Mesa Redonda
Experiências Nacionais em Monitoramento e Avaliação
Coordenação Geral do Programa Nacional de
Controle de Hanseníase - CGPNCH
Maria Aparecida de Faria Grossi
Rio de Janeiro, 15 de julhoDEVEP/PNCH
de 2010
Coeficiente de detecção geral dos casos novos de hanseníase por
município de residência, taxa 100.000/habitantes. Brasil, 2009*
3.194/5.564 (57,4%)
municípios, 1 caso ou mais
2009: 37.185 casos novos
Fonte: Sinan/SVS -MS *Dados preliminares
Agregação de casos novos de hanseníase, pelo coeficiente de
detecção no Brasil, 2005 a 2007
Estimados com base na
estatística scan espacial para
os casos novos detectados por
municípios de 2005 a 2007 e a
população no mesmo período
10 clusters
1.173 municípios
53,5% dos casos novos
17,5% da população
CGPNCH – Componentes, interfaces políticas e operacionais
PPA 2008-2011
PAC Mais Saúde
Pacto de Gestão
Pacto pela Vida
PPI Assistencial
Pavs
UFRJ - IESC
Sociedades Cientificas:
ABEn, SBD, SBH,
TCU
MP/AMPASA
Secretaria de Assistência à Saúde
DAE, DRAC, DAPS, DAB
Secretaria de Vigilância em Saúde
DASIS, SINAN, CGDEP, CGPLO
Nucom, DigeS, CGLAB
Pesquisa
Epidemiologia
Centros de referência
Pesquisa operacional
Monitoramento e
análise de
informações
Secretaria de Gestão do Trabalho e
Educação em Saúde: Tele-Saúde, RETSUS, Pró-Saúde
Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos:
DECIT, DAF
Secretaria de Gestão Estratégica
Parcerias Internacionais
e Participativa:
5
1
ILEP – DAHW,
Ouvidoria, Disque Saúde, DEGEP.
NLR, AIFO
CGPNCH
Comunicação e Educação
Gestão
LRA,
ASCOM:
DEVEP
Damien Foundation
Comunicação
Planejamento
Rádio
Saúde
4
2
IDEA
Educação permanente
Monitoramento &
SVS
Secretaria Executiva:
Mobilização Social
Avaliação
FNS, RIDE
3
Parcerias Nacionais
Descentralização
IBIS/REPREHAN
Funasa/Desai
Atenção Integral
Ordem de Malta
Anvisa
Diagnóstico, tratamento e
MORHAN
vigilância de contatos
GAMAH
CNS/Comissão de Hanseníase
Prevenção
de incapacidades e
Pastoral da criança
Incra
reabilitação
Franciscanos
Resgate Social
Correios e Telégrafos
Secretaria Especial dos Direitos Humanos
Brasil Telecom
Ministério da Educação
LASER-ENSP-FIOCRUZ
OPAS
USP - Projeto Homem Virtual
CONASS
CONASEMS
Ministério da Cultura
O Monitoramento e Avaliação na CGPNCH
 Ponto focal: Oficinas de Monitoramento & Avaliação (M&A) - Foco na Melhoria
do Programa de Controle da Hanseníase (PCH)
 Foco: melhoria do PCH estaduais, regionais e municipais com vistas a gestão
descentralizada do planejamento, monitoramento e avaliação
 Avaliação do Grau de Implementação do PCH na Atenção Básica: 2005 a 2008
 Monitoramento de processos, resultados e impacto na CGPNCH realizado pelos
técnicos de cada componente operacional
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Grupo de Apoio a Vigilância Epidemiológica em Hanseníase – GRAVEH
 Objetivos: Assessorar Estados na estratégia de monitoramento dos
indicadores e dos processos de trabalho do PCH
Fortalecer a vigilância epidemiológica para a hanseníase
 Estratégia: Formação de equipe de assessores, colaboradores, parceiros
Definição de estados prioritários
Foco na continuidade, monitorando avanços e retrocessos
Articulação técnico-política
Integração do grupo de trabalho
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Estados prioritários
Critério operacional
Escore
%Municipios
Cluster
%Detecção
2009/2008
<75%
< 15 a
Cura
%Cont Exam
% Cont <15a
AGIF Cura
> 100
<75%
<50%
<50%
<70%
%GI 2 diag
>10%
Abandono
Recidiva
Ìndios
> 30%
> 50
>= 10
1
Maior área
2
Médio
76 a 89%
50 a 100 75 a 80%
50 a 75%
50 a 75%
70 a 80%
7 a 10%
16 a 30%
25 a 50
6a9
3
Baixo
90 a 95%
10 a 49
81 a 90%
76 a 90%
76 a 90%
80 a 90%
5 a 7%
10 a 15%
5 a 25
até 5
4
Não tem
>95%
<10
>90%
>90%
>90%
>90%
<10%
<5
<5%
0
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente GESTÃO
 Plano Nacional: incluindo Prevenção e Reabilitação de Incapacidades
 PATs estaduais
 Gestão de Medicamentos
 Recursos orçamentários
 Publicação e distribuição de materiais técnicos
 Gestão dos convênios
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente GESTÃO
 Monitoramento de metas pactuadas e ações:
PACTO; PAVS; PPA; PAC-MAIS SAÚDE
 Oficinas de M&A com Foco na Melhoria do PCH: fortalecer a gestão
estadual e municipal
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente GESTÃO
Oficinas de M&A com Foco na Melhoria do PCH
Objetivos
1. Propiciar reflexão sobre os processos de trabalho em M&A
2. Instrumentalizar Estados e Municípios para institucionalização do M&A
3. Uniformizar a linguagem de M&A
4. Selecionar e qualificar técnicos como multiplicadores da Oficina
Objetivo ampliado
1. Fomentar o Planejamento
2. Elaborar plano de trabalho do PCH - preliminar
Produtos de 2007 a 2010: 19 Oficinas e 679 participantes
Modelo Lógico de Prevenção de Incapacidades Físicas e Reabilitação
Identificação do Problema: Casos novos de hanseníase têm algum grau de incapacidade demonstrando que a detecção não é precoce
INSUMOS
Financiamento
governamental e outros
ATIVIDADES
Treinar equipes de unidade e saúde da
família para diagnóstico precoce e
tratamento das incapacidades físicas,
reabilitação e para uso do sistema de
informação
Profissionais de saúde
com capacitação técnica
Material para
capacitação técnica em
PIR
Sistema de informação
Material educativos de PIR
(cartaz, cartilha, folder,
folhetos)
Kits diagnóstico, tratamento
e prevenção de
incapacidades
Medicamentos para estados
reacionais
Recursos materiais para
reabilitação de pacientes
sequelados
Sistema de referência nível
2º/3º e 4º estruturado
PRODUTOS
Nº de treinamentos
realizados
RESULTADOS
% de prontuários com formulário de
registro de incapacidade preenchido
no diagnóstico e alta
IMPACTOS
70% ou mais prontuários com
formulário de registro de
incapacidade preenchido no
diag. e alta
Nº de profissionais
treinados
Disponibilizar material didático
(normas, protocolos, diretrizes)
Orientar para a prática de
auto-cuidado
Produzir e disponibilizar
material educativo de PIR
Diagnóstico e tratamento
das reações e neurites
Nº ações educativas
realizadas
Nº usuários orientados para
o auto-cuidado
Nº materiais
educativos
produzidos
Nº casos novos
diagnosticados
Avaliação de incapacidades
no diagnostico e na alta
Nº casos em
tratamento
Melhoria do desempenho dos
profissionais no diagnóstico precoce e
tratamento das incapacidades físicas
Aumento do no.
casos que na alta
passaram de grau
II para grau I
Aumento do grau de
informação dos familiares
sobre prevenção de
incapacidades e tratamento
da população
Redução do no.
pessoas com
benefícios da
previdência por
incapacidades por
hanseníase
Melhoria da promoção
de vida com qualidade
Nº casos avaliados no
diagnóstico
Realizar cirurgia e
readaptação profissional
Redução do estigma na
população geral
Melhoria do desempenho dos
agentes comunitários de saúde na
detecção precoce de incapacidades
físicas nos casos diagnosticados
Promover acesso dos usuários
aos direitos previdenciários
Referenciar pacientes para
cirurgia e reabilitação
Redução da taxa
de grau de
incapacida-des I
e II no
diagnóstico e na
alta
Aumento da adesão ao
tratamento
Nº casos avaliados na
alta
Nº casos com incapacidade
referenciado
Melhoria da qualidade do
programa de hanseníase
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente GESTÃO
Avaliação do Grau de Implementação do Programa de
Controle da Hanseníase na Atenção Básica,
no período de 2005 a 2008
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente GESTÃO
COMPONENTE
DIMENSÃO
1-Epidemiologia
Utilização
2-Gestão
Conformidade
Acessibilidade
3- Assistência
integral ao portador
de hanseníase e seus
familiares
1) As oficinas de capacitação vem sendo realizadas de acordo com o planejado?
2) Qual a fidelidade do registro do grau de incapacidade no diagnóstico e na alta em relação ao preconizado?
3) Qual a qualidade dos registros dos dados do SINAN em relação ao preconizado?
4) Qual a fidelidade do manejo da reação hansênica em relação ao preconizado?
5) Existem evidências de fluxos de pessoas e de informação entre serviços de mesmo grau ou graus diferentes de
complexidade?
6) Há evidências da implementação de atividades de monitoramento?
7) Existe um plano de Monitoramento e Avaliação? Ele segue que diretrizes?
1)Qual a contribuição da Estratégia da Saúde da Família para o diagnóstico precoce?
2)Qual a contribuição da Estratégia Saúde da Família para a vigilância de contatos?
3)As ações se acomodam as necessidades assistenciais do usuário? São convenientes?
4)As ações se acomodam aos direitos assistenciais do usuário? São convenientes?
Conformidade
5)Quais são as atividades desenvolvidas para a validação de diagnóstico em menores de 15 anos?
6)Quais são as atividades de PIR que ocorrem nas unidades básicas com programa presumidamente implantado?
7)Quais são as propostas multisetoriais para reinserção social do ex-portador de hanseníase e seus produtos reais?
8)Qual é o grau de inserção dos egressos de colônia na atenção básica?
Efetividade
Sustentabilidade
5- Pesquisa
1) Qual o grau de utilização do SINAN e que fatores explicam o grau de utilização do sistema de informação ?
Acomodação
Disponibilidade
4- Comunicação e
Educação
PERGUNTA AVALIATIVA
Conformidade
Utilização
9)Quais as atividades que o serviço desenvolve para o diagnóstico precoce? As ações ocorrem com a intensidade
planejada?
10)Quais as atividades que o serviço desenvolve para a vigilância de contatos?As ações ocorrem de acordo com a
intensidade planejada?
1)Existem evidências de que as campanhas contribuam para a redução da prevalência oculta?
2)Qual o nível de retenção das informações veiculadas pelos meios de comunicação entre os profissionais de
saúde que não atuam no programa?
1)Existem evidências de contribuição da pesquisa para sustentabilidade do programa ?
2)Existem evidencias de pesquisas sobre o perfil das incapacidades físicas em hanseníase?
3)Há evidencias de utilização de resultados de pesquisas na formulação de políticas para controle de hanseníase?
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente GESTÃO
COMPONENTE GESTÃO
Pergunta Avaliativa: Há evidências da implementação de atividades de monitoramento?
Indicador de julgamento
1. Acompanhamento de um ou vários indicadores epidemiológicos e operacionais
2. Diagnóstico precoce (nº de lesões e/ou forma clínica e/ou GI no diagnóstico)
3. Supervisão e pelo menos um dos procedimentos de monitoramento listados
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente GESTÃO
Resultado
Gráfico 7: Conformidade das atividades de monitoramento na atenção
básica segundo tendência epidemiológica da hanseníase em
municípios prioritários PCH 2005-2008
10
1
8
6
3
4
4
2
5
3
4
1
0
Tendência
ascendente
Conformidade Total
Sem Conformidade
1
1
Tendência
descendente
Sem tendência
Conformidade Parcial
Conformidade Indefinida
01 município com conformidade total (4,3%)
10 municípios com conformidade parcial (43,5%)
08 municípios sem conformidade (34,7%)
04 municípios com conformidade indefinida (17,3%)
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente GESTÃO
Padrões de julgamento
Conformidade total: predomínio de sim para os indicadores julgados
Conformidade parcial: realização periódica de supervisão e o acompanhamento
sistemático de como as atividades do programa são executadas.
Sem conformidade: não têm atividade de supervisão, embora alguns
desenvolvam algum procedimento de monitoramento.
Conformidade indefinida: Não houve predomínio de sim/não ou não sabe
Monitoramento e Avaliação CGPNCH
componente GESTÃO
Facilidades: Maioria dos atores nos diferentes estados e municípios considera que o
monitoramento contribui para melhoria do programa e que o acompanhamento
sistemático das atividades favorece o diagnóstico precoce e o tratamento, além de
agilizar a tomada de decisão.
Barreiras: Não utilização do
epidemiológicos e operacionais.
SINAN
para
monitoramento
dos
indicadores
Lição apreendida: Existe uma convicção institucionalizada de que o monitoramento é
procedimento útil para o desenvolvimento das ações de controle de hanseníase de forma
adequada, portanto é oportuna a sua implementação.
Recomendação: Apoio financeiro e técnico para capacitação de profissionais dos
municípios prioritários em M&A, cujo produto final seja um plano de monitoramento para
cada município.
Obrigada!
Maria Aparecida de Faria Grossi
[email protected]
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O Monitoramento e Avaliação na CGPNCH