XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia
25 a 28 de setembro de 2012
Porto de Galinhas – PE
MONITORAMENTO DA INFLUÊNCIA AMBIENTAL DE UMA REFINARIA DE
PETRÓLEO SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS DE SEU ENTORNO, PELO TESTE DE
GENOTOXICIDADE E MUTAGENICIDADE EM Allium cepa
Lais R. D. Sommaggio1; Matheus M. Roberto1; Márcia M. Hoshina1; Dânia E. C. Mazzeo¹;
Dejanira F. de Angelis2; Maria A. Marin-Morales1
[email protected] (Departamento de Biologia – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”, Rio Claro, São Paulo)
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(Departamento de Bioquímica e Microbiologia - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
Rio Claro, São Paulo)
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As indústrias de refinarias de petróleo são consideradas importantes fontes de contaminação dos corpos
hídricos, pois seus efluentes carregam poluentes como metais, fenóis, óleos e gorduras, amônia e
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. Ensaios com vegetais superiores são rotineiramente utilizados para
verificar a presença de contaminantes ambientais, e a espécie Allium cepa (cebola) tem sido empregada
como um organismo-teste eficaz. Assim, este estudo teve por objetivo avaliar a genotoxicidade e a
mutagenicidade das águas dos rios Jaguari e Atibaia, influenciada por uma refinaria de petróleo, em
Paulínia/SP, por meio do teste com células meristemáticas de A. cepa. As águas foram coletadas em
Fevereiro de 2012, durante o verão, no rio Jaguari; na entrada do tratamento biológico do efluente; na
entrada da lagoa de estabilização; na saída desta lagoa e despejo no rio Atibaia; no rio Atibaia à montante do
descarte da refinaria; no rio Atibaia em dois pontos à jusante do descarte da refinaria. Para a realização dos
testes, sementes de A. cepa foram germinadas em placas de Petri até que as raízes atingissem 1,5 cm. As
raízes coletadas foram fixadas em Carnoy (ácido acético/metanol) por 6-18 horas, hidrolisadas em HCl (1N)
e coradas com reativo de Schiff (2 horas). As regiões meristemáticas das raízes foram separadas com o
auxílio de uma lâmina metálica, coradas com carmim acético (2%), maceradas e ligeiramente aquecidas para
melhor fixação. A lamínula foi extraída em nitrogênio líquido e a lâmina foi selada com uma lamínula nova.
Foram analisadas 5000 células/tratamento e os resultados foram comparados ao CN (germinação em água),
pelo teste estatístico de Mann-Whitney (p<0,05). Os resultados obtidos pela análise de aberrações
cromossômicas indicaram que apenas as águas coletadas após o local de despejo apresentaram efeito
genotóxico, mas não foi verificado nenhum efeito semelhante em pontos posteriores. Não houve incidência
significativa de micronúcleos e quebras cromossômicas, indicando ausência de efeito mutagênico nas águas
testadas. Sendo assim, a genotoxicidade registrada pode ser resultado de um efeito sinergístico entre a água
do rio Atibaia e do efluente lançado pela refinaria, pois nem a água à montante do rio e nem o efluente
isolados induziram alterações no organismo-teste. Portanto, conclui-se que o tratamento realizado pela
refinaria é eficiente, mas é importante o monitoramento constante.
Palavras-chave: aberrações cromossômicas, micronúcleo, HPAs
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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