Brincadeiras que ensinam
Jogos e brincadeiras como instrumentos
lúdicos de aprendizagem
Por que as crianças brincam?
• A atividade inerente à criança é o brincar.
• A criança brinca para atribuir significados e estabelecer
vínculos.
• Por meio das brincadeiras, a criança é capaz de construir
aprendizagens.
• O brincar ajuda a criança na antecipação de vivências no
plano real, utilizando suas experiências prévias.
Por que as crianças brincam?
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• Durante o ato de brincar, a criança não se preocupa com
os resultados. São o prazer e a motivação que a
impulsionam para a ação e a exploração livres,
contribuindo para a espontaneidade e a flexibilidade do
ser que brinca.
Por que as crianças brincam?
O lúdico possibilita que a criança se torne cada vez mais
autônoma e mais consciente de suas ações com melhor
autoestima e consciência corporal.
Pelo jogo, a criança aprende, verbaliza, comunica-se com
pessoas que têm mais conhecimentos e internaliza novos
comportamentos.
O lúdico na sociedade da Educação
• Platão – ocupação da criança com jogos educativos.
• Comenius – alto valor formativo dos jogos.
• Froebel – métodos lúdicos na educação.
• Brougère – cultura lúdica.
O lúdico na história da humanidade
O ser humano é um sujeito brincante por
natureza, e todos nós temos tendência lúdica,
que é a competência inata para brincar e jogar.
SOMOS “HOMO LUDENS”
O que caracteriza uma atividade lúdica?
• Envolvimento emocional.
• Espontaneidade e criatividade.
• Limitação temporal e espacial.
• Possibilidade de repetição.
• Existência de regras.
Implicações importantes no desenvolvimento infantil
• Mudança no tratamento da significação (usar um objeto como
se fosse outro, pensamento flexível).
• Operação no plano imaginário (o objeto comporta o gesto
lúdico, é representativo).
• As regras do real se fazem presentes de forma marcante (a
criança reelabora vivências cotidianas).
• A atividade é orientada pela memória (combinação de
elementos da realidade, criando situações virtuais).
Aprendizagem escolar por meio das brincadeiras
1- Participação ativa das crianças em
todas as experiências de aprendizagem,
destinadas a encorajar o uso dos
sentidos e do movimento.
2- Oportunidades de vivenciar novas
situações de aprendizagem e
reestruturar o conhecimento existente,
ampliando habilidades e conhecimentos
inerentes para situações novas.
3- Oportunidades de descobertas e
criatividade pessoal apoiada pelos
adultos, levando à autonomia do
pensamento e da ação.
4- Interação com adultos e crianças e
mediação para o aprendizado de
variadas habilidades.
5- Envolvimento em situações lúdicas
significativas e construtivas.
6- Aprender sem o medo do fracasso.
Aprendizagem escolar por meio das brincadeiras
“Os jogos fazem parte do ato de educar, num compromisso
consciente, intencional e modificador da sociedade; educar
ludicamente não é jogar lições empacotadas para o educando
consumir passivamente; antes disso, é um ato consciente e
planejado, é tornar o indivíduo consciente, engajado e feliz no
mundo”.
Piaget (apud WAJSKOP, 1995, p. 63)
Aprendizagem escolar por meio das brincadeiras
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Segundo Kishimoto (1997), nos dias atuais, ainda existem muitos
professores que se tornam reticentes no que diz respeito ao
lúdico em sala de aula. Alguns o encaram como um passatempo
para preencher os intervalos entre as aulas, como uma atividade
de descanso ou de desgaste de energia.
O brincar e a linguagem
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• De acordo com o referencial histórico-cultural, os aspectos
cognitivos e afetivos implicados no brincar são
necessariamente articulados com processos de linguagem.
Esta constitui e é constituída por elaborações a respeito das
vivências cotidianas e das situações virtuais.
O brincar e a linguagem
• Através do brincar, a criança experimenta, organiza-se, regulase, constrói normas para si e para o outro.
• Cria e recria, a cada nova brincadeira, o mundo que a cerca.
• O brincar é uma forma de linguagem que a criança usa para
compreender e interagir consigo mesma, com o outro e com o
mundo.
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Classificação e modalidade de alguns jogos e brincadeiras
Jogos simbólicos
• A criança transforma objetos em símbolos e a realidade pode ser
representada conforme o seu desejo: uma caixa de papel é o carro, o lápis
é o avião...
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• Estes jogos, durante a primeira infância, ajudam a criança a estabelecer ou
manter o equilíbrio afetivo e fornece-nos importantes informações sobre
ela e sua relação com o mundo.
Jogos de aquisição
• Em alguns momentos, a criança se dedica a observar ou escutar, tentando
compreender objetos, pessoas, uma história, uma canção.
• Ela empenha todo o seu esforço para captar a totalidade do objeto
observado, o que, muitas vezes, pode ser entendido pelos adultos como
dispersão, ausência ou falta de participação nas situações que ocorrem a
sua volta.
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• No entanto, é nessa ação aparentemente “passiva” que a criança trabalha
intensamente para compreender os significados que a cercam.
Jogos de construção
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• Reunir, combinar, modificar e transformar objetos são maneiras de
conhecê-los. O mesmo percurso é feito e refeito inúmeras vezes pela
criança: ela monta e desmonta fileiras de objetos, procura organizá-los, a
fim de construir novamente outros objetos. É sua forma de atuar sobre a
realidade, conhecendo-a para modificá-la.
Jogos de regras
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• A regra surge da necessidade de jogar com alguém, da intenção de
partilhar experiências, por isso implica relação com outra pessoa. Envolve,
portanto, conteúdos e ações preestabelecidas que regularão a atividade.
Jogos de análise linguística
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Estratégias.
Exposição.
Contação de histórias.
Construção.
Reconstrução de histórias.
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• Oportuniza o contato e o manuseio de livros, desperta a curiosidade e o
interesse pela leitura e escrita através de histórias infantis, contos,
poesias, histórias em quadrinhos, letras de música, receitas e outros
portadores textuais.
Jogos cantados
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• Os jogos e brincadeiras cantadas revelam na sua essência a cultura de
cada grupo social, constituindo-se em atividades privilegiadas nas quais o
movimento é aprendido e significado.
• São propostas que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela
atividade musical, além de atenderem à necessidade de expressão que
passa pela esfera afetiva, estética e cognitiva.
Uso de jogos e brincadeiras na escola
• Ensinar brincando, muitas vezes, pode ser muito mais eficiente e
produtivo do que os métodos tradicionais.
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• Para o educador, o universo lúdico se apresenta como uma oportunidade
de pesquisa, experimentação, troca de ideias, atitudes cooperativas,
inferências a um ensino focado no desenvolvimento integral do educando,
facilitando assim as vias de construção do conhecimento.
Uso de jogos e brincadeiras na escola
FUNÇÃO LÚDICA
FUNÇÃO EDUCATIVA
EQUILÍBRIO ENTRE AS DUAS
FUNÇÕES É O OBJETIVO DO
JOGO EDUCATIVO
Escolhendo jogos e brincadeiras
• Relacionar o jogo ao objetivo de aprendizagem.
• Observar como o aluno brinca: demonstra interesse? Cria
novas estratégias? Apresenta capacidade de resolução de
situações? Lida bem com as regras?
• Delimitar um espaço físico e temporal.
• Apresentar bom conteúdo educacional, adequado ao plano
de aula e seus objetivos.
Avaliação e recursos lúdicos
• Verificar o desenvolvimento global do educando.
• Possibilitar o desenvolvimento
reorganização de ideias.
de
novos
hábitos
e
• Promover interação entre os participantes e trocas de
conhecimento.
• Favorecer a integração dos aspectos afetivos, sociais e
cognitivos durante a atividade.
Para finalizar
• Quanto mais a criança explora o mundo, mais é capaz de
pensar, ou seja, compreender e relacionar fatos, ideias e tirar
conclusões.
• Por isso, em todo momento o professor deve desafiar o
pensamento da criança, utilizando os jogos como estratégia
didática e criando oportunidades para que a mesma pense de
maneira ampla, estabelecendo várias relações no espaço
escolar.
Giscarla Dantas
assessoria pedagógica
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Por que as crianças brincam?