27 DE JANEIRO DE 2012
BANKING
Banco Mercantil do Brasil S.A.
CREDIT OPINION
Belo Horizonte, Brazil
Rating
Conteúdo:
RATING
PRINCIPAIS INDICADORES
OPINIÃO
CONSIDERAÇÕES DETALHADAS
DE RATING
RATING DE DEPÓSITO EM ESCALA
GLOBAL E MOEDA LOCAL (ANÁLISE DE
DEFAULT-CONJUNTO)
SOBRE OS RATINGS DE BANCOS
DA MOODY’S
FATORES DE RATING
1
1
2
3
7
8
11
Contatos dos Analistas:
SAO PAULO
Rating da Moody's
Perspectiva
Estável
Depósitos Bancários
Ba2/NP
Depósitos Bancários NSR – Moeda Local
Aa3.br/BR-1
Força Financeira de Bancos
D
Perfil de Risco de Crédito Individual
(Ba2)
Perfil de Risco de Crédito Individual Ajustado
(Ba2)
Dívida Sênior
Ba2
Dívida Subordinada
Ba3
Principais Indicadores
+55.11.3043.7300
Alexandre Albuquerque
+55.11.3043.7356
Assistant Vice President - Analyst
[email protected]
Ceres Lisboa
+55.11.3043.7317
Vice President - Senior Credit Officer
[email protected]
NEW YORK
Categoría
Banco Mercantil do Brasil S.A.
Dados Financeiros não Consolidados [1]
Ativos Totais (bilhões de BRL)
Ativos Totais (bilhões de USD)
Índice de Capital Tangível (bilhões de BRL)
+1.212.553.1653 Índice de Capital Tangível (bilhões de USD)
Margem Financeira Líquida (%)
Jeanne Del Casino
+1.212.553.4078
Vice President - Senior Credit Officer
[email protected]
M. Celina Vansetti
+1.212.553.4845
Managing Director - Banking
[email protected]
LAIRPDD/Média de Ativos Ponderados por Risco (%)
Lucro Líquido/Média de Ativos Ponderados por Risco (%)
[1][2]
9-11
10,9
5,9
[2]
12-10
9,5
5,7
[2]
12-09
7,9
4,5
[2]
12-08
6,8
2,9
[3]
Média
12-07
7,2
[4]
10,7
[4]
4,1
0,7
0,6
0,5
0,5
0,4
[4]
0,4
0,4
0,3
0,2
0,2
[4]
10,1
9,9
15,5
10,7
11,5
[5]
5,2
1,2
7,3
2,0
7,8
1,1
3,3
1,4
11,8
10,7
11,6
5,5
[5]
5,9
0,7
[6]
0,7
[5]-
(Obrigações a Terceiros – Ativos Líquidos)/Ativos Totais (%)
-7,9
-9,3
-8,1
-4,8
-3,7
Depósitos Principais / Média de Empréstimos Totais (%)
113,2
113,4
103,8
78,7
95,3
8,1
8,7
9,2
9,5
8,6
[6]
[6]
Índice de Basileia – Capital de Nível 1 (%)
Índice de Capital Tangível / Média de Ativos
Ponderados por Risco (%)
Índice de Eficiência (%)
Empréstimos em Atraso / Empréstimos Totais (%)
Empréstimos em Atraso/(Patrimônio Líquido+Reservas
para Perdas de Crédito) (%)
7,5
8,1
8,1
8,5
7,6
62,9
60,9
60,8
78,5
69,6
3,9
24,6
3,0
18,0
5,8
30,3
4,0
21,0
9,5
3,9
20,6
Fonte: Moody's
[1] Todos os índices são ajustados de acordo com os ajustes padrão da Moody's
[2] Basileia II; LOCAL GAAP
[3] Basileia I; LOCAL GAAP
[4] Taxa de crescimento anual composta com base nos períodos divulgados de acordo com as práticas contábeis locais.
[5] Os períodos divulgados de acordo com as práticas contábeis locais foram utilizados para cálculo da média.
[6] Basileia II e os períodos divulgados de acordo com as práticas contábeis locais foram utilizados para cálculo da média.
4,9
[5]
100,9
[5]
8,9
8,0
66,5
[5]
[5]
4,1
22,9
BANKING
Opinião
Resumo dos Fundamentos de Rating
A Moody's atribui um rating de força financeira de bancos (BFSR) D ao Banco Mercantil do Brasil
S.A. (BMB), traduzido em um Perfil de Risco de Crédito Individual Ba2. Na opinião da Moody's, o
BMB seria elegível para receber um certo nível de suporte sistêmico, dada a sua atuação regional no
Estado de Minas Gerais (71 das 163 agências no país). Por isso, a Moody's incorpora uma baixa
probabilidade de suporte sistêmico para o BMB dentro do país. Apesar da presença do BMB em outros
Estados das regiões sudeste, sul, nordeste e centro-oeste, o banco tem uma pequena participação de
mercado em termos de depósitos de varejo dentro do sistema financeiro brasileiro (0,12% em setembro
de 2011). No entanto, a baixa probabilidade de suporte sistêmico não é suficiente para prover uma
elevação do rating de depósito em escala global e moeda local (GLC) acima de Ba2. Este GLC é um
mapeamento direto do rating de força financeira de bancos D do BMB.
O rating também reflete a boa captação do banco em sua região de origem, que é favorável em relação
aos outros participantes de nicho e está em linha com as dos bancos maiores presentes no mercado
principal do BMB. A carteira de crédito do BMB é apropriadamente pulverizada, refletindo seu foco
de negócios nos segmentos de empréstimos ao consumidor e a PMEs.
No entanto, o BFSR é limitado pela forte competição entre os bancos de varejos no Brasil que,
acompanhada da atual queda das taxas de juros, poderia levar à compressão das margens. Além disso, a
estrutura e os custos de crédito relativamente caros do banco também limitam o BFSR.
Em 20 de janeiro de 2012, a Moody's afirmou todos os ratings atribuídos ao BMB. A perspectiva de
todos os ratings permanece estável.
Determinantes do Rating
»
Estrutura de captação diversificada, reforçada por uma base de depósitos de varejo estável,
traduzida em boa liquidez
»
A base de clientes fidelizada sustenta a margem financeira líquida e a capacidade de geração de
receitas do banco
»
Uma carteira de crédito de curto prazo, pulverizada, resultado do foco do banco em produtos de
crédito ao consumidor e a PMEs
»
Elevado índice de eficiência, refletindo uma forte estrutura administrativa
»
A posição de mercado regional é desafiada à medida que os outros grandes bancos de varejo
adotam estratégias de crescimento agressivas para elevar as taxas de penetração de clientes
Perspectiva do Rating
Todos os ratings têm perspectiva estável.
O que poderia elevar o rating
Os fatores que poderiam exercer pressão positiva sobre os ratings incluem uma melhora significativa na
qualidade da carteira de crédito do banco, ao mesmo tempo em que o BMB eleva sua participação de
2
27 DE JANEIRO DE 2012
CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
mercado dentro e fora de sua região principal. Os ratings também poderiam se beneficiar de uma
qualidade elevada de geração de receitas, o que poderia levar a melhores índices de rentabilidade e de
qualidade de ativos. Outros desenvolvimentos positivos para os ratings poderiam incluir a manutenção
de uma base de captação de varejo pulverizada, crescimento do balanço e poder competitivo.
O que poderia rebaixar o rating
O BFSR poderia ser afetado por quedas significativas e persistentes das receitas e das margens de lucro,
o que poderia enfraquecer a flexibilidade financeira e o crescimento de capital do banco. Uma
alavancagem agressiva do balanço do banco para expandir suas operações além do negócio principal e
uma falha em controlar adequadamente o risco operacional e de crédito também poderiam exercer
pressões negativas sobre o rating.
Resultados e Desenvolvimentos Recentes
O BMB reportou lucro líquido de R$71,3 milhões em setembro de 2011, um resultado 46% menor
do que os R$132 milhões reportados no mesmo período no ano anterior. A diferença significativa nos
resultados deriva-se de um ganho não recorrente relacionado a discussões de taxas, o que elevou o lucro
líquido do BMB em março de 2010. O desempenho foi menor do que nos trimestres recorrentes
anteriores, impactado por despesas maiores com provisionamento em setembro de 2011 (20% mais
altas do que em setembro de 2010) demonstrando preocupações com a qualidade de ativos futura. As
receitas da atividade principal (lucro pré-provisão sobre média de ativos totais) permaneceram em
3,34%, com margem financeira líquida de 11,06%, maior do que os 10,2% do trimestre anterior.
O índice de inadimplência foi de 3,9% em setembro de 2011, permanecendo razoavelmente estável em
comparação com junho (3,9%) e março (3,8%), mas demonstrando certa deterioração em comparação
com os 3,0% no fim de 2010. A carteira de crédito aumentou 3,93% no trimestre, e 18,45% em 12
meses, principalmente em projetos individuais tais como empréstimos consignados e empréstimos ao
consumidor.
Os índices de capital se deterioraram recentemente como resultado da expansão da carteira de crédito
do banco. O índice caiu para 12,15% em setembro de 2011 de 13,38% no fim de 2010. O banco
emitiu US$250 milhões de capital subordinado em julho de 2010, e os instrumentos de Nível 2
atingiram o limite regulatório de 50% do Patrimônio de Nível 1.
Considerações Detalhadas de Rating
As considerações detalhadas sobre os ratings atribuídos atualmente ao Banco Mercantil são as seguintes:
Rating de Força Financeira de Bancos
O rating de força financeira de bancos (BFSR) autônomo do BMB é D, e o BFSR resultante do
scorecard é C-. O rating D incorpora as operações de alto custo do banco, bem como sua necessidade
de elevar os indicadores de rentabilidade, em relação aos pares. Apesar das receitas provenientes das
atividades principais se compararem bem com os bancos médios locais, a rentabilidade do BMB é
pressionada por custos de provisionamento (despesas de provisão como uma porcentagem das receitas
antes de provisão) – uma indicação de seus mercados de nicho de risco mais elevado.
A ampla rede de agências do BMB representa um desafio à sua rentabilidade, o que sugere a
necessidade de escala adicional, apesar do fato de que o amplo alcance do banco sustenta uma boa
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CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
captação. No entanto, a captação de varejo do BMB o distingue de outros bancos médios no Brasil. O
principal desafio da gestão é manter as receitas dentro de seu mercado regional consolidado, e
minimizar os efeitos da competição elevada.
O BFSR do BMB reflete adicionalmente a franquia regional estável do banco e sua marca em Minas
Gerais. Com foco em banco regional, principalmente nos segmentos de finanças corporativas, o BMB
tem uma base de clientes fidelizada. Isso fornece uma captação estável para sustentar o crescimento do
crédito, sem volatilidade relevante nos últimos três anos.
A expansão do varejo permanece de certa forma limitada pela competição de outros players principais,
embora a participação de mercado regional seja muito fragmentada. O BMB tem uma operação
significativa, classificada em 23º lugar dentre os maiores bancos por empréstimos, com participação de
0,3% no setor e em 18º lugar em termos de depósitos a prazo, com participação de 0,41% no setor em
setembro de 2011.
A diferença de dois níveis (“notches”) entre o BFSR atribuído de D e a nota do scorecard de C- é
explicada pelas baixas notas em fundamentos financeiros, principalmente eficiência e qualidade de
ativos, que reduzem o rating geral. A nota do scorecard também não considera as pressões competitivas
no segmento de varejo, derivadas principalmente de grandes bancos que operam no mercado principal
do BMB. Os desafios intrínsecos da expansão das operações fora de Minas Gerais também não são
considerados na nota do scorecard.
Fator: Rentabilidade
O BMB tem um histórico de indicadores de rentabilidade modesto, que resultam de uma estrutura
administrativa que tem custo elevado – maior do que aquele dos principais concorrentes. Em setembro
de 2011, o banco reportou índices de receitas antes de provisões sobre média de ativos ponderados por
risco de 4,15% e lucro líquido sobre média de ativos ponderados por risco de 0,48%, ambos um pouco
abaixo dos 5,3% e 0,7% reportados no ano anterior, respectivamente. A baixa rentabilidade reflete a
diversidade relativamente limitada das receitas do BMB em comparação com os principais bancos
brasileiros de varejo. Além disso, o banco também apresenta índices mais baixos do que os outros
bancos médios regionais, tais como Banco do Estado do Rio Grande do Sul (D+/Baa3) e Banco
Regional de Brasília (E+/B1). Observamos que a recente redução da rede de agências ajudou a
diminuir os custos, embora os índices de eficiência permaneçam em níveis elevados.
O BMB também demonstra um histórico de altos custos de crédito, o que apresenta um desafio para o
banco. Medidos como provisões para empréstimos como porcentagem das receitas pré-provisões, os
custos de crédito permaneceram em 79,9% em setembro de 2011, acima dos índices dos pares. Os
esforços da gestão para controlar os custos de crédito estão continuamente em ação; no entanto, o
índice demonstrou uma oscilação relevante nos últimos trimestres (67,4% no 2T11, 100,7% no 1T11,
e 54,1% no 4T10), uma tendência que também demonstra as preocupações da gestão sobre a
sazonalidade da carteira em um ambiente econômico menos favorável.
Esperamos contínua tensão sobre as margens no curto prazo, não apenas por causa dos elevados custos
de crédito enfrentados pelo banco, mas também diante da competição mais acirrada de grandes bancos
de varejo no segmento de empréstimos ao consumidor. Além disso, a atual restrição do governo na
política monetária também deve comprimir as margens, à medida que as taxas de juros continuam
caindo. Todos esses fatores combinados devem reduzir os spreads.
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27 DE JANEIRO DE 2012
CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
Parte da carteira de crédito consignado originado pelo BMB é vendida a outras instituições financeiras,
mesmo que em volumes muito menores do que dos outros bancos de nicho especializados em crédito
consignado. Como resultado, o montante de receitas geradas de vendas de crédito não é significativo,
representando 13,7% da receita de crédito e 9,8% das receitas totais em setembro de 2011. A pequena
dependência de vendas de empréstimos como um instrumento de liquidez pelo BMB é positiva para
seus indicadores de rentabilidade visto que eles devem ser menos afetados pelas atuais mudanças na
contabilização das receitas de empréstimos vendidos em uma base recursiva.
Fator: Eficiência
Conforme observado anteriormente, eficiência trata-se de um desafio importante para a operação de
banco médio de varejo do BMB. A carga de altos custos administrativos relacionados à rede de agências
desafia continuamente o BMB que enfrenta um ambiente competitivo para bancos de varejo, buscando
constantemente ganhos de escala. Em setembro de 2011, o BMB reportou índice de eficiência de
68,94%, o qual reflete os desafios das operações do BMB: falta de escala, diversificação de produtos e
redes de distribuição de bancos grandes que eleva as receitas e dilui os custos; e falta de uma estrutura
enxuta que reduza os custos operacionais, comum a bancos médios com poucas ou nenhuma filial.
Fator: Liquidez
O BMB tem uma base de depósitos com participação relevante de fundos originados no segmento de
varejo, uma característica que tem contribuído para a estabilidade do banco em momentos de estresse e
que tem apoiado seus ratings autônomos. Além disso, o BMB também demonstra uma base de
depósitos mais pulverizada quando comparado com seus pares no Brasil – outros bancos médios com
operações regionais. Em setembro de 2011, a soma de depósitos à vista, poupança e depósitos a prazo
de pessoas físicas atingiu 38,3% dos depósitos totais e 27,7% da estrutura de captação total. No
entanto, a maioria dos depósitos a prazo do BMB é originada com empresas de médio porte – 40,9%
dos depósitos totais e 29,6% da captação total no 9M11 – enquanto as gestoras de recursos (fundos de
investimento) e os investidores institucionais (fundos de pensão) têm uma participação menos
significativa (respectivamente, 17,3% e 4,4% dos depósitos totais).
A participação estável de depósitos advindos do mercado tradicional de Minas Gerais fornece forte
liquidez ao banco e funciona como uma vantagem competitiva na região. Essa estrutura de captação
serve como um colchão confortável e demonstra eficiência de custo em caso de desacelerações ou
aumentos do custo de liquidez. O banco reportou um contínuo crescimento de depósitos em 2011,
uma expansão lastreada em partes por uma base de depósitos fiel à marca do banco em Minas Gerais no 3T11 o crescimento dos depósitos em relação ao ano anterior foi de 24,4%, comparado com 27,3%
no 2T11 e 29,6% no 1T11. A participação de mercado dos depósitos do banco dentro do Estado é de
7,2%.
A gestão de liquidez do BMB prioriza a diversificação, tanto em termos de tipo de recursos como por
perfil de investidor. Em setembro de 2011, a base de depósitos do banco foi responsável por 72% dos
fundos totais, enquanto as operações de recompra representaram 14,6% e os títulos emitidos no
exterior somaram aproximadamente 6,5%. Além disso, o banco também depende da venda de
empréstimos consignados como um instrumento de administração de caixa, embora a gestão ainda
priorize a retenção de empréstimos no balanço. Nos primeiros nove meses de 2011, as receitas totais
recebidas da venda de empréstimos para outras instituições financeiras atingiram R$161,5 milhões, que
representaram 9,8% das receitas totais do banco.
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CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
Apesar da predominância de depósitos a prazo com empresas médias na base de captação do banco, o
acesso a uma carteira adequada de depósitos de varejo permite ao BMB manter um custo de captação
médio menor do que aquele de outros bancos médios brasileiros especializados em empréstimos
comerciais a PMEs ou aqueles que operam em segmentos de nicho (empréstimos consignados).
A gestão tem uma abordagem conservadora a fim de evitar descasamentos negativos entre os prazos dos
ativos e dos passivos. Aproximadamente 69% das operações de crédito no balanço do banco (R$6,33
bilhões) tiveram vencimento de menos de um ano em setembro de 2011, enquanto quase 20% de
todos os depósitos a prazo (R$5,9 bilhões) venceram em menos de um ano. A disponibilidade
abundante de recursos de curto prazo é positiva para os ratings, principalmente em períodos de menor
liquidez. Nesse sentido, o BMB reporta ativos disponíveis que excedem os passivos por um período de
até um ano.
Fator: Qualidade de Ativos
O BMB tem reportado indicadores de qualidade de ativos que apresentaram pouca oscilação ao longo
do tempo; porém, os índices permaneceram superiores àqueles de outros bancos médios regionais. O
nível relativamente elevado dos índices de inadimplência do BMB apresenta um desafio de crédito para
o banco. Apesar disso, o risco de crédito geral do BMB é mitigado pelo caráter garantido e de curto
prazo dos empréstimos e por uma elevada pulverização das operações. Em setembro de 2011, 69% das
operações de crédito tinham vencimento em menos de um ano. Adicionalmente, as 20 maiores
exposições de crédito foram responsáveis por 10% dos empréstimos totais, ou 86,7% do patrimônio de
referência de Nível 1 ou 148% dos lucros antes de provisões.
As operações de crédito do banco com empresas médias compuseram aproximadamente 61% da
carteira do BMB em setembro de 2011, consistindo na maior parte, de operações lastreadas por
recebíveis; a participação cai para 49,3% quando os empréstimos da carteira (empréstimos consignados
vendidos) são considerados. Os empréstimos consignados também correspondem a uma parcela
importante das operações de crédito (29,3% dos empréstimos na carteira) e contribuem com a redução
dos índices de inadimplência, dado seu caráter de baixo risco. A maior parte das operações de crédito
consignado do BMB é voltada a aposentados (76%), o que rende margens menores em comparação
com empréstimos consignados a funcionários públicos. No entanto, visto que o BMB recebe as
pensões e os benefícios que são pagos aos aposentados, o banco tem acesso direto às contas dos
aposentados, sendo o primeiro da fila a receber pagamentos.
A inadimplência demonstrou uma leve melhora no terceiro trimestre de 2011 comparada com o
trimestre anterior, sendo que os empréstimos em atraso representaram 3,88% dos empréstimos totais,
em comparação com 3,93% no 2T11. No entanto, os índices de inadimplência apresentaram certa
deterioração em comparação com o ano fiscal de 2010, quando os empréstimos em atraso acima de 90
dias representaram 2,96% dos empréstimos totais. Nesse ponto, porém, os índices de empréstimos
atrasados do BMB estão acima daqueles de outros bancos brasileiros com forte presença em mercados
regionais específicos.
Apesar da estabilidade relativa dos índices de inadimplência do BMB nos últimos três trimestres, devese observar que o banco também reportou forte crescimento de sua carteira de crédito – taxas de
crescimento anual de 18,4% (3T11), 21,5% (2T11), 27,2% (1T11), e 25,5% (4T10). Geralmente,
não é difícil observar situações em que o crescimento robusto dos empréstimos mitiga o efeito dos
empréstimos em atraso que poderiam estar em alta, um evento que se tornaria ainda mais possível caso
o nível de desempenho subisse ou o cenário macroeconômico se deteriorasse.
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27 DE JANEIRO DE 2012
CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
Fator: Valor de Franquia
As receitas do banco incorporam um forte foco no varejo, bem como a diversificação de suas atividades
de crédito, que é composta 39,3% por pessoas físicas e 60,7% por PMEs em diversos setores
econômicos. O BMB tem reforçado sua posição como uma instituição de finanças ao consumidor no
segmento de empréstimo consignado, focando empréstimos a aposentados, uma operação que se
beneficia do acesso do banco a pensões e benefícios pagos aos aposentados.
O banco tinha uma base de clientes de 1,33 milhão em setembro de 2011, composta por 98% de
pessoas físicas e 3% de clientes corporativos; uma distribuição que confirma o foco do banco no varejo.
A atuação do BMB em varejo se beneficiou da migração social que ocorreu nos últimos anos,
reportando crescimento ano a ano de 35% em clientes e elevando a taxa de penetração de produtos.
Embora a operação do BMB tenha origem no Estado de Minas Gerais, o banco também tem presença
em outros Estados das regiões sul e sudeste e em alguns Estados das regiões nordeste e centro-oeste. A
franquia do banco beneficia-se de um acesso de longo tempo à base de depósitos estável e de baixo
custo dentro de seu mercado regional.
Adequação de Capital
Nos últimos trimestres, o BMB reportou índices de capital acima do mínimo regulatório de 11%;
porém, o colchão de capital não é tão expressivo quanto o observado em outros bancos. Em setembro
de 2011, o banco reportou um índice total de capital de 12,15%, abaixo dos índices reportados nos
trimestres anteriores (13,1% no 2T11, 13% no 1T11, e 13% no 4T10). O banco tem dois
instrumentos subordinados de Nível 2 em circulação, o que cria uma diferença entre os índices total e
de Nível 1; estando o último em 8,07% em setembro de 2011. Quando comparado com outros bancos
médios regionais voltados para o varejo, o BMB tem índices de capital inferiores.
Mais recentemente, o banco foi beneficiado por uma mudança nas medidas regulatórias que exigiam
capital adicional para empréstimos ao consumidor com prazo acima de 36 meses; a atual regulação
reverte a exigência de capital para os níveis anteriores de 75% de empréstimos com vencimento de até
60 meses. Apesar disso, a recente queda do índice de capital do banco causada pela expansão das
operações de crédito apresenta um desafio para as operações do banco, principalmente quando sua
baixa geração de lucros – e capacidade limitada de recomposição da base de capital através das receitas
– também é considerada.
Rating de Depósito em Escala Global e Moeda Local (Análise de Default-Conjunto)
Os ratings de dívida e depósito do BMB incorporam os três elementos principais seguintes: (1) o rating
de força financeira do BMB, isto é o perfil de risco de crédito individual Ba2 produzido pelo seu BFSR
(D); (2) a probabilidade de suporte sistêmico; e (3) a senioridade de seus depósitos e dívida. A Moody's
vê a probabilidade de suporte sistêmico ao BMB como sendo baixa em caso de uma situação de
estresse, após incluir a importância regional do banco. O suporte dos acionistas não é confirmado. A
Análise de Default-Conjunto não eleva o rating de longo prazo em escala global do BMB, o qual
permanece em Ba2 no longo prazo.
Considerações de Notching
Os ratings das obrigações júnior do BMB devem ser deduzidos do rating de depósito com suporte
integral, ou o rating de depósito em escala global e moeda local do banco Ba2. A Moody's acredita que
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CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
não haja mecanismo de autoridade legal em vigor para que os reguladores bancários brasileiros
imponham perdas aos credores subordinados em um cenário de liquidação.
Rating na Escala Nacional Brasileira
O BMB tem rating Aa3.br e BR-1 da Moody's na Escala Nacional Brasileira. O rating é sustentado
pela idoneidade creditícia no mercado doméstico, e pela reorganização da marca em sua região. O
rating em escala nacional deriva-se do rating de depósito em escala global e moeda local do banco.
Rating de Depósito em Moeda Estrangeira
A Moody's atribui um rating de depósito em moeda estrangeira Ba2 ao BMB.
Rating de Dívida em Moeda Estrangeira
Seguindo a metodologia de Análise de Default Conjunto para bancos e as diretrizes de notching, a
Moody's atribuiu um rating de dívida em moeda estrangeira Ba2 às notas seniores no montante de
US$31,3 milhões com vencimento em maio de 2012. As tranches seniores estão sob o programa global
de notas de médio prazo (“MTN”) existente de US$1 bilhão. O rating da dívida sênior é o mesmo que
o rating de depósito em moeda local Ba2 do BMB.
A Moody's atribuiu um rating de dívida em moeda estrangeira Ba3 às notas subordinadas com
vencimento em 10 anos, um nível abaixo do rating de depósito em moeda local, de acordo com as
diretrizes da Moody's. As notas subordinadas têm vencimento no 3T06 (US$125 milhões emitidos sob
o MTN classificado pela Moody's) e no 3T20 (US$250 milhões).
Sobre Os Ratings De Bancos Da Moody’s
Rating de Força Financeira de Banco
Os ratings de força financeira de bancos (BFSRs) da Moody’s representam sua opinião sobre a
segurança e robustez intrínsecas de um banco, e, assim, exclui certos riscos de crédito externos e
elementos de suporte de crédito que são tratados pelos Ratings de Depósito Bancário da Moody’s. Os
ratings de força financeira de bancos não levam em consideração a probabilidade de que o banco
receberá esse suporte externo, nem cobrem riscos que surjam de ações soberanas que possam interferir
com a habilidade de um banco de honrar suas obrigações em moeda doméstica ou estrangeira. Os
fatores considerados na atribuição dos ratings de força financeira de bancos incluem elementos
específicos de banco, como fundamentos financeiros, valor de franquia e diversificação de negócios e
ativos. Embora os ratings de força financeira de bancos excluam os fatores externos especificados
acima, eles levam em consideração outros fatores de risco no ambiente operacional do banco, inclusive
a força e desempenho futuro da economia, assim como a estrutura e relativa fragilidade do sistema
financeiro, e a qualidade da regulamentação e supervisão bancárias.
A Moody's utiliza o Perfil de Risco Individual (BCA, em inglês) para mapear BFSRs para a escala de
21 níveis de Aaa a C. Assim como o BSFR, o BCA reflete o risco individual de default de um emissor.
Cada nível da escala de Aaa a C representa uma probabilidade específica de default e, portanto, permite
à Moody's utilizar o BCA como uma variável da Análise de Default Conjunto (JDA), descrita abaixo.
O perfil de risco individual reflete o que seria o rating de depósito em moeda local juntamente com um
determinado BFSR, sem considerar nenhum suporte externo de um governo ou de terceiros.
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CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
Rating de Depósito Global em Moeda Local
Um rating de depósito, como uma opinião de risco de crédito relativo, incorpora o Rating de Força
Financeira de Bancos, assim como a opinião da Moody’s sobre qualquer suporte externo.
Especificamente, os Ratings de Depósito Bancário da Moody’s são opiniões sobre a capacidade de um
banco em pagar pontualmente suas obrigações de depósito. Assim, seu objetivo é incorporar esses
aspectos de risco de crédito relevantes ao desempenho esperado de pagamento dos bancos classificados
em relação às obrigações de depósito, e inclui: força financeira intrínseca, risco soberano de
transferência (no caso de ratings de depósito em moeda estrangeira) e elementos de suporte externo
implícito e explícito. Os Ratings de Depósito Bancário da Moody’s não levam em consideração o
benefício de planos de seguro de depósito que fazem pagamentos aos depositantes, mas reconhecem o
suporte potencial de planos que possam fornecer assistência diretamente aos bancos.
De acordo com a metodologia de análise de default conjunto (JDA) da Moody's, o rating de depósito
global em moeda local de um banco é determinado pela incorporação de qualquer elemento externo de
suporte no BCA do banco. Ao atribuir um rating de depósito em moeda local a um banco, a
metodologia de JDA também inclui nesse rating diversos potenciais provedores de suporte (empresa
controladora, grupo cooperativo, governos regionais ou nacionais), bem como o grau de dependência
que pode existir entre cada um deles e o banco. A avaliação da Moody's da probabilidade de suporte
sistêmico (de um governo nacional) é derivada da análise da capacidade de um governo e de seu banco
central fornecerem suporte a todo o sistema. O indicador de suporte sistêmico é determinado por um
dado país e serve como uma variável para todos os ratings de bancos daquele país. O indicador de
suporte pode ser estabelecido em, ou acima de, ou – em casos raros –abaixo do rating de título do
governo em moeda local para aquele país.
Rating em Escala Nacional
Os ratings na escala nacional são direcionados principalmente para o uso por investidores domésticos e
não são comparáveis aos ratings da Moody's que são aplicados globalmente; ao contrário, eles tratam
do risco de crédito relativo dentro de um determinado país. Um rating Aaa na Escala Nacional da
Moody's indica um emissor ou emissão com a maior idoneidade creditícia e a menor probabilidade de
perdas de crédito em comparação com outros emissores domésticos. Os ratings na escala nacional,
portanto, classificam os emissores domésticos em relação uns aos outros e não em relação a riscos
absolutos de default. Os ratings nacionais isolam riscos sistêmicos; não tratam da expectativa de perda
associada a eventos sistêmicos que podem afetar todos os emissores, mesmo aqueles que recebem os
ratings mais altos dentro da Escala Nacional.
Rating de Depósito em Moeda Estrangeira
Os ratings da Moody’s para obrigações bancárias em moeda estrangeira são derivados do rating em
moeda local do banco para a mesma classe de obrigação. A implementação da JDA para bancos pode
levar a ratings em moeda local altos para certos bancos, o que também pode produzir altos ratings em
moeda estrangeira. Contudo, deve-se lembrar que os ratings de depósito em moeda estrangeira estão
sempre limitados pelo teto do país para depósitos bancários em moeda estrangeira. Isso pode resultar
na atribuição de um rating diferente, e geralmente inferior, para os depósitos em moeda estrangeira em
relação ao rating do banco para suas obrigações em moeda local.
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CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
Rating de Dívida em Moeda Estrangeira
Os ratings de dívida em moeda estrangeira derivam do rating de dívida em moeda local do banco. De
forma similar ao que ocorre com os ratings de depósito em moeda estrangeira, as obrigações de dívida
em moeda estrangeira também podem ser determinadas pelo teto país para notas e títulos de dívida em
moeda estrangeira; mas em alguns casos os ratings para obrigações de dívida em moeda estrangeira
podem romper o teto em moeda estrangeira. Um determinado mix de fatores de rating é levado em
consideração para avaliar se um rating de títulos de dívida em moeda estrangeira rompe o teto país.
Entre eles, temos o rating em escala global - moeda local do emissor, seu rating do título da dívida
pública em moeda estrangeira, o teto país para títulos e se a dívida é elegível para romper esse teto.
Sobre o Scorecard de Rating de Força Financeira de Banco da Moody’s
O modelo de rating de força financeira de banco da Moody's (veja scorecard abaixo) é uma informação
estratégica na avaliação da força financeira de um banco, usado como uma ferramenta chave pelos
analistas da Moody’s para garantir a coerência da abordagem entre diversos bancos e regiões. O
resultado do modelo e as pontuações individuais são discutidos em comitês de rating e podem ser
ajustados para baixo ou para cima, de forma a refletir condições específicas para cada entidade
classificada.
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27 DE JANEIRO DE 2012
CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
Fatores de Rating
Emissor
Fatores de Rating [1]
A
B
C
D
E Nota Total
Tendência
Fatores Qualitativos (70%)
D+
Fator: Valor de Franquia
C
Neutra
E
Neutra
D
Neutra
Participação de Mercado e Sustentabilidade
x
Diversificação Geográfica
x
Estabilidade de Resultados
x
Diversificação de Resultados [2]
Fator: Posicionamento de Risco
Governança Corporativa [2]
x
- Composição Acionária e Complexidade Organizacional
x
- Risco de Homem-Chave
x
- Risco de Insider e Partes Relacionadas
x
Controles e Gestão de Risco
x
- Gestão de Risco
x
- Controles
x
Transparência nas Comunicações Financeiras
x
- Comparabilidade Global
x
- Frequência e Pontualidade
x
- Qualidade das Informações Financeiras
x
Concentração do Risco de Crédito
x
- Concentração de Tomadores
x
- Concentração Setorial
x
Gestão de Liquidez
x
Apetite de Risco de Mercado
x
Fator: Ambiente Operacional
Estabilidade Econômica
x
Integridade e Corrupção
x
Sistema Legal
x
Fatores Financeiros (30%)
C+
Fator: Rentabilidade
C+
Neutra
B
Neutra
B+
Neutra
LAIRPDD / AMPR - Basileia II
Lucro Líquido / AMPR - Basileia II
6,15%
0,58%
Fator: Liquidez
(Obrigações a Terceiros – Ativos Líquidos) / Ativos Totais
-4,25%
Gestão de Liquidez
x
Fator: Adequação de Capital
Índice de Nível 1 - Basileia II
9,12%
Patrimônio Comum Tangível / AMPR - Basileia II
8,22%
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27 DE JANEIRO DE 2012
CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
Emissor
Fatores de Rating [1]
A
B
C
Fator: Eficiência
Índice de Eficiência
Empréstimos em Atraso / (Patrimônio Líquido + Reservas para
Perdas de Crédito)
E Nota Total
Tendência
D
Neutra
C
Neutra
66,73%
Fator: Qualidade de Ativos
Empréstimos em Atraso / Empréstimos Totais
D
4,24%
23,07%
Menor Nota Combinada (9%)
Substituição da Insolvência Econômica
C
Neutra
Nota Agregada
C
BFSR Atribuído
D
[1] Onde há hífens para um determinado fator (ou subfator), a pontuação é baseada em informações não disponíveis ao público.
[2] Uma pontuação em branco sob a Diversificação de Resultados ou Governança Corporativa indica que o risco é neutro.
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CREDIT OPINION: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
BANKING
Relatório Número: 141953
Autor
Alexandre Albuquerque
Produção
Janice Brown-Morris
Tradutora
Carmen Reis
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LAS CALIFICACIONES CREDITICIAS EMITIDAS POR MOODY’S INVESTORS SERVICE, INC. (“MIS”) Y SUS AFILIADAS SON
OPINIONES ACTUALES DE MOODY’S SOBRE EL RELATIVO RIESGO CREDITICIO FUTURO DE ENTIDADES, COMPROMISOS
DE CRÉDITO, O INSTRUMENTOS DE DEUDA O SIMILARES A DEUDA, Y LAS CALIFICACIONES CREDITICIAS Y REPORTES
PUBLICADOS POR MOODY’S (“PUBLICACIONES DE MOODY’S”) PUEDEN INCLUIR OPINIONES ACTUALES DE MOODY’S
DEL RELATIVO RIESGO CREDITICIO FUTURO DE ENTIDADES, COMPROMISOS DE CRÉDITO, O INSTRUMENTOS DE DEUDA
O SIMILARES A DEUDA. MOODY’S DEFINE RIESGO CREDITICIO COMO EL RIESGO DE QUE UNA ENTIDAD NO PUEDA
CUMPLIR CON SUS OBLIGACIONES FINANCIERAS CONTRACTUALES AL MOMENTO DE SU VENCIMIENTO Y CUALQUIER
PÉRDIDA FINANCIERA ESTIMADA EN CASO DE INCUMPLIMIENTO. LAS CALIFICACIONES CREDITICIAS NO TOMAN EN
CUENTA OTROS RIESGOS, INCLUYENDO SIN LIMITAR: RIESGO DE LIQUIDEZ, RIESGO DE VALOR DE MERCADO, O
VOLATILIDAD DE PRECIO. LAS CALIFICACIONES CREDITICIAS Y LAS OPINIONES DE MOODY’S INCLUIDAS EN LAS
PUBLICACIONES DE MOODY’S NO SON DECLARACIONES DE HECHOS ACTUALES O HISTÓRICOS. LAS CALIFICACIONES
CREDITICIAS Y PUBLICACIONES DE MOODY’S NO CONSTITUYEN, Y NO SON, UN CONSEJO FINANCIERO NI DE
INVERSIÓN, Y LAS CALIFICACIONES CREDITICIAS Y PUBLICACIONES DE MOODY’S NO SON, NI PROPORCIONAN,
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totalidad o en parte por, a resultas de, o en relación con, cualquier error (negligente o de otro tipo) u otras circunstancias o
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declaraciones de hechos ni recomendaciones para comprar, vender o mantener cualesquiera títulos. Cada usuario de la información
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PARA NINGÚN OBJETO O FIN DETERMINADO.
MIS, agencia calificadora subsidiaria 100% propiedad de Moody’s Corporation (“MCO”), informa por la presente que la mayoría de los
emisores de títulos de deuda (incluidos bonos corporativos y municipales, obligaciones, pagarés y títulos) y acciones preferentes
calificados por MIS han acordado, con anterioridad a la asignación de cualquier calificación, retribuir a MIS por sus servicios de análisis
y calificaciones mediante sus honorarios que oscilan entre los 1,500 dólares y aproximadamente los 2,500,000 dólares. MCO y MIS
también mantienen políticas y procedimientos para garantizar la independencia de las calificaciones y los procesos de asignación de
calificaciones de MIS. La información relativa a ciertas afiliaciones que pudieran existir entre consejeros de MCO y entidades
calificadas, y entre entidades que tienen asignados calificaciones de MIS y que también han informado públicamente a la SEC que
mantienen un interés de propiedad en MCO superior al 5%, se publica anualmente en la página web de Moody’s en
www.moodys.com, bajo el capítulo de “Shareholder Relations – Corporate Governance – Director and Shareholder Affiliation Policy”.
Cualquier publicación que se haga en Australia de este documento es a través de la afiliada de MOODY'S, Moody’s Investors Service
Pty Limited ABN 61 003 399 657, con Licencia para Servicios Financieros en Australia núm. 336969. Este documento es para ser
provisto únicamente a “clientes mayoristas” según se establece en la sección 761G de la Ley de Sociedades 2001. Al acceder a este
documento desde cualquier lugar dentro de Australia, usted está representando ante MOODY’S que usted es, o está accediendo al
documento como representante de un “cliente mayorista” y que ni usted ni la entidad a la que representa divulgarán directa o
indirectamente este documento o su contenido a “clientes minoristas” según se establece en la sección 761G de la Ley de Sociedades
2001.
No obstante lo anterior, las calificaciones crediticias asignadas del 1 de octubre de 2010 en adelante por Moody’s Japan K.K. (“MJKK”)
son opiniones actuales de MJKK respecto del relativo riesgo crediticio futuro de entidades, compromisos de crédito, deuda y cualquier
otro instrumento asimilable a deuda. En tal caso, se deberá considerar que “MIS” es sustituido por “MJKK” en dichas declaraciones.
MJKK es una agencia calificadora subsidiaria 100% propiedad de Moody's Group Japan G.K., que es 100% propiedad de Moody’s
Overseas Holdings Inc., una subsidiaria 100% propiedad de MCO.
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27 DE JANEIRO DE 2012
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