LINHA DE PESQUISA
IDENTIDADE E DIFERENÇA NA EDUCAÇÃO
RASTROS DE UMA ESCRITA MENOR. LINHA DE PESQUISA: IDENTIDADE E
DIFERENÇA NA EDUCAÇÃO
Fabiane Olegário
Universidade de Santa Cruz do Sul-UNISC
e-mail: [email protected]
Orientadora: Profª. Drª. Betina Hillesheim
O presente trabalho se inscreve no Programa de Pós-Graduação em Educação- Mestrado da
Universidade de Santa Cruz do Sul, na Linha de Pesquisa Identidade e Diferença na Educação e traz
como título provisório: “Rastros de uma Escrita Menor”. A intenção de pesquisa consiste em
analisar como as escritas do aluno aparecem no contexto escolar, para além dos espaços e lugares já
instituídos e de que modo estas escritas produzem a produzem a possibilidade de subjetivação
destes sujeitos. Estas escritas neste trabalho são denominadas como “menores”, tendo em vista o
conceito de Deleuze e Guattari,(1977) os quais entendem menor como não sendo “de uma figura
menor, mas antes o que uma minoria faz uma língua maior” (p.25). Para pensar nesta pesquisa que
se encontra em andamento, busco aproximações com as filosofias da diferença, a partir dos estudos
de Gilles Deleuze e Michel Foucault. Tais escritas se encontram nas paredes da sala de aula
(geralmente ao fundo, e também nas laterais), nas portas dos banheiros masculino e feminino
(geralmente a encontramos na parte interna), sobre a mesa e cadeira do aluno, nas provas
(geralmente se situa no verso) e os “bilhetinhos” redigidos pelos estudantes que circulam na sala
de aula. Também observo o caderno dos alunos, onde o olhar se volta para as escritas que se
proliferam nas margens, saindo, portanto, da “ordem” estabelecida. No entanto, percebo a
necessidade de problematizar este espaço, visto que é no seu interior que busco analisar outros
modos de subjetivação a partir das experiências de escrita, visto que “a subjetividade não é algo
abstrato, trata-se da vida, mas precisamente das formas de vida”. (PERBALT, 2000, p. 37). Atenhome ao “método” cartográfico, tal como proposto por Deleuze e Guattari. Como cartógrafa dos
rastros de escrita, utilizo os recursos da fotografia e das fotocópias como possibilidade de captura
destes traços mutantes e nômades. A pesquisa pretende discutir outras possibilidades de invenção e
criação de si que possam com fluxos crianceiros deslizar pelas bordas, habitar as franjas, de sacudir
as interpretações fixas e significações duras. Importa, assim, olhar diferente, ensaiando outras
maneiras de olhar, buscando subverter o já dado e o já dito sobre a escrita.
Palavras- Chave: Escrita, Subjetivação, Cartografia.
A REPETÊNCIA ESCOLAR NO DISCURSO ACADÊMICO. LINHA DE PESQUISA:
IDENTIDADE E DIFERENÇA NA EDUCAÇÃO
Graciele Martini de Azevedo
Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC
e-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Mozart Linhares da Silva
Co-orientadora: Profa. Dra. Betina Hillesheim
Este projeto propõe investigar o discurso acadêmico sobre a repetência escolar que circula nas
publicações da ANPED (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação), esta tem
como área de influência os educadores e os formadores desses educadores. Ela é considerada a
referência enquanto publicação e discussão dos principais temas educacionais no Brasil. Seu
principal evento é a reunião anual, a qual terá seus anais como base de estudo da produção
educacional/acadêmica brasileira sobre a repetência escolar e o sujeito repetente.O objetivo desta
pesquisa é analisar como a produção acadêmica existente nos artigos da ANPED constitui
determinados regimes de verdades sobre a repetência escolar e produzem formas de ser,
compreender e lidar com os sujeitos repetentes e com a repetência.Para desenvolver a temática
apresentada, utilizo as ferramentas desenvolvidas por Michel Foucault na analise do discurso
acadêmico da ANPED. Através das ferramentas foucaultianas, tentarei compreender como o saberpoder inserido nesses discursos constitui o sujeito repetente e a repetência escolar. Pois compreendo
que da mesma forma que o discurso é produzido por poderes, também produz inúmeros saberes que
vão potencializar esses poderes, dando ao discurso a legitimação de “verdadeiro”.
Quando analiso como o discurso acadêmico descreve o sujeito repetente, verifico como ele é
percebido pelo discurso ao mesmo tempo em que é produzido da mesma forma que o descrito.
Segundo Fischer: “Afirmar que os discursos formam os objetos de que tratam...” (Fischer, 1996,
103). O sujeito repetente torna-se o objeto de uma relação de saber-poder que, ao subjetivá-lo, o
constitui com determinados aspectos.Os anais da ANPED que utilizo neste projeto estão publicados
entre o ano de 2000 e 2009. Para a análise do discurso selecionei os artigos que abordam o tema da
repetência, o que não significa que estes terão que tratar exclusivamente desta. Os artigos podem
“falar” sobre a repetência, mesmo tendo como foco de análise outras questões educacionais, tais
como currículo, gênero, identidade... O que levo em consideração é o que está dito, no sentido
foucaultiano, os ditos de uma escrita que é subjetivante.
Palavras-chave: repetência, discurso e subjetivação.
OS SENTIDOS DA DOCÊNCIA PARA UM GRUPO DE PROFESSORES
FISIOTERAPEUTAS. LINHA DE PESQUISA: IDENTIDADE E DIFERENÇA NA
EDUCAÇÃO.
Autora: Ângela Cristina Ferreira da Silva
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
[email protected]
Orientador: Prof. Dr. Cláudio José de Oliveira
A pesquisa em questão tem por objetivo geral estudar a formação docente de um grupo de
professores fisioterapeutas que lecionam em uma ou mais instituições de ensino superior. O material
de pesquisa foi gerado a partir de entrevistas semiestruturadas, fazendo aproximações com alguns
elementos da história oral. Seguindo esse referencial, na primeira etapa, denominada pré-entrevista,
foram realizadas 14 conversas com professores, perfazendo um total de aproximadamente 100
páginas já transcritas e em fase de organização para posterior estudo. Na segunda etapa, pretende-se
retomar as entrevistas a partir das unidades de análise que emergirem do material, numa
aproximação foucaultiana sobre a análise do discurso. Nesses primeiros exercícios analíticos
emergiu a unidade de análise provisoriamente intitulada “relação entre a teoria e a prática”, na qual
se pôde perceber que o “ser docente” não era objetivo quando do ingresso no curso de Fisioterapia
dos sujeitos da pesquisa, e que a teoria que informa a docência está centrada nos "modelos" dos
professores da graduação, nos programas das disciplinas e na formação docente oferecida pelas
instituições de ensino superior onde atuam.
Palavras-chave: identidade; fisioterapia; formação docente; história oral.
A IDENTIDADE DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM OLHAR A PARTIR DA
MÍDIA. LINHA DE PESQUISA: IDENTIDADE E DIFERENÇA NA EDUCAÇÃO.
Juliane Baggiotto Manfio
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
[email protected]
Orientadora: Profa. Dra. Betina Hillesheim
Este projeto de dissertação pretende realizar uma análise a respeito de como a Identidade dos
professores de Educação Física é representada pela mídia impressa. O corpus de investigação será
formado por matérias que compõem a Revista do Conselho Regional de Educação Física, publicada
por meio eletrônico e com circulação nacional. O intuito de desenvolver um trabalho a partir da
referente revista surgiu a partir da constatação de que grande parte do que costuma ser divulgado
em suas páginas versa sobre as atividades ligadas ao professor de Educação Física, seus afazeres,
práticas e, conseqüentemente, destacam fatores que perpassam a formação de sua identidade. O
referencial teórico que irá balizar as investigações partirá do viés dos Estudos Culturais, bem como
de focalizações sobre a identidade que recorrem a uma relação com a perspectiva pós-estruturalista
de análise. Pretendemos discutir a ligação entre identidade e pedagogia, com a intenção de verificar
como a identidade de professor de Educação Física aparece representada na mídia. A mídia pode ser
vista, assim, como aqueles lugares onde o poder é organizado e difundido, sendo que ela ensina,
disciplina e regula as identidades como qualquer lugar educativo, podendo ser entendida como uma
pedagogia cultural. Esses estudos, ancorados na noção de “pedagogia cultural”, autorizam
estendermos nosso olhar para além da escola e entrever que não é somente nesse espaço
pedagógico que as identidades são vistas. Por essa perspectiva, o conceito de “pedagogia cultural”
engloba a educação e o ato mesmo de ensinar em um leque bastante amplo de áreas do social e do
cultural que incluem a escola, mas não se limitam a ela. Desta forma, é possível pensar nas revistas
como produtos culturais que fazem parte de uma pedagogia que relativiza a constituição de
identidades. Por isso, nossa investigação buscará vasculhar os textos, imagens, discursos da revista
citada acima, operando com o conceito identidade com o intuito de analisar e problematizar as
diversas maneiras pelas quais o professor de Educação Física é representado, descrito, classificado e
produzido na revista em questão.
Palavras chaves: Mídia, Educação Física, Identidade Docente
DISCURSO DOCENTE E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE ÉTNICA AFROBRASILEIRA NO AMBIENTE ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE
IBARAMA. LINHA DE PESQUISA: IDENTIDADE E DIFERENÇA NA EDUCAÇÃO
Mestranda:Catiani Renata Salvati Grellmann
Orientador: Prof. Dr. Mozart Linhares da Silva
Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC
[email protected]
A pesquisa que tem como tema o discurso docente e a construção da identidade afro-brasileira no
ambiente escolar toma como estudo de caso o Município de Ibarama. Tal pesquisa propõe analisar a
construção das narrativas identitárias de cunho étnico, nomeadamente as referentes aos afrobrasileiros, a partir do discurso docente no ambiente escolar. Através do uso da metodologia
qualitativa do tipo estudo de caso tal pesquisa propõe a análise de discursos e entrevistas semiestruturadas que serão colididas com os dados tabulados oriundos do método quantitativo com a
aplicação de questionários aos alunos e professores. Destacam-se nas análises a crítica a visão
essencialista das identidades e a ênfase no conceito relacional e construtivista e a relação da
educação com a construção das identidades na modernidade. A ênfase em tal questão pode ser
observada a partir da delimitação do tema, visto que entender o país como um todo seria não levar
em conta as particularidades dos comportamentos dos indivíduos que caracterizam nações
interculturais como é o caso do Brasil. Este fato implica na regionalização das análises onde esta
pesquisa se delimita nos processos de construção de narrativas identitárias de cunho étnico tomando
o discurso docente como norteador da construção dos sujeitos sociais tendo em vista as questões do
papel da educação na construção desses sujeitos. Tais análises permitem considerar o papel da
educação na construção das narrativas identitárias de cunho étnico e a relação entre estereotipias
étnicas e currículo; a caracterização da população escolar por etnicidade, a análise dos processos de
construção das narrativas étnicas no ambiente escolar a partir do discurso docente e a análise das
Diretrizes Curriculares Nacionais do ano de 2003 acerca das categorias etnicidade e identidade
étnica na educação. A proposta é buscar alternativas que venham ao encontro das problemáticas
referentes ao papel da educação na produção das identidades e estereotipias étnicas no ambiente
escolar além de entender como os sujeitos afro-brasileiros são subjetivados a partir do discurso
docente e das relações sociais na escola.
Palavras-chave: Identidade étnica, Discurso, Educação.
PARA ALÉM DAS DIFERENÇAS DE RAÇA: REFLEXÕES CRÍTICAS SOBRE AS
POLÍTICAS AFIRMATIVAS NO BRASIL. DE PESQUISA: IDENTIDADE E DIFERENÇA
NA EDUCAÇÃO
Cristiane Becker Beise - Bolsista BIPPS
Universidade de Santa Cruz do Sul- UNISC
[email protected]
Orientador: Prof. Dr. Mozart Linhares da Silva
O objetivo é apresentar algumas análises referentes à trajetória e a historicidade dos conceitos
utilizados pelos movimentos sociais, sobretudo o Movimento Negro, no intuito de compreender a
função estratégica destes conceitos na legislação e nas políticas públicas de ação afirmativa, assim
como as tensões e ambigüidades conceituais contidas no Estatuto da Igualdade Racial. A partir de
uma análise teórica bibliográfica, destacam-se nas análises, a ressignificação da “raça” como
categoria teórica e política a partir dos anos 1960, a trajetória do movimento antirracismo no século
XX até a institucionalização dos Estatutos da Igualdade Racial, as ambigüidades e tensões
conceituais na legislação antirracismo no Brasil, no caso o Estatuto da Igualdade Racial, e, por fim,
os dilemas identitários em torno da racialização da sociedade. A ênfase em tal questão implica
perceber o contexto em que tais categorias emergem o que remete às primeiras organizações sociais
negras, as quais posteriormente assumiram uma nova postura frente a desconstrução da
“democracia racial” e a influência de pensamento multiculturalista. Através do multiculturalismo
procura-se reconhecer que existem indivíduos e grupos que são diferentes entre si, mas que
possuem direitos correlatos. Neste sentido, a transformação da democracia racial em mito e
ideologia, e a influência multiculturalista, transformaram de maneira consistente o ideário dos
movimentos negros, a partir dos anos 1970, resultando no final desta década na criação, em São
Paulo, do Movimento Negro Unificado. Embasados em tais teorias partes deste grupo passaram
atuar de forma mais consistente na busca pela implantação de políticas afirmativas tendo no último
decênio a maior ênfase nas políticas afirmativas de cunho racial, como estratégia de acabar com a
discriminação e garantir a igualdade de direitos. Por fim, tais análises permitem considerar como o
debate e a legislação antirracismo no Brasil vem sendo encaminhado do ponto de vista teórico,
revelando como a crítica conceitual implica numa revisão do entendimento da dinâmica social
brasileira, nomeadamente no que se refere às questões interétnicas.
Palavras-chave: Política Antirracismo, Estatutos da Igualdade Racial.
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