TROVADORISMO EM
PORTUGAL
movimento poético que se
desenvolveu durante os
séculos XII, XIII e XIV em
Portugal.
O cantor dessas composições poéticas era chamado de jogral e
o autor recebia o nome de trovador . As cantigas eram
acompanhadas de flauta, viola, alaúde e outros instrumentos .
A língua portuguesa ainda não estava totalmente caracterizada.
A língua utilizada nas cantigas trovadorescas era o galegoportuguês , idioma que mantinha unidade linguística entre
Portugal e Galiza.
Os cancioneiros
Cancioneiros são coletâneas de cantigas escritas por diversos
autores. Os mais conhecidos são:
Cancioneiro da Ajuda. Data do século XIII. Encontra-se no
Palácio da Ajuda, em Lisboa.
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa. Reunido no
século XIV.
Cancioneiro da Vaticana. Organizado no século XV, está na
Biblioteca do Vaticano.
Cantigas de Santa Maria. Atribuídas a Afonso X, rei de Castela.
As cantigas
Cantigas de amigo
Originárias da Península Ibérica.
A palavra “amigo” significava namorado
ou amante.
O trovador usa um eu lírico feminino.
A mulher fala de seus problemas
sentimentais e da saudade de seu
amigo. Por vezes, retira-se para um
local isolado e desabafa com a
natureza.
Cantigas de amor
Originárias da região de Provença, sul
da França.
Eu lírico masculino.
Expressão do eterno amor pela dama.
Nos textos provençais, há presença de
forte erotismo, enquanto nos ibéricos
predomina a associação da mulher com
a Virgem Maria.
Cantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de teor satírico.
Cantigas de escárnio: referências
indiretas à pessoa satirizada.
Cantigas de escárnio: ataque explícito,
com o uso até de linguagem obscena.
Ridicularização dos maus jograis, dos
cavaleiros covardes, das adúlteras.
Canções de gesta
Cantigas em que há a exaltação dos
nobres cavaleiros. Esse tipo de
composição originou as novelas de
cavalaria.
CANTIGA DE AMIGO
Ondas de mar de Vigo Martin Codax
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro!
E ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amado,
por que hei gran cuidado!
E ai Deus, se verrá cedo!
Alaúde
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