Informativo
ANO 2014 - nº 19 - Edição Especial
Editorial
A Pátria de muitas cores
Até hoje achávamos que a
torcida brasileira só poderia ser
verde e amarela. Descobrimos,
porém que a torcida da cidadania, da hospitalidade, da alegria, da acolhida, da tolerância
e do respeito, tem muitas cores.
Aprendemos com a Copa
do Mundo a amar ainda mais
a nossa bandeira, mas também
a respeitar as bandeiras dos
outros países e as diferentes
culturas que por aqui passaram. Aprendemos principalmente que perder
faz parte do jogo e que, às vezes, essa perda pode doer muito. Mas,
dentre todas as lições que a Copa nos ensinou, a principal é a de que
para conquistarmos nossos objetivos é preciso muita preparação.
Aqui, na Trilha da Criança, nós nos preparamos sempre. E temos
a consciência de que nossos alunos também estão sendo preparados,
dia após dia, para vencerem os desafios que a vida propõe, através de
muito trabalho e dedicação.
Esta edição do Jornal Trilhar mostra exatamente isto, o resultado do
trabalho desenvolvido com os nossos alunos, ao longo do 1° semestre
de 2014.
Queremos assim reafirmar a nossa satisfação em acordar todos os
dias sabendo que o nosso trabalho está contribuindo para a formação
educacional de crianças que são o futuro da nossa nação.
Boa leitura!
Ana Paula de Rezende Bartolomeu
Fale com a Trilha:
(31)
3287-7884
Vendo além das
diferenças
Cidadão Mirim reforça a importância da
convivência com o outro e do respeito
Festa das
Nações
Em junho, a Trilha da Criança transformou a tradicional festa junina
em um grande evento, a Festa das Nações. Aproveitamos o clima da
Copa do Mundo para ressaltar a importância do patriotismo, que deve
ser exercido não só em eventos esportivos, mas sempre. Também celebramos, com danças típicas e lindas apresentações, a diferença entre
os povos e a importância do respeito às diferentes culturas. Foi um
momento único, de muita alegria, confraternização e conscientização.
Berçário
Lagartinha de
meia (Berçário)
As crianças do berçário adoram histórias! No primeiro semestre, elas conheceram a Susie
e a Lagarta insatisfeita. Essa foi a historinha escolhida para dar continuidade a outras atividades didáticas e pedagógicas. Os bebês trabalharam com tintas atóxicas, potes de Danoninho
e cartolina, ajudando as professoras a darem forma a um lindo mural, com os personagens
da historinha. O cenário construído foi exposto na escola e a lagartinha de meia chamou a
atenção de todos que passaram por ali.
Infantil I
Cores, texturas e sabores
Ninguém come um bolo de cenoura, de laranja ou um mousse de limão pensando nos principais ingredientes que os compõe. Para mudar um pouco essa realidade, a professora Lívia Lima resolveu trabalhar
em parceria com a nossa nutricionista, Juliana Garzedine, que mostrou às crianças como são os legumes e
frutas in natura – antes de serem processados para compor as receitas. O processo foi simples, mas muito
eficaz. A cada 15 dias, antes de iniciarem a atividade culinária do dia, as crianças conheciam o ingrediente
principal. A cenoura, por exemplo, foi um dos primeiros legumes apresentados. Elas viram como ela é por
dentro, ajudaram a lavá-la e experimentaram o legume, que foi cortado em pedacinhos. Depois, juntas, fizeram um delicioso bolo de cenoura. Os funcionários da escola e os pais também experimentaram as delícias
preparadas pelos chefes mirins. A atividade contribuiu para novas descobertas estimulando o aprendizado
das formas, cores, sabores, texturas e, claro, incentivou a prática de hábitos alimentares saudáveis.
Publicação da Trilha da Criança • Diretora: Ana Paula Rezende Bartolomeu • Rua Vitório Marçola, 105 - Cruzeiro - Tel. / fax.: (31) 3287-7884 • www.trilhadacrianca.com.br - [email protected]
• Edição: Prefácio Comunicação - Tel: 3292.8660 • Redação: Rute Faria (MTB 16835) • Jorn. Resp.: Lígia Chagas (MG 09247 JP) - A Trilha da Criança integra o Grupo Base
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Infantil I
Mala viajante
Em sintonia com o
tema do projeto Cidadão
Mirim – 2014, a professora Flávia, do infantil I,
manhã, preparou uma
viagem diferente. De
óculos escuros e mala
nas mãos, as crianças
estão viajando pela
escola, visitando as
turmas e compartilhando tudo o que
aprendem
sobre
outros países, culturas e costumes. No primeiro
semestre, foram visitadas as turmas do Infantil III, para mostrar o Brasil; do
Infantil IV, para falarem sobre o Japão; e a turma do Infantil IV, para ensinarem mais sobre os costumes da Itália. As crianças estão entusiasmadas
com essa atividade e os pais colaboram muito enviando materiais para
enriquecer cada uma das experiências. Trata-se de uma atividade lúdica,
dinâmica e divertida. A viagem continua no segundo semestre.
Infantil II
Brincando de vida real
O mundo do “faz de conta” sempre atraiu a atenção das crianças do Infantil II - Integral. Por isso
mesmo as professoras Melissa Machado e Ana Paula Prado decidiram criar o Projeto Supermercado
e, desde então, um supermercado de faz de conta começou a fazer parte do dia a dia das crianças.
A atividade não ficou restrita à sala de aula. Os pais e responsáveis também contribuíram, enviando
produtos, embalagens e levando os pequenos para uma visita ao supermercado de verdade. Aqui na
Trilha, as crianças faziam suas próprias compras, com carrinhos de brinquedo, calculadoras, sacolas e
tudo o mais que compõe e remete a esse meio. O principal objetivo foi o de ampliar a visão de mundo
das crianças. Além da diversão, a atividade ajudou os pequenos no desenvolvimento da memória, da
autonomia, da socialização, da curiosidade e da capacidade de resolver problemas cotidianos.
A TV da minha casa
Um pincel diferente
Formas, cores e quantidades estão presentes em todos os lugares aonde vamos, não
é mesmo? O Infantil II sabe disso. Todos os
alunos, por exemplo, já conhecem as cores e a
maioria delas, as formas geométricas. O trabalho
desenvolvido pela professora Cláudia, ao longo
do primeiro semestre de 2014, utilizou blocos
lógicos – aqueles, de madeira, que formam
casinhas – além de papéis recortados e muita
criatividade. “Com essas formas, eu fiz um foguete”, disse o aluno Antônio Correa Felício da Silva.
E fez mesmo! “A televisão lá de casa parece com o quadrado”, afirmou Manuela
Ferreira Gomes Barbosa. A atividade permitiu não só o aprendizado das formas
geométricas, mas também ajudou as crianças a desenvolverem a associação
com outros objetos, além de apresentar a elas a noção de volume, dimensão e
diversidade: fino/grosso, grande/pequeno, diferente/igual.
Quem mora no fundo do mar?
Um pote de Yakult vazio, um pedaço de esponja e tinta, muita tinta!
Com esses três itens as criança do Infantil I, tarde, aprenderam a unir
diversão, reaproveitamento de materiais e treinamento em uma só atividade. Tudo começou quando a professora Aline notou um pouco de
dificuldade na forma como as crianças seguravam os lápis e pincéis. Por
isso, ela resolveu utilizar esse material transformando-o em uma espécie
de canetão flexível e de fácil manuseio. As crianças se divertiram pintando
em papel, papelão, isopor e até nas paredes da escola, destinadas para
esse fim. A textura da esponja e as novas possibilidades de desenhos
também atraíram a atenção dos pequenos artistas. Além disso, o pincel
de Yakult ajuda no desenvolvimento da coordenação motora das crianças.
Os alunos do Infantil II, da professora Renata,
gostam muito de histórias e músicas relacionadas
aos animais que vivem no funcho do mar. Por isso,
no primeiro semestre eles fizeram pesquisa em casa
e nos computadores da escola, para conhecerem um
pouco mais sobre esses seres marinhos. A discussão
em torno dos animais era sempre muito animada,
mas o preferido das crianças é o cavalo marinho, que
muda de cor para se esconder dos predadores. Para
finalizar o projeto com chave de ouro, as crianças
visitaram o aquário Mundo das Águas para conhecer
os bichos bem de pertinho.
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Infantil III
Borboletinha,
tá na... Trilha!
Parece até que a natureza adivinhou que a professora Nádia
havia contado a história do livro A lagarta comilona para o Infantil
III. Os passarinhos no pé de Manacá – que fica bem em frente à
sala de aula – já davam o recado: “Tem algo diferente
ali”, pensou a professora. E tinha
mesmo! Duas lagartinhas comilonas que estavam
se preparando para a metamorfose, igualzinho
acontecia na história do livro. Foi o exemplo perfeito! A professora chamou as crianças e explicou que
aquelas lagartinhas logo, logo iriam se transformar.
E as crianças poderiam acompanhar tudo bem de
perto! Foram, ao todo, 14 dias até as lagartinhas
comilonas se alimentarem, se enrolarem no casulo, e
se transformarem em lindas borboletas. Depois que
as borboletinhas se foram, as crianças aprofundaram
ainda descobriram quais são as diferenças entre a
borboleta e a mariposa. E não parou por aí! Elas também visitaram um borboletário e apreciaram a obra
Borboleta, de Romero Britto. Ah, e criaram um lindo
mobile com o tema.
Glub, glub!
O bom de ser criança é que dá para viajar pra muitos
lugares e mergulhar em muitos mundos, mesmo sem sair
do lugar. A turma do Infantil III, da professora Isabela, por
exemplo, começou viajando na história de um livro:
Peixinho dourado vai passear. Mas a história foi tão
legal e tão interessante que as crianças ficaram
curiosas para conhecer mais sobre esse mundo.
Então, elas escolheram seis animais marinhos
para aprimorar o aprendizado: peixe dourado,
baleia, cavalo marinho, tubarão, golfinho e
polvo. Depois, elas fizeram pesquisas, discutiram sobre eles em conversas de roda – e até
com outra turminha – e visitaram o aquário No
Mundo das Águas, onde conheceram vários
desses animaizinhos bem de perto. O objetivo
da atividade foi ensinar sobre o mundo submarino e alertar para a necessidade de preservação
do meio ambiente. Eles descobriram que o cavalo
marinho macho é que carrega o filhote – e sobre a
preservação do meio ambiente.
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Brincando
na Copa
A Copa do Mundo de 2014 não poderia
passar em branco, principalmente por ter sido
realizada aqui, no Brasil. Por isso, após contar a
história do livro Gabriel vai à Copa, a professora
Mariana Rocha percebeu o interesse dos alunos
e investiu ainda mais nesse assunto. O foco foi
descobrir as cidades sedes e o que elas tinham
de diferente de Belo Horizonte. Comidas típicas,
costumes e brincadeiras. Tudo isso foi estudado
através de pesquisas em sala, com a contribuição
dos responsáveis pelos alunos, que enviaram
muitos materiais para estudo. Além disso, sempre que possível, um brinquedo típico da cidade
estudada era confeccionado, para que os alunos
pudessem vivenciar a experiência na prática, e
descobrir como se sentem as crianças das outras
cidades. Um exemplo foi o brinquedo bilboquê,
típico de Porto Alegre. As crianças não só descobriram como ele funcionava, como confeccionaram o seu próprio bilboquê, personalizado com
o rosto do Fuleco, o mascote da Copa 2014. A
atividade trouxe muito conhecimento, diversão
e principalmente conscientização sobre a diversidade e a importância de respeitar e encontrar
beleza nas diferenças.
Infantil IV
Guardiões dos
cinco R’s
Da casca ao talo!
Que criança nunca disse ‘não’ pra um alimento que sequer experimentou?
Apesar de ser uma atitude bastante comum, a professora Daniela Almeida percebeu que, às vezes, o que falta é um pouco de incentivo. Por isso, o projeto
que ela desenvolveu com a turma do Infantil IV - manhã foi totalmente focado
na importância da alimentação saudável e no reaproveitamento de cascas
e talos, aplicando o conceito dos ‘5erres’: Reaproveitar, Reutilizar, Recusar,
Reduzir e Reciclar.
Ao mesmo tempo em que os alunos aprendiam sobre a importância dos
alimentos, eles desenvolviam o interesse em experimentá-los. Rodas de conversas, música, desenhos, contação de histórias, brincadeiras com massinhas,
aulas de culinária e até um livro de receitas compuseram o processo. As crianças também fizeram uma apresentação para os funcionários, mencionando
quais eram as suas frutas preferidas e porque elas eram importantes. Os pais
contribuíram com o envio de materiais para discussão em sala e relataram que
os alunos pediam não só para repetirem as receitas em casa, mas também
manifestaram o desejo de experimentar frutas que nunca haviam comido.
Reaproveitar, Reutilizar,
Recusar, Reduzir e Reciclar.
Esses são os cinco R’s defendidos pelos alunos do Infantil IV, no Projeto Guardião
Mirim. A iniciativa prevê a
educação sobre os recursos
ambientais e a sua correta
utilização. Os alunos guardiões descobrem a função
de cada um desses R’s e
como cada um deles contribui significativamente para
preservação dos recursos
naturais do planeta. Tudo isso ocorre
através de discussões em sala, vídeos educativos, reportagens, jogos
e entrevistas – que eles mesmos fazem com os funcionários de cada setor da
escola: tesouraria, secretaria, comunicação, serviços gerais e cozinha. Nessas entrevistas, intermediadas pela professora Marcela, os alunos sondam
o que eles utilizam para a realização dos trabalhos do dia a dia, entendem
como esse material é descartado/utilizado e sugerem melhorias e mudanças
de comportamento, quando necessário, para que todos contribuam para a
preservação do meio ambiente.
Bate-Bola
Quem não gosta de álbuns de figurinhas?
Em uma rodada de notícias – dessas, em que as
crianças se reúnem para ler as últimas informações e conversarem sobre elas – os alunos do
Infantil IV se interessaram por uma reportagem
sobre o Mundial. A professora Cristiane Lisboa
encontrou ai uma brecha para desenvolver um
álbum de figurinhas temático, que ela própria
elaborou com o apoio da coordenação da escola.
Cada aluno recebeu um álbum e dois dias da
semana foram reservados para o desenvolvimento das atividades em torno dele. Ao longo do
semestre, as crianças foram completando as 21
páginas com figurinhas que ganhavam da professora e trocavam com os colegas. Além da grande
interação entre as crianças, e da diversão que
essa atividade proporcionou, os pequenos puderam desenvolver conhecimentos gerais sobre os
elementos do Campeonato – logomarca, mascote,
troféu, jogadores e a bola – e também aprender
sobre as cidades sedes e seus estádios. Conheceram também os países que estão participando
do Mundial e já identificam as suas bandeiras.
Agora, no segundo semestre, a expectativa é
de que as crianças façam uma visita ao estádio
Governador Magalhães Pinto, o Mineirão.
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Infantil V
Girassóis
Navegando
com tubarões
Para que servem as plantas? Qual a utilidade delas
em nosso planeta? Com essa pergunta em mente, as
crianças do Infantil V, orientadas pela professora Glaucienne, desenvolveram diversas atividades para estudar
o Girassol. Releituras de obras de arte, músicas, danças,
pesquisas, construção de painéis, histórias e vídeos,
foram os métodos utilizados durante o desenvolvimento
dessa atividade. O apoio dos pais no envio de materiais
– e até de exemplares das plantas – foi fundamental. As
crianças se divertiram e aprenderam muito! Pesquisaram
e estudaram inclusive a obra de Van Gogh, Os Girassóis.
No final do trabalho, elas plantaram sementes da flor no
canteiro da escola. Agora vão acompanhar o crescimento
da planta e aprender a cuidar dela. A atividade foi fundamental para aprofundar o conhecimento das crianças
sobre o meio ambiente e despertar nelas o desejo de
cuidar cada vez mais do planeta.
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Uma notícia sobre um ataque de tubarão a uma turista, em Recife –
PE, deixou os alunos da Infantil V um pouco assustados e confusos. Ao
notar que a espécie estava se tornando uma ‘vilã’ na imaginação das
crianças, a professora Liderlaine resolveu mergulhar mais fundo nessa
história, para que os alunos pudessem conhecer um pouco mais sobre
o animal, que é tão mal interpretado. Rodas de conversas, leituras
informativas, pesquisa individuais, histórias com livros e fantoches, filmes, atividades relacionadas ao tema, notícias e músicas foram alguns
dos recursos utilizados para ensinar às crianças sobre o mundo dos
tubarões. Elas também apresentaram aos outros alunos da escola, que
estudavam o fundo do mar, o que descobriram . Além disso, fizeram
uma visita ao aquário Mundo das Águas, onde conferiram de perto
duas das espécies de tubarões estudadas.
Para falar sobre o resultado
desse trabalho, convidamos
os próprios alunos, veja:
“Eu ado
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esse
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Quem fa ssoas, que jogam
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(aluno: Ia
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espécies
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trando e e tubarões
m exti
(aluna: L
aura Ma nção.”
ttos).
Construindo
novos castelos
Certo dia, numa roda de conversa, a professora Isaura resolveu perguntar
aos alunos do Infantil V como eles imaginavam os castelos. Os alunos, claro,
disseram que eram “grandes construções, cheia de luxo, riqueza e muita
beleza”. A vida ali dentro era “maravilhosa!” e eles eram habitados por “por
príncipes e princesas, lindíssimas! Reis e rainhas, com tudo do bom e do
melhor”. E lá fora? Como era? “Viviam em guerra, muita guerra!” Depois dessas respostas, a professora convidou as crianças a trazerem livros e a fazerem
pesquisas sobre esses lugares, para serem discutidas em sala.
Foi então que os alunos descobriram que os castelos eram, sim, enormes,
mas porque eram construídos – com muito sacrifício – para se tornarem
abrigos e, dependendo da época, eram como uma prisão. E eram, de fato,
habitados por príncipes, princesas, reis e rainhas, mas, nem tudo era luxo. Na
época não havia energia elétrica nem água encanada. Morar ali tinha algumas
vantagens, mas as coisas eram muito escassas e primitivas. Não havia máquina fotográfica – mas havia telas retratistas (as quais os alunos conheceram e
estudaram, inclusive). E nem tudo era guerra! Não era bom guerrear, porque
isso trazia miséria, tristeza e muitos problemas para todos.
Eles também ouviram sobre a história da garota Sadako Sasaki e a lenda
dos Tsurus de Origami. Depois, criaram sua própria história, a do Rei Mandão
e Barrigudão, um rei que adorava guerrear. Mas, para resolver isso, na história,
as crianças inventaram um jogo em que era possível guerrear sem matar e
ensinaram esse jogo ao rei.
O objetivo dessa atividade foi ensinar que o mundo pode ser visto por
outros ângulos. As crianças descobriram que nem sempre as coisas são o
que parecem ser e, quando ampliamos a visão de mundo, descobrimos que
ser diferente não é ser nem melhor nem pior. É apenas ser diferente! Para o
próximo semestre a atividade continua e elas vão descobrir e aprender sobre
a história e os movimentos do Xadrez.
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Integral
Fábrica de
solidariedade
Nessa Páscoa, as professoras Natália, Cristiane, Luciana e
Mariana, que desenvolvem trabalhos com as turmas do integral
I, II, III, IV e V, resolveram ensinar que a Páscoa pode ter um
sabor bem mais doce que o chocolate. Com o apoio dos familiares e de toda a escola, foi realizada uma grande arrecadação
de chocolates e embalagens. As oficinas de culinária se transformaram em uma fábrica de delícias, onde as próprias crianças, orientadas pelas professoras, derretiam as guloseimas e
as transformavam em chocolates personalizados. Durante o
preparo das doações, as crianças abraçaram a causa, resistindo bravamente à tentação de comer os doces – elas sabiam
que eles tinham um destino certo e especial. Os pais de alguns
alunos relataram que eles não só insistiram para que comprassem mais chocolates, como também abriram mão dos próprios
chocolates que tinham em casa, para aumentar o número das
doações. A entrega dos doces foi realizada com a participação
das crianças do Infantil IV e V e, em seguida, todo processo
foi documentado em uma Trilha Cronológica, que mostrou cada
uma das etapas desse projeto, através de relatos e fotos. O
objetivo foi fazer a Páscoa de quem precisava mais gostosa e
feliz. Além disso, as crianças aprenderam o verdadeiro sentido
da data, que é o de compartilhar e ser solidário.
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1º Ano
Planeta em
equilíbrio
As crianças do 1° ano, do turno da manhã, ficaram muito
empolgadas quando assistiram a uma matéria do MGTV, que mostrou a presença de micos no Anchieta, bairro onde a escola está
localizada. Esse interesse direcionou a professora Débora para o
desenvolvimento de um trabalho que abordou o assunto animais
em extinção. A partir daí, atividades como rodas de discussão,
exibição de filme temático – filme Tainá 2 – e pesquisas direcionadas sobre animais extintos foram trabalhadas em sala de aula.
Eles também fizeram uma visita ao Museu de Ciências Naturais da
UFMG. Graças a esse trabalho, as crianças aprenderam mais sobre
o mundo selvagem e foram conscientizadas de que é preciso cuidar bem do planeta, para que tudo fique em equilíbrio e a própria
extinção seja eliminada de vez do nosso meio.
Aventura literária
A leitura ajuda no desenvolvimento da escrita, da interpretação de
textos e também ativa a criatividade, aprimora a memória e traz muita
satisfação pessoal. Pensando nisso, a professora Cleunice Martins, do
1° ano, da tarde, está cultivando em seus alunos esse hábito. Todos os
dias na hora do lanche ela conta a história de um livro. Às vezes a história é separada por capítulos, às vezes por contextualização. Sempre
de acordo com a narrativa. No fim do primeiro semestre, por exemplo,
ela contou a história do livro Terra dos Meninos Pelados, de Graciliano
Ramos. O livro trata de questões delicadas, mas importantes, como o
preconceito e o bullying. Também promove a inclusão, a aceitação e o
respeito pelas diferenças. Da parte das crianças há um grande interesse
e aceitação pelo projeto – e, claro, uma dose de ansiedade, curiosidade
e inquietação, já que a história é contada por partes, ao longo dos dias.
Depois que a história chega ao fim, elas escrevem um texto sobre o
que aprenderam com o livro e partem para outra aventura literária.
Informativo da Trilha da Criança
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