.
(CIC42)
Deus transcende a toda criatura.
Por isso é necessário
incessantemente
purificar nossa linguagem daquilo
que possui de limitado,
de proveniente de pura imaginação,
de imperfeito,
para não confundirmos o Deus
“inefável, incompreensível,
invisível,
inatingível” (São João Crisóstomo)
com nossas representações
humanas.
CIC §313 "Sabemos que, para os que
amam a Deus, tudo concorre para o
bem" (Rm 8,28). O testemunho dos
santos não cessa de confirmar esta
verdade.
Assim, Sta. Catarina de Sena diz
"àqueles que se escandalizam e se
revoltam com o que lhes acontece":
"Tudo procede do amor tudo está
ordenado à salvação do homem, Deus
não faz nada que não seja para esta
finalidade“
E Santo Tomás More, pouco antes de
seu martírio, consola sua filha: "Não
pode acontecer nada que Deus não
tenha querido. Ora, tudo o que ele
quer, por pior que possa parecer-nos,
é o que há de melhor para nós"
E Lady Juliana de Norwich: "Aprendi,
portanto, pela graça de Deus, que era
preciso apegar-me com firmeza à fé e
crer com não menor firmeza que todas
as coisas irão bem.... "Tu mesmo verás
que qualquer tipo de circunstância
servirá para o bem"
§314 Cremos firmemente que Deus é o
Senhor do mundo e da história. Mas os
caminhos de sua providência muitas vezes
nos são desconhecidos. Só no final,
quando acabar o nosso conhecimento
parcial, quando virmos Deus "face a
face" (1 Cor 13,12), teremos pleno
conhecimento dos caminhos pelos quais,
mesmo por meio dos dramas do mal e do
pecado, Deus terá conduzido sua criação
até o descanso desse Sábado definitivo,
em vista do qual criou o céu e a terra.
Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável
é o teu nome em toda a terra, pois
puseste a tua glória sobre os céus! (...)
Quando vejo os teus céus, obra dos teus
dedos, a lua e as estrelas que preparaste;
Que é o homem mortal para que te
lembres dele? e o filho do homem, para
que o visites?
Pois pouco menor o fizeste do que os
anjos, e de glória e de honra o coroaste.
Fazes com que ele tenha domínio sobre
as obras das tuas mãos; tudo puseste
debaixo de seus pés:
Todas as ovelhas e bois, assim como os
animais do campo,
As aves dos céus, e os peixes do mar, e
tudo o que passa pelas veredas dos
mares.
Ó Senhor, Senhor nosso, quão
admirável é o teu nome sobre toda
a terra!
Salmos 8:1-9