RELAÇÃO UNIVERSIDADE E EMPRESA COMO PROPULSORA DO
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DA REGIÃO DE CURITIBANOS/SC
Andreia Pereira
Universidade do Contestado (UnC)
E-mail: [email protected]
Debora Aparecida Almeida
Universidade do Contestado (UnC)
E-mail: [email protected]
Área temática: 3. Demografia, espaço e mercado de trabalho.
RESUMO: Esta pesquisa procura recolher elementos para o estudo e analisar relações entre
universidade e empresas para que seja possível que acadêmicos, empresários e professores
situem-se neste contexto. O presente estudo busca analisar e discutir as seguintes questões: Há
relações de quaisquer espécies, entre Universidade e empresas da Região de Curitibanos? Se
há, quais são e de que modo são estabelecidas? Qual importância da Universidade, no ponto
de vista da população pesquisada? A UnC e as empresas têm colaborado para
desenvolvimento de ações inovadoras na região? O objetivo geral foi analisar a relação
Universidade-Empresa dentro do contexto da região de Curitibanos, considerando os cursos
com maior atuação no setor produtivo regional. Os objetivos específicos foram: pesquisar
fatores e níveis de relação Universidade-empresa; analisar o papel da Universidade diante
desse quadro; verificar as falhas e dificuldades desse processo de relacionamento; e relacionar
os principais atores que proporciona a relação universidade-empresa, considerando a efetiva
relevância de suas ações. A pesquisa foi permeada por um estudo descritivo delineado por
levantamento bibliográfico e de campo. A primeira etapa da pesquisa compreendeu uma
revisão bibliográfica precedida de fichamento, análise e documentação. A segunda etapa
envolveu a análise do material documental proveniente de material disponível nos arquivos da
Universidade do Contestado. A terceira etapa envolveu a coleta de informações através de
pesquisa de campo com utilização de questionário aberto e fechado. A análise da relação
Universidade-Empresa dentro do contexto da região de Curitibanos, considerando os cursos
com maior atuação com o setor produtivo regional denota a possibilidade do desenvolvimento
de novos investimentos e parcerias, delineadas pela institucionalização de programas
permanentes que possam suprir a defasagem ora diagnosticada.
Palavras-Chave:
Desenvolvimento
Desenvolvimento regional.
profissional.
Relação
universidade-empresa.
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
Dentro do seu contexto regional, a Universidade exerce papel fundamental para
formação de mão-de-obra qualificada, ações comunitárias, elaboração de pesquisas e criação
de ambiente para discussão e formação de ideias. A Universidade do Contestado pode ser
conceituada como ambiente solidário interativo, tendo relações com instituições e órgãos
contribuintes e difusores do seu trabalho na região.
Diante dessa situação, vários são os beneficiados, como por exemplos, as empresas
locais. Dessa forma, este projeto procura pesquisar e analisar relações entre Universidade e
empresas para que seja possível que acadêmicos, empresários e professores situem-se neste
contexto.
A presente pesquisa busca analisar e discutir as seguintes questões:
 Há relações de quaisquer espécies, entre Universidade e empresas da Região de
Curitibanos? Se há, quais são e de que modo são estabelecidas? Qual é a importância da
Universidade, no ponto de vista da população pesquisada? A UnC e as empresas têm
colaborado para o desenvolvimento de ações de inovação na região?
As questões acerca da relação Universidade e empresa mostram-se bastante dinâmicas,
envolvendo pesquisa, contratos de experiências, estágios, bolsas e demais itens. Dessa forma,
justifica-se a elaboração deste projeto devido às falhas de informações quanto ao tema
proposto, buscando ser um meio para discussão e reversão deste quadro, o que poderia
colaborar para maior divulgação do papel da Universidade no seu contexto.
Neste sentido a relação existente entre Universidade e Empresa torna-se uma alavanca
para o investimento em pesquisa tecnológica, na medida em que integra o capital intelectual e
o capital financeiro. O estudo específico com ênfase nos Cursos de Administração, Ciências
Contábeis e Engenharia de Controle e Automação – Mecatrônica irá proporcionar
considerável avanço para a pesquisa regional, pois além de demonstrar a real situação, pode
permitir que os cenários, até então desconhecidos, sejam visualizados.
A caracterização socioeconômica da região de abrangência da Universidade do
Contestado permite que o setor público estabeleça relações de parceria para o
desenvolvimento científico. Para a Universidade, a presente proposta tende a representar uma
fonte complementar de recursos financeiros para custeio e manutenção da pesquisa, além de
investimento na formação de pesquisadores capazes de produzir ações de âmbito regional.
O objetivo geral foi analisar a relação Universidade-Empresa dentro do contexto da
região de Curitibanos, considerando os cursos com maior atuação no setor produtivo regional.
Os objetivos específicos foram: pesquisar fatores e nível de relação Universidade-empresa;
analisar o papel da Universidade diante desse quadro; verificar as falhas e dificuldades desse
processo de relacionamento; e relacionar os principais atores que da relação universidadeempresa, considerando a efetiva relevância de suas ações.
A RELAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA NO ÂMBITO REGIONAL
Para as empresas, a parceria e a cumplicidade representa o vínculo com entidades de
ensino superior, que simboliza o principal mecanismo de sobrevivência em uma economia
globalizada. Para o poder público, a parceria com a universidade reflete na possibilidade de
instalar incubadoras de empresas, bem como, apoio na formação de recursos humanos
qualificados.
Percebe-se que a única forma de estruturar o desenvolvimento tecnológico regional
encontra-se na consecução de parcerias entre Universidade, Empresa, e Setor Público, Para
Jambeiro (1999, p. 47-48)
Nada mais estimulante, nesta conjuntura, que a soma de esforços e a possibilidade de caminhar
juntos, governo, universidade, setores empresariais e da comunidade, na perspectiva da troca de
esforços, de solidariedade na crise, na busca de soluções compatíveis com a natureza e dimensão
dos problemas, bem como seu equacionamento em um contexto de escassez de recursos. A
conscientização da necessidade desta soma reforça a convicção de que a universidade, o poder
público, o empresariado e a comunidade não podem prescindir da mútua colaboração para o
adequado cumprimento de seus papéis sociais.
É importante salientar que a estruturação de um curso de âmbito tecnológico em uma
região de economia substancialmente primária, pode tornar-se alvo de críticas pejorativas, no
entanto, um indicador decisivo para a validação acadêmica deste estudo repousa sobre o
caráter de transformação industrial ocorrido a partir dos anos noventa, primeiramente com o
advento do paradigma tecnológico fordista – a posteriori administração flexível1 e
recentemente com a revolução tecnológica.
A pesquisa tende a suprir uma deficiência regional oriunda da carência de parcerias que
possam inteirar as deficiências entre o setor produtivo, o setor público e a universidade. Em
termos gerais vale destacar a amplitude de informações acerca do tema em questão, visto que,
ciência e tecnologia, relação universidade e empresa são bastante vastas, pois abrangem desde
os modelos conceituais de âmbitos mundiais e nacionais, até estudos regionais com ênfase
local. Conforme Jambeiro (1999, p. 50, grifo do autor)
A universidade, que reúne capacitação em termos de recursos humanos, de instalações e
equipamentos, tem muito que oferecer. Não só no sentido de difundir e disponibilizar sua
produção intelectual, mas também de adequar parte substancial dela ás carências da sociedade em
que se insere e a que deve servir. É, pois, dever da universidade estabelecer uma via de mão dupla
entre ela e a sociedade, relativamente à sua produção científica, tecnológica e cultural. Aos
1
O paradigma tecnológico fordista, dominante entre o fim da Segunda Guerra e meados dos anos setenta,
consistiu na combinação de taylorismo e mecanização no interior de cada unidade de produção capitalista e na
extensão dessa lógica à divisão do trabalho entre as unidades e os setores de produção e entre os espaços
regionais e nacionais (Leborgne; Lipietz, 1988; Lipietz, 1992; Theis, 1998).
diversos níveis de governo, ás empresas e a sociedade civil cabem compreender que, sendo a via
de mão dupla, respeito à autonomia, diálogo permanente e regularidade de recursos são
condicionantes essenciais para que a universidade possa cumprir tal dever. Partindo do suposto de
que a iniciativa deve caber á Universidade, ela deve buscar exercer, com mais amplitude, suas
relações com a sociedade, recusando-se a adotar uma postura neutra ou superior diante da
realidade social. Deve discutir os problemas prioritários da sociedade, sendo capaz de envolver,
nesta discussão, estudantes, professores e pesquisadores.
O desenvolvimento acadêmico oriundo da institucionalização da Universidade do
Contestado no ano de 1997 permite que se pense na universalidade do conhecimento tornando
a pesquisa ponto culminante para o desenvolvimento tecnológico regional.
Boisier (1996) define o desenvolvimento regional como um processo localizado de
mudança social sustentada que tem como finalidade o progresso permanente da região, da
comunidade regional como um todo e de cada indivíduo que nela reside. Nota-se que
A planificação do desenvolvimento regional é, antes de tudo, uma atividade societária, no sentido
de ser uma responsabilidade compartilhada por vários atores sociais: o Estado, evidentemente, por
razões várias e conhecidas, e a própria região, enquanto comunidade regional, polifacética,
contraditória e difusa, por vezes, mas comunidade, enfim, locacionalmente específica e
diferenciada. Sem a participação da região, como um verdadeiro ente social, o planejamento
regional consiste apenas - como mostra a experiência histórica - em um procedimento de cima para
baixo para distribuir recursos, financeiros ou não, entre espaços erroneamente chamados de
‘regiões (BOISIER ,1995, p. 47-48, tradução nossa)
Com relação ao contexto já explicitado, os estudos acerca da relação Universidade e
Empresa,
com
ênfase
em
tecnologia,
encontram-se
relegados
do
processo
de
desenvolvimento, sendo assim, a presente pesquisa permitirá que empresas, entidades e a
comunidade possam ser inseridas no processo de desenvolvimento da pesquisa na Região de
Abrangência da Universidade do Contestado no centro do Estado de Santa Catarina.
De acordo com a atuação e representatividade que a Universidade tem, pode se
presumir que: há, com pouca notoriedade, relações entre Universidade e empresas da Região
de Curitibanos, as opiniões a respeito do papel da Universidade são vagas, devido a pouca
ligação da mesma com órgãos locais, há informações insuficientes para execução de ações
inovadoras na região de Curitibanos.
A TRAJETÓRIA DA RELAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA E SEUS REFLEXOS
Nas décadas de 1950 e 1960, as relações existentes entre universidade e empresa
ocorriam de maneira individualizada e informal, a partir da década de 1970, e principalmente
na década 1980 as relações entre universidade-empresa passaram a ser incentivadas e
organizadas como atividade institucional.
A institucionalização das relações universidade-empresa passa a ser ação estratégica, na
Europa e Estados Unidos, as empresas devido à própria dinâmica competitiva, passaram a
depender cada vez mais das inovações tecnológicas. O “conhecimento” tornou-se vital para as
organizações, e nesse novo contexto as políticas de pesquisa e desenvolvimento tornaram-se
fundamentais. (ALMEIDA, 2003)
Conforme Rothwell (apud ALMEIDA, 2003), configuram-se como experimentos para
transferência de tecnologia da universidade para o setor produtivo as seguintes iniciativas:
 Sistemas Nacionais – Centros Governamentais de P&D;
 Programas Universitários de Integração com a Empresa;
 Oficinas Universitárias de Transferência de Tecnologia;
 Empresas Universitárias Comercializadoras de Tecnologia;
 Centros de Pesquisa em Excelência;
 Centros de inovação;
 Consórcios de Pesquisa e Desenvolvimento, e Centros Cooperativos de Pesquisa;
 Incubadoras de Empresa;
 Parques Tecnológicos.
Para Almeida (2003, p. 74-75)
Um dos problemas mais mencionados nas análises e discussão sobre política científica e
tecnológica nos países latino-americanos refere-se ao pouco uso do potencial de pesquisa e
desenvolvimento das universidades devido à inexistência de uma demanda explícita por parte das
empresas. Contudo, na América Latina, a interação universidade e setor produtivo tem sido
reconhecida como necessária e urgente para o desenvolvimento econômico da região.
É importante ressaltar as diferenças oriundas das sistemáticas adotadas pelas
universidades e pelas empresas, conforme se destaca a seguir:
Quadro 1 - Princípios da Universidade e da Empresa
Princípios da Universidade
Princípios da Empresa
Preservação do conhecimento existente, busca Obtenção de utilidades
e difusão de conhecimentos novos
Liberdade para pesquisa
Provisão eficiente de bens e serviços que
satisfaçam as demandas concretas
Integração entre pesquisa e docência
Consideração
dos
diversos
aspectos
financeiros como parte essencial para assumir
riscos
Liberdade de pesquisa que pode ser
prejudicial, se levados em conta aspectos
confidenciais de tecnologia.
Fonte: Solleiro (1990 apud ALMEIDA, 2003)
Vale destacar que as particularidades do processo inovativo afetam as possibilidades de
interação entre a universidade e o setor produtivo, é notório que a especificidade das
atividades realizadas nas esferas acadêmicas e empresariais, bem como os valores sócioeconômico, culturais que prevalecem nestes ambientes, os quais condicionam a interação
entre as partes. É importante frisar que
Nos países periféricos, o padrão de desenvolvimento dependente e excludente determina um
contínuo processo de importações tecnológicas, que vincula à produção interna de mercadorias,
antes importadas, tecnologias já conhecidas no exterior. As características do produto
estabelecidas a priori dificultam o desenvolvimento interno de tecnologias. (ALMEIDA, 2003, p.
76)
A resposta esperada por parte dos atores envolvidos é a estruturação de novos arranjos
institucionais que contemplem mudanças qualitativas na interação entre a comunidade
acadêmica e o setor empresarial, inclusive por uma nova divisão de trabalho.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa foi desenvolvida a campo com aplicação de questionários coletores de dados
quantitativos e qualitativos relacionados a questionários abertos e fechados. As fonte de
pesquisa foram acadêmicos das fases concluintes dos cursos de Administração, Ciências
Contábeis e Engenharia de Controle e Automação da UnC – Campus de Curitibanos,
coordenadores de área e de campus de tais cursos, bem como entidades que tenham vínculos
com a temática em questão. Os dados quantitativos foram colhidos com acadêmicos, seguidos
de análise estatística, e os dados qualitativos com entidades consideradas agentes de
desenvolvimento regional tais como: SDR, SENAI, ACIC e serão analisados pautando-se no
método do discurso.
A pesquisa limita-se ao Campus de Curitibanos e aos cursos acima citados.
A análise pautou-se em dados de pesquisa documental, bibliográfica e de campo
interpretados mediante a teoria vigente.
O universo da pesquisa constituiu-se pelos entes privados e públicos que exercem
influência sobre a relação universidade-empresa da região de abrangência da Universidade do
Contestado (cursos de administração, ciências contábeis e engenharia de controle e
automação); neste caso, tratam-se das administrações públicas locais, das entidades do setor
produtivo e da universidade; também estão inclusas no universo as principais instâncias de
planejamento do desenvolvimento regional atuantes na região, nomeadamente entidades
representativas do setor produtivo regional.
Foi efetuado um estudo com ênfase na amostragem intencional dada a importância do
universo em estudo, ficando assim distribuído:
Tabela 1 – Estudo Intencional
População em Estudo
ACIC
Direção da UnC
Coordenação de Cursos
Acadêmicos
Secretaria de Desenvolvimento Regional
SENAI
Fonte: Do Autor (2014)
Número de Respondentes
01
01
02
38
01
01
As seguintes técnicas foram privilegiadas na obtenção dos dados: na revisão da
literatura, no levantamento da documentação e na coleta de dados secundários, recorrer-se-á
diante da pesquisa bibliográfico-documental; na coleta de dados primários, foi necessária uma
pesquisa de campo – em que foram empregadas as técnicas da entrevista e questionário.
Inicialmente, foi feita uma revisão mais profunda da literatura sobre os Modelos de
Interação U-E. Não se privilegiou apenas a bibliografia mais teórica sobre o assunto, mas
buscou-se também referências sobre os dados documentais bem-sucedidos de ensino-pesquisa
e extensão implementados pela instituição em estudo. Aqui se incluem o levantamento da
documentação e a coleta de material institucional.
A primeira etapa da pesquisa compreendeu uma revisão bibliográfica precedida de
fichamento, análise e documentação.
A segunda etapa envolveu a análise do material documental proveniente de material,
disponível nos arquivos da Universidade do Contestado.
A terceira etapa envolveu a coleta de informações através da pesquisa de campo com
utilização de questionário aberto e fechado.
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS QUANTITATIVOS
Durante o período de setembro a outubro de 2014 foram distribuídos cinquenta
formulários para acadêmicos dos cursos de administração, ciências contábeis e engenharia de
controle e automação- mecatrônica. Dos 40 formulários retornaram 38 válidos. É importante
frisar que o formulário de pesquisa foi disponibilizado pelo Google Docs 2. Apenas o curso de
2
O Google Docs é um programa que abre, cria e edita documentos do Word, PowerPoint, Excel.
engenharia recebeu os formulários impressos, administração e ciências contábeis responderam
de forma on-line.
O questionário com vinte questões foi pautado em uma escala likert de satisfação. A
seguir seguem os gráficos com os resultados obtidos com os acadêmicos que já cursaram o
estágio curricular supervisionado obrigatório dos respectivos cursos.
Figura 1 – Funcionamento do Estágio Curricular
Fonte: Do Autor (2014)
Quanto à natureza, a organização e o funcionamento do estágio curricular
supervisionado obrigatório 79% dos acadêmicos consideraram-se satisfeitos, 16% afirmaram
estarem muito satisfeitos, e 5% dos respondentes não estão nem satisfeito e nem insatisfeitos.
Figura 2 – Fundamentos e Teorias do processo de Ensino-Aprendizagem
Fonte: Do Autor (2014)
Com relação aos fundamentos e teorias do processo de ensino-aprendizagem 95% dos
acadêmicos estão satisfeitos, 2% são neutros e 3% estão muito satisfeitos.
Figura 3- Teoria na Prática
Fonte: Do Autor (2014)
No que tange a relação de princípios, teorias e normas a situações reais, interpretando e
aplicando a teoria na prática empresarial 87% dos acadêmicos estão satisfeitos, 5%
encontram-se muito satisfeitos, 5% são neutros e 3% estão insatisfeitos com o processo de
aplicabilidade da teoria na prática.
Figura 4 – Sistemática da Avaliação Crítica
Fonte: Do Autor (2014)
Vale elucidar quanto a utilização sistemática da avaliação crítica dos impactos e
diretrizes das medidas regulamentais na instituição de ensino, 92% dos acadêmicos estão
satisfeitos e 8% estão muito satisfeitos.
Figura 5- Comunicação
Fonte: Do Autor (2014)
Vale explanar que 89% dos repondentes está satisfeito com
a comunicação em
diferentes situações, com diferentes interlocutores, utilizando as linguagens e as tecnologias
próprias, outros 11% informaram que estão muito satisfeitos.
Figura 6 – Diálogo Permanente
Fonte: Do Autor (2014)
No que se refere a socialização de informações e conhecimentos na busca permanente
com a comunidade externa (setor público, setor produtivo e terceiro setor) 82% dos
respondentes estão satisfeitos, 13% são neutros considerando-se nem satisfeitos e nem
insatisfeitos, e 5% estão muito satisfeitos.
Figura 7 – Estímulo para os Professores
Fonte: Do Autor (2014)
No que se refere ao estímulo e a participação dos professores em atividades
práticas externas a instituição de ensino superior 95% dos acadêmicos estão satisfeitos e
outros 5% estão muito satisfeitos.
Figura 8 - Novas Alternativas de Gestão Superior
Fonte: Do Autor (2014)
Quanto às novas alternativas de gestão superior, 97% estão satisfeitos com a gestão
compartilhada e integradora da atuação dos colegiados de curso, outros 3% estão muito
satisfeitos.
Figura 9 - Princípios e Diretrizes da Administração
Fonte: Do Autor (2014)
Sobre os princípios e diretrizes da administração estadual e municipal na gestão
universitária 40% estão neutros considerando-se nem satisfeitos, nem insatisfeitos, 42% estão
satisfeitos e 18% consideram-se muito satisfeitos.
Figura 10 – Proposta Pedagógica
Fonte: Do Autor (2014)
Vale mencionar que quanto a proposta pedagógica do curso 61% dos acadêmicos estão
satisfeitos e 39% estão muito satisfeitos. Percebe-se que ambos os Projetos Políticos e
Pedagógicos dos curso estão de acordo com as demandas sociais, as características
multiculturais e com as demandas do mercado de trabalho.
Figura 11 –Integração com a Comunidade
Fonte: Do Autor (2014)
Sabe-se que a integração com a comunidade é um fator de fortalecimento institucional
e da promoção da cidadania no entorno da instituição. É válido ilustrar que 92% dos
acadêmicos estão satisfeitos com esses fatores e 8% afirmam estarem muito satisfeitos.
Figura 12 – Trabalho Coletivo
Fonte: Do Autor (2014)
No que se refere ao trabalho coletivo 87% estão satisfeitos, e 13% estão muito
satisfeitos.
Figura 13 – Convívio Cotidiano Universitário
Fonte: Do Autor (2014)
Quanto ao convívio no cotidiano universitário no que diz respeito ao aprendizado, a
socialização de saberes, os valores para uma vida cidadã, e o desenvolvimento de atitudes
cooperativa para uma vida cooperativa e solidária 100% dos acadêmicos estão satisfeitos.
Figura 14 - Desenvolvimento Curricular
Fonte: Do Autor (2014)
Com
relação
ao
desenvolvimento
curricular
centrado
em
conhecimentos
contextualizados e ancorados na ação, 38% estão satisfeitos, 38% estão muito satisfeitos, 12%
estão insatisfeitos e outros 12% não estão nem satisfeitos, nem insatisfeitos.
Figura 15 – Processo de Avaliação de Desempenho
Fonte: Do Autor (2014)
Quanto ao processo de avaliação do desempenho universitário como instrumento de
acompanhamento do trabalho do professor e dos avanços da aprendizagem do acadêmico os
respondentes apresentam os seguintes resultados: 40% estão satisfeitos, 26% estão
insatisfeitos, 21% estão muito satisfeitos e outros 13% não estão satisfeitos, nem insatisfeitos.
Figura 16 – Indicador de Satisfação na Utilização de Tecnologias
Fonte: Do Autor (2014)
Com relação à utilização de tecnologias da informação e a comunicação 53% estão
muito satisfeitos e 47% estão satisfeitos.
Figura 17 – Formação Continuada
Fonte: Do Autor (2014)
Quanto a formação continuada como condição de construção permanente das
competências que qualificam a prática dos profissionais que atuam na Universidade, 92% dos
acadêmicos estão muito satisfeitos e 8% estão satisfeitos.
Figura 18 - Articulação de Políticas Educacionais
Fonte: Do Autor (2014)
No que se refere a aticular e executar as políticas educacionais, buscando parcerias que
possam contribuir para o aprendizado prático dos futuros profissionais 89% dos repondentes
estão satisfeitos e 11% estão muito satisfeitos.
Figura 19 – Valorização da Gestão Participativa
Fonte: Do Autor (2014)
Quanto a valorizar a gestão participativa como forma de fortalecimento institucional e
de melhoria dos resultados de aprendizagem dos acadêmicos 87% apresenta-se satisfeitos e
outros 13% são neutros não estando satisfeitos, nem insatisfeitos.
Figura 20 – Currículo e Cidadania
Fonte: Do Autor (2014)
Quanto ao currículo e a cidadania: saberes e práticas voltadas para o desenvolvimento
de competências cognitivas, afetivas, sociais e culturais 95% dos acadêmicos estão satisfeitos
e outros 5% muito satisfeitos.
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS QUALITATIVOS
Para pesquisa com a direção e coordenações da UnC foram enviados pelo Google Docs
questionários abertos com cinco questões pertinentes em relação universidade-empresa.
Também foram distribuídos questionários abertos para as seguintes entidades:
 SENAI;
 SDR;
 ACIC;
 AMURC.
Pela sistemática do tema e pela limitação de tempo retornaram os questionários
oriundos da Associação Empresarial de Curitibanos e do SENAI.
Primeiramente foram apresentados os resultados abordados pelas coordenações de
cursos com uma efetiva atuação empresarial, nota-se que ambos os cursos vinculados à área
de ciências sociais aplicadas tem uma mesma linha de trabalho e tratam da relação
universidade-empresa como um fator preponderante para a formação universitária dos futuros
profissionais.
Quadro 1 – Avaliação da Relação Universidade–Empresa pelos Coordenadores de Curso
Tópicos Centrais
Efetividade da Relação universidadeempresa no seu curso
Como o Projeto Político do Curso
proporciona a possibilidade de
estreitamento das relações com as
empresas
Principais dificuldades encontradas para
articulação de parcerias entre a
Universidade e o Setor Produtivo
Curso de Administração
Curso de Ciências Contábeis
A relação universidade-empresa se dá por ações
de ensino, pesquisa e extensão. Com relação ao
ensino as atividades estão centradas no estágio
curricular supervisionado obrigatório do qual o
acadêmico deve cumprir 120 horas na
realização de um diagnóstico empresarial. Com
relação à pesquisa o curso prioriza a
implementação de pesquisas vinculadas as
organizações dos três setores da economia,
priorizando estudos de caso, estudos descritivos
e proposição de planos, aproximando assim a
universidade do meio empresarial. No que tange
a extensão são realizadas palestras e eventos
externos à UnC no intuito de divulgar o curso e
priorizar ações que possam de fato contribuir
para melhoria das relações Institucionais.
Sim, de certa forma a reformulação efetuada no
ano de 2013 previu ações mais pontuais. No
entanto, faltam políticas institucionais que
propiciem a efetiva realização deste
estreitamento, como investimentos tecnológicos
e estruturais.
Hoje, acredito que esteja aquém do que
desejamos. Temos um projeto, para o
próximo ano, com o curso de administração,
a criação da empresa júnior, que certamente
alavancará essa relação.
Cultura empresarial familiar muito fechada
Ausência de uma rede articulada de inclusão
produtiva e parcerias
Poucos programas de responsabilidade social
Acredito que os processos, um tanto
burocráticos, tornam essas articulações
lentas. A falta de verba também poderia ser
citada aqui, visto que impossibilita a
Sim, o P.P.C. proporciona essa
possibilidade, apesar de não fazer isso de
forma satisfatória.
empresarial que de fato funcionem
Indicação das três principais atividades
do seu curso que contribuem para o
fortalecimento das relações da
universidade com a comunidade externa
Projeto de Extensão do Artigo 170
Eventos em Parceria com a ACIC
Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório
Qual a melhor estratégia para a
consolidação da parceria universidadeempresa na região de Curitibanos/SC
Lideranças mais efetivas e atuantes (Entidades
Representativas de Classe) Apoio do Poder
Público
Implementação da Empresa-Júnior.
realização de eventos de cunho empresarial
em níveis mais elevados.
Essa relação é fortalecida, principalmente,
através dos projetos de extensão, de
pesquisa e o próprio estágio supervisionado,
cujos acadêmicos desenvolvem seus temas.
Acredito que a criação da empresa júnior,
planejada para o próximo ano, terá
justamente o papel de consolidar essa
relação universidade empresa. É um grande
passo em direção a essa parceria, e aliado a
demais projetos paralelos do curso trará,
com certeza, bons resultados.
Fonte: Do Autor (2014)
Dando sequência na análise institucional segue a avaliação da direção do campus
universitário de Curitibanos, ressaltando que as informações estão atreladas a opinião das
coordenações de curso. Existe um direcionamento que vislumbra a necessidade de
afunilamento de ações que possam suprir as deficiências e criar sistemáticas de
assessoramento e consultoria que possa contribuir para uma gestão mais efetiva e sustentável
principalmente das microempresas de empresas de pequeno porte.
Quadro 2 – Avaliação da Relação Universidade–Empresa pela Direção do Campus
Tópicos Centrais
Direção do Campus Curitibanos
Efetividade da Relação universidadeempresa nos cursos de administração,
ciências contábeis, engenharia de controle
e automação-mecatrônica.
Os cursos são voltados para o desenvolvimento regional e estes cursos atendem as empresas,
pois formam para o mercado regional.
O estado-da-arte da inovação industrial
na região de Curitibanos/SC
A inovação industrial ainda é um tanto frágil, visto que as indústrias da região são de
exploração da madeira. Apenas a Berneck desenvolve produtos derivados da madeira com
bases tecnológicas
A maior dificuldade são as empresas, ainda voltada apenas na produção primária e
Principais dificuldades encontradas para
articulação de parcerias entre a
Universidade e o Setor Produtivo
Indicação das três principais atividades
do seu curso que contribuem para o
fortalecimento das relações da
universidade com a comunidade externa
Qual a melhor estratégia para a
consolidação da parceria universidadeempresa na região de Curitibanos/SC
secundária, inviabilizando atividades de cunho científico e de base tecnológica.
A formação de profissionais para atuarem no mercado de trabalho com formação superior.
Seminários e eventos de formação. Pesquisas (TCCs na graduação e Pós-graduação.)
Para melhorar as parcerias é necessário que a Universidade tenha professores que possam
desenvolver atividades de pesquisa para atender a demanda. Que as empresas invistam na
Universidade como fonte propulsora de pesquisa. E que o setor público apoie com recursos
para o desenvolvimento da pesquisa.
Fonte: Do Autor (2014)
Foram selecionadas entidades consideradas fundamentais no desenvolvimento da
relação universidade-empresa na região de Curitibanos, abaixo seguem os quadros sinóticos
das entidades que reponderam a pesquisa.
Quadro 3 – Avaliação da Relação Universidade–Empresa pelo SENAI
Tópicos Centrais
Direção do Campus Curitibanos
A ausência de uma indústria consolidada
e fortalecida prejudica ou contribui para
atuação do SENAI na região de
Curitibanos/SC
Pelo entender da FIESC/SENAI de Curitibanos, na região de abrangência da instituição
existem empresas fortalecidas e consolidadas em termos de região e nacionalmente.
O estado-da-arte da inovação industrial
na região de Curitibanos/SC
Principais dificuldades encontradas para
articulação de parcerias entre a
Universidade e o Setor Produtivo
Indicação das três principais atividades
do seu curso que contribuem para o
fortalecimento das relações da
universidade com a comunidade externa
Ainda não há respostas para essa pergunta.
Qual a melhor estratégia para a
consolidação da parceria universidadeempresa na região de Curitibanos/SC
Fonte: Do Autor (2014)
No atual momento a FIESC/SENAI Curitibanos não encontra dificuldades quanto às
articulações de parcerias com o setor produtivo, pois há uma grande parceria deste setor para
com a FIESC.
1. Capacitações e qualificações de colaboradores; 2. Participação de fóruns regionais e
empresariais promovidos pelos setores, sindicatos e Indústrias; 3. Programas que atendem as
demandas e necessidades pontuais do setor produtivo e industrial.
É o que a FIESC/SENAI fazem, estar ao lado para atendimento das necessidades das
Indústrias em constantes visitas e levantamento de necessidades.
É importante enaltecer que conforme o questionário enviado ao SENAI, a entidade é
bastante positiva e promissora. Eles consideram a região com potencial representativo. É
válido dizer que a entidade tem uma posição bem diferenciada do posicionamento acadêmico
e da Associação Empresarial de Curitibanos/SC.
Um fator importante a ser considerado é que o SENAI tem uma atuação bem pontual
nos sentido de oferecer suporte operacional e tecnológico o que facilita as relações com o
meio industrial.
Quadro 4 – Avaliação da Relação Universidade–Empresa pela ACIC
Tópicos Centrais
Direção do Campus Curitibanos
A ausência de uma indústria consolidada,
fortalecida, prejudica ou contribui para
atuação Da ACIC na região de
Curitibanos/SC.
Prejudica
O estado-da-arte da inovação
comercial/industrial na região de
Curitibanos/SC
Principais dificuldades encontradas para
articulação de parcerias entre a ACIC e o
Setor Produtivo
Indicação das três principais atividades
da ACIC que contribuem para o
fortalecimento das relações da
Podemos colocar que em sua totalidade é muito bem desenvolvida por parte dos
mesmos.
Custo, e resistência ao investimento no funcionário em relação à permanência na empresa.
Ser um referencial na prestação de serviços promovendo o desenvolvimento empresarial,
defendendo e atendendo as necessidades dos associados.
universidade com a comunidade externa
Qual a melhor estratégia para a
consolidação da parceria universidadeempresa na região de Curitibanos/SC
Fonte: Do Autor (2014)
Sem resposta.
A ACIC apresenta uma preocupação pontual com o baixo desenvolvimento tecnológico
da região, também indica que a articulação entre a entidade e as empresas centra-se na
dificuldade de investimentos, e a rotatividade de pessoal existente em grande parte das
empresas da região.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise da relação Universidade-Empresa dentro do contexto da região de
Curitibanos, considerando os cursos com maior atuação com o setor produtivo regional, foi
pontualmente apresentado no decorrer da presente pesquisa, permeando desde o papel da
universidade, diante desse quadro no contexto teórico apresentado, quando do delineamento
das teorias vigentes e desenvolvidas em período recente versando sobre a temática.
Os dados quantitativos e qualitativos foram coletados simultaneamente, apresentaram-se
resultados do questionário aplicado com os acadêmicos dos cursos previamente selecionados,
que frequentaram o estágio curricular supervisionado obrigatório no decorrer do ano de 2014,
também se abordou a opinião da direção e das coordenações de curso sobre a relação
universidade-empresa dos seus respectivos cursos. As percepções das coordenações de curso
são muito aproximadas e apresentam que a relação com as empresas acontece pela prática de
estágio, pelos projetos de pesquisa e extensão desenvolvida em parcerias, no entanto, é
notório que faltam programas efetivos que afunilem o relacionamento e permitam a
continuidade de ações que atualmente fragmentam-se aos semestres letivos. O principal ponto
abordado pela avaliação das coordenações centra-se na implantação de uma “empresa júnior”
aplicadas pelos cursos de ciências sociais, que permitirá maior amplitude de ações com o
setor privado e suas respectivas entidades representativas.
A direção da instituição também percebe a relação universidade-empresa como um
potencial para novas possibilidades de investimentos e parcerias, ressaltando o baixo
desenvolvimento tecnológico regional como um ponto fraco, apontando a relação
universidade-empresa como um ponto forte, possível gerador de novas possibilidades e
investimentos.
Dentre as diferentes percepções do meio acadêmico e as entidades representativas do
setor produtivo destacam-se os seguintes pontos centrais:
 A UnC e a Associação Empresarial (ACIC) percebem que a ausência de uma indústria
consolidada prejudica a relação das instituições com o setor produtivo, já o SENAI vê
essa questão como uma oportunidade;
 A UnC percebe que a inovação é incipiente, enquanto a ACIC considera bem
desenvolvida por parte das organizações regionais;
 Para melhoria do relacionamento entre universidade e empresa, a UnC sugere a
necessidade de investimentos públicos e privados para alavancagem da pesquisa
tecnológica; a ACIC não respondeu e o SENAI indica que o levantamento de
necessidades dos parceiros e as visitas constantes para as soluções de problemas que
denotam de resultados bastante produtivos.
A seguir apresenta-se a percepção dos acadêmicos vinculados aos cursos de
administração, ciências contábeis e engenharia de controle e automação- mecatrônica, cursos
estes, com vínculo estreito com o setor produtivo regional. Foram pontuadas vinte questões
fechadas permeadas por uma escala likert de satisfação. A seguir seguem os resultados
quantitativos e sua efetiva representatividade:
Tabela 1- Resultados Globais da Percepção Discente
Descrição das Afirmações
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Quanto à natureza, a organização e o
funcionamento do estágio curricular
supervisionado obrigatório;
Fundamentos e teorias do processo
ensino-aprendizagem do curso superior;
No que tange a relação de princípios,
teorias e normas a situações reais,
interpretando e aplicando a teoria na
prática empresarial;
Quanto à utilização sistemática da
avaliação crítica dos impactos e
diretrizes das medidas regulamentais na
instituição de ensino;
Quanto à comunicação em diferentes
situações, com diferentes interlocutores,
utilizando as linguagens e as tecnologias
próprias;
Sobre a socialização de informações e
conhecimentos na busca do diálogo
permanente com a comunidade externa
(setor, público, setor produtivo, terceiro
Muito
insatisfeito
Insatisfeito
3%
Nem
satisfeito,
Nem
insatisfeito
Satisfeito
Muito
satisfeito
5%
79%
16%
2%
95%
3%
5%
87%
5%
92%
8%
89%
11%
82%
5%
13%
setor);
No que se refere ao estímulo e a
participação dos professores em
atividades práticas externas a instituição
de ensino superior;
8. Quanto às novas alternativas de gestão
superior: gestão compartilhada e
integradora da atuação dos colegiados
de curso;
9.
Sobre os princípios e diretrizes da
administração pública estadual e
municipal na gestão universitária;
10. Quanto à proposta pedagógica do curso:
expressão das demandas sociais das
características multiculturais e das
expectativas dos acadêmicos e do
mercado de trabalho;
7.
Descrição das Afirmações
Quanto à integração com a
comunidade: fator de fortalecimento
institucional e de promoção da
cidadania no entorno da instituição;
12. No que se refere ao trabalho coletivo
como fator de aperfeiçoamento da
prática profissional;
13. Quanto ao convívio no cotidiano
universitário:
uma
forma
privilegiada de aprender e socializar
saberes, de construir valores de uma
vida cidadã e de desenvolver
atitudes cooperativas, solidárias e
responsáveis;
14. No que tange o desenvolvimento
curricular: o ensino centrado em
conhecimentos contextualizados e
ancorados na ação;
40%
Muito
insatisfeito
Insatisfeito
Nem
satisfeito,
Nem
insatisfeito
11.
Quanto ao processo de avaliação do
desempenho universitário como
instrumento de acompanhamento do
trabalho do professor e dos avanços
da aprendizagem do acadêmico;
16. Qual seu indicador de satisfação na
utilização de tecnologias da
informação e comunicação;
17. Quanto à formação continuada como
condição de construção permanente
das competências que qualificam a
prática dos profissionais que atuam
na Universidade;
18. No que se refere a articular e
executar as políticas educacionais,
buscando parcerias que possam
contribuir para o aprendizado
15.
95%
5%
97%
3%
42%
18%
61%
39%
Satisfeito
Muito
satisfeito
92%
8%
87%
13%
100%
12%
12%
38%
38%
26%
13%
40%
21%
47%
53%
8%
92%
89%
11%
prático dos futuros profissionais;
Quanto a valorizar a gestão
participativa como forma de
fortalecimento institucional e de
melhoria
dos
resultados
de
aprendizagem dos acadêmicos;
20. Quanto ao currículo e a cidadania:
saberes e práticas voltadas para o
desenvolvimento de competências
cognitivas, sociais e culturais.
Fonte: Do Autor (2014)
19.
13%
87%
95%
5%
No que diz respeito à relação de princípios, teorias e normas a situações reais,
interpretando e aplicando a teoria na prática empresarial, nota-se que 3% estão insatisfeitos
com o processo de aplicabilidade da teoria na prática. Sobre a socialização de informações e
conhecimentos na busca do diálogo permanente com a comunidade externa (setor, público,
setor produtivo, terceiro setor) 13% estão insatisfeitos. Com relação ao desenvolvimento
curricular centrado em conhecimentos contextualizados e ancorados na ação, 12% estão
insatisfeitos. Quanto ao processo de avaliação do desempenho universitário como instrumento
de acompanhamento do trabalho do professor e dos avanços da aprendizagem do acadêmico,
os respondentes apresentam os seguintes resultados: 26% estão insatisfeitos.
Percebe-se que os índices de insatisfação centram-se por ordem de importância nos
seguintes fatores principais: primeiro o processo de avaliação do desempenho universitário
como instrumento dos avanços de aprendizagem do acadêmico, segundo a socialização de
informações e conhecimentos na busca do diálogo permanente com a comunidade externa
(setor, público, setor produtivo, terceiro setor), terceiro o desenvolvimento curricular como
instrumento ancorado na ação, e quarto a aplicabilidade da teoria na prática no que se referem
aos princípios, teorias e normas.
Vale salientar que não foram pontuados índices de muita insatisfação, os fatores de
satisfação foram preponderantes sendo pontuados em todas as 20 afirmações avaliadas.
Também vale elucidar que os índices de muita satisfação só não foram pontuados em duas
questões (questão 13 e questão 19), porém ambas apresentaram bons índices de satisfação.
Apesar de todas as dificuldades e desafios de uma Universidade Comunitária percebe-se
que os cursos com maior representatividade perante o setor produtivo possuem uma avaliação
institucional bem satisfatória, e considerando os quatro pontos de insatisfação, nota-se que é
possível melhorar e superar as limitações internas e externas.
Por fim, recomendam-se ações mais efetivas para articulação de parcerias institucionais
que permitam a implantação de experimentos para transferência de tecnologia da universidade
para o setor produtivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Vozes, 1994.
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