Educação e Formação
Janeiro de 2010
Desenvolvendo
uma força-de-trabalho
e-confiante
Estudo de Comparação Internacional sobre
a Utilização de TIC em Modalidades de
Qualificação Pós-Secundária
desenvolvendo uma força-de-trabalho e-confiante
Fundamentação
Os resultados da investigação são claros: a
tecnologia, bem utilizada, melhora os processos
de ensino e de aprendizagem e também os das
organizações e empresas; os prestadores de
educação e formação tornam-se mais eficientes e
oferecem melhores serviços. Tanto os alunos
quanto os empregadores, revelam uma
expectativa crescente que a tecnologia venha a ter
um maior peso nos programas educativos. Muitos
dos prestadores de educação e formação utilizam
já a tecnologia de modo muito inovador e eficaz,
tendo vindo a crescer o número dos que se têm
especializado em Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC).
Se os alunos estão aptos para retirar o melhor da
tecnologia, é essencial que, os responsáveis pela
educação nas escolas, possuam competências e
conhecimentos actualizados neste domínio. Neste
sentido, a Agência Nacional para a Qualificação, I.P.
(ANQ, I.P.), aderiu a este Estudo de Comparação
Internacional, promovido pela agência Becta –
entidade responsável pela implantação das
Tecnologias no sistema educativo do Reino Unido
–, para avaliar a percepção e a opinião que aqueles
profissionais têm sobre a implantação das TIC nas
escolas e nos centros de formação, que
disponibilizam modalidades de qualificação
pós-secundária.
o Projecto
O projecto de comparação Internacional surge da
ambição de desenvolver programas públicos que
possibilitem criar uma força-de-trabalho
e-confiante, no âmbito da educação e formação, e
que as estratégias nacionais inerentes venham a
incorporar a experiência e os resultados obtidos
noutros países europeus. Neste projecto, os
países envolvidos, além de Portugal, são a
Inglaterra, a Áustria, a Dinamarca e a Suécia.
Com os indicadores utilizados no estudo,
visa-se aprofundar alguns resultados obtidos
em inquéritos anteriores, quer ao nível da
Aprendizagem ao Longo da Vida e da
implementação de ferramentas tecnológicas
quer dos modelos de auto-avaliação, tanto em
Portugal quanto nos outros países envolvidos.
IndIcadores
No plano metodológico, é utilizado um inquérito
por questionário, disponível online, para ser
respondido, no caso português, por professores e
formadores dos Cursos de Especialização
Tecnológica (CET).
Pretende-se avaliar 12 indicadores, através das
respostas dos inquiridos a cerca de 50 afirmações,
com base numa escala de Likert de 5 pontos,
variando entre “Concordo em Absoluto” e
“Discordo em Absoluto”
eu
1. As minhas capacidades em TIC
2. O meu estilo de ensino
os meus alunos
3. As capacidades dos meus alunos em TIC
4. As expectativas dos meus alunos
o meu curriculum
5. Conteúdo do ensino
6. Modelos de avaliação
a organização a que pertenço
7. Infra-estrutura existente
8. Cultura organizacional
as minhas Influências
9. As minhas Influências externas
10. As influências dos meus colegas,
familiares e amigos
os resultados
Na abordagem são considerados indicadores
11. O impacto das TIC no meu trabalho
utilizados em exercícios, muito amplos, de
avaliação de características educativas, tais como 12. O impacto das TIC nos meus alunos
e-maturidade institucional e grandes sistemas
focalizados em TIC, bem como em estruturas para
as competências do Século XXI.
estrutura
Os indicadores e as afirmações estão situados
numa estrutura global de utilização de TIC nos
processos de ensino e aprendizagem,
representando os factores-chave (“dimensões”)
em que se enquadram as perguntas formuladas
no questionário (cf. Figura seguinte)..
Esta perspectiva reconhece que as TIC não podem
ser encaradas isoladamente, nem através do
voluntarismo e dos conhecimentos do professor
ou formador individualmente considerado. As seis
dimensões mencionadas (eu, minhas influências,
meus alunos, meu curriculum, minha organização
e resultados) representam, assim, o ‘ecossistema’
no qual o ensino e a aprendizagem acontecem,
com todas as suas tensões naturais e sinergias
potenciais.
A
organização a
que pertenço
Eu
As minhas
influências
Os
resultados
A minha
Prática
Os meus
alunos
O meu
curriculum
eu – O que é que posso fazer com as TIC e como
posso adquirir e actualizar as minhas
competências?
as minhas influências – Em que medida a minha
utilização das TIC é moldada pelos meus colegas
ou por influências externas?
os meus alunos – Que competências em TIC
possuem os meus alunos e que expectativas têm
na utilização que delas fazem no seu processo de
aprendizagem?
o meu curriculum – Em que medida os conteúdos
curriculares e a sua avaliação me possibilitam a
utilização das TIC?
a organização a que pertenço – O que é que a
minha organização pretende do meu uso das TIC e
que oportunidades me cria para a sua utilização?
os resultados – Será que as TIC têm um impacto
benéfico no meu trabalho ou nos resultados dos
meus alunos?
Além disso, em educação e formação o uso das
TIC é sujeito a forças externas, nomeadamente de
política nacional e das tendências da tecnologia,
que devem ser consideradas na análise dos dados
internacionais.
contexto ProFIssIonal
Este estudo comparativo, que vai ser realizado no
primeiro quadrimestre de 2010, tem por objectivo
recolher dados sobre as modalidades de
qualificação pós-secundária em Portugal, bem
como em outros quatro sistemas europeus,
abrangendo um total de cerca de 2500 inquiridos.
Com o intuito de enquadrar as respostas dos
professores e formadores, no inquérito serão
recolhidos dados pessoais sobre idade, sexo e
regime de trabalho, assim como informação sobre
áreas de estudo, tipos e idades dos alunos.
Interessa conhecer em que medida os 12
indicadores, informados pelos profissionais
de educação e formação, se poderão diferenciar
em função da idade dos alunos, dos tipos ou áreas
dos cursos, bem como entre sistemas nacionais.
A ANQ, I.P. congratula-se por participar neste
projecto, em que é reconhecidamente valorizada
a vertente dos estudos comparativos a nível
europeu, com o intuito de conhecer melhor e
reforçar a implantação das TIC no sistema
de educação e formação em Portugal.
Congratula-se, ainda, por ter como parceiro
coordenador deste projecto a agência Becta,
responsável, no Reino Unido, pelo uso eficaz e
inovador das TIC em todos os níveis de educação
e formação.
www.becta.org.uk/publications/festrategy
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