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PERFIL
Diário da Região
Entrevista
Maria Amélia Macedo Antunes
nasceu a 10 de Fevereiro de
1952, na cidade de Coimbra.
Licenciou-se em Direito, pela
Universidade de Lisboa em
1983, tendo exercido advocacia, com especialização em Direito do Trabalho. Dedicou-se
à vida política e foi ao serviço
13 de Junho de 2011
do PS que se destacou. Foi
membro da Assembleia Municipal de Montijo, da Assembleia
da República e cumpre actualmente o seu último mandato
consecutivo, por imperativo
legal, como presidente da câmara municipal de Montijo,
cargo que ocupa desde a sua
primeira eleição a 5 de Janeiro
de 1998. Em termos partidários foi presidente da Federação Distrital de Setúbal do PS,
é presidente da Comissão Concelhia do PS/Montijo e é membro da Comissão Nacional e da
Comissão Política Nacional do
PS.
MARIA AMÉLIA ANTUNES
Novo acesso à Ponte Vasco da Gama vai ter ligação Barreiro-Montijo
REVELA PROJECTO PARA A REGIÃO
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ma nova ligação BarreiroMontijo de acesso à Ponte
Vasco da Gama, cujo traçado abrangerá terra, viaduto e
uma ponte, numa extensão total
de cerca de 11Km, está a ser trabalhada pela Lusoponte em conjunto com os municípios de
Montijo, Alcochete, Moita e Barreiro. E tudo partiu de uma proposta apresentada pelo município
montijense à referida empresa
em 2006.
Disse recentemente que o município de Montijo e a Lusoponte
estavam a trabalhar na criação
de uma nova ligação de acesso à
Ponte Vasco da Gama. Esse trabalho está concluído?
Já há um esboço que nos foi
apresentado pela Lusoponte, assim como às câmaras de Alcochete, Moita e Barreiro, para uma
ligação rodoviária Barreiro-Montijo à Ponte Vasco da Gama. Foi
Mário Rui Sobral (Textos)
Arsénio Franco (Fotos)
agora constituído um grupo de
trabalho com um representante
de cada município e a Lusoponte,
para se desenvolver esse estudo,
no sentido de se chegar ao projecto (mais concreto) e se passar
à decisão e execução da obra. Na
nossa perspectiva, é uma ligação
mais ampla, porque a nossa proposta era a de um acesso a Montijo e esta proposta da Lusoponte,
além de contemplar uma nova entrada e saída para a cidade, liga
Montijo ao Barreiro pela zona do
Arco Ribeirinho Sul. E terá uma
outra vantagem: não será portajada. Pelo menos a perspectiva é
essa.
Será este o projecto estruturante que marcará este seu
mandato autárquico?
Será uma das marcas. Muito
mais relevante tendo em conta o
contexto difícil que estamos a
atravessar. Será o projecto certo,
no tempo certo. Considero-o um
projecto importante, estruturante, do ponto de vista viário da
ligação de Montijo à Ponte Vasco
da Gama, e mais tarde ao novo
Aeroporto de Lisboa, pelo Arco Ribeirinho Sul. Não é um projecto
da responsabilidade da autarquia,
apesar de a iniciativa ter partido
do município de Montijo em 2006,
quando estabelecemos vários contactos, apresentando desde logo
uma ideia de traçado. Em Março,
deste ano, a Lusoponte apresentou então um esboço de um novo
acesso, colocando-se ao dispor
para uma reunião, que se realizou
nesse mesmo mês…
… E o que nos apresenta esse
esboço?
Apresenta uma ligação que
atravessará o canal de Montijo
com uma pequena ponte, nos limites da Base Aérea n.º 6, indo
passar junto ao Cais do Seixalinho. A câmara já propôs à Lusoponte uma intersecção giratória
(rotunda) nesse local, para que se
possa ter também mais um acesso
pelo Sul da cidade. O traçado
contemplará quatro faixas de rodagem, duas em cada sentido, e
abrangerá terra, viaduto e ponte,
numa extensão total de cerca de
11 km.
Qual o valor estimado para
este investimento?
Deverá, segundo a Lusoponte e
dependendo do projecto concreto
de execução, ascender a 7 ou 8
dezenas de milhões de euros.
A suportar pela Lusoponte?
É essa a perspectiva.
O trabalho desenvolvido desde
2006 acaba assim por recompensar Montijo e toda a região…
Tendo em conta as expectativas
que temos e o esforço que fizemos ao longo destes anos para
que a Lusoponte acedesse a perspectivar este estudo, é muito importante realçar e dar a conhecer
aos munícipes esta ligação. De-
pois da nossa persistência, quando nos apresentam este estudo,
muito simples ainda, julgo que às
vezes há soluções que desencadeamos e que são uma espécie de
Ovo de Colombo. Acaba por ser
consensual e beneficia um conjunto de municípios.
Pensa que este projecto poderá abrir um novo capítulo de
especulação imobiliária nestes
territórios?
Não me parece! Os tempos são
outros e há também hoje uma
outra consciência, relativamente
ao uso de novos solos para construção. Sempre me opus no passado à especulação imobiliária,
sempre a combatemos. Todavia,
é necessário que surjam leis que
penalizem quaisquer veleidades
nesse sentido e também normas
simples que permitam a reabilitação urbana e o povoamento dos
centros históricos das localidades.
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Entrevista - Parte I - Câmara Municipal de Montijo