MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO EM PEDIATRIA
Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF
Avaliação de protocolo clínico para diagnóstico
dos episódios de infecção por Vírus Influenza em
crianças atendidas no Pronto Socorro Infantil do
Hospital Regional da Asa Sul
LUDMILA PAVLIK HADDAD
Orientador: Jefferson Augusto Piemonte Pinheiro
Co-orientador: Fabrício Prado Monteiro
www.paulomargotto.com.br
20/10/2008
INTRODUÇÃO
 As infecções respiratórias agudas são importantes causas de morbidade e
mortalidade em todo o mundo
 A
OMS estima quatro milhões de óbitos/ano por IRA nos países em
desenvolvimento, o que representa um óbito a cada sete segundos, em
crianças menores de cinco anos de idade
 Desde 1987, a OMS vem empenhando esforços para o controle das IRAs,
através de programas comunitários, vigilância epidemiológica e estímulo à
prevenção pela vacinação e seu impacto na redução de mortalidade infantil
Farhat C K, Cintra O, Augusto L, Tregnaghi M W., Vaccination and the respiratory tract what should we know? Jornal de Pediatria,2002, 7557/02/78-Supl.2/S195
INTRODUÇÃO
 Infecção viral aguda
 Distribuição global
 Elevada transmissibilidade
 Caráter epidêmico
 Circulação anual
padrão de sazonalidade
 Evolução autolimitada
complicações
Ministério da saúde,Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, Guia de Vigilância
Epidemiológica 6ª edição ampliada 2005
INTRODUÇÃO
 Absenteísmo no trabalho e na escola
 Sobrecarga aos serviços de saúde
 36.000 mortes e mais que 200.000 internações hospitalares/ ano nos
Estados Unidos
 Gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias
King James C, Stoddard Jeffrey J, Gaglani Manjusha J, Moore Kristine A, Magder Laurence,McClure Elizabeth, Effectiveness of
School-Based InfluenzaVaccination, N Engl J Med 2006;355:2523-32
OBJETIVOS
 Objetivos Gerais
- Estudar a apresentação clínica da infecção por Influenza na população pediátrica
atendida no PS –HRAS julho-setembro /08
- Verificar o perfil epidemiológico na população pediátrica estudada
- Validar questionário de avaliação clínica desta infecção na população pediátrica
 Objetivos Específicos
- Avaliar prevalência da infecção na faixa etária pediátrica
- Identificar sinais e sintomas buscando um score que auxilie o diagnóstico precoce
MATERIAL E MÉTODOS
 Local do Estudo - O Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)
MATERIAL E MÉTODOS
 Estudo de coorte prospectivo
 Foi utilizado um questionário com informações clínico-epidemiológicas
contendo um score de acordo com os sinais e sintomas
 Os pacientes foram divididos em dois grupos: com alta probabilidade e
baixa probabilidade de infecção
 47 pacientes com uma proporção de 1:1 em relação ao 1º e 2º grupo
- Grupo A (alta probabilidade de infecção)
- Grupo B (baixa probabilidade de infecção)
MATERIAL E MÉTODOS
 Análise Estatística
Realizado análise estatística descritiva com freqüências e proporções
MATERIAL E MÉTODOS
 Aspectos Éticos
- Realizado após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da
Secretaria de Saúde do Distrito Federal, registrado com protocolo 191/08
- O Termo de Consentimento, após informação, assinado pelo responsável,
acompanhado da assinatura de uma testemunha
- Os protocolos de pesquisa serão armazenados em arquivo no Hospital Regional da
Asa Sul, onde apenas os pesquisadores têm acesso
- Os Testes Sorológicos foram doados pelo Laboratório ROCHE, não havendo
nenhuma interferência na metodologia ou resultados da pesquisa
MATERIAL E MÉTODOS
 Critérios de Inclusão
- Paciente com febre aferida ≥ 38ºC sem foco aparente com menos de 24h do
início do quadro
- Paciente com idade inferior a 12 anos
- Sem internação nos últimos 7 dias
- Não estar em uso de corticosteróides e/ou antibióticos
- Pacientes em que os responsáveis preencheram o Termo de Livre
Consentimento Esclarecido aceitando participar da pesquisa
MATERIAL E MÉTODOS
 Critério de Exclusão
- Paciente e/ou responsável que não aceitarem participar da
- Pacientes que não preencherem os critérios de inclusão
pesquisa
MATERIAL E MÉTODOS
 Testes Sorológicos
- Teste QuickVue para Influenza A/B
Adaptado de pediatrics.about.com
RESULTADOS E DISCUSSÃO
28% de resultado positivo
 Sistema de Informação da Vigilância
Epidemiológica da Influenza (Sivep-Gripe)
que
demonstrou
positividade
para
Influenza A (31,3%) /2004
Ministério da saúde,Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica, Guia de Vigilância 6ª edição ampliada 2005
Epidemiológica
Percentual de pacientes com teste sorológico positivo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Não houve diferença entre o sexo no grupo
total sendo 47% do sexo masculino e 53% do
sexo feminino. Correspondendo aos dados
encontrados na literatura
 Discreta prevalência do sexo feminino,
sem relevância estatística, no grupo positivo
(69%Feminino / 31% Masculino)
Thomazelli, L M, Vieira, S, Leal A L, Sousa T S, Oliveira D B. L, Golono M A,
Surveillance of eight respiratory viruses in clinical samples of pediatric patients in
Southeast Brazil ,J Pediatr (Rio J). 2007;83(5):422-428: Influenza, HRSV,
parainfluenza, metapneumovirus, respiratory infections.
Distribuição quanto ao sexo na amostra total
e com teste sorológico positivo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 No grupo positivo para Influenza, a
escolaridade predominante foi 3o grau
 Pode estar relacionado com maior grau
de instrução e procura ao serviço médico
mais precocemente e a localização do
hospital
Grau de instrução materna dos pacientes
com teste sorológico positivo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Não houve diferença a idade mais
acometida no grupo total
 Na amostra positiva houve
predomínio de escolares
 Esses dados contrastam com os
dados encontrados na literatura, onde
há
maior
comprometimento
de
lactentes
Ministério da saúde,Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica, Guia de Vigilância Epidemiológica 6ª edição ampliada 2005
Distribuição quanto à faixa etária nos pacientes
com teste sorológico positivo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Os
sintomas
mais
freqüentes
foram febre, diminuição do apetite,
mialgia, tosse, coriza, congestão
nasal
 Características clínicas da gripe
não são específicas
Sinais e sintomas encontrados nos pacientes totais
Ministério da saúde,Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, Guia de Vigilância Epidemiológica 6ª edição ampliada 2005
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Os sintomas mais presentes foram
febre, mialgia, tosse, diminuição do
apetite, cefaléia, coriza e congestão
nasal
 Sintomas sistêmicos mais intensos
 Outras
infecções
cursam
com
quadro clínico semelhante
Sinais e sintomas encontrados nos pacientes com
teste sorológico positivo
 O diagnóstico definitivo apenas
pela clínica torna-se difícil
Ministério da saúde,Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica, Guia de Vigilância Epidemiológica 6ª edição ampliada 2005
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 A febre esteve presente em 100%
Mialgia foi relatada em 92% do grupo
positivo para influenza e em 65% dos casos
totais
 A tosse foi encontrada 76% e 63%,
respectivamente
 A odinofagia esteve presente em 38% dos
positivos e 25% dos casos totais
Principais sinais e sintomas encontrados nos
pacientes na amostra total e na positiva
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Os
sinais
e
sintomas
foram
mais
pronunciados na amostra positiva, sem
relevância quanto ao valor preditivo positivo
 Talvez em parte, isso se deva ao fato de que
a pontuação do score tenha sido muito
próxima entre o limite dos grupos
Principais sinais e sintomas encontrados nos
pacientes na amostra total e na positiva
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Teste
Questionário
 Sensibilidade
POSITIVO
NEGATIVO TOTAIS
69%
ALTA
PROBABILIDADE
9
16
25
 Valor preditivo positivo 36%
BAIXA
PROBABILIDADE
4
18
22
 Valor preditivo negativo 81%
TOTAIS
13
34
47
 Especificidade 52%
Perfil de sensibilidade e especificidade do estudo
CONCLUSÃO
 Não foi possível validar um protocolo para diagnóstico clínico de infecção por Influenza
 Baixas sensibilidade e especificidade e um valor preditivo
positivo baixo
 Pode ser usado para descartar a infecção, uma vez que o valor
preditivo negativo encontrado foi de 81%
 Nenhum sintoma ou a combinação de sintomas é específico da
gripe
CONCLUSÃO
 Importância do emprego dos testes diagnósticos para realização de medidas
preventivas para diminuir a transmissão e conseqüentemente, menor número de
pessoas acometidas, com menor número de afastamento o trabalho e menor
número de complicações decorrentes da infecção por Influenza
 É necessário enfatizar a associação de medidas
preventivas diretas como a vacinação
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Monografia-2008 (APRESENTAÇÃO): Avaliação de protocolo