INTOXICAÇÃO EXÓGENA:
PLANTAS
Andressa Lopes Ojea Garcia
VEGETAIS BELADONADOS –
SOLANACEAE

Conhecida como saiabranca, trombeta,
trombeteira, zabumba.
A substancia tóxica
presente nesta é um
alcalóide : daturina.
Este é encontrado em
todas as partes da
planta, principalmente
em sementes.
VEGETAIS BELADONADOS –
SOLANACEAE
QC: midriase , dist do comportamento,
alucinações visuais e auditivas, delírios,
hiperexcitabilidade, hipertermia, pele seca,
quente e avermelhada, mucosas secas ,
taquicardia, disúria , oligúria, agitação
psicomotora, confusão mental .
 Tratamento: sintomáticos, não há antídoto
especifico. Hipertermia controlado por meios
físicos – antitérmicos não fazem efeito.
 A fisiostigmina para adultos é de 2mg por
injeção intravenosa, podendo ser repetida a cada
15 minutos. A dose nunca deve exceder 4mg em
meia hora

PINHÃO-PARAGUAI : JATROPHA
CURCAS

Conhecida como pinhãode-purga, pinhão bravo,
purga de cavalo,
mandubiguaçu. Apresenta
fruto atraentes de sabor
agradável. A substancia
tóxica é a curcina, uma
toxoalbumina que provoca
aglutinação, hemólise, e
lesões gastrointestinais
acentuadas; é encontrada
principalmente nas
sementes.
PINHÃO-PARAGUAI : JATROPHA
CURCAS
QC: náuseas , vômitos , cólicas abdominais, e
diarréia intensa, distúrbios hidroeletrolítico, pode
ter IRA.
 Tratamento: sintomáticos, não há antídoto
especifico. Realizar seguimento a fim de detectar
precocemente insuficiência renal aguda.

MAMONA: RICINUS COMMUNIS

Conhecida como
mamoneiro, carrapateiro.
Apresenta intoxicações
freqüentes devido a
ingestão de sementes. A
substancia tóxica é a
ricina, encontrada no
embrião, carúncula e
tegumento da amêndoa.
MAMONA: RICINUS COMMUNIS
QC: náuseas, cólicas abdominais, vômitos e
diarréia mucossanguinolenta levando a distúrbio
hidroeletrolítico, pode ter insuficiência renal
 Tratamento: sintomáticos.

MANDIOCA BRAVA
Mandioca brava ou
amarga. A substncia
tóxica é a faseolunato
sideo que por
decomposição hidrolítica
libera acido cianídrico,
glicose e aldeído.
 O íon cianeto inibe certas
enzimas celulares
oxidantes
(citocromoxidase) o que
acarreta uma anóxia
citotóxica.

MANDIOCA BRAVA
QC: náuseas , vômitos, cólicas abdominais ,
diarréia, hiperpnéia, dispnéia, hipotensão,
cianose com distúrbios hidroeletrolíticos e
depressão neurológica podendo ter crises
convulsivas( convulsão tônica,) asfixia,
diminuição da freqüência respiratória ,
irregularidade de pulso.
 Tratamento: nitrito de amilo seguido de nitrito
de sódio 0,3ml/kg da solução a 3%
hipossulfito de sódio 25% 1ml/kg
vitamina B12 50-100mg/kg
assistência ventilatória

COMIGO-NINGUEM-PODE :
DIEFFENBACHIA PICTA

Afeta mais crianças de
0 a 6 anos. Folhagem
ornamental. Os efeitos
tóxicos decorrem da
grande quantidade de
oxalato de cálcio
presente na planta.
COMIGO-NINGUEM-PODE :
DIEFFENBACHIA PICTA
QC: irritação e corrosão de mucosas da boca e
faringe com edema, hipersecreção e dor;
esofagites e estenoses cicatriciais do esôfago são
muito raras, pode ter reações alérgicas com
edema angioneurótico e mesmo edema de glote.
 Tratamento: provocar vômitos(?) e lavagem
gástrica, protetores de mucosa e antialérgicos
(anti-histamínicos, epinefrina, corticóides)

BUCHINHA

O infuso do fruto é
utilizado empiricamente
no tratamento da
sinusite, ocasionando,
muitas vezes,
hemorragias nasais.
Acredita-se que o
princípio tóxico seja a
cucurbitacina B.
Sintomas aparecem 24
horas após ingestão do
chá.
BUCHINHA
QC: náuseas, vômitos, dores abdominais, cefaléia
e hemorragias que podem levar ao aborto e à
morte.
 Tratamento: não existem antídotos específicos;
carvão ativado e sintomático.

OFICIAL DE SALA : ASCLEPSIAS
CURASSAVICA

Conhecida como cega-olho, paina-de-sapo. Muito
tóxica, porem pouco comum. A substancia tóxica é a
asclepiadina.
OFICIAL DE SALA : ASCLEPSIAS
CURASSAVICA
QC: cólicas abdominais,
vômitos e diarréia e
ocasionalmente depressão
neurológica.
 Tratamento: sintomático

COGUMELOS

Pouco freqüente em nosso meio. Possui 2 formas de
intoxicação:


Incubação demorada: intervalo prolongado entre ingestão e
sintomas, geralmente são graves, citotóxicas, com 3
síndromes.
incubação rápida : de aparecimento rápido, sem muitas
complicações, com 5 síndromes.
INCUBAÇÃO RÁPIDA
SINDROME MUSCARÍNICA
Pela Clitocytos e Inocybe. Apresenta
hipersecreção brônquica, digestiva e cutânea,
insuficiência respiratória , miose
 Tratamento: atropina, sintomáticos e correção de
distúrbios hidroeletroliticos e calóricos.

SÍNDROME ATROPÍNICA
Por Amanita e Pantherina. Apresenta midríase,
hiperexcitabilidade , alucinações visuais,
hipertermia, rubor de pele.
 Tratamento: sintomáticos

SÍNDROME DISMETABÓLICA


Por Coprins.
Apresenta distúrbios
cardiovasculares,
digestivos.
Tratamento:
sintomáticos.
SÍNDROME DIGESTIVA
Pela Russulus, Boletos , Tricholoma. Apresenta
náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarréia.
 Tratamento: antiespasmódicos, correção de distúrbios
hidroleletroliticos.

SÍNDROME PSICODÉLICA
Pelos cogumelos alucinógenos
(Psilocybe mexicana), poucas
horas após ingestão. Apresenta
alucinações visuais e distúrbios
neurovegetativos (taquicardia,
hipotensão, midriase), agitação.
 Tratamento: sintomático e
suporte

INCUBAÇÃO
LENTA
SÍNDROME HEPÁTICA
Mais freqüente pelo cogumelo Amanita, inicia 12
a 40 horas após a ingestão com vômitos, cólicas
abdominais e diarréia seguida de hepatomegalia,
dor a palpação do fígado, icterícia, hemorragias,
torpor e alterações graves eletrolíticas e
metabólicas.
 Tratamento: repouso , correção dos distúrbios
hidroeletrolíticos e metabólicos. Pode-se tentar
diálise a fim de corrigir eletrólitos e tentar
eliminar mais rapidamente as toxinas.

SÍNDROME RENAL

Pela Cortinarius. Inicia com prostração e
gastrite, seguida de glomerulonefrite de evolução
subaguda com insuficiência renal e óbito
SÍNDROME HEMOLÍTICA
Pela Gyromitra. Inicia com gastrenterite prolongada,
podendo evoluir para anemia hemolítica de evolução
demorada
 Tratamento: transfusão sanguínea

OBRIGADA! ;-)