Valores eternos.
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ALUNO(A)
MATÉRIA
ANO
SEMESTRE
DATA
Leitura
6º
1º
Mar/2013
PROFESSOR(A)
TOTAL DE ESCORES
ESCORES OBTIDOS
Verônica
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Leia o texto abaixo e responda às perguntas:
O bisavô e a dentadura
Sylvia Orthof
Eu ouvi esta história de uma amiga, que disse que isso aconteceu, de verdade, em Montes Claros, Minas Gerais.
Para contar a história, é preciso imaginar uma velha fazenda antiga. Dentro da fazenda, uma vetusta (socorro, que
palavrão!) mesa colonial, muito comprida, de jacarandá, naturalmente. Em volta da mesa, tudo que mineiro tem
direito para um bom almoço: tutu, carne de porco, linguiça, feijão-tropeiro, torresminho, couve cortada bem fininha... e
eu nem posso descrever mais, porque já estou com excesso de peso, só de pensar: hum, que delícia!
A família era enorme e comia reunida, em volta da toalha bordada: pai, mãe, avó, avô, filhos, netos, sobrinhos,
afilhados, a comadre que ficou viúva, a solteirona que era irmã da vó da Mariquinha... e o bisavô Arquimedes. O
bisavô Arquimedes usava dentadura.
Naturalmente, cada integrante tinha à sua frente o seu saboroso prato de tutu, couve, torresmo, feijão-tropeiro,
carninha de porco, linguiça, etc. e tal. E todos mastigavam e repetiam porque a fartura ali, em Montes Claros, naquele
tempo, era um espanto, de tanta! E cada um, evidentemente, tinha o seu copo. Pois os copos e o bisavô Arquimedes,
diariamente, sofriam a seguinte brincadeira:
— Toninho, ocê vai beber desse copo aí, na sua frente? Olha que o bisavô deixou a dentadura dele de molho,
bem no seu copo, Toninho, na noite passada!
— Num foi no meu, não: foi no copo da Maroca! O bisavô deixou a dentadura dentro do copo da Maroquinha!
— Ó gente, num brinca assim que eu fico cum nojo, uai!
O velho bisavô Arquimedes ouvia, sorria, mostrando a dentadura.
Quando chegava o doce de leite, o queijinho, a goiabada e uma tal de sobremesa que tem o nome de “mineiro de
botas”, que tem queijo derretido, banana, canela, cravo, sei lá mais que gostosuras, o pessoal comia, comia. E depois
de comer tanto doce, a sede vinha forte, e a chateação começava, ou recomeçava, ou não terminava.
— Tia Santinha, não beba do copo da dentadura do bisavô, cuidado! Tenho certeza de que a dentadura ficou no
seu copo, de molho, a noite inteira!
O bisavô ouvia e ia mastigando, o olhinho malicioso, nem te ligo para a brincadeira, comendo a goiabadinha, o
“mineiro de botas”, o doce de leite, o queijinho... e mexendo a dentadura pra lá e pra cá, pois a gengiva era velha e a
dentadura já estava sem apoio. Mas o bisavô tinha senso de humor... e falava pouco. O pessoal cochichava que ele
era mais surdo do que uma porta. Bestagem, porque se existe uma coisa que não é surda, é porta: mesmo fechada,
deixa passar cada coisa...
Um dia, de repente, o bisavô apareceu sem dentadura. E como todos perguntaram para ele o que tinha havido, o
velho Arquimedes sorriu, um sorriso bangela, dizendo:
— Ocês tavam perturbando demais, todos com nojo dela, resolvi não usar, uai!
Aí, a família ficou sem jeito, jurando que não iria mais falar da dentadura, que tudo fora brincadeira, que todos
adoravam o velho Arquimedes, que ele desculpasse.
— Tá desculpado, num tem importância. Eu já tava me aborrecendo com a história, mas tão desculpados. Mas até
que tô achando bom ficar banguela: vou comer tutu e sopa... e doce de leite mole, ora!
A família insistiu, pediu perdão, mas o bisavô botou fim à conversa, dizendo:
— Ocês num insistam. Resolvi e tá resolvido. O dia que eu deixar de resolver, boto a dentadura outra vez!
E passaram-se vários dias. Ninguém mais fazia a brincadeira do copo. De vez em quando, o bisavô lembrava:
— Tô sentindo falta...
— Da dentadura, bisavô?
— Não, da traquinagem de ocês... ninguém tá com nojo de beber água no copo, né?
— Ora, o senhor não deve levar a mal, foi molecagem, a gente não faz mais, pode usar a dentadura, bisavô.
Um dia, de repente, o bisavô voltou a usar a dentadura. Todos na mesa se cutucaram e começaram a rir, muito
disfarçado, quando bebiam água, pensando... sem dizer, pois haviam prometido.
Depois da sobremesa, boca pedindo água depois de tanto doce caseiro, o velho Arquimedes disse:
— Ocês tão bebendo tanta água, sem nojo...
— Bisavô, era brincadeira!
— Eu também fiz uma brincadeira: durante todo esse tempo que fiquei banguela, minha dentadura ficou de molho,
dentro do filtro!
1.
Nos parágrafos iniciais do conto ficamos conhecendo a família em torno da qual os fatos vão acontecer. Como essa
família é apresentada?
a)
b)
c)
d)
2.
(
(
(
(
) como uma família que fazia as refeições em horários diferentes
) como uma família pequena que se via todo fim de semana
) como uma família grande que se reunia para as refeições
) como uma típica família paulista
Qual era a chateação que as pessoas da família faziam com o bisavô? Como ele reagia?
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______________________________________________________________________________________
3.
Por causa das brincadeiras, o bisavô decidiu não usar mais a dentadura. Que sentimento a atitude do bisavô
provocou na família? Transcreva do texto uma frase que comprove sua resposta.
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4.
Releia: “Um dia, de repente, o bisavô voltou a usar a dentadura”. Responda:
a) Qual foi o comportamento da família?
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b) Qual foi a provocação do bisavô, logo em seguida?
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5.
O que torna esse conto engraçado?
a)
b)
c)
d)
(
(
(
(
) o fato de o bisavô usar dentadura.
) as brincadeiras da família com a dentadura do bisavô
) o bisavô ter deixado de usar dentadura.
) o bisavô ter deixado a dentadura de molho dentro do filtro.
Agora relembre o que aprendemos e discutimos sobre o livro “O Pequeno Príncipe” e
responda:
6.
Após o insucesso dos dois desenhos nos quais o aviador tentou representar uma jibóia
engolindo um elefante, o aviador confere aos adultos a responsabilidade pelo abandono de
sua promissora carreira de pintor afirmando que foram as “pessoas grandes” que o
aconselharam a se dedicar a outra área do conhecimento e que isso se deu porque essas
pessoas têm dificuldade em compreender as coisas sozinhas e que às crianças é muito
cansativo ficar explicando tudo. Porque o aviador acha que os adultos têm dificuldade de
compreender as coisas e as crianças não?
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7.
Em que lugar o aviador e o principezinho se conhecem?
a)
b)
c)
d)
8.
) no asteróide B612
) no segundo planeta que o pricipezinho visita
) no deserto do Saara
) no espaço
O que o Pequeno Príncipe gostava de fazer quando estava triste?
a)
b)
c)
d)
9.
(
(
(
(
(
(
(
(
) lembrar da sua rosa
) conversar com o aviador
) falar com a serpente
) admirar o pôr do sol
O Pequeno Príncipe pede ao aviador que lhe desenhe um carneiro e finalmente consegue o que quer ao receber o
desenho que, segundo ele, traz um carneiro dormindo dentro de uma caixa. No entanto, ele se preocupa com o fato
de que carneiros comam flores. Por que?
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10. Por que a flor não tenta convencer o Pequeno Príncipe a não partir?
a)
b)
c)
d)
(
(
(
(
) porque ela é orgulhosa
) porque ela estava zangada
) porque ela não gostava dele
) porque ela não sabe falar
Em nossas aulas tivemos a oportunidade de ler e discutir um trechinho do livro “A mala de Hana”, de Karen
Levine. O livro conta a história dos irmãos Hana e Georgy Brady, crianças judias que viviam na Tchecoslováquia
(atual república Checa), durante a Segunda Guerra Mundial. Quando as tropas alemãs invadiram o país, a vida da
família Brady mudou para sempre. No texto que lemos em sala de aula vimos a solução que os dois irmão
encontraram para se sentirem um pouco melhor, fizeram uma lista de tudo aquilo que os deixavam tristes ou
zangados e do que sentiam falta. Colocaram os papéis dentro de uma garrafa e a enterraram em um lugar que só
eles conheciam.
• Leia, a seguir,outra versão da história de Hana e Georgy Brady e responda ao que se pede:
A mala de Hana
A 15 de Março de 1939, as tropas de Hitler entraram na Checoslováquia e estabeleceram regras estritas para os
Judeus. Só podiam sair de casa a determinadas horas e fazer as compras apenas a horas específicas. Tinham de
usar uma estrela de tecido amarelo cosida aos casacos onde estava escrita a palavra Jude (judeu). O rádio dos
Brady – o único elo de ligação ao que se passava no Mundo – foi confiscado.
Hana e George, na altura com 8 e 11 anos, não podiam brincar na rua, ir ao cinema ou a qualquer acontecimento
desportivo. Também foram proibidos de ir à escola, por isso a mãe contratou professores particulares para os ensinar
em casa. Face a tal hostilização, os dois irmãos desenvolveram uma ligação especial. Mas o pior ainda estava para
vir.
Em Março de 1941, a Gestapo prendeu a mãe. A família soube que fora enviada para Ravensbruck, um campo de
concentração para mulheres na Alemanha. Pouco depois, prenderam o pai. Karel Brady abraçou os filhos,
despedindo-se deles, disse-lhes para serem corajosos e desapareceu.
Devastados, Hana e George foram viver com o tio Ludwig, um cristão que tinha casado com a irmã do pai. Cada
um levou uma mala com roupa. Hana escolheu a sua favorita – uma mala grande e castanha com um forro pintado.
Antes de os nazis confiscarem o apartamento dos pais, George retirou todas as fotografias da família e escondeu-as
na casa do tio.
A campanha de terror nazi continuou. A 14 de Maio de 1942, a Gestapo ordenou que Hana e George fossem para
um centro de deportação a 50 km de distância. Ali embarcaram num comboio para Theresienstadt, um antigo quartel
militar com grandes muros de tijolo vermelho. No princípio da guerra, foi transformado pelos nazis num campo de
passagem para 50 000 prisioneiros, muitos deles crianças, cujo destino final seria Auschwitz.
À medida que os meses passavam, havia cada vez mais judeus no campo. As rações de comida iam diminuindo.
As doenças alastravam. Em Setembro de 1944, os nazis viram que estavam perdendo a guerra e, por essa razão,
aceleraram as deportações em vagões de mercadorias para Auschwitz.
Um dia, Hana recebeu a notícia que mais temia: o nome de George apareceu na lista de deportações. Antes de
partir, tentou consolá-la. Disse-lhe que tinha prometido a si próprio que a levaria de novo para casa sã e salva. —
Não vou faltar a essa promessa, garantiu-lhe.
George Brady passou cinco meses de pesadelo em Auschwitz, suportando longas horas de trabalho extenuante,
passando fome e regressando todos os dias para ver pessoas serem levadas para as câmaras de gás.
Milagrosamente, sobreviveu.
Após a sua libertação, George viajou a pé e de comboio, chegando finalmente a casa em Maio de 1945. Ali
encontrou a família do tio Ludwig. Através deles, soube a verdade lancinante: o pai e a mãe tinham morrido em
Auschwitz em1942. De Hana não havia notícias.
Durante meses, George procurou a irmã. Um dia, enquanto percorria uma rua de Praga, uma adolescente
abordou-o. Tinha sido amiga de Hana em Theresienstadt e reconheceu George. Foi ela que lhe deu a terrível notícia:
Hana fora morta nas câmaras de gás em Auschwitz um dia depois de sua chegada …
Em 1951, George emigrou para Toronto à procura de uma nova vida. Um ano mais tarde, juntou-se a um outro
sobrevivente do Holocausto e montaram um bem-sucedido negócio de canalizadores.Casou e foi pai de três rapazes
e uma jovem, mas nunca esqueceu a irmã...
Fonte: http://contadoresdestorias.wordpress.com/2009/04/13/a-mala-de-hana/
Vocabulário:
cosida = costurada
confiscado = tomado, levado
hostilização = ato de hostilizar,
tratar como inimigo
devastados = destruídos
nazis = nazistas
Gestapo = polícia secreta alemã
comboio = transporte de pessoas
em grupos
lancinante = dolorosa
11. De acordo com o texto, a família de Hana e George sofreu perseguição durante a Segunda
Guerra Mundial por que:
a)
b)
c)
d)
e)
(
(
(
(
(
) Era uma família de camponeses imigrantes da Itália.
) O pai de Hana e George tinha sido desrespeitoso com a Gestapo.
) Os pais de Hana e George faziam parte de uma polícia secreta infiltrada na Alemanha.
) Era uma família de judeus e estes foram alvo do nazismo alemão.
) O pai das crianças tinha sido expulso do exército Alemão por usar um rádio.
12. Que elemento os judeus eram obrigados a usar a fim de facilitar sua identificação?
a)
b)
c)
d)
e)
(
(
(
(
(
) uma estrela amarela com a palavra Jude.
) um uniforme listrado, parecido com um pijama.
) uma mala castanha e com forro pintado.
) um radio para ouvir as notícias locais.
) um uniforme escolar.
13. Aponte os reflexos do nazismo alemão na vida da família Brady, dizendo o que aconteceu com os seguintes
personagens da nossa história:
a) Os pais de Hana e George: __________________________________________________________
b) Hana: ___________________________________________________________________________
c) George: _________________________________________________________________________
14. Campos de concentração eram lugares para onde os judeus eram levados como prisioneiros. Na história acima
alguns desses campos são mencionados: Ravensbruck, campo de concentração para mulheres; Theresienstadt, um
campo de passagem de prisioneiros e Auschwitz, onde muitos judeus foram mortos nas câmaras de gás. Com base
nas informações do texto, assinale a única opção onde NÃO se tem uma característica desses lugares:
a)
b)
c)
d)
e)
(
(
(
(
(
) Faltava comida.
) As enfermidades e doenças se espalhavam com facilidade.
) Só havia crianças nesses campos.
) O número de prisioneiros só aumentava.
) Os prisioneiros eram obrigados a trabalhar muito.
15. De que maneira todas as dificuldades e tragédias vividas pela família Brady influenciou no relacionamento entre os
irmãos Hana e George?
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_____________________________________________________________________________________
• Agora relembre a história do livro “De Sonhar Também se Vive”, de Giselda Laporta, respondendo, corretamente
as seguintes questões:
16. Vítor, o personagem principal da história, é apresentado ao leitor logo no início da obra. Considerando as informações
fornecidas entre os capítulos I e III da 1ª parte, responda: Por que Vitor foi para um abrigo de menores?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
17. Assinale (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as afirmaçõs falsas:
a) (
b) (
c) (
d) (
e) (
) Após a morte da árvore, Vítor começa a ouvir uma voz – é sua mãe que está de volta mas não tem coragem
de se apresentar para ele.
) O maior sonho de Vítor é ser adotado, mas ele teme que isso não aconteça, dentre outros motivos, por não
ser mais um bebê.
) Uma pessoa muito importante na vida de Vítor é a tia Rita, que depois revela ser sua verdadeira mãe.
) Tia Rita promete adotar Vítor, mas desiste por causa da doença do menino, considerada fatal pelos
médicos.
) Em seus sonhos, Vítor imagina não apenas sua futura família, mas também a casa onde vive e episódios do
cotidiano.
18. Vítor se inscreve em um concurso de histórias e começa a escrever seu texto em um computador da escola. No dia
seguinte, ao procurar sua redação no computador, tem uma surpresa. Qual?
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
19. Quando Luana e Gilberto se casam, Vítor se sente realizado, pois passa a ter uma família completa. Entretanto, as
coisas não acontecem exatamente como no sonho dele. Por quê?
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
20.
Relacione os personagens abaixo com suas respectivas características:
a) Tia Rita
(
) médico que costuma atender Vítor no hospital em que o garoto faz tratamento.
b) Edílson
(
) as “garotinhas-terremoto”, bagunceiras e rebeldes, filhas de Luana.
c) Gilberto
(
) funcionária do abrigo de menores, muito amiga de V
d) Denise
(
) professora de Vítor, que ele tenta transformar em namorada de seu pai.
e) Luana
(
) gato de Gilberto, que passa a dormir nos pés de Vítor, quando o menino é adotado.
f) Maurício
(
) mãe de Maurícío, apaixona-se por ele e casa-se com ele.
g) Tomás
(
) escritor que começa a trabalhar como voluntário no abrigo e adota Vítor.
h) Vânia e Vanessa
(
) vencedor do concurso de histórias, é o melhor amigo de Vítor na escola.
i) Francisco
(
) irmão de Maurício, Vânia, Vanessa e Vítor, o mais novo integrante da família.
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