Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde do Trabalhador
Capacitação
em E entos
em Eventos
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A MERCÚRIO
A MERCÚRIO
Área de Produção Editorial e Gráfica
Núcleo de Comunicação Secretaria de Vigilância em Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Painel Técnico Sobre o Uso de Mercúrio 23 e 24 de junho de 2010 em Produtos sob Vigilância Sanitária
em Produtos sob Vigilância Sanitária
Priscila Campos Bueno
Setembro 2011
Capacitação
em E entos
em Eventos
Área de Produção Editorial e Gráfica
Núcleo de Comunicação Secretaria de Vigilância em Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
23 e 24 de junho de 2010 Capacitação
VIGILÂNCIA
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS
em
em Eventos
E entos
A CONTAMINANTES QUÍMICOS
Área de Produção Editorial e Gráfica
VIGIPEQ
Núcleo de Comunicação Secretaria de Vigilância em Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
23 e 24 de junho de 2010 VIGIPEQ
OBJETIVO
Desenvolver ações de vigilância em saúde, visando adotar medidas de prevenção, promoção e atenção
adotar medidas de prevenção, promoção e atenção integral à saúde de populações expostas a contaminantes químicos
contaminantes químicos.
VIGIPEQ
SAÚDE DA POPULAÇÃO no que se relaciona à exposição a áreas contaminadas por CONTAMINANTES QUÍMICOS
áreas contaminadas por
CONTAMINANTES QUÍMICOS
COMPONENTES:
‐Exposição humana em áreas contaminadas por h
á
d
contaminantes químicos ‐ VIGISOLO
‐ Exposição humana a substâncias químicas prioritárias ‐
VIGIQUIM
‐ Exposição humana a poluentes atmosféricos ‐ VIGIAR
Populações expostas a substâncias químicas prioritárias
Populações expostas a áreas contaminadas
Populações expostas à poluentes atmosféricos
Proativa: Prevenção, Recuperação e Promoção
Educação/Comunicação de Risco em Saúde
Educação/Comunicação de Risco em Saúde
Identificação
Priorização
Avaliação / Análise
Diagnóstico
Informação do Local
Preocupações da Comunidade
Contaminantes de Interesse
Rotas de Exposição
Mecanismos de Transporte
Implicações para a Saúde
Conclusões e Recomendações Protocolo Rotina Vi ilâ i At ã à S úd
Vigilância e Atenção à Saúde
Agentes comunitários Atenção Básica e especializada
Saúde do trabalhador
Saúde do trabalhador
Vigilância epidemiológica, Sanitária e Saúde Ambiental
Rede de laboratórios
outras áreas
Sistema de Informação
(CGVAM, 2009)
Reativa: denúncia ou demanda
Reativa: denúncia ou demanda
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS VIGILÂNCIA
EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS
ÀS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS PRIORITÁRIAS
VIGIQUIM
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS PRIORITÁRIAS
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS PRIORITÁRIAS
¾
¾
¾
¾
¾
AGROTOXICOS
AMIANTO
BENZENO
CHUMBO
MERCURIO
MERCÚRIO – PRINCIPAIS AÇÕES
Á
Áreas Cadastradas com contaminação por MERCÚRIO
Ú
ANO
NÚMERO DE ÁREAS
ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO
Ç
2011
11
18.921
2010
10
3 553
3.553
2009
4
15.638
2008
2
5.500
2007
14
27.150
2006
14
26.750
2005
-
-
2004
2
13.000
TOTAL
57
110.512
Fonte: SISSOLO (Agosto/2011)
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS CONTAMINADAS COM
MERCÚRIO NO BRASIL
Número d
de Áreas Cad
dastradas
16
15
14
13
12
11
10
8
8
6
4
3
3
2
2
1
1
0
Classificação das Áreas
Á
AA – Área Agrícola; ACAPP - Área Contaminada por Acidente com Produto Perigoso; AD - Área Desativada; ADRI Área de Disposição de Resíduos Industriais; ADRU - Área de Disposição de Resíduos Urbanos; AI - Área Industrial;
AM - Área
Á
de Mineração; CN - Contaminação Natural; UPAS - Unidade de Postos de Abastecimento e Serviços.
Fonte: SISSOLO (Agosto/2011)
SISSOLO
Distribuição de áreas com populações expostas ou potencialmente expostas a mercúrio
por atividade desenvolvida
UF
AL
AM
AP
BA
CE
GO
MG
MS
MT
PA
PE
PR
RJ
RS
SP
TO
Total
Indústria ‐
Depósitos de
Depósitos de Resíduos Industriais
Garimpo
Aterros
Fábrica de Fábrica
de
Termômetros
Condomínios Residenciais com
Residenciais com Lixão
Cemitérios
Solo Contaminado
1
1
3
1
1
1
1
1
1
5
1
1
1
1
3
7
1
1
1
4
2
5
13
3
1
1
1
1
15
2
1
1
4
13
7
1
6
Fonte: SISSOLO (Agosto/2011)
EXPOSIÇÃO HUMANA A MERCÚRIO Ã
Ú
Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN
SINAN
CASOS
SINAN
SEXO E
FAIXA ETÁRIA
Á
ESCOLARIDADE
SINAN
CIRCUNSTÂNCIA DE EXPOSIÇÃO
Ç
SINAN
DECORRENTE DO TRABALHO
LOCAL DE EXPOSIÇÃO
Ã
SINAN
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
CRITÉRIO CONFIRMAÇÃO
SINAN
POR GRUPO DE AGENTE TÓXICO
SINAN
VIA DE EXPOSIÇÃO
Ç
SINAN
CLASSIFICAÇÃO FINAL
CLASSIFICAÇÃO FINAL
SINAN
EVOLUÇÃO DO CASO
EVOLUÇÃO DO CASO
EXPOSIÇÃO HUMANA A MERCÚRIO Ç
Um problema real
Um problema real
Contaminação por Mercúrio
Garimpo: contribui com 80%
9 Para cada 1 kg de ouro produzido, cerca de 1,3 kg de mercúrio são perdidos para o meio ambiente
i
bi
9 50 a 55% vai para a atmosfera e o restante vai para os ecossistemas aquáticos
9 Estima‐se que já foram liberado > 900 toneladas
E ti
já f
lib d > 900 t
l d
Indústria de cloro soda: contribui com 10%
Indústria de cloro‐soda: contribui com 10%
Outras atividades econômicas: contribuem com menos de 5% cada
Fonte: http://bvs.per.paho.org/bvsacd/eco/034112/034112‐04.pdf
Contaminação por Mercúrio
Fonte: DNPM Total Mercúrio: 692.549 Kg
Contaminação por Mercúrio
Contaminação por Mercúrio
ESTUDOS NO BRASIL
Grupo Populacional / Região Matriz
SUDESTE
Trabalhadores de fábrica de
Urina
lâmpadas
p
fluorescentes, Rio de
Janeiro.
Observações
21,6 µg L-1 e 17,6 µg L-1
Autor/Ano
Barcellos et al.
((1998))
Praia de Itaipu, Niterói, Rio de Peixe
Janeiro, Brasil
Musculatura e rim valores médios de Hg de 0,051±0,031μg g-1 e Cardoso, T. P. et
0,006±0,004μg g-1, respectivamente.
al, 2009
Litoral do Rio de Janeiro, Brasil Peixe
J.
Para o atum, a variação foi de 0,004 μg/g no fígado, nas brânquias e Medeiros, R.
baço, e 0,172μg/g no tecido muscular. Para a pescada bicuda, a variação et al., 2008
foi entre 0,013μg/g nas brânquias a 0,250μg/g no tecido muscular. Este
último demonstrou ser, nas duas espécies, a porção de maior
concentração do metal,
metal atum = 0,080±0,050μg/g
0 080±0 050μg/g e pescada bicuda =
0,187±0,030μg/g.
Município de Descoberto,
Água, solo, Existem concentrações elevadas de mercúrio nos solos (0,26 a 0,55 µg.g- Tinôco et
1
-1
-1
Minas Gerais
sedimento e ), em sedimentos (0,13 a 0,61 µg.g ) e na água (<0,2 a 2,10 μg.L ).
(2010)
peixe
Ci
Crianças
d
de 1 a 10 anos,
S
Sangue
A concentração
t ã média
édi de
d mercúrio
ú i encontrada
t d foi
f i de
d 9,1
9 1 ± 6,4
6 4 mg/L.
/L Filho,
Filh E.
E S.
S ett
Cubatão, São Paulo, Brasil
Crianças consumidoras de organismos aquáticos de origem exclusiva dos 1993
rios de Cubatão apresentaram teores médios de mercúrio (14,7 ±7,1
mg/L.) significativamente maiores em comparação às crianças não
consumidoras de organismos aquáticos de qualquer origem (10,0 ± 6,5
mg/L).
/L)
Os resultados obtidos (mediana e intervalo) para mercúrio total foram de: Farias, L. A.,
Crianças com idade entre 4 e Cabelo
0,04mg.kg-1 (0,01-0,77mg.kg-1), 0,39mg.kg-1 (0,01-3,33mg.kg-1) e al., 2009
12 anos, da cidade de
Cananéia, São Paulo, Brasil.
0,39mg.kg-1 ( 0,01-2,81mg.kg-1) considerando as escolas ES1, ES2 e
ES3, respectivamente.
al.
al.l
et
Contaminação por Mercúrio
REGIÃO AMAZÔNICA
Índios Pakaanóva,,
Cabelo
C
Os teores médios de Hg
O
g nas amostras de cabelo foram de 8,3
8,37μg/g
μg/g (0,5
(0,52–83,89μg/g)
83,89μg/g) S
Santos,, E. O
O.
Rondônia, Brasil
et al. (2003)
51% das amostras analisadas (n=158) apresentaram concentrações de mercúrio
Boischio, A. A.
População Ribeirinha, Cabelo
acima de 10 ppm. 53% (n=37) da população feminina em idade reprodutiva
P. et al. (1993)
Rio Madeira, Porto
Velho, Rondônia,
Brasil
Peixe e
espécies carnívoras de peixes, com média de mercúrio/Hg de 0,620 µg/g (0,097- Santos, E. O.
São Gabriel da
3,9211µg/g), e espécies não-carnívoras, com média de 0,102 µg/g (0,003-0,5521 et al. (2005)
Cachoeira e Barcelos, cabelo
µg/g). As amostras de cabelo ficaram com média de 13,025 µg/g (0,303-83,116 µg/g).
Amazonas, Brasil
Crianças ribeirinhas Cabelo
As crianças do grupo estudo apresentaram maior média de concentração de Tavares, L. M.
de 3 a 7 anos de
mercúrio no cabelo (5,37
(5 37 ± 3,35μg/g)
3 35μg/g) em comparação com o grupo controle (2,08
(2 08 ± B.
B et al.,
al 2005
idade, Amazônia,
1,37μg/g)
Brasil.
Grupo de garimpeiros Cabelo
o teor médio de mercúrio encontrado variou numa amplitude de 7,97 - 68,98 ppm, Couto, R. C. S.
das áreas de garimpo
(média=11,49 ppm); enquanto que no grupo de garimpeiros de Cumaru a amplitude et al, 1988
no estado do Pará:
foi de 1,50
1 50 — 13,68
13 68 ppm,
ppm (média= 5,18
5 18 ppm).
ppm)
Cachoeiro e Cumaru.
A média de Hg em sangue das mães foi de 11,52μg/L e no cordão umbilical foi Santos, E. O.
Mães
e
recém- Sangue
nascidos de hospitais (cordão
16,68μg/L. Os níveis mais elevados de Hg foram verificados nas idades entre 31 a 40 et al., 2007
do
Município
de umbilical)
anos, com médias de 14,37μg/L nas mães e 21,87μg/L nos recém-nascidos.
It it b Pará,
Itaituba,
P á Brasil.
B il
População urbana de Urina
As análises dos teores médios de mercúrio na urina mostraram diferenças altamente Câmara, V. M.
Poconé, Mato Grosso,
significativas entre os grupos centro (4,35 µg/L) e periferia (4,89 µg/L) em et al., 1996
comparação ao grupo-controle (1,25 µg/L).
Brasil
População urbana de Cabelo
O valor médio de mercúrio total nos cabelos obtidos foi 1,3 μg/g, e amplitude 0,3 aNogueira, F. et
Poconé, Mato Grosso,
3,1 μg/g.
al., 1997
Brasil
Rio Acre, estado do Sedimento e Os teores de Hg nos sedimentos de fundo variaram entre 0,018 e 0,184 µg/g, com Mascarenhas,
média de 0,054 ± 0,034 µg/g, enquanto que no material particulado a variação foi de A. F. S. et al.,
Acre, Brasil
material
2004
particulado 0,067 a 0,220 µg / g e média de 0,098 ± 0,037 µg/ g.
CARACTERIZAÇÃO POPULACIONAL SOB A CARACTERIZAÇÃO
POPULACIONAL SOB A
PERSPECTIVA DA PESQUISA
GRUPOS POPULACIONAIS
p ç
,
Populações ribeirinhas, indígenas, outras Garimpo
QUANTIDADE‐
PERCENTUAL
26 (76,5%)
( , )
03 (8,8%)
03 (8,8%)
Trabalhadores ‐ área da 03 (8,8%)
saúde
Trabalhadores indústria Trabalhadores –
indústria 01 (2,9%)
01 (2 9%)
(lâmpadas)
Trabalhadores ‐
01 (2,9%)
agricultura
AUTORES
Santos, E. O. et al. (2003); Tinôco et al. (2010); Santos, E. O. et al. (2005); Boischio, A. A. P. et al. (1993); Brabo, E. S. et al. (1999); Cardoso, T. P. et al. (2009); Dias, A. C. L. et al. (2008); Filho, E. S. et al. (1993); Kitahara, S. E., et
al. (2000); Lacerda, L. D. et al. (2000); Mársico, E. T. et al. (2007); Medeiros, R. J. et al, (2008); Morgano, M. A., et al. (2005); Santos, E. O. et al. (2007); Mascarenhas A F S et al. (2004); Tavares, L. M. B. et
Mascarenhas, A. F. S. et
al (2004); Tavares L M B et al. (2005); Dórea, J. G. al (2005); Dórea J G
et al., 2004; Barbosa, A. C. et al., 1997; Silva, A. P., 1996; Lima, A. N. S., 1999; Callil, C. T., 1996; Souza, E. C., 2007; Oliveira, F.F., 2009; Kuno, R., 2003; Wakasa, Y. S., 2003; Pacheco, H. F., 2001
Câmara, V. M. et al. (1996); Couto, R. C. S. et al. (1988); Nogueira, F. et al. (1997)
Glina, D. M. R., et al. (1997); Câmara, V. M., et al., 1990; Oliveira, C. M., 2009
Barcellos et al. (1998)
Barcellos et
al (1998)
Câmara, V. M., et al., 1986
PISAST
www.saude.gov.br/svs/pisast
d
b/ /
Muito obrigada!!!
Priscila Campos Bueno
(61) 3213
3213-8421
8421
[email protected]
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Vigilância em saúde de populações expostas a mercúrio