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ICTR 2004 – CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Costão do Santinho – Florianópolis – Santa Catarina
A GESTÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NA UNIVERSIDADE
REGIONAL DE BLUMENAU
Geovani Zanella
Beate Frank
PRÓXIMA
Realização:
ICTR – Instituto de Ciência e Tecnologia em Resíduos e Desenvolvimento Sustentável
NISAM - USP – Núcleo de Informações em Saúde Ambiental da USP
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Identificação de autores
Geovani zanella: Mestre em Química Analítica pela Universidade Federal de Santa Catarina, (UFSC).
Doutoranda em Química pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Química no Instituto de
Pesquisas Ambientais da Universidade Regional de Blumenau. E-mail: [email protected] Endereço:
Antônio da Veiga, 140 –bloco T, sala 219, Cep: 89010-97,Blumenau-SC. Telefone: 047- 3210540.
Beate Frank: Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina,
(UFSC). Professora e pesquisadora da Universidade Regional de Blumenau (FURB).
RESUMO
A GESTÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NA
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
O gerenciamento de resíduos perigosos tem se transformado neste século em um
dos temas ambientais mais complexos. A identificação dos riscos inerentes às
atividades de uma organização e a avaliação de suas possíveis conseqüências
constituem os passos iniciais para qualquer sistema de gestão. No caso da FURB,
tal processo é alcançado por meio da avaliação de riscos em cada laboratório e
cada clínica, com quantificação dos diferentes tipos de falhas que podem ocorrer em
suas instalações e os volumes de descargas em caso de acidentes. Nesse contexto,
pode-se destacar o empenho em adequar e melhorar as atividades existentes
principalmente quando refere -se aos resíduos sólidos de serviços de saúde. Tratase de adequar o gerenciamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde à
Resolução CONAMA n0 283 de 12 de julho de 2001, visando minimizar os danos à
saúde e ao meio ambiente. Neste sentido, foram quantificados e caracterizados os
resíduos perigosos dos laboratórios, clínicas e biotérios da FURB.
Essa
quantificação foi realizada no ato da coleta em sacos identificados (infectantes) que
foram pesados individualmente em balanças com a capacidade de 100 kg. Após a
pesagem os dados foram transcritos em registros denominados de inventários. A
coleta foi realizada semanalmente por empresa que os encaminha à disposição final
em aterro sanitário. A caracterização, identificação e classificação dos resíduos
foram realizadas pelos monitores e servidores nos locais de geração de resíduos.
Em 2003, foram coletados e destinados ao aterro sanitário 16.553,30 kg de resíduos
sólidos de serviços de saúde.
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A GESTÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NA
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
Autores: Geovani Zanella 2 e Beate Frank 3
Resumo: O gerenciamento de resíduos perigosos tem se transformado neste século
em um dos temas ambientais mais complexos. A identificação dos riscos inerentes
às atividades de uma organização e a avaliação de suas possíveis conseqüências
constituem os passos iniciais para qualquer sistema de gestão. No caso da FURB,
tal processo é alcançado por meio da avaliação de riscos em cada laboratório e
cada clínica, com quantificação dos diferentes tipos de falhas que podem ocorrer em
suas instalações e os volumes de descargas em caso de acidentes. Nesse contexto,
pode-se destacar o empenho em adequar e melhorar as atividades existentes
principalmente quando refere -se aos resíduos sólidos de serviços de saúde. Tratase de adequar o gerenciamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde à
Resolução CONAMA n0 283 de 12 de julho de 2001, visando minimizar os danos à
saúde e ao meio ambiente. Neste sentido, foram quantificados e caracterizados os
resíduos perigosos dos laboratórios, clínicas e biotérios da FURB.
Essa
quantificação foi realizada no ato da coleta em sacos identificados (infectantes) que
foram pesados individualmente em balanças com a capacidade de 100 kg. Após a
pesagem os dados foram transcritos em registros denominados de inventários. A
coleta foi realizada semanalmente por empresa que os encaminha à disposição final
em aterro sanitário. A caracterização, identificação e classificação dos resíduos
foram realizadas pelos monitores e servidores nos locais de geração de resíduos.
Em 2003, foram coletados e destinados ao aterro sanitário 16.553,30 kg de resíduos
sólidos de serviços de saúde.
Palavras – Chave: Gestão, Resíduos de Saúde, Inventário, FURB
2
Mestre em Química Analítica pela Universidade Federal de Santa Catarina, (UFSC). Servidora e
Química no Instituto de Pesquisas Ambientais da Universidade Regional de Blumenau (FURB).
E-mail: [email protected]
3
Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina, (UFSC).
Professora e pesquisadora da Universidade Regional de Blumenau (FURB).
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Introdução
O gerenciamento de resíduos perigosos tem se transformado neste século
em um dos temas ambientais mais complexos, segundo Azevedo (1991). O
crescente número de materiais e substâncias identificados como perigosos tem
exigido soluções mais eficazes e maiores investimentos por parte de seus
geradores.
A Universidade Regional de Blumenau - FURB atua há 40 anos em Santa
Catarina como instituição de vanguarda na promoção de ações de desenvolvimento,
na criação de tecnologia, na produção e difusão de conhecimento e na capacitação
de recursos humanos. Neste contexto, busca ampliar seus horizontes de atuação,
dentro de sua missão de ser uma Universidade reconhecida por sua excelência,
comprometida com sua política ambiental nas atividades de ensino, pesquisa e
extensão, principalmente com o meio ambiente.
A partir de 2000 ocorreu a implantação do Sistema de Gestão Ambiental SGA da FURB em conformidade com a NBR ISO 14001 (ABNT, 1996) e que tem o
papel integrador das ações ambientais na Universidade. Gestão Ambiental é um
instrumento de operacionalização dos objetivos e metas estabelecidas dentro do
Sistema de Gestão Ambiental, conforme estabelecido na NBR ISO 14001 (ABNT,
1996). É constituído basicamente pela definição de meios, prazos e
responsabilidades da organização para atingir as metas estabelecidas.
No âmbito do SGA da FURB, destaca-se o Programa de Gestão de
Resíduos Perigosos que visa minimizar o impacto dos resíduos produzidos nas
atividades da Universidade, incluindo os resíduos dos serviços de saúde.
Assim, este artigo tem por objetivo apresentar o gerenciamento dos
resíduos sólidos de serviços de saúde realizadas no âmbito do Programa de Gestão
de resíduos perigosos na Universidade Regional de Blumenau.
Os resíduos são a expressão visível e mais palpável dos riscos
ambientais. Dentre eles pode-se citar os resíduos perigosos que na NBR 10004
(ABNT, 1987) são classificados como classe I: resíduos sólidos ou misturas de
resíduos, que em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxidade e patogenicidade, podem apresentar risco à saúde pública
provocando ou contribuindo para o aumento de mortalidade ou incidência de
doenças e ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados
ou dispostos de forma inadequada, segundo Rocca (1993, p.133).
A identificação dos riscos inerentes às atividades de uma organização e a
avaliação de suas possíveis conseqüências constituem os passos iniciais para
qualquer sistema de gestão, segundo Valle, (1995, p. 90). No caso da FURB, tal
processo é alcançado através da avaliação de riscos em cada laboratório e clínica,
com quantificação dos diferentes tipos de falhas que podem ocorrer em suas
instalações e os volumes de descargas em caso de acidentes.
Nesse contexto pode-se destacar o empenho em adequar e melhorar as
atividades de gerenciamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde, atendendo
à Resolução CONAMA n0 283 de 12 de julho de 2001, que visa à minimizar os
danos à saúde e ao meio ambiente.
Metodologia
Foram quantificados e caracterizados os resíduos sólidos de serviços de
saúde nos laboratórios, clínicas e biotérios da FURB. Essa quantificação foi
realizada no ato da coleta, ou seja, os sacos identificados (infectantes) foram
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pesados individualmente em balanças com a capacidade de 100 kg. Os três campi
na Universidade que geram resíduos sólidos de serviços de saúde possuem
balanças específicas para este procedimento. As serventes que limpam esses locais
ou até mesmo os técnicos realizam tal pesagem semanalmente. Após a pesagem os
dados são transcritos em registros, onde constam as datas, quantidades, tipos de
materiais ou resíduos (perfuro cortantes, cepilho e animais), e a assinatura do
responsável pela pesagem no registro. A coleta e a disposição final em aterro
sanitário são realizadas semanalmente por empresa terceirizada que somente as faz
após a pesagem dos resíduos.
A caracterização, identificação e classificação dos resíduos foram
realizadas pelos monitores, alunos de pesquisa e servidores da Universidade, nos
locais de geração. Essa caracterização foi transcrita em um registro denominado
inventário. O inventário de resíduos é anexado à nota fiscal no ato do carregamento
e acompanha o resíduo durante seu transporte ao aterro.
Resultados e Discussão
Os resíduos sólidos de serviços de saúde são um caso especial, eles têm
características de patogenicidade pela presença de resíduos infecciosos sendo
gerenciados de maneira diferenciada.
A Resolução CONAMA n0 283 de 12 de julho de 2001 – Dispõe sobre o
tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. Para efeitos
desta Resolução definem-se:
Resíduos de Serviços de Saúde: Aqueles provenientes de qualquer
unidade que execute atividades de natureza médico – assistencial humana e animal;
aqueles provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação
na área farmacológica e saúde; medicamentos e imunoterápicos vencidos e
deteriorados; aqueles provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de
medicina legal; e aqueles provenientes de barreiras sanitárias. Esta Resolução
classifica esses resíduos em quatro grupos:
RESÍDUOS GRUPO A: São resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio
ambiente devido à presença de agentes biológicos:
- Inóculo, mistura de microrganismos e meios de cultura inoculados provenientes de
laboratório clínico ou de pesquisa, bem como, outros resíduos provenientes de
laboratórios de análises clínicas;
- Vacina vencida ou inutilizada;
- Filtros de ar e gases aspirados da área contaminada, membrana filtrante de
equipamento médico hospitalar e de pesquisa, entre outros similares;
- Sangue e hemoderivados e resíduos que tenham entrado em contato com estes;
- Tecidos, membranas, órgãos, placentas, fetos, peças anatômicas;
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- Animais inclusive os de experimentação e os utilizados para estudos, carcaças, e
vísceras, suspeitos de serem portadores de doenças transmissíveis e os mortos à
bordo de meios de transporte, bem como, os resíduos que tenham entrado em
contato com estes;
- Objetos perfurantes ou cortantes, provenientes de estabelecimentos prestadores
de serviços de saúde;
- Excreções, secreções, líquidos orgânicos procedentes de pacientes, bem como os
resíduos contaminados por estes;
- Resíduos de sanitários de pacientes;
- Resíduos advindos de área de isolamento;
- Materiais descartáveis que tenham entrado em contato com paciente;
- Lodo de estação de tratamento de esgoto (ETE) de estabelecimento de saúde; e
- Resíduos provenientes de áreas endêmicas ou epidêmicas definidas pela
autoridade de saúde competente.
RESÍDUOS GRUPO B: São os resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao
meio ambiente devido as suas características físicas, químicas e físico-químicas:
- Drogas quimioterápicas e outros produtos que possam causar mutagenicidade e
genotoxicidade e os materiais por elas contaminados;
- Medicamentos vencidos, parcialmente interditados, não utilizados, alterados e
medicamentos impróprios para o consumo, antimicrobianos e hormônios sintéticos;
- Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004
da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
RESÍDUOS GRUPO C: Resíduos radioativos: enquadram-se neste grupo os
resíduos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de
laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia,
segundo a Resolução CNEN 6.05.
RESÍDUOS GRUPO D: São os resíduos comuns: todos os demais que não se
enquadram nos grupos descritos anteriormente.
Na FURB o material contaminado é destinado a lixeiras devidamente
identificadas com o adesivo “infectante”. Esse material é recolhido diariamente e
pesado no setor de origem. Posteriormente, o material contaminado é depositado
em local específico para coleta especial. Nas clínicas cirúrgicas, laboratórios e
biotérios que manipulam animais, os procedimentos internos e protocolos
descrevem a coleta desses resíduos em saco branco leitoso com a identificação e
classificação de risco "neste caso infectante", sendo conservados em freezer por no
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mínimo 24 horas e após, a coleta, o transporte e a disposição final no aterro
sanitário são realizados por empresa licenciada pela Vigilância Sanitária e pela
Fundação do Meio Ambiente - FATMA. Luvas contaminadas, perfuro cortantes e
demais resíduos de saúde têm a mesma disposição final. Esse tipo de aterro evita a
propagação de odores e a proliferação de vetores.
Uma outra característica dos resíduos de serviços de saúde é o fato de
serem compostos por quantidades grandes de descartáveis, principalmente
plásticos, em conseqüência das exigências de higiene e segurança no trato com
pacientes. Na Universidade esse problema foi resolvido, pois os descartáveis como
metais, plásticos e papéis não contaminados são separados em coletores
específicos para tal descarte. No ambulatório e nas clínicas os coletores estão
fixados nos corredores. Todo material reciclável é recolhido separadamente anterior
a mistura com infectantes, pesado na central de resíduos sólidos da FURB e
encaminhado para empresas de reciclagem.
Na Tabela 1 são apresentados quatro resíduos mais significativos do
inventário de resíduos perigosos realizado na FURB em 2003. Dentre eles estão o
fenol e o formaldeído que são utilizados em laboratórios que geram resíduos de
serviços de saúde.
Tabela 1: Inventário de Resíduos Perigosos
N0
Nomen
clatura
Quantida
de
kg/mês
Estado
físico
1
Éter
etílico
30
líquido
2
Acetona
2
3
Fenol
2
4
Folmal
deído
10
Aspecto
Geral
Compo
sição
Cor:
(C2H5)2O
incolor,
odor
característico
líquido
Cor:
C3H6O
incolor,
odor
característi
co
aromático
sólido
Cor: tem
C6H5OH
odor ativo
e muito
característi
co
líquido
Cor:
HCHO
incolor
Classi
ficação
Código
OBS
F003
D001
Inflamá
vel
F 003
D001
Inflamá
vel
F 006
F099
Tóxico
F 006
D001
Inflamá
vel e
Corrosi
vo
(*) realizado pelo local de disposição e não pelo gerador. Código D 001 = inflamável;
Código D002= Corrosivo; Código F099 = outros resíduos tóxicos; CTRI : Central de
Tratamento de Resíduos Industriais; Código B04 = Aterro Industrial Terceiros;
Código
transporte
E05 = bombonas; Classificação
F003 = inflamável;
Classificação F006 = Corrosivo.
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O gerenciamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde é realizado
conjuntamente com os setores envolvidos com a geração desses resíduos, pois
cada setor tem a responsabilidade de segregar, identificar, armazenar e dispor
corretamente seus resíduos sejam eles biológicos ou químicos.
Na Tabela 2 são apresentados os setores que geram resíduos sólidos de
serviços de saúde (RSSS) na FURB.
Tabela 2: Inventário de Locais que Geram Resíduos de Saúde
Setor
Campus
Quantidade de locais
Ambulatório regional
I
01
Biotério central (canil)
V
01
Biotério setorial
I e III
02
Centro cirúrgico
III
01
Laboratórios de ensino e
pesquisa
I e III
08
Clínica odontológica
III
04
A segregação é realizada mediante prévia classificação dos RSSS,
possibilitando que os mesmos sejam manejados, tratados e dispostos
separadamente, criando a condição ideal para a sua disposição final.
A FURB está garantindo a coleta separada dos resíduos aproveitáveis
(recicláveis) e os resíduos patogênicos são mantidos separados dos resíduos
domésticos.
A prática de segregação na origem, assim como o armazenamento, coleta
e transporte, foram possíveis mediante a conscientização e atuação correta dos
alunos e servidores dos setores envolvidos na geração de resíduos sólidos de
serviços de saúde. Foram seguidos os critérios que levaram à minimização dos
riscos.
Os dados quantitativos da geração de RSSS foram obtidos através da
pesagem do resíduo em cada local de geração. O período pesquisado foi de
Agosto de 2002 a Março de 2004, considerando inclusive os perfuro cortantes.
Os resultados encontram-se nas Tabelas 3, 4, 5 e 6. As roupas sujas são
coletadas e lavadas por empresa especializada. A preocupação em quantificar
os resíduos sólidos de serviço de saúde deu-se principalmente depois que a
Vigilância Sanitária do Município de Blumenau deixou de realizar a coleta, que
passou a ser efetuada por empresa privada. Em outras palavras, a Prefeitura
de Blumenau passou a responsabilidade pelo serviço de coleta aos geradores.
Sendo assim, a FURB, que desde 2002 vem pagando pela destinação e
disposição final desses resíduos, passou a quantificar suas saídas com maior
acuidade.
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Tabela 3: Resíduos de Saúde Enviados ao Aterro Sanitário no I Semestre 2003
PERÍODO
SETOR
CAMPUS
QUANTIDADE
QUANTIDADE
MENSAL (KG)
TOTAL (KG)
10.03 a 11.06
Anatomia
I
118,10
31.01 a 27.06
Ambulatório
I
135,60
14.03 a 27.06
Bioquímica
I
49,50
03.01 a 07.07
Fisiologia
I
286,95
07.01 a 06.05
Imunologia
I
415,00
20.01 a 01.07
Taxidermia
I
460,46
18.02 a 13.06
Farmácia
III
212,00
03.03 a 02.07
Odontologia
III
1.357,82
09.01 a 08.07
Biotério central
V
4.777,00
7.812,43
Tabela 4: Resíduos de Saúde Enviados ao Aterro Sanitário no II semestre 2003
PERÍODO
SETOR
CAMPUS
QUANTIDADE
QUANTIDADE
MENSAL (KG)
TOTAL (KG)
27.08 a 03.12
Anatomia
I
50,40
04.07 a 28.11
Ambulatório
I
154,90
02.07 a 05.12
Bioquímica
I
79,89
04.08 a 18.11
Fisiologia
I
249,30
01.07 a 05.11
Imunologia
I
291,00
01.07 a 11.12
Taxidermia
I
84,18
17.06 a 10.11
Farmácia
III
541,14
03.07 a 18.11
Odontologia
III
1.199,70
08.07 a 27.11
Biotério central
V
5.974,00
8.624,51
Desde o II semestre de 2002, os resíduos sólidos de serviços de saúde
foram quantificados por locais de geração, sejam eles laboratórios ou clínicas, desde
que existiam procedimentos de coleta, segregação e descrição dos resíduos
gerados por esses locais. Cada local de geração foi responsável pela quantificação
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e registros dos dados, e repasse destes à coordenação do Sistema de Gestão
Ambiental. Mensalmente esses registros são tabulados e os resultados são
dispostos no sistema geral de informações ambientais.
Na Tabela 5, são apresentados dados sobre os RSSS gerados nas
clínicas odontológicas que prestam serviços à comunidade interna e externa da
Universidade.
Tabela 5: Resíduos Gerados no Atendimento aos Pacientes em 2003
Local
kg/ pacientes
Pacientes
Quantidade total
Clínicas
odontológicas
0,64
3970
2.557,52
Os resíduos gerados nos laboratórios de taxidermia em 2003 somaram
544,64 kg para um total de 519 animais taxidermizados. A taxa de geração nesse
período foi de 1,07 kg/animais.
A evolução do gerenciamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde é
bem retratada na tabela 6.
Tabela 6: Evolução da Quantidade de RSSS Destinada Corretamente
Quantidades (kg)
Resíduos
2002
2003
2004
Sólidos de Serviços de Saúde
7.600,74¤
16.553,30
5.686,92¤¤
Obs: (¤) Resíduos pesados entre Agosto a Dezembro de 2002.
(¤¤) Resíduos pesados entre Janeiro a Março de 2004.
Conclusão
As ações descritas ao longo deste trabalho se transformaram em
benefícios como a minimização de riscos pela manipulação de resíduos, o controle
efetivo no sistema de transporte e o treinamento de pessoal para a disposição de
resíduos localizados no setor de origem. Os riscos diminuíram assegurando a
saúde dos servidores, pois os riscos de manipulação, tratamento e disposições
inadequadas diminuíram. A quantidade de resíduos gerados também diminuiu.
Ocorreu a minimização dos impactos adversos dos resíduos ao meio ambiente,
protegendo os recursos hídricos superficiais e subterrâneos, o solo e o ar de sua
contaminação.
Por fim, foi possível constatar que quando ocorre uma determinação do poder
público em relação à destinação de resíduos, torna-se mais fácil a implementação
de rotinas de gerenciamento que levem tais práticas a bom termo. Em outras
palavras, a auto-responsabilização é muito interessante do ponto de vista teórico,
porém sua prática é difícil. Por isto mesmo, o gerenciamento ambiental nas
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organizações privadas ou públicas continua fortemente influenciado pela gestão
ambiental pública.
Agradecimentos
Ao Instituto de Pesquisas Ambientais, à Coordenadoria do Meio
Ambiente pela disponibilidade dos resultados e a todos
responsáveis e agentes ambientais da FURB que realizam um
trabalho exemplar nos setores geradores de resíduos.
Referências
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR ISO 14001; Sistema de
Gestão ambiental: especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro, 1996.
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR 10004; Resíduos Sólidos:
classificação. São Paulo, 1987.
ROCCA, A . C; IAGOVONE, A. M. M. B; BARROTTI, A. J., et al. Resíduos sólidos
industriais. 20 th ed., CETESB: São Paulo, 1993.
VALLE, C.E.do; Qualidade Ambiental: O desafio de ser competitivo protegendo
o meio ambiente (como se preparar para as normas ISO 14000), PIONEIRA: São
Paulo, 1995.
AZEVEDO, N. J. M. de ; BOTELHO, H. C. Manual de saneamento de cidades e
edificações. PINI: São Paulo, 1991.
ABSTRACT
The management of dangerous residues in this century has turned into one of the
most complex environmental themes.The identification of risks inherent to the
activities of an organization and the evaluation of its possible consequences
constitute the initial steps for any system of management. In the case of FURB, such
process is reached throughout the evaluation of risks in each laboratory and clinic,
with quantification of different types of failures that might occur inside its installations
and the volumes of discharges in case of accidents. Within this context, we can
highlight the dedication to adjust and improve the existing activities mainly when it is
referred to the solid residues from the health services. To adjust the solid residues
from the health services to the Resolution CONAMA no. 283 of July 12, 2001, trying
to minimize the damages to the health and to the environment. The dangerous
residues of laboratories, clinics and vivarium of FURB, were quantified and
characterized. This way, this quantification was held in the act of collecting in
identified infacting bags which were weighed individually in scales with capacity of
100 kg. After the weighing the data were transcribed in records that were named as
inventories. The collecting was held weekly for a specialized company that deliver
them to the final disposition to the sanitary embankment. The characterization,
identification and classification of the residues were held by the monitors and workers
at the locals of generation of residues. In 2003, were destined to the sanitary
embankment 16.553,30 kg of solid residues from the health services.
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Key-words: Management, Residues of Health, Inventory, FURB
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