SET/OUT 2009
Sindilub
Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio
de Lubrificantes – SINDILUB
Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas
Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho
Diretor Secretário: Carlos Abud Ristum
Diretor Tesoureiro: Jaime Teixeira Cordeiro
Diretor Social: Antonio da Silva Dourado
Diretor Executivo: Ruy Ricci
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João Paulo Fernandes
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É proibida a reprodução de qualquer matéria e imagem sem
nossa prévia autorização.
Caros amigos,
No Sindilub já se encontra à disposição dos interessados, gratuitamente, o Guia Básico
de Gerenciamento de Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados Essa publicação foi
desenvolvida e editada pelo Grupo de Monitoramento Permanente da Resolução Conama nº
362/2005 (GMP)
Trata-se de uma cartilha, voltada à população em geral e que pode (e deve) ser empregada
no treinamento dos que realizam trocas de óleo, mais expostos aos riscos do produto Em
linguagem clara, ela traz informações detalhadas sobre a composição dos lubrificantes e
os cuidados necessários à manipulação e ao descarte de produtos acabados e usados ou
contaminados, assim como orientações sobre a correta forma de realizar a troca do óleo, o
acondicionamento do produto usado, sua coleta e destinação
O guia é uma importante ferramenta de profissionalização do setor, destinada a evitar
acidentes e riscos à saúde e ao meio ambiente Vale lembrar que num passado até recente
predominava no Brasil certo descaso com relação a segurança, no amplo sentido dessa
palavra Em alguns casos, o desrespeito aos cuidados mais elementares causou a perda de
vidas e danos irreparáveis ao meio ambiente, além de prejuízos financeiros
Esses desastres levaram a mudanças de postura quanto à segurança, criando a cultura da
prevenção, que se alastrou para o setor empresarial, determinando atitudes mais responsáveis
nesse contexto
Nesse sentido, o Sindilub procura fazer sua parte, incentivando a adoção de posturas
empresariais modernas dentro do setor, para prevenir acidentes de todas as naturezas
“A natureza”, segundo o escritor alemão Johann Goethe, “é o único livro que oferece um
conteúdo valioso em todas as suas folhas” Então, solicite seus exemplares do guia Valorize e
multiplique suas páginas e boa leitura
Grande abraço,
Laercio Kalauskas, Presidente do Sindilub
Nesta edição:
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Confira os Principais Lançamentos da Expopostos
Regulamentação da Revenda não Muito Distante
GMP Realiza Oficina Nacional
Rio de Janeiro Cria Lei para Destinação do OLUC
Engrene Nesta Idéia, Valorize e Multiplique
As Siglas nas Embalagens de Lubrificantes
Lubrax Náutica Tecno Chega para Completar o Time
Grupo Agecom deve Crescer 8% em 2009
Spanjaard faz a Corte ao Mercado Brasileiro
Óleo de Transformador - Características, Aplicações e Cuidados
Notas
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Evento
CONFIRA OS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DA ExPOPOSTOS
EQUIPAMENTOS PARA TROCAS DE ÓLEO E NOVOS LUBRIFICANTES
FIGURARAM ENTRE AS NOVIDADES
o sistema mecânico, ele tem como
diferencial a possibilidade do operador programar a quantidade de óleo
lubrificante que será abastecido.
Redução dos índices de adulteração e assinatura da chamada
Lei do Perdimento, que autoriza
o Estado a reutilizar os combustíveis apreendidos em operações
de fiscalização. Esses foram os
principais temas da abertura da Expopostos 2009, realizada no Expo
Center Norte, em São Paulo, entre
16 e 18 de setembro.
O equipamento lança um cupom
com o registro de quanto foi abastecido, quem abasteceu e o tipo de
óleo que foi utilizado. O sistema faz
tudo sem contato do operador com o
óleo e pode ser adaptado para até 8
pontos de abastecimento.
Ana Azevedo
O convênio firmado entre o Governo do Estado e o Sindicato Nacional
Outra novidade trazida para a
das Empresas Distribuidoras de
Feira foi o Posto de Abastecimento
Combustíveis e Lubrificantes (SinPneumático. Um sistema a vácuo,
dicom), contou com a presença do
que retira o óleo do motor por sucção
governador José Serra, do secretário
e o conduz até um tanque, sem conda Fazenda, Mauro Ricardo Machado
tato com o operador. “Esse sistema
Costa, o secretário da Justiça e Defesa
elimina a sujeira, reduz os riscos de
Estande da Chevron
da Cidadania, Luiz Antonio Marrey, o
acidentes e ainda filtra o óleo antes de
mandá-lo para o tanque”, explica o diretor
procurador-geral de Justiça, Fernando
proprietário Lincoln Cesar Costa.
Grella Vieira, o diretor executivo do ProconSP, Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer, e o presidente
No estande da Leone o destaque ficou para o Elevador
do Sindicom, Leonardo Gadotti Filho.
com acionamento elétrico e hidráulico. Segundo Rafael
Acompanhando o segmento há muitos anos, a diretoria
do Sindilub manifestou contentamento em relação à assinatura do convênio. “Nesse momento estamos vendo vingar uma iniciativa que nasceu
de um grande batalhador do
sistema, que é o presidente do
Sincopetro, José Alberto Paiva
Gouveia. Também estou feliz
por perceber que estão sendo
superadas as divergências que
criaram um distanciamento
entre o Sindicato de São Paulo e Federação”, comentou o
diretor Ruy Ricci.
Gálea, a manutenção tanto corretiva, quanto preventiva
do equipamento é muito baixa, e ele permite uma melhor
organização da troca de óleo. “É um equipamento que não
tem coluna, funciona no sistema
de tesoura, com capacidade
para 3.500 quilos”, explica.
Pensando na proteção ao
meio ambiente, a Leone apresentou ainda o coletor de
óleo ecológico, com bujão
fechado, que evita o risco de
derramamento, caso ele venha
a tombar. O prato de coleta é
mais longo e a descarga pressurizada, o que evita a necessidade de virar o equipamento.
Completando a linha, um calibrador portátil com autonomia
para encher ou calibrar quatro
pneus, ou encher um pneu zerado.
Ana Azevedo
A exemplo dos anos anteriores, a quinta edição da
Expopostos contou com um
Fórum Internacional, que reuniu
palestras sobre vários temas, e
Equipamentos no Estande da Leone
uma exposição de produtos e
serviços. Embora focada no segQuem visitou a Feira também
mento de combustíveis, a Feira trouxe
pode conferir o lançamento para o mercado de lubrificaninovações também para quem trabalha com o lubrificante. tes feito pela Chevron Brasil, detentora da marca Texaco.
No estande da LC Equipamentos, os visitantes puderam conhecer um equipamento que permite o gerenciamento do sistema de lubrificação. Criado para substituir
4
Sindilub
A linha “Premium” de produtos Havoline com Deposit
Shield™, tem como característica principal criar um escudo
protetor contra a formação de depósitos assim que entra
Segundo o coordenador de marketing da Chevron,
Rogério Mesquita, a Feira é um excelente canal para identificação de oportunidades e tendências, já que o Brasil é o
segundo mercado em importância para a Chevron em todo
o mundo. Além da linha Havoline, a Companhia lançou recentemente a nova família de produtos Ursa, para veículos
à Diesel. Para o próximo ano estão previstos projetos para
o contínuo reforço dos produtos Texaco, principalmente
através dessas duas marcas.
SELO
Durante o Evento, uma solenidade marcou o início
das comemorações dos 50 anos da Fecombustíveis, que
acontece em 2010. Com apoio dos correios, foi lançado um
selo personalizado, com detalhes da bandeira do Brasil. O
presidente Paulo Miranda Soares destacou o trabalho feito
pelo ex-presidente Gil Siuffo, que permaneceu no cargo
por 20 anos. “E se a revenda no Brasil ocupa o espaço
que tem hoje e funciona da atual forma, isso se deve ao
trabalho de Gil Siuffo, da Fecombustíveis e dos presidentes
que por aqui passaram”.
Também presente à solenidade, o diretor da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Allan
Kardec, congratulou a Federação pela luta e dedicação
que contribuíram para a melhora do segmento. Em en-
Ana Azevedo
em contato com as peças móveis do motor, ao mesmo
tempo em que avançados agentes detergentes ajudam a
manter essas peças limpas protegendo contra o atrito e
o desgaste.
Estande da LC
trevista ao Sindilub Press, Kardec destacou os avanços
conquistados, como o aumento da fiscalização, a redução
dos índices de adulteração e a melhora da qualidade de
todos os produtos.
Segundo ele, chegou a vez de trabalhar junto aos
lubrificantes. “Estamos pautando os lubrificantes nessa
agenda de fortalecer o mercado, inclusive em termos de
fiscalização que está sendo demandado pelos próprios
segmentos. Acredito que com as Resoluções vamos estudar qual será o impacto e depois disso vamos tomar as
ações sempre em conjunto com os empresários”.
Por Ana Azevedo
Evento
REGULAMENTAÇÃO DA REVENDA NÃO MUITO DISTANTE
Divulgação Congresso Simepetro
As discussões sobre as novas Resoluções da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, para
o segmento de lubrificantes foram destaque no
2° Congresso Nacional
Simepetro, realizado no
dia 28 de agosto, em São
Paulo. Com foco na Resolução n° 18, as palestras dos representantes
das superintendências
de Abastecimento, Fiscalização e Qualidade,
procuraram mostrar que
é possível rever aspectos
considerados conflitantes
pelo mercado.
Segundo o superintendente de Abastecimento
Edson Silva, é natural que
ao longo do ano as Resoluções sejam observadas para então
se definir que tipo de ajuste poderá ser feito. “Até o final do
ano vamos fazer um balanço de vigência dessas Resoluções
e verificar que tipo de alteração é conveniente fazer”.
Falando especificamente sobre a revenda, Silva afirmou
que esta etapa da regulamentação acontecerá em breve.
“É uma fase futura, não muito distante. Ele lembrou ainda
a preocupação com o Sistema de Informações de Movimentação de Produtos – SIMP. “Acabamos de colocar o
TRR e estamos nos preparando para ali adiante absorver
as informações do setor de lubrificantes. É que é um
volume muito grande de tarefas, mas acho que estamos
dando passos significativos e vamos chegar a esse pleito
da regulamentação da revenda”.
Falando pela Fiscalização, o superintendente adjunto,
Oiama Paganini Guerra, destacou as ações realizadas até
o mês de agosto;
Autuações
TCA reprovado (qualidade produto não conforme) ...17
Comercializar produto sem registro ANP....................6
Produzir produto sem registro ANP ............................5
Rótulo não conforme ...................................................1
Empresas Autuadas
Produtores ...................................................................4
Coletores ......................................................................2
Volume Apreendido
12.540 litros de óleo lubrificante acabado
820 kg de graxas industriais sem registro ANP
118.900 litros óleo básico
6
Sindilub
A especialista em regulação da ANP, e coordenadora
do laboratório da Agência em Brasília, Maria da Conceição
França, voltou a levantar a
questão das não conformidades mais frequentes:
Registro: produto sem
registro, grau SAE, nível
API e titularidade desatualizados. Troca de pacote
de aditivos sem atualização no Registro.
Rótulo: lote, data de
fabricação, número de
Registro ANP errado ou
ausente, dados do detentor e produtor, informação enganosa quanto a
base do produto (synthetic base e outros).
Qualidade: teores dos metais Ca, Mg, Zn abaixo
do especificado ou ausentes, viscosidade cinemática a
100ºC em desacordo com o grau SAE especificado.
Ela atualizou o número total dos tipos de lubrificantes registrados na Agência, 3.570 industriais; 2900 automotivos;
2250 graxas lubrificantes e 35 aditivos para lubrificantes.
A demanda de óleo básico também foi um tema que
movimentou o Congresso. De acordo com o gerente de
Comércio Interno de Lubrificantes e Parafinas da Petrobras,
Bernardo Noronha Lemos, para o segundo semestre de
2009 existe uma expectativa de aumento de demanda na
ordem de 10% em relação ao primeiro semestre. O mercado externo deverá registrar menor oferta de básico o que
propiciará um aumento de preços, enquanto no cenário
nacional a oferta de básicos segue estabilizada, bem como
os preços, com expectativa de que a situação permaneça
assim até o final do ano.
O Congresso abordou ainda a oferta de óleo básico
grupo II e III, meio ambiente, rerrefino de óleos lubrificantes
usados e o Programa Jogue Limpo, do Sindicom.
Por Ana Azevedo
Meio Ambiente
GMP REALIZA OFICINA NACIONAL
VÍDEO INSTITUCIONAL ExPLICA CADA UMA DAS ATIVIDADES QUE
INTEGRAM A CADEIA DO OLUC
Depois da realização das Oficinas Regionais, o Grupo
de Monitoramento Permanente da Resolução Conama n°
362/05 (GMP), promoveu nos dias 24 e 25 de setembro,
na sede da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (FIESP), a 1ª Oficina Nacional de Capacitação na
Resolução Conama, n° 362/2005.
Voltada para profissionais dos órgãos estaduais de
meio ambiente, a Oficina objetivou dar continuidade ao
processo de capacitação iniciado em 2008, com quatro
oficinas regionais e ao mesmo tempo, contribuir para o
diagnóstico da assimilação e aplicação da Resolução no
âmbito dos órgãos licenciadores e fiscalizadores. Mais uma
vez, o Sindilub participou do evento, como integrante do
GMP, e apoiador na divulgação do evento.
Para o coordenador do
GMP, Edmilson Costa, a
idéia era congregar as
experiências de 2008 em
um formato didático de
apresentação, e a partir daí
começar a trabalhar em
formato de mini-oficinas.
“Pretendemos rodar todos
os estados do país com
esse modelo”.
Ana Azevedo
Na avaliação de Costa,
a partir das Oficinas, houve um aumento na coleta
do óleo lubrificante usado
ou contaminado (Oluc).
De 2007 para 2008 o aumento foi em torno de 60
milhões de litros. “O trabalho começou a chamar a
atenção e os órgãos passaram a fiscalizar mais”, comenta.
Apesar disto, o coordenador diz que há uma preocupação de que esses números diminuam, em função da crise
econômica. Ele lembra que o preço do Oluc mantém uma
relação com o do óleo básico, que por sua vez tem preço
estabelecido pelo mercado internacional, em dólar. Esses
dois vetores acabam refletindo no preço de compra do
Oluc. “A gente acha que a tendência é ficar como está ou
ter uma pequena queda, mas vamos esperar os números”.
Para o representante do Ministério de Meio Ambiente,
Rudolf Noronha, a avaliação das Oficinas é muito boa. “Essa
Resolução tem um objeto que é extremamente importante
para o meio ambiente, quer dizer, a observação dos seus
preceitos traz um impacto ambiental muito positivo”.
Ele destacou ainda a criação do GMP, como algo que
tem dado força à Resolução e gerou a oportunidade da
8
Sindilub
realização das Oficinas. “A Oficina Nacional está culminando uma estratégia política de muito sucesso, de disseminar a Resolução e trazer um aperfeiçoamento para os
processos de licenciamento de fiscalização dos estados
e municípios”.
VÍDEO
O GMP desenvolveu um vídeo institucional com objetivo
de demonstrar todas as etapas do processo de produção
dos óleos lubrificantes, finalizando com o descarte e o rerrefino do produto. A proposta é utilizar o vídeo nas Oficinas
de Capacitação, de forma a ilustrar aos participantes quais
as principais características de cada uma das atividades
que compõem a cadeia do óleo lubrificante usado ou
contaminado (Oluc).
Com 10’54”, o vídeo
procura mostrar como é
obtido o óleo básico; que
o Oluc pode e deve ser
rerrefinado; os estragos
que o descarte irregular
pode provocar ao meio
ambiente; a importância
do rerrefino e o trabalho
do Grupo de Monitoramento Permanente da
Resolução n° 362 (GMP).
“Procuramos fazer um
filme didático que permita
aos agentes da fiscalização a verificação de todas
as etapas e documentos
que precisam ser exigidos
do coletor, do revendedor e
do rerrefinador”, comenta o diretor da Toscano Comunicações, Guilherme Toscano, responsável pela produção.
O filme focou o papel da revenda com imagens feitas
na J.A. Lubrificantes que mostram desde a operação da
troca do óleo, até o momento da entrega do Oluc ao coletor, bem como a verificação da documentação por parte
do fiscal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis (ANP). “Achei muito importante esse
vídeo, pois poderá despertar a consciência ecológica em
muitos empresários. Sabemos que existem oficinas que
fazem a troca e acham que pelo volume ser pequeno não
é preciso coletar e encaminhar para o rerrefino. Iniciativas
como essa podem ajudar, pois as multas não são baratas,
podem levar o empresário a ter que fechar o seu negócio”,
comenta o José Alves da Cruz, proprietário da J.A.
Por Ana Azevedo
Legislação
RIO DE JANEIRO CRIA LEI PARA DESTINAÇÃO DO OLUC
Pela primeira vez uma lei que
disciplina a destinação final do óleo
lubrificante usado, incluiu em seu
escopo também os filtros de óleo.
Publicada no dia 17 de setembro, no
Rio de Janeiro, a Lei 5541, sancionada
pelo governador Sérgio Cabral e baseada na Resolução Conama 362/05,
estabelece que todo óleo deverá ser
recolhido, coletado e ter destinação
final, de forma que não afete o meio
ambiente e permita a máxima recuperação dos produtos nele contido.
Para o cumprimento da legislação,
fica proibida a comercialização de óleos lubrificantes em estabelecimentos
que não possuam área adequada,
bem como os equipamentos específicos necessários para a coleta do
material a ser substituído.
Da mesma forma, a lei proíbe o
descarte de óleo usado em solos,
subsolos, em águas superficiais ou
subterrâneas, no mar, nos sistemas
de drenagem, nos sistemas de esgotos e nas galerias de águas pluviais.
Paralelamente, também fica proibido
o descarte dos filtros do óleo do motor, em geral substituídos durante as
operações de lavagem e lubrificação
de veículos.
Em caso de descumprimento da
legislação será imposta ao infrator
multa de R$ 5 mil a R$ 1 milhão.
SÃO PAULO
Na Capital paulista, a Lei municipal n° 14.802, de autoria do vereador
Goulart que estabelece o controle e o
destino de lubrificantes, aguarda desde 2008 a regulamentação por parte
do prefeito. De acordo com o texto,
o revendedor passa a ter a obrigação
de informar aos consumidores sobre
os locais que mantêm para a troca e
coleta do óleo, além de informações
sobre os danos que o descarte inadequado pode causar ao meio ambiente.
CONFIRA ALGUNS ARTIGOS DA LEI:
Art. 3º Ficam os produtores, importadores e revendedores de óleos
lubrificantes acabados, bem como o
gerador de óleo lubrificante usado,
responsáveis pelo recolhimento de
óleos lubrificantes servidos, nos limites das atribuições previstas nesta lei,
e em consonância com a Resolução
Conama nº 362/05, ou outra que a vier
a substituir.
Art. 4º Ficam os produtores e importadores de óleo lubrificante acabado responsáveis pela coleta dos óleos
lubrificantes servidos, os quais serão
destinados à reciclagem por meio
do processo de rerrefino, em volume
igual a 30% (trinta por cento) sobre o
total que tenham comercializado, ou
igual a meta superior, estabelecida
anualmente pelos Ministérios de Meio
Ambiente e de Minas e Energia, nos
termos da legislação vigente.
Por Ana Azevedo
Capa
ENGRENE NESTA IDÉIA,
VALORIZE E MULTIPLIQUE!
SOLICITAÇÃO DOS ExEMPLARES PODERá SER FEITA DIRETAMENTE NO SITE DO SINDILUB
O Sindilub coloca à disposição dos associados o Guia
Básico de Gerenciamento de OLUC (Óleos Lubrificantes
Usados ou Contaminados), desenvolvido pelo Grupo de
Monitoramento Permanente da Resolução Conama n°
362/05 – GMP, impresso com a colaboração da Gráfica do
SENAI, com objetivo de informar e despertar a atenção da
população para as questões relacionadas aos óleos lubrificantes usados ou contaminados e sua correta destinação,
de modo simples e direto.
Para o presidente do Sindilub, Laercio Kalauskas, o
Sindicato precisa atuar como um multiplicador das informações produzidas pelo GMP. “Estamos comprometidos com
essa divulgação e faremos todo esforço para que nossos
associados adotem o Guia e chamem a atenção dos
seus clientes”, comenta.
O diretor Ruy Ricci explica que o
ponto de venda fará a diferença nesse
processo de multiplicação. “O revendedor
tanto atacadista, quanto varejista, poderá
inclusive utilizar o Guia para o treinamento
da sua equipe, pois serão eles que levarão
essas informações ao consumidor final”, diz.
O Secretário Executivo do Sindirrefino,
Walter Françolin lembra ainda que não há uma
só atividade do mundo moderno que prescinda
do uso de óleos lubrificantes. “Os veículos de
transporte de carga e de passageiro, implementos
agrícola e industrial dependem de lubrificação para
seu perfeito funcionamento. Milhares de trabalhadores que cotidianamente efetuam a troca do óleo desconhecem os perigos e os riscos que a manipulação
inadequada do óleo lubrificante usado pode causar para
o ambiente, para a saúde humana e até para a economia
do país”, alerta.
Outra preocupação manifestada pelo GMP diz respeito
a práticas populares que por vezes incentivam o uso ilegal desse resíduo, considerado tóxico e perigoso, como
impermeabilização de pisos, cercas de madeira, até o
“absurdo” uso como medicamento veterinário. Na opinião
de Françolin, o Brasil está próximo de alcançar uma coleta
de óleos lubrificantes usados, na ordem de 40,0%, em relação ao volume de óleo lubrificante novo comercializado. O
objetivo de obter a máxima quantidade de óleo lubrificante
10 Sindilub
básico por meio do rerrefino, tornou-se possível, graças
à atuação da coleta do óleo junto às revendas e aos consumidores finais e o comprometimento da população que
usa lubrificante em seus veículos e equipamentos e, do
setor do governo e da iniciativa privada que integram o
GMP. “A ação coordenada de todos foi fundamental para
o alcance da marca próxima a 40,0% de coleta”, ressalta.
Obrigação do Revendedor
O Guia aponta o papel de cada um dos atores envolvidos nessa cadeia, orientando o revendedor e o consumidor
quanto à sua responsabilidade ambiental, demonstrando
que a destinação do óleo lubrificante usado ao rerrefino é a
melhor e a mais segura opção na cadeia da logística reversa para esse tipo de resíduo. A divulgação da legislação e
a conscientização dos geradores de óleo usado quanto ao
cumprimento das normas de segregação, coleta, armazenamento e destinação do óleo lubrificante usado, deverão
incrementar a coleta de todo óleo usado, facilitando em
muito o trabalho do GMP na busca do cumprimento da
Resolução 362/2005.
Para obter os Guias, as empresas deverão fazer a solicitação através do site do Sindilub – www.sindilub.org.br
Por Ana Azevedo
idual para Trocadores de Óleo
Equipamentos de Proteção Indiv
Cuidados com a Saúde
Fique por dentro
AS SIGLAS NAS EMBALAGENS DE LUBRIFICANTES
ELAS AJUDAM O CONSUMIDOR A IDENTIFICAR SE O LUBRIFICANTE ATENDE
àS ExIGêNCIAS CONTIDAS NO MANUAL DO FABRICANTE
Basta olhar para os carros das décadas de 80, 90, para
constatar que tudo mudou. Com a abertura do mercado e
a entrada dos importados, o motorista brasileiro começou
a viver uma nova era. Carros mais potentes, modernos e
consequentemente, com motores muito mais evoluídos.
Essa evolução trouxe mudanças significativas, como
o aumento das rotações e da temperatura de operação.
Atualmente existem motores que queimam o combustível
a temperaturas próximas de 600 °C, quase o dobro dos
motores de antigamente.
Para acompanhar essa tendência os óleos lubrificantes
também tiveram que evoluir. No entanto, muitos consumidores ainda fazem confusão quando precisam escolher
o produto mais indicado para seus veículos. Uma das
principais reclamações é entender o que significam as
siglas nas embalagens dos óleos lubrificantes: API, SAE,
ACEA, dentre outras.
Simplificando, basta dizer que estas são siglas de
entidades internacionais que são responsáveis pela elaboração de uma série de normas (baseadas em testes
específicos) para a classificação dos lubrificantes, de
acordo com o seu uso. Desta forma, o consumidor tem
como identificar se o lubrificante atende às exigências de
seu equipamento consultando o manual do fabricante.
Um exemplo prático: a Volkswagen recomenda para
seus veículos produzidos antes de dezembro de 2002,
utilizar qualquer marca de óleo desde que a especificação
para viscosidade seja SAE 15W40 ou SAE 5W40. Para
veículos após dezembro de 2002, o óleo a ser utilizado
deverá ser o SAE 5W40 independente da marca.
Voltamos então para a questão: o que é SAE?
SAE – Society of Automotive Engineers – É a classificação mais antiga para lubrificantes automotivos, definindo
faixas de viscosidade e não levando em conta os requisitos
de desempenho. Os números que aparecem nas embalagens dos óleos lubrificantes automotivos (30, 40, 20W/40,
etc.) correspondem à classificação pelos critérios da SAE,
que se baseiam na viscosidade dos óleos a 100° Celsius,
apresentando duas escalas: de baixa temperatura (de 0W
até 25W), sendo que a letra “W” significa “Winter”, e de
alta temperatura (de 20 a 60).
Quanto maior a temperatura maior será o número da
viscosidade do óleo. Graus menores suportam baixas
temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a bombeabilidade. (gráfico 1)
Um óleo com um índice de viscosidade amplo pode ser
enquadrado nas duas faixas de temperatura (alta e baixa),
por apresentar menor variação de viscosidade em virtude
da alteração da temperatura. Desta forma, um óleo SAE
12 Sindilub
20W/40 se comporta nas baixas temperaturas como um
óleo 20W reduzindo o desgaste na partida do motor ainda
frio e nas altas temperaturas se comporta como um óleo
SAE 40, tendo uma ampla faixa de utilização.
Outra sigla muito comum nas embalagens de óleos
lubrificantes é a API – American Petroleum Institute. Tratase de um Grupo que elaborou, em conjunto com a ASTM
(American Society for Testing and Material), especificações
que definem níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender.
Essas especificações funcionam como um guia para
a escolha por parte do consumidor, no entanto ele deve
obedecer, tanto para viscosidade, quanto para nível de
serviço, as recomendações do fabricante. Para carros de
passeio, por exemplo, temos os níveis API SJ, SH, SG, etc...
O “S” significa Service Station, e a outra letra define o
desempenho. O primeiro nível foi o API AS, obsoleto há
muito tempo, consistindo em um óleo mineral puro, sem
qualquer aditivação. Com a evolução dos motores, os óleos ganharam aditivos, como forma de proteger os motores
contra o desgaste e corrosão, redução de emissões e da
formação de depósitos ou borras.
No caso dos motores movidos a óleo diesel, a classificação é API CI-4, CG-4, CF-4, CF, CE, etc. O “C” significa
Commercial.
No caso do API os produtos são classificados na ordem
sequencial das letras do alfabeto. Nem sempre utilizar um
produto com letra acima da determinação do fabricante,
significa bom negócio. Quanto maior a letra, mais caro o
produto. O ideal é nunca utilizar óleo de especificação API
inferior à recomendada pelo fabricante.
TABELA DE OLEOS DE ESPECIFICAÇÃO API-S
..API-SA/SB/SC/SD
..API-SA/SB/SC/SD
..API-SE
..API-SF
..API-SG
..API-SH
..API-SJ
..API-SL
.
.1930-1971
.1972
.1980
.1989
.1994
.1996
.2001
..
..Em desuso atualmente
..Para motores 1971-1979
..Para motores 1980-1989
..Para motores 1989-1993
..Para motores 1994-1996
..Para motores 1996-2000
..Para motores 2001...
Obs. No Brasil o nível mínimo de desempenho de um
óleo lubrificante é o API SF
Continuando no universo de siglas, existem a ACEA –
Association dês Constructeurs Européens de l´Automobile
(antiga CCMC) – Classificação européia que associam
alguns testes da classificação API, ensaios de motores
europeus (Volkswagen, Peugeot, Mercedes Benz, etc.) e
ensaios de laboratório.
CLASSES DE VISCOSIDADES SAE
manuais de fabricantes, pelos
testes da ACEA. A mudança se
deve ao fato dos testes serem
mais exigentes e adequados aos motores brasileiros
que, ao contrário dos norteamericanos, possuem baixa
cilindrada e alta potência.
NMMA – National Marine Manufacturers Association – Substitui o antigo BIA (Boating Industry Association), classificando os óleos lubrificantes que satisfazem suas
exigências com a sigla TC-W (Two Cycle Water), aplicável somente a motores de popa
a dois tempos. Atualmente encontramos óleos nível TC-W3, pois os níveis anteriores
estão em desuso.
O que fica claro, é que mais
que orientar o consumidor
a utilizar o óleo indicado no
manual do fabricante, e obedecer ao período de troca; é
importante que o revendedor
explique para o seu cliente o
que significa dirigir em condições severas, pois muitas
pessoas acreditam que por
utilizarem o carro em trajetos
curtos, estão exigindo pouco
deles, quando é exatamente o
contrário. Nessas condições o
motor funciona a maior parte
do tempo abaixo da temperatura de trabalho e, quando a
atinge no trânsito, a refrigeração é inadequada.
Embora mais tradicional, a especificação API vem sendo substituída em alguns
Por Ana Azevedo
gráfico 1
JASO – Japanese Automobile Standards Organization – Define especificação para
a classificação de lubrificantes para motores a dois tempos (FA,FB e FC, em ordem
crescente de desempenho).
Produto
LUBRAx NáUTICA TECNO ChEGA
PARA COMPLETAR O TIME
A Petrobras lançou mais um lubrificante náutico, oferecendo ao
mercado uma linha completa para
motores. O desenvolvimento de um
novo lubrificante visa atender às
novas especificações das entidades
internacionais de classificação de
lubrificantes e dos fabricantes de equipamentos, que estão cada vez mais
rigorosas, pois buscam o controle de
emissões de poluentes, economia de
combustível ou alguma necessidade
específica do equipamento.
Até 2006, os motores à gasolina,
principalmente os de popa eram
predominantemente de 2 Tempos,
mas com o aumento das exigências
de proteção ao ambiente aquático
natural (marinho, fluvial ou lacustre),
os fabricantes tiveram que substituir
esses motores pelos de 4 Tempos,
uma vez que os de 2 Tempos apresentavam menor durabilidade, maior
produção de ruído e poluíam mais.
Diante desse cenário no mercado
de embarcações de esporte e lazer,
a National Marine Association Oil
Certification Committee desenvolveu
uma nova especificação para reger
os correspondentes lubrificantes, a
qual é designada por NMMA FC-W
(Four Cycles – Water), que traduzido
significa Quatro Ciclos – Água.
Considerando essa tendência,
a Petrobras Distribuidora, sempre
compromissada com a manutenção
de uma linha de produtos atualizada,
desenvolveu com tecnologia sintética
o Lubrax Náutica Tecno, que está
formalmente aprovado quanto às exigências técnicas do nível de desempenho NMMA FC-W e também atende
o nível de desempenho API SL. Está
disponível sob o grau de viscosidade
SAE 25W-40 e embalagem de um litro.
Ele é o único lubrificante que atende
num só produto duas categorias de
motores, de popa e centro.
Com esse lançamento, a Petrobras oferece ao mercado uma linha
completa de lubrificantes para motores náuticos:
» Lubrax Náutica e Lubrax Náutica
Syntonia para motores de popa
de 2 Tempos;
» Lubrax Náutica Tecno (lançamento) para motores de popa de 4
Tempos, centro e centro-rabeta
à gasolina;
» Lubrax Náutica Diesel para motores de centro e centro-rabeta
a diesel.
Setembro/Outubro 2009
13
Entrevista
GRUPO AGECOM DEVE CRESCER 8% EM 2009
Um crescimento de 8% em 2009, essa é a expectativa
do Grupo Agecom, que aposta no fim da crise econômica.
De acordo com o diretor comercial, Maurício de Oliveira
Júnior, nos últimos três meses o Grupo atingiu volumes
maiores que em 2008, ano considerado muito bom.
Atualmente o Grupo Agecom é composto por cinco
empresas – Agecom Produtos de Petróleo, Petrowax, Lesil
Lubrificantes, Agecom America Co. e Cotrag Transportes.
Na área de lubrificantes, o Grupo desenvolve e distribui
opções automotivas para veículos leves e pesados, e para
o segmento industrial.
Sindilub Press – Qual a expectativa de crescimento
para o Grupo Agecom este ano?
Maurício – Estamos fazendo volumes maiores que em
2008, então acreditamos que o crescimento para 2009
chegue a 8%.
Sindilub Press – A que você atribui o crescimento
nas vendas em um ano tão difícil?
Maurício – Atribuímos o crescimento ao intenso trabalho
com call center ativo e agressividade nas vendas.
Sindilub Press – Como é feita a distribuição dos
lubrificantes da Agecom (canal utilizado)?
Maurício – Por meio de rede de distribuidores.
Sindilub Press - Qual é a expectativa para o mercado
de lubrificantes em médio prazo?
Maurício – A Agecom Produtos de Petróleo espera
dobrar de tamanho nos próximos três anos.
Sindilub Press – Quais as tendências de produtos
para o mercado automotivo?
Maurício – Tecnologias mais modernas em óleos lubrificantes sintéticos e semissintéticos.
Banco de Imagens Agecom
Sindilub Press – Quais as principais características
dos lubrificantes da linha automotiva?
Maurício – Tecnologia, desempenho e assistência
técnica.
Sindilub Press – E da industrial?
Maurício – Também apresentam alta tecnologia, bom
desempenho e assistência técnica.
Sindilub Press – Quais os principais produtos da
Agecom lubrificantes?
Maurício – Na área de lubrificantes, o Grupo desenvolve e distribui opções automotivas para veículos leves
(Vorax 2 tempos, Vorax 4 tempos, Vorax SF, Vorax SJ, Vorax SL 15w50 e Vorax SL 10w40 Semissintético) e veículos
pesados (Maxi Gear GL5, Maxi Diesel CF, Maxi Gear ATF,
Maxi Gear HTF-II, Maxi Turbo 15w40 e Maxi Gear GL40),
como também industriais (LG, LG-Lavável Tex, Hercon,
CPSR-III, Text, Work Oil e Emul 38).
Sindilub Press – Qual o produto considerado carro
chefe da empresa no segmento de lubrificantes?
Maurício – O óleo SL10W40.
Sindilub Press – A crise afetou a venda de produtos
no mercado industrial? Como está o quadro hoje?
Maurício – No início, sim, até março deste ano (2009),
mas após esse período retomamos o crescimento e já
alcançamos o faturamento de 2008.
Sindilub Press – Fale sobre as demais empresas
do Grupo.
Maurício – A Petrowax que atua na produção, envase
e armazenagem de produtos químicos e derivados de petróleo, tem muito para comemorar, além de seus 14 anos
de operações. A companhia, que anteriormente prestava
serviços majoritariamente para as empresas do Grupo,
hoje alça vôo e atende uma extensa gama de clientes,
registrando quebra de recordes no faturamento dos últimos dois anos. Atualmente, o portfólio da companhia
inclui lubrificantes automotivos e industriais, produtos
agrícolas, vaselinas, dispersantes, anti-espumantes e
especialidades químicas.
Além de oferecer serviços de administração de
materiais, manutenção de
estoque, suporte logístico,
armazenagem paletizada,
apoio técnico e operacional,
e controle de qualidade no
recebimento, no processo
e na expedição. A Lesil é
uma empresa de serviço,
localizada em Diadema que
faz a distribuição dos óleos
lubrificantes da Agecom.
Futuramente pretendemos
Banco de Imagens Agecom
Teste de Qualidade
Fachada da Empresa
deixar a unidade de Iperó para atender terceiros, e focar
a produção e distribuição na Lesil. Isso deverá acontecer
em janeiro de 2010. A Cotrag Transportes é voltada para o
segmento de logística. Com mais de 50 caminhões ela hoje
tem 90% do seu atendimento voltado para a distribuição
dos produtos da Agecom e o restante para terceiros. O
Mercado
objetivo é ampliar essa atuação terceirizada. Temos ainda a
Agecom América Co., instalada em Houston, Texas (EUA),
que é voltada para o mercado de importação e exportação de produtos em geral. Vale ressaltar que a Agecom
Produtos de Petróleo possui também a divisão Química.
Por Ana Azevedo
SPANJAARD FAZ A CORTE
AO MERCADO BRASILEIRO
Recentemente, representantes do grupo holandês
Spanjaard estiveram no Brasil procurando viabilizar a
implantação da marca no mercado nacional, por meio
de parcerias com pequenas e médias empresas locais.
A Spanjaard produz cerca de 400 produtos, entre lubrificantes especiais, aditivos, graxas e itens para limpeza e
embelezamento de veículos, direcionados aos segmentos
automotivo e industrial. Está presente em cerca de 30
países e em 2008 ocupou a 49ª posição no ranking das
empresas mais rentáveis da emergente África do Sul, país
em que está instalada uma de suas unidades fabris.
industrial. “O aperfeiçoamento do maquinário vem exigindo dos equipamentos maior rentabilidade e produtividade,
resultados que podem ser obtidos por meio do uso de lubrificantes adequados, que garantam esse desempenho”,
diz o diretor da empresa, Amadeu Fernandes.
Ele assegura que, além das linhas de produtos regulares para todas as utilizações, a Spanjaard também elabora
soluções técnicas específicas em lubrificação, inclusive as
direcionadas às chamadas situações críticas.
Por Cristiane Collich Sampaio
“Estamos em busca de parcerias locais que possam
desenvolver a área comercial da marca no país”, declarou
o diretor da empresa, Amadeu Fernandes. Segundo ele,
“a vocação da Spanjaard é fabricar produtos eficientes
ao menor custo, acreditando que empresas, com áreas
geográficas de atuação concedidas com exclusividade,
tenham melhores condições de desempenhar adequadamente a gestão comercial da marca”.
A Spanjaard teve início em 1802, na Holanda, no ramo
têxtil. Sobreviveu a duas guerras e adaptou-se às transformações do mercado, procurando atender às novas
demandas. Na década de 60, já como Grupo Spanjaard,
ingressou no setor de lubrificantes especiais, com o desenvolvimento de produtos voltados aos ramos automotivo e
Setembro/Outubro 2009
15
Espaço Técnico
ÓLEO DE TRANSFORMADOR
CARACTERÍSTICAS, APLICAÇÕES E CUIDADOS
O óleo mineral isolante, também conhecido como óleo
de transformador, tem papel fundamental no funcionamento e proteção dos componentes de equipamentos elétricos
como o transformador de energia - equipamento estático
responsável pela transferência de energia elétrica de um
circuito para outro, mantendo a mesma frequência Hertz,
variando valores de corrente e tensão. O bom desempenho
desse equipamento é imprescindível para o fornecimento
de eletricidade com qualidade e segurança em plantas
industriais, residências e comércios.
No mercado encontram-se atualmente dois tipos de
óleos isolantes, o de base Naftênica (tipo A) e o de base
Parafínica (tipo B). No Brasil, o produto mais utilizado é
o Naftênico que tem maior resistência a oxidação e normalmente é importado dos Estados Unidos, Venezuela,
Europa. As normas e especificações para óleos minerais
isolantes tipo A e tipo B de origem nacional ou importada, comercializados em todo o território nacional são
estabelecidas pela ANP através da Resolução n° 36, de 5
de dezembro de 2008 e Regulamento Técnico n° 4/2008.
No transformador o óleo passa em volta do núcleo e
enrolamento (conjunto de fios enrolados) com a finalidade
de manter constante a temperatura, por meio de circulação
continua, expandindo e contraindo em função da carga
gerada pelo fluxo elétrico. As funções e características
principais do óleo de transformador são isolamento elétrico (capacidade dielétrica), refrigeração do sistema, ponto
de fluidez adequado às condições ambientais do local de
instalação e alto ponto de fulgor para garantir maior segurança operacional, explica a especialista de laboratório
químico da Siemens, Marilucia Martinato.
O diretor comercial das Indústrias Celta, Roberto Cintra,
estima que o volume deste mercado seja de 32 milhões
de litros/ano. Entre os maiores consumidores nacionais
estão às concessionárias de energia e o setor de reposição
(manutenção de equipamentos) que atende as indústrias.
Apesar do crescimento da demanda mundial por
energia, o consumo brasileiro de óleo isolante não acompanha esta tendência, “o mercado se mantém estável,
pois a movimentação de grandes volumes depende de
investimentos no setor de geração e de distribuição de
Divulgação Siemens
Amostra de óleo mineral isolante
novo acondicionada para medição
de rigidez dielétrica.
16 Sindilub
Equipamento para medição de rigidez dielétrica.
energia”, explica o engenheiro da assessoria técnica da
Cia. Ipiranga, Claudio Abad.
O óleo isolante por causa da baixa biodegrabilidade
permanece por um longo período no meio ambiente. É
classificado como produto perigoso para transporte,
de acordo com a resolução 420 da Agência Nacional
de Transportes Terrestres de 12/02/2004. No Brasil,
para transporte rodoviário o número ONU é: 3082. O
nome apropriado para embarque é: SUBSTÂNCIAS
QUE APRESENTAM RISCO PARA O MEIO AMBIENTE,
LÍQUIDAS, N.E (Hidrocarbonetos). Classe de risco: 9,
número de risco: 9, risco subsidiário N.A.
Em caso de derramamento é necessário, para remoção do óleo, utilizar equipamentos de proteção individual
(EPI’s) a fim de preservar a saúde do trabalhador. Além da
contaminação através da pele, o produto quando aquecido libera gás sulfídrico que pode ocasionar irritação no
sistema respiratório.
Para minimizar o impacto ambiental, estanque o vazamento. O óleo espalhado não deve ser drenado para o
esgoto para evitar contaminação de águas superficiais e
mananciais. É aconselhado usar serragem ou outro ma-
Notas
Divulgação Siemens
Para evitar avarias ao produto, o armazenamento dos
tambores deve ser sobre estrados ou ripas de madeira,
local ventilado, ao abrigo do sol e chuvas, longe de fontes
de calor e ignição e afastado de produtos químicos incompatíveis como ácidos e oxidantes. É indicado estocar
em local com bacia de contenção, para que em caso de
vazamento o óleo seja retido.
Transformador de Força
terial absorvente para remoção.
O descarte do óleo isolante e material utilizado para
remover o produto derramado, segundo a Resolução ANP
nº16 de 2009 que vigora a partir de 1º de janeiro de 2010,
deve seguir a NBR nº 8371 da ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas) sob as diretrizes da Convenção de
Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, não
devendo ser encaminhados para o rerrefino.
Fontes: Ficha de Segurança Cia. Bras. Ipiranga, Ricci & Harhar.
Por Thiago Castilha
CONVENÇÃO COLETIVA 2009/2010
O Sindilub garantiu junto à Federação dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de
Petróleo, a data base de 1° de setembro, para a Convenção Coletiva 2009/2010. Por sua vez, a Federação encaminhou ao Sindicato o elenco de reivindicações dos trabalhadores, que foi analisado pela
Comissão responsável pelas negociações, formada pelo presidente Laercio Kalauskas, o vice-presidente
Lucio Seccato Filho, o diretor executivo Ruy Ricci e o associado Edélcio Fornari.
De acordo com o presidente, o próximo passo será discutir essas reivindicações com os representantes dos trabalhadores. “Estamos aguardando o agendamento de uma data para dar início às
discussões. Acreditamos que o processo deverá ser tranquilo e esperemos fechar a negociações o
mais breve possível” conclui Kalauskas.
GRAxA BIODEGRADáVEL EM TESTE
A graxa verde encerra um conceito, que não está relacionado simplesmente com sua cor: aqui o
termo significa um novo produto, que é consistente e 100% biodegradável. Trata-se de um “óleogel”,
nova classe de lubrificantes, produzido a partir de óleo de rícino e derivados de celulose. O novo produto
– destinado a veículos e equipamentos industriais – foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Huelva, na Espanha, e não utiliza nenhum dos compostos químicos contaminantes presentes nos
similares tradicionais, como óleos derivados de petróleo.
Conforme declarações do pesquisador José María Franco, “a graxa verde é uma alternativa às
graxas lubrificantes tradicionais, que geram uma poluição difícil de controlar quando são descartadas
no meio ambiente”.
A evolução nesse campo mostra a substituição gradativa de óleos minerais por similares vegetais.
Porém, até o momento, não havia sido detectado um substituto eficiente para os espessantes metálicos, que garante o alto rendimento das graxas industriais. A resposta pode estar nessa nova graxa
vegetal, ainda que os pesquisadores admitam a necessidade de novas pesquisas, para aperfeiçoar
seu desempenho lubrificante e antidesgaste.
Setembro/Outubro 2009
17
Notas
AGORA, DADOS SOBRE ÓLEOS USADOS SÃO PúBLICOS
Em meados de julho os dados oficiais sobre coleta e comercialização de óleos usados passaram
a ser divulgados no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As
informações, de âmbito regional e nacional, são geradas a partir de relatórios encaminhados trimestralmente ao órgão pelos agentes econômicos envolvidos, conforme revela o superintendente adjunto
de Abastecimento da agência, Carlos Orlando da Silva.
Segundo ele, “tais informações, que serão atualizadas a cada trimestre, permitem aferir o atendimento
à Portaria Interministerial nº 464, de 29 de agosto de 2007, entre outros empregos, e vêm ao encontro
da transparência com que a ANP reveste o exercício das suas atribuições legais”.
Os dados estão disponíveis no endereço http://www.anp.gov.br/doc/petroleo/Dados_Regionais_e_Nacionais_de_Comercializacao_e_Coleta_de_Oleos_Lubrificantes.pdf
NOVO SUPERINTENDENTE DA ANP
Dirceu Amorelli é o novo superintendente de abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis – ANP. Graduado em Engenharia Mecânica pelo CEFET-RJ, Amorelli assume
no lugar de Edson Silva. Na ANP desde 2005, o novo superintendente possui experiência na área de
distribuição e logística e em diversos segmentos do upstream. É membro do Conselho Fiscal da Associação dos Servidores da Agência Nacional do Petróleo (ASANP), tendo sido eleito com o segundo
maior número de votos por dois mandatos. Participou ainda da subcomissão interministerial coordenada
pelo MME e EPE destinada ao estudo do novo marco regulatório proporcionado pela descoberta de
grandes jazidas na camada pré-sal, na costa brasileira, entre outras comissões.
PETROBRAS DISTRIBUIDORA SOB NOVA DIREÇÃO
O novo presidente da Petrobras Distribuidora (BR), José Lima de Andrade Neto, empossado no
dia 20 de agosto, pretende dar continuidade aos projetos iniciados por seu antecessor, José Eduardo
Dutra. Na cerimônia de posse o novo dirigente declarou que a gestão que se iniciava seria de “absoluta
continuidade”, com a manutenção da equipe e do andamento dos projetos iniciados.
O engenheiro químico José Lima de Andrade Neto, de 53 anos, que ingressou na Petrobras em
1978, ocupava a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas
e Energia desde abril de 2008. Em sua trajetória, ocupou a presidência da Petroquisa – subsidiária do
segmento petroquímico –, quando conduziu projetos de peso, especialmente no campo petroquímico.
Em suas declarações, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, destacou a
capacidade de negociação e o perfil agregador de Andrade Neto, características observadas em suas
passagens pela área de novos negócios da holding e na condução do setor petroquímico.
PRODUÇÃO E VENDA DE LUBRIFICANTES EM ALTA
Em julho passado, a Petrobras Distribuidora (BR) bateu um recorde histórico: a produção e a venda
de lubrificantes atingiram o patamar de 30,8 mil m3, 6% a mais que a marca alcançada anteriormente,
em junho.
De acordo com fontes da empresa, esse resultado foi fruto da parceria firmada entre a Gerência Industrial
(GEI) e as áreas comerciais da BR, voltadas a esse segmento e indica tendência de crescimento também
nos próximos meses.
Atualmente a empresa é a líder isolada do mercado nacional de lubrificantes, com participação de
23,3% no market share. A linha Lubrax, a mais conhecida da companhia, é o carro-chefe das vendas
nessa área, que ainda congrega outra centena de produtos, distribuídos entre lubrificantes automotivos,
de aviação, ferroviários, industriais, marítimos e, ainda, graxas para as mais variadas aplicações.
ALE E ChEVRON FIRMAM PARCERIA
Uma parceria firmada entre a ALE e a Chevron, permitirá que a Distribuidora passe a vender os
lubrificantes Havoline e Ursa, fabricados pela Chevron.
O acordo visa preencher a lacuna pela perda da prioridade da comercialização das marcas à rede
de postos Texaco, vendida ao grupo Ultra. Pelo acordo a Ale se torna distribuidora de óleos, graxas e
fluídos produzidos pela Chevron, também para grandes consumidores (agroindústrias, empresas de
transporte e embarcações).
Quem perde com esta negociação é a Total-Elf, que até então fornecia seus lubrificantes com primazia à rede ALE.
Por Ana Azevedo e Cristiane Collich Sampaio
18 Sindilub
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SET/OUT 2009