Prof. Vilmar A. Silva
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A exploração de atividade econômica por
esse tipo de associação de esforços não
preserva nenhum dos sócios dos riscos
inerentes ao investimento empresarial.
Se a empresa fracassar - isso poderá significar
a ruína total dos sócios e de sua família, uma
vez que os patrimônios daqueles podem ser
integralmente comprometidos no
pagamento dos credores da sociedade.
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“É a primeira modalidade de sociedade
conhecida, e costuma ser chamada também de
sociedade geral, sociedade solidária ilimitada.
Apareceu na Idade Média = membros de uma
mesma família, que sentavam à mesma mesa e
comiam do mesmo pão.
Daí surgiu a expressão ‘& Companhia’ (do Latim
et cum pagnis, ou seja, o pai de família e os
seus, que comiam do mesmo pão).
E usavam uma assinatura só, coletiva e válida
para todos (um por todos, todos por um) sendo
esta a origem da firma ou razão social”
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Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem
tomar parte na sociedade em nome coletivo,
respondendo todos os sócios, solidária e
ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
 Parágrafo único. Sem prejuízo da
responsabilidade perante terceiros, podem os
sócios, no ato constitutivo, ou por unânime
convenção posterior, limitar entre si a
responsabilidade de cada um.
 Art. 1.040. A sociedade em
nome coletivo se rege pelas
normas deste Capítulo e, no
que seja omisso, pelas do
Capítulo antecedente
(Sociedade Simples).
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Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações
referidas no art. 997, a firma social.
 I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se
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pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos
sócios, se jurídicas;
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo
compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em
serviços;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus
poderes e atribuições;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações
sociais.
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Consoante o art. 5°, II, da Instrução Normativa DNRC nº
99/2006 "a firma ou razão social de sociedade em nome
coletivo, se não individualizar todos os sócios, deverá
conter o nome de pelo menos um deles, acrescido do
aditivo 'e companhia, por extenso ou abreviado'".
Exemplificando, a firma ou a razão social da sociedade
em nome coletivo deverá seguir os exemplos abaixo:
• A. Senna & Companhia (para dois ou mais sócios);
• A. Senna & Cia. (para dois ou mais sócios);
• Airton Senna & Cia. (para dois ou mais sócios);
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Art. 1.042. A administração da
sociedade compete exclusivamente a
sócios, sendo o uso da firma, nos
limites do contrato, privativo dos que
tenham os necessários poderes.
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Art. 1.043. O credor particular de sócio não
pode, antes de dissolver-se a sociedade,
pretender a liquidação da quota do devedor.
 Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando:
▪ I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente;
▪ II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida
judicialmente oposição do credor, levantada no prazo
de noventa dias, contado da publicação do ato
dilatório.
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Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por
qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e, se
empresária, também pela declaração da falência.”
 I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e
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sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação,
caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
II - o consenso unânime dos sócios;
III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na
sociedade de prazo indeterminado;
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo
de cento e oitenta dias;
V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
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A Sociedade em Nome Coletivo