MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
MEMÓRIA: Reunião de Alinhamento de Ações e Propostas do Comitê “Tecnologia e
Inovação”
Assunto:
Contextualização/Nivelamento (Especialista) e Validação de Propostas Junto aos Comitês
Temáticos.
Data / Horário / Local:
20/7/2011/ 11h às 13h – 1º Subsolo da CNC
Condução:
Sérgio Nunes
Considerações:
1. O Sr. Sérgio Nunes de Souza, Diretor do Departamento de Micro, Pequenas e Médias
Empresas – DEPME, deu início aos trabalhos agradecendo a presença de todos e
explicando que a reunião seria diferente das reuniões ordinárias do CT. A ideia era de
fazer uma reflexão sobre o tema Tecnologia e Inovação, com a intenção de ampliar os
conhecimentos. Enfatizou a colaboração do SEBRAE, que propiciou a vinda dos
especialistas, que no caso do CT de Tecnologia e Inovação é o Sr. Flávio Rosário, que já foi
Consultor do Comitê. O objetivo da participação do Especialista foi de que, após sua
apresentação, fosse debatido o tema Tecnologia e Inovação nas microempresas e
empresas de pequeno porte (MEP e EPP). Antes de dar a palavra ao Especialista,
forneceu algumas informações importantes sobre a Reunião Plenária do Fórum, que
ocorreria no dia seguinte.
2.
O Sr. Flávio Rosário, especialista contratado pelo SEBRAE, para esta reunião, após
agradecer a oportunidade de estar mais uma vez no CT de Tecnologia e Inovação, agora
como especialista, iniciou sua apresentação, focada no tema Tecnologia e Inovação,
mostrando um pouco da evolução da tecnologia da informação e quanto a inovação foi
importante para chegar ao desenvolvimento visto nos dias de hoje. Para isso utilizou,
como pano de fundo, as atuais redes sociais e sua importância para o desenvolvimento
1
tecnológico e de inovação.
3. O Sr. Augusto Cardoso, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do RJ, sugeriu que
se buscasse um profissional de Marketing da internet que pudesse transferir os debates
do CT para linguagem tecnológica.
4.
O Sr. Flávio, para estimular o debate deu com exemplo: se alguém perdesse a chave
frequentemente o que esta pessoa poderia fazer, se isso ocorresse todos os dias, durante
cinco minutos, muito tempo seria perdido durante um ano. A solução inovadora seria
colocar um claviculário, onde a chave estaria sempre no mesmo lugar. Isso pouparia
muito tempo. Continuando, solicitou aos presentes que descrevessem algo inovador
visto durante o trajeto até o local da reunião.
5.
O Sr. Armando Lira, do MONAMPE, descreveu um fato conhecido, ocorrido em uma
fábrica de pasta dental, em que no processo de empacotamento uma ou outra caixa
ficava vazia. Com a utilização de um ventilador foi sanado o problema.
6.
O Sr. Flávio ponderou que este é um vídeo que está no Youtube e que é uma lenda
urbana. Afirmou que foi atrás do vídeo e da história e nada encontrou, chegando à
conclusão que não existe a empresa que isso teria acontecido. Quanto à história de
aumentar o bocal dos tubos de pasta dental para melhorar as vendas em 30%, esta é
verídica.
7.
O Sr. Mário Doria, da Secretaria de Indústria e Comércio do Pará, afirmou que as
empresas que produzem saquinhos plásticos estão se defendendo dos aspectos de
agressão ao meio ambiente, tendo em vista a sua perda de produção. Na verdade, isto
está acontecendo, porque os Supermercados têm colocado caixas de papelão a
disposição dos consumidores, que fizeram com que se utilizassem menos as sacolas
plásticas. Ele considera esta atitude dos Supermercados uma inovação.
8.
O Carlos Augusto Hagar, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável de Santa
Catariana, informou a constatação, em Santa Catarina, da dificuldade dos benefícios
fiscais já existente no Estado chegarem ao microempresário, ao empresário de pequeno
porte e ao empreendedor individual, considerando boa a sugestão de utilizar as redes
sociais existentes para este fim. Para isso, sugeriu que os membros do Fórum e seus
Comitês, já iniciassem a utilizar este tipo de instrumento, começando assim uma
aprendizagem, para poderem sugerir ações neste sentido.
9. O Sr. Flávio, aproveitando a ideia, sugeriu que se criasse uma rede colaborativa no CT de
Tecnologia e Inovação.
10. O Sr. João Coelho, representante do Conselho Federal de Administração, que mora no
Acre onde é Professor da disciplina de Jogos de Empresas, descreveu projeto que está
sendo feito junto aos alunos, com utilização da mídia televisiva, incentivando os mesmos
a criatividade e inovação. Sugeriu a inclusão da matéria de empreendedorismo nos
cursos universitários. Levantou também que o entendimento do que é inovar do
empresário da MEP e EPP é muito falha, e que devia se pensar em uma cartilha que os
iniciassem neste tema.
2
11. O Sr. José Vinge, do INMETRO, ponderou da vantagem das redes sociais, mas questionou
da dificuldade de acesso a esta rede no Brasil. Apesar de já existir todo um conjunto de
informações disponível, ainda falta uma infraestrutura necessária para ligar todos os
pontos do país com dimensões continentais como o nosso.
12. O Sr. Flávio informo que o Brasil é o país que mais participa das redes sociais no mundo.
13. O Sr. Sérgio Nunes ponderou que o CT está em atividade, citando o trabalho que está
sendo feito nos editais para a melhoria do entendimento do empresário da MEP e EPP, e
para regulamentar a Lei Complementar nº 123/06, com respeito aos 20% dedicados a
inovação da MEP e EPP. O Fórum eletrônico é outra atividade que está sendo
implementada. Estas são ações que já estão em andamento, porém existe a possibilidade
de novas ações serem implementadas, daí o motivo da reunião, sendo este uma
tentativa de trazer novas propostas para dentro do CT.
14. O Sr. Igor Nazareth, da Secretaria de Inovação do MDIC, aproveitando a colocação do Sr.
Sérgio, lembrou que o CT é o espaço dedicado a discutir sobre políticas públicas de
interesse das MEP e EPP aí representadas, e que esperava colher sugestões e novas
ideias, para serem trabalhadas no CT.
15. O Sr. Valdomir Machado, Presidente do Sindicato dos Feirantes do DF, levantou a
dificuldade da MEP e EPP em chegar aos serviços oferecidos, além de ter desconfiança
por ser pequeno. Fez um apelo para que a linguagem usada fosse muito simples, sob
pena do empresário das MEP e EPP não utilizarem as facilidades disponíveis. Em seguida
apresentou um caso de sucesso. Um restaurante de comida nordestina da família, que
estava em franca decadência, foi reerguido com a introdução de música ao vivo, sendo
que no fechamento diário do restaurante, são cantadas músicas de cunho religioso, o
que atraiu muita gente. Ele considera isso uma inovação.
16. O Sr. Jose Eumir, Fortaleza Ceará, relatou um caso ocorrido na sua cidade. A empresa
que dominava o serviço de Bip, tendo como principal cliente a classe médica, não
procurou se modernizar com a entrada das novas tecnologias, os telefones celulares, e
acabou tendo as portas fechadas. Ponderou que o empresário não deve deixar de lado a
informação. No caso da Entidade que preside da área de confecções, a maioria dos
micros empresários não tem computador. Fazendo uma comparação com o caso
relatado, esses microempresários vão ter o mesmo destino, já que eles ficam a margem
da informação. Outro problema é a baixa qualificação da mão de obra desses
microempresários.
17. A Sra. Magaly Albuquerque, do SEBRAE / NA, ponderou que o objetivo do CT é levar a
Tecnologia e Inovação a MEP e EPP e questionou se o Comitê está sendo inovador em
realizar seus objetivos, deixando isso como uma reflexão. Questionou ainda se as ações
estão sendo realizadas de forma coordenada e sistêmica para que estas soluções
cheguem lá na ponta. Lembrou ainda que, após a apresentação do Flávio, foi debatido o
acesso à mídia e à informática e, a partir desta reflexão, questionou, quais as ações
conjugadas com o Ministério das Comunicações estão sendo tomadas para que seja
realizado este acesso a mídia e a informática ao empresário da MEP e EPP. Lembrou
3
ainda que o governo instituiu o dia 19 de outubro como o “Dia da Inovação”. Afirmou
que no ano passado nada foi feito. Não seria o caso deste ano programar alguma coisa
que levasse ao empresário a importância em inovar? Ponderou, por fim, que o efeito
demonstrativo de boas práticas tem um impacto importante para o empresário.
18. O Sr. José Tarcísio Presidente, da COMICRO, falou sobre o setor moveleiro, ponderando
que as grandes empresas estão colocando suas próprias lojas e estão competindo com a
pequena marcenaria, com preços muito abaixo. Quando a micro empresa procura
alguém para melhorar seu produto, através de design, isso custa muito caro e que o
torna não competitivo. Outro caso é a cerâmica vermelha, que tem sido comprometida
pela proibição do uso da madeira nativa pelo IBAMA. Quem é que vai dar a nova
tecnologia de queima para esta microempresa? As universidades? Os institutos
tecnológicos? Onde conseguir os recursos para isso? E as empresas de sacola de plástico,
com viés de preservação do meio ambiente, cadê a tecnologia de novo material que não
seja predatório como plástico? Existe o problema dos valores dos financiamentos para
inovação, que são muito acima das necessidades e possibilidades do empresário de MEP
e EPP. Sugere que os 20% de recursos destinados ao microempresário pela Lei
Complementar 123/06, seja adequado aos casos citados. Por fim lembrou a concorrência
predatória no setor de têxteis, pelos produtos importados chineses. O nosso pequeno
empresário poderia ser competitivo se tivesse acesso à tecnologia e à inovação.
19. O Sr. Diogo, do MCT, lembrou os quatro eixos em que o CT de Tecnologia e Inovação vem
trabalhando: eixo I – disseminação e informação; eixo II – aplicação, que é como engajar
a microempresa na questão da tecnologia e inovação; eixo III – novas oportunidades,
visando os grandes eventos, tipo Pré-Sal, Copa do Mundo etc.; eixo IV – avaliação e
acompanhamento. Ponderou que o Sr. Tarcísio colocou muito bem os problemas da MEP
e EPP quanto à Tecnologia e Inovação.
20. O Sr. Sérgio Nunes disse que este era o trabalho que está sendo feito no CT de
Tecnologia e Inovação, mas não está satisfazendo. Por isso a razão da reunião com o
especialista. Os eixos citados continuarão sendo executados, mas o CT está à procura de
outras ações, que favoreçam a chegada da tecnologia e inovação na ponta dos MEP e
EPP.
21. A Sra. Ivanna Pereira Pinto, da Secretaria de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande
do Norte, informou que era a primeira vez que participava do Comitê e que o Fórum
Regional do RN será implantado no dia 28 próximo, e gostaria de sugerir que fosse
exposto o que o Comitê de Tecnologia e Inovação já fez e o que tem a fazer.
22. O Sr. Sérgio Nunes informou que, a proposta da Sra. Ivana é tratada nas reuniões
ordinárias do CT, e que esta é uma reunião extraordinária e tem o caráter de trazer novas
propostas, por não estar satisfeito com o que vem sendo tratado até agora. Por isso se
buscou um especialista para dar uma arejada com novas ideias.
23. O Sr. Flávio, falou de uma inovação na França, onde um padeiro toca uma sirene toda vez
que sai uma fornada de pão quentinho e todo mundo da cidade sabe que tem pão fresco,
com isso ele incrementou seu negócio. Este é um caso pontual, no entanto, o objetivo do
4
CT é de discutir políticas públicas. Sugeriu que fossem anotadas as ideias, para que o
Comitê pudesse desenvolvê-las nas suas reuniões ordinárias.
24. O Sr. Armando Lira, informou que estava lendo a ata de uma reunião ordinária do CT, de
outubro de 2007, que sugeria a criação de uma comunidade virtual do Comitê, além de
criar um espaço para publicar artigos sobre tecnologia e inovação. Indagou se estão
sendo acompanhadas as ações deliberadas, e, se não está sendo implementadas, o
porquê disso. Não seria o caso de levantar estas questões antes de propor novas ações?
25. O Sr. Flávio informou que a comunidade não foi criada, naquela época, devido a um
empecilho no Departamento de Modernização e Informática do MDIC. Mas hoje a
proposta é criar uma comunidade “pública” para o CT, tal como foi exposto na sua
apresentação. Voltando ao foco da reunião, que apesar das ideias que possam surgir,
será necessária a participação dos membros do CT para que as coisas aconteçam. Para
isso será necessário não só comparecer às reuniões, mas colaborar com a execução das
ações propostas. Citou como exemplo, a dificuldade de resposta do questionário do
levantamento dos gargalos do MEP e EPP com o desenvolvimento de tecnologia e
inovação, que tiveram um número muito pequeno de respostas.
26. O Sr. Armando Lira, ponderou que antes de propor novas soluções, deve-se fazer o papel
já determinado pela legislação nas Entidades e Governo, como exemplo o REDESIM, que
passa pela inovação, em ambiente integrado onde pode ser feito o cadastro de abertura
da MPE e EPP. Primeiro ver o que a Lei prevê antes de criar novas demandas.
27. O Sr. Flávio ponderou que existem pessoas chaves que se dedicam inteiramente aos
objetivos do Comitê, mas que sem a ajuda de todos nem sempre os resultados são
alcançados. Aproveitou para desafiar os presentes a enviarem e-mail com sugestões.
Diversos membros se comprometeram a enviar a Secretaria do Fórum, sugestões para o
CT de Tecnologia e Inovação.
28. O Sr. Carlos Augusto Hagar, de Santa Catarina, pediu que lhe fossem enviadas todas as
atas das reuniões anteriores.
29. O Sr. Sérgio Nunes informou que não só as atas, mas também todo material das palestras
das reuniões ordinárias estão à disposição de todos no Portal do MDIC.
30. O Sr Iesser Anis Lauar da FECOMERCIO MG sugeriu resgatar a memória do CT de
maneira a dar encaminhamento às propostas existentes. Ponderou ainda a necessidade
que a informação chegue à MEP e EPP. Sugeriu que se escolhesse um pequeno caso, bem
sucedido, para ser divulgado pelas Rádios, chamado, por exemplo: “Minuto da
Inovação”. Estas seriam ações pontuais, enquanto as ações estruturantes vão sendo
desenvolvidas pelo CT.
31. O Sr. Flávio informou que já existe um programa de rádio no SEBRAE, inclusive podendo
o mesmo ser baixado e propagado.
32. O Sr. Luiz Celso Negrão, Consultor do SEBRAE para o CT de Tecnologia e Inovação,
mostrou na tela de apresentação, o “site” do Ministério e a localização das informações
dedicadas ao empresário da MEP e EPP, interessado no desenvolvimento de Tecnologia e
5
Inovação, dando exemplos das páginas e assuntos de interesse.
33. O Sr. Diogo, do MCT aproveitou para mostrar na página dos Relatórios Anuais de
Investimento em Inovação, o Relatório de 2010, que mostrou entidades governamentais
que já aplicaram 100% de seu investimento em tecnologia e inovação em MEP e EPP,
principalmente as instituições estaduais. Mostrou ainda que, na sua grande maioria as
entidades financiadoras, já estavam atingindo os 20% previstas na legislação.
34. O Sr. Jose Henrique do MCT, acrescentou que estas informações não levaram em
consideração os empréstimos feitos aos MEP e EPP, pelo Banco do Brasil e Caixa
Econômica Federal, que não tem condições, ainda, de separar se o que está sendo
financiando é para inovação ou não.
35. O Sr. Sérgio Nunes, pediu que o Sr. Flávio concluísse os trabalhos, sem esquecer a
sugestão da Sra. Magaly, do “Dia da Inovação”. Ponderou que estava muito satisfeito
com os resultados conseguidos pelo Fórum, e que existe um avanço nos temas tratados,
além de ter melhorado muito na sua representação. Enfatizou o trabalho que está sendo
feito nos Fóruns Regionais, que deverão receber, também, a colaboração de
especialistas, o que é considerado muito importante para fazer a diferença nos
resultados esperados. Levantou ainda que o papel do MDIC não é de executar as ações
previstas, mas de providenciar o ambiente, como o que estava acontecendo, para que
sejam realizadas as ações planejadas.
36. O Sr. Flávio informou que selecionou algumas ideias gerais do que foi tratado na reunião,
que são:

Criação de Redes Colaborativas;

Implementação de Inovação em Políticas Públicas;

Desmistificar Inovação para ME e EPP’s;

Mudança no Processo de Inovação para ME e EPP’s;

Acompanhamento do que foi deliberado no Fórum;

Continuidade do MEI com ações de Inovação;

Ações Inovadoras para empresários;

Levar soluções Inovadoras para ME e EPP’s;

Aproximação das ME e EPP’s dos Centros de Tecnologia;

Editais mais simplificados;

Dar mais destaque ao dia da Inovação;
37. O Sr. Sérgio Nunes aproveitou para reforçar o convite aos presentes para a Plenária do
Fórum, para o dia seguinte, agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a
reunião.
Próxima Reunião:
6
Memória elaborada por:
Luiz Celso Parisi Negrão
Pendências/Encaminhamentos:
Responsável
Ação
Responsável
Prazo
pela Sugestão
7
Download

Memória da Reunião com Especilista