CRENÇAS CENTRAIS
TERAPIA COGNITIVA
Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC
Disciplina: Tópicos Especiais em Psicologia II
(Psicoterapia Cognitivista)
Profa Esp. Carla Eloá Ferraz
CRENÇAS CENTRAIS

São as idéias mais centrais da pessoa a respeito
de si mesma, das pessoas, do mundo e do futuro.

Para J. Beck, as crenças centrais negativas se
encaixam essencialmente em duas categorias
amplas:
Crença de desamparo
Crença de desamor
Crença de desvalor
CRENÇAS CENTRAIS

Iniciam-se na infância.

Não são facilmente acessadas (ao contrário dos
pensamentos automáticos)

Absolutas, “a forma como as coisas são”.

São globais, rígidas e podem ser supergeneralizadas.

Influenciam o desenvolvimento das Crenças
Intermediárias.
CRENÇAS CENTRAIS

As crenças centrais são as idéias mais centrais
da pessoa a respeito de si mesmas.

Alguns autores as denominam ‘esquemas
CRENÇAS CENTRAIS
Durante grande parte de suas vidas, a maioria
das pessoas pode manter crenças centrais
relativamente positivas:





"Tenho algum controle sobre os meus atos"
“Sou competente em algumas coisas"
"Sou um ser humano funcional"
"Sou amável"
"Sou digno"
CRENÇAS CENTRAIS
É importante observar que os paciente também
podem ter crenças centrais negativas sobre
outras pessoas e seus mundos:
"As outras pessoas não são confiáveis";
"As outras pessoas vão me magoar";
"O mundo é um lugar corrompido.“
Idéias supergeneralizadas, como essas, precisam
ser avaliadas e modificadas.
CRENÇAS CENTRAIS

Os terapeutas ensinam aos pacientes as
ferramentas para que possam identificar, avaliar e
adaptativamente responder aos PA’s e crenças
intermediárias.
Estas mesmas ferramentas são utilizadas para
corrigir as crenças centrais.
CRENÇAS CENTRAIS

Ao identificar e modificar as crenças centrais, o
terapeuta, no transcorrer da terapia, segue os
seguintes passos:
1. Mentalmente levanta hipóteses sobre a partir de
qual categoria de crença central os PA’s parecem
ter surgido ("desamparo“, “desamor“ ou
“desvalor”).
CRENÇAS CENTRAIS
2. Especifica a crença central (para si mesmo utilizando
as mesmas técnicas que usa para identificar as
crenças intermediárias).
3. Apresenta para o paciente sua hipótese sobre a(s)
crença(s) central(is), solicitando sua confirmação ou
não.
4. Educa o paciente sobre crenças centrais em geral e
sobre sua crença central específica.
CRENÇAS CENTRAIS
5. Avalia e modifica a crença central com o paciente:

Auxiliando-o a criar uma nova crença central mais adaptativa;

Examinando a origem infantil da crença central, sua
manutenção ao longo dos anos e sua contribuição para as
dificuldades atuais do paciente;

Continuando a monitorar a ativação da crença central no
presente;

Usando métodos "racionais" para reduzir a força da antiga
crença central e para aumentar a força da nova crença central.
CATEGORIZAÇÃO DAS
CRENÇAS CENTRAIS
DISFUNCIONAIS
Incompetente
Frágil
Vulnerável
CRENÇAS CENTRAIS DE
DESAMPARO
Carente
Desamparado
Inadequado
Indesejável
Incapaz de ser
amado
Sou mau
CRENÇAS CENTRAIS DE DESAMOR
Sozinho
Rejeitado
Abandonado
Enganador
Incapaz
Fracassado
CRENÇAS CENTRAIS DESVALOR
Incompetente
Inadequado
Sem Valor
Como identificar as crenças
centrais
Para reconhecer a crença central específica, o
terapeuta usa as mesmas técnicas que utilizou para
identificar as crenças intermediárias:

Técnica da seta descendente;

Temas centrais nos pensamentos automáticos;

Alerta para as crenças centrais expressas como
pensamentos automáticos;

Obtendo diretamente a crença central
Como educar o paciente sobre
suas crenças centrais
Ativado
por situações
específicas
É uma idéia,
não uma
verdade
Mesmo ele
sentindo
como
“verdade”
pode não
ser.
Raiz na
infância
-hipótese
Como trabalhar as Crenças
Centrais
Técnicas de questionamento socrático;
Continuum cognitivo;
Examinar vantagens e desvantagens;
Agir “como se”;
Experimentos comportamentais;
Processo” (De-Oliveira, 2007)
Etc.
Questionamento Socrático
1. Quais as evidências que comprovam que você
seja feio? Quais as evidências que não comprovam
que você seja feio?
2. Há uma explicação alternativa?
3. Qual é a pior coisa que poderia acontecer se você fosse realmente
feio? Você poderia superar isso? Qual é a melhor coisa que poderia
acontecer? Qual o resultado mais realista?
4. Qual é o efeito de acreditar que você é feio?Qual poderia ser o efeito
de mudar a sua crença?
5. Você poderia fazer algo com relação à isso?
6. Se um amigo estivesse na mesma situação e tivesse essa mesma crença
o que você diria a ele?
Referências

Beck, J. (1997). Terapia Cognitiva – Teoria e
Prática (S. Costa, trad.), Porto Alegre: Artmed,
1997.

Padesky, C., Greenberger D., A mente
vencendo o humor.Porto Alegre: Artmed, 1999.
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