Tiê é mais uma das cantoras celebradas pela crítica musical
como parte do elenco de mulheres que trouxeram frescor à empoeirada
MPB. Com um EP e um álbum gravados, despertou a atenção de
Toquinho ainda nos tempos de intérprete e entrou para a banda do
compositor, consagrando-se definitivamente no ramo.
Os trabalhos dão o tom da escola abraçada por Tiê: algo entre o
folk e a baixa fidelidade, com influências de Toquinho, claro, e outros
pilares da MPB.
Desde que venceu o tradicional Prêmio Fico do Colégio
Objetivo, a cantora paulistana se tornou figura frequente nos palcos
da noite paulistana. Primeiro como intérprete, depois experimentando
composições próprias. A certeza de seu caminho musical fez com que
Tiê
investisse
em
seu
talento.
Estudou canto em Nova
Iorque, onde continuou sua carreira.
O talento chamou a atenção de
Toquinho, que a convidou para
ingressar em sua banda. Tiê rodou o
Brasil e o mundo com o músico e
acumulou experiência. Em busca da
carreira autoral criou ao lado do
amigo e parceiro Dudu Tsuda, o
celebrado projeto Cabaret, que se
notabilizou em dois dos melhores
clubes de Sao Paulo: Vegas e Studio
SP. O período rendeu um EP à
cantora, e uma excelente visibilidade
na mídia: Tiê foi colocada em todas
as listas de novas cantoras
promissoras e destacada pela
peculiaridade de seu som - bastante
auto-biográfico.
Em 2008 Tiê preparou seu primeiro CD.Em nova parceria agora com o produtor carioca Plinio Profeta - foram gravadas dez
faixas de autoria própria, ao vivo, bem ao estilo low-fi –antiga
tendência resgatada por novos cantores/compositores folk do
mundo todo. O trabalho foi batizado de Sweet Jardim. As quatro
primeiras faixas (Assinado eu, Dois, Quinto Andar e Passarinho)
são baseadas na voz e no violão tocado por Tiê e trazem arranjos
incidentais e minimalistas que valorizam o lado musicista e
romântico da cantora. O tom sobe na quinta e oitava músicas
(Aula de Francês e Stranger But Mine), que ainda trazem Tiê ao
violão, mas com arranjos mais rápidos e próximos ao folk e letras
que mesclam o francês e português (Aula de Francês) e o inglês
(Stranger But Mine). Chá Verde (sexta faixa) introduz Tiê ao
piano, e é a mais autobiográfica canção do disco. O piano com
acompanhamentos incidentais se repete na nona faixa (A
Bailarina e o Astronauta).
O piano com acompanhamentos incidentais se repete na nona
faixa (A Bailarina e o Astronauta). As duas músicas explicitam a
elogiada capacidade de letrista da cantora. Por fim, a música titulo,
Sweet Jardim, surge como uma celebração do trabalho, embalada pelos
violões ciganos do mestre Toquinho, que faz participação mais do que
especial no disco. O trabalho, ainda conta com a concepção estética da
estilista Rita Wainer, que também assina a capa.
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