Estimativa de recorrência de
nascimento espontâneo de pré-termo
Estimating recurrence of spontaneous
preterm delivery
Michael S. Esplin, MD, Elizabeth O’Brien, PhD, Alison Fraser, MPH, Richard A. Kerber, PhD,
Erin Clark, MD, Sara Ellis Simonsen, RN, MSPH, Calla Holmgren, MD, Geraldine P. Mineau, PhD,
and Michael W. Varner, MD
Obstetrics and Gynecology2008 (september);112(3):516-23
Orientador : Dr. Paulo Sergio França
Internos:
Pedro Fragoso
Ricardo Mariano
www.paulomargotto.com.br
Susyanne Cosme
Tânia Falcão
Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)
05/11/2008
Introdução

O parto espontâneo pré-termo é uma importante
causa de morbidade e mortalidade perinatal.

Um maior risco de complicações como paralisia
cerebral, doenças respiratórias, cegueira, surdez e
déficit de desenvolvimento neurológico estão
presentes.
Introdução

Os sistemas de Escore para predizer risco
apresentam baixa sensibilidade e especificidade.

O principal fator preditivo é o parto prematuro
anterior.
Objetivo

Identificar fatores associados ao parto pré-termo
espontâneo e estimar o risco de sua recorrência
entre mulheres que tiveram o primeiro e outro
parto subsequente entre 1989 e 2001, em Utah,
através de um estudo de Coorte Histórica.
Materiais e Métodos

Estudo observacional tipo coorte realizado entre
1989 a 2001.

Utilização de base de dados específica: “The
Utah Population Database”
Materiais e Métodos

Critério de Inclusão:


Critério de Exclusão:


Mulheres que tiveram o primeiro e pelo menos outro
parto subsequente com nascido vivo registrados em
Utah no período de 1989 a 2001.
Parto pré-termo “não espontâneo” (pré-eclâmpsia,
gemelaridade)
O estudo foi dividido em três grupos:
IG < 34s Pré-termo espontâneo precoce
 IG< 37s Pré-termo espontâneo tardio
 Partos a termo (grupo controle)

Materiais e Métodos

Parâmetros maternos avaliados:
Idade no parto
 Peso
 Altura
 Estado civil
 Paridade
 Uso de tabaco, álcool ou outras drogas
 Antecedentes patológicos e obstétricos
 Complicações maternas e neonatais

Resultados

Entre 01/01/1989 e 31/12/2001, foram
registrados 544.325 nascimentos.

249.610 nascimentos atenderam os critérios do
estudo.
Resultados
Foram realizados 3.657 partos com menos 34
semanas e 13.636 partos entre 34-36 semanas
 A média de nascimentos por gestantes foi 2.6
( variando entre 2 até 12)
 94% das mulheres eram brancas.

Resultados
Resultados
Resultados
Resultados
Resultados
Resultados
Resultados
Discussão

O artigo demonstrou que as mulheres que tiveram um
parto prematuro espontâneo com menos de 34 semanas
de gestação apresentaram um maior risco para
reincidência, especialmente para o seu próximo parto
com feto vivo.

O presente estudo avaliou o risco de parto prematuro
recorrente num segundo, terceiro e quarto partos
subseqüentes.
Discussão

A maioria das mulheres (65%) experimentaram um
parto normal a termo subseqüente.

Na análise realizada, o nível de prematuridade no último
nascimento foi um forte preditor de parto prematuro
espontâneo recorrente.
Discussão

O achado confirma o estudo de Bakketeig et al. que
mostrou também que um parto pré-termo espontâneo
entre 23 e 27 semanas de IG aumentou o risco de
recorrência nos nascimentos subseqüentes.

Neste estudo, o risco relativo para um parto pré-termo
espontâneo foi maior do segundo ao quarto,
especialmente se o último parto foi um parto pré-termo
espontâneo com < 34 semanas (RR 17,4).
Discussão

Além disso, diabetes, hipertensão e todas as doenças
cardíacas que complicaram o último parto aumentaram
significativamente o risco de parto pré-termo
espontâneo, tanto o com <34 quanto aquele com 34-36
semanas de IG.

Creasy et al, sugere que uma combinação de marcadores
clínicos poderia prever a ocorrência de parto prematuro
espontâneo
com
excelente
sensibilidade
e
especificidade, mas tal resultado não foi confirmado em
estudos prospectivos subseqüentes.
Discussão

Outro estudos incluíram parto prematuro espontâneo
anterior como um dos principais fatores de risco, mas
não incluíram os efeitos da proximidade ou severidade
dos partos prematuros anteriores na avaliação de risco.

O trabalho atual leva estes em consideração , bem como
outros fatores de risco identificados na grande população
estudada e foi capaz de identificar parto prematuro
espontâneo recorrente com sensibilidade e especificidade
semelhantes aos testes anteriormente relatados baseados
em marcadores biológicos.
Discussão

O presente estudo tem várias limitações, inclusive a
população relativamente homogênea que foi estudada.

O modelo clínico atual pode não ser tão bem executado
em outras populações mais heterogêneas.

Outra preocupação está relacionada à exatidão dos dados
referentes à idade gestacional.

Além disso, é difícil avaliar plenamente todos os
natimortos,
abortos
espontâneos,
gravidezes
interrompidas.
Discussão

As conclusões do estudo no que diz respeito às taxas de
recorrência estão em consonância com as de outros grandes
estudos de coorte de base populacional, mas o método
precisa ser testado em outras populações.
Discussão

O presente estudo esclarece os efeitos da história
materna no parto prematuro espontâneo e melhora
nossa capacidade de aconselhar mulheres sobre o risco
de sua recorrência .

No entanto, o estudo tem a limitação de não oferecer
maneiras de se predizer parto prematuro espontâneo
para o primeiro parto ou qualquer evento esporádico na
ausência de indicadores clínicos.
Conclusão

Uma história de parto espontâneo antes de 34
semanas de gestação, é um preditor importante
de parto pré-termo espontâneo subsequente.

Um modelo de fatores de risco clínicos pode ser
usado para identificar mulheres com risco
aumentado para partos pré-termos espontâneos
recorrentes.
Obrigado!
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Estimativa da Recorrência de Partos Prematuros