Ergonomia

Requisitos de projeto são as diversas
qualidades desejadas, a priori, para a
materialização de um produto final. Abrange
as fase de desenvolvimento do projeto e,
eventualmente, alcança até a sua fabricação
ou concepção. Tudo isso, naturalmente,
consoante com a categoria, a classe, o tipo e
demais atributos e especificidades inerentes
ao citado produto.

O requisitos de projeto divide-se na análise dos
seguintes fatores:








Tarefa
Segurança
Conforto
Estereótipo Popular
Envoltório de alcances físicos
Postura
Aplicação de forças
Materiais


É um conjunto de ações humanas que torna
possível um sistema atingir seu objetivo.
O que faz funcionar o sistema para atingir um
resultado pretendido.


FUNÇÕES DE USO
Tanto na análise passo-a-passo para fazer
funcionar quanto para usufruir suas vantagens
práticas, estéticas, psicológicas, envolvendo
mais o estudo das ações do que a descrição do
procedimento de uso.
PROBLEMAS ERGONÔMICOS
São os que contribuem ou trazem dificuldades
de utilização (características antropométricas) e
também às ações que fazem a interface usuárioobjeto em termos de informações e controles.

A partir do fator TAREFA que se define o
projeto do objeto ou sistema de objetos em
termos funcionais, operacionais e
ergonômicos.


Condição daquilo em que se pode confiar.
A utilização segura e confiável dos objetos
em relação às suas características funcionais,
operacionais, perceptíveis, de montagem,
fixação, sustentação e outras,
fundamentalmente contra riscos e acidentes
eventuais que possam envolver o usuário ou
um grupo.

Problemas Ergonômicos
 Diz respeito a proteção que o usuário deve ter das
características formais dos objetos e seus dispositivos
mecânicos, eletrônicos, pneumáticos, hidráulicos,
térmicos, sonoros, informacionais e assim por diante.
 Aspectos do projeto mal resolvido que induzem ao erro
humano em relação ao comportamento de uso e/ou
operacionalidade do objeto


O fator segurança depende do tipo e da natureza do
objeto. Pode ser crucial ou relativa, ou até inexistente.
Pode-se pensar o fator segurança, em maior ou menor
qualidade em relação a sua importância no projeto.
Condição ou sensação de comodidade, bemestar e segurança percebida pelo usuário nos
níveis físicos e sensorial.
 Problemas Ergonômicos:

 condições ou situações de uso que contrariam esta
conceituação original, principalmente quando podem
provocar fadiga, doenças, constrangimentos atrelado
à segurança e às percepções subjetivas do usuário.

De certo modo é uma condição difícil de se
qualificada ou quantificada


São as práticas de uso consagradas, ou seja,
como o movimento esperado pela maioria
das pessoas, no tocante à operação de
dispositivos de manejo e controle, leitura,
etc.
Exemplo
 o botão deslizante para aumentar o volume de um
aparelho de som
 a leitura de um jornal da esquerda para a direita
horizontalmente.
São os chamados movimentos compatíveis (quando
obedecem o estereótipo). Estes são aprendidos mais
rapidamente e são executados com mais
confiabilidade.
 Contextualização:

 Pesquisas realizadas demonstram que 70% de crianças
com 5 anos de idade e 87% de adultos de 20 anos seguem
padrões esperados.
 Experiências realizadas com pessoas canhotas
demonstram que elas apresentam o mesmo estereótipo
dos destros

Os movimentos que contrariam o estereótipo popular
são chamados incompatíveis

Problemas Ergonômicos
 desconforto e insegurança do usuário causados por
indução a erros na inversão de uso no manejo ou
operacionalidade dos objetos, em função do aspecto de
incompatibilidade dos movimentos e sensibilidade
esperados como padrão
 apresenta certo grau de subjetividade já que se liga, se
subordina, às questões de ordem cultural.

Exemplo:
 Na Inglaterra a posição do motorista de carro é
exatamente oposta à do Brasil
 No Japão a leitura de publicações se faz da direita para a
esquerda e de trás para a frente

Volume espacial em que devem estar
contidos, e ao alcance do usuário, os
instrumentos de ação, essenciais ao
funcionamento do produto agregado ao
conceito de conforto, de maneira que se evite
que os movimentos executados pelo usuário
o obriguem a dispender energias
desnecessárias ou esforços extenuantes.

Problemas Ergonômicos
 dificuldades de alcance em termos de operacionalidade de
elementos, enfrentadas pelo usuário fora de seu envoltório de
conforto, implicando com isso, além de desconforto natural,
eventuais problemas relativos à segurança do uso do produto.
 como instrumentos de controle, comando, de ajustes etc. do
tipo alavancas, botões, pedais, volantes e outros dispositivos.

Contextualização
 Mais explicito nos postos de trabalho e atividades
 Pode-se estender para diversas situações:
▪ Para a postura de tronco, mãos e braços na leitura de um jornal
▪ Com instrumentos musicais
▪ Mesa de refeições, para se apanhar comidas mais distante




Organização dos segmentos do corpo no
espaço.
A postura submete-se às características
anatômicas e fisiológicas do corpo humano,
ligando-se às limitações do equilíbrio e
obedecendo às leis da Física e da Biomecânica.
Mantém um estreito relacionamento com a
atividade do indivíduo que pode, em diferentes
atividades, adotar posturas diferentes.
Pode ser as mais variadas do corpo como um
todo e de partes do corpo.

Problemas Ergonômicos
 dizem respeito ao conforto, à segurança e à
facilidade de acomodação e/ou operacionalidade
de determinados objetos.
 Mas posturas geram a médio ou longo prazo
problemas de fadiga muscular com numerosos
efeitos danosos e constrangimentos físicos, como
sobrecarga imposta ao aparelho circulatório,
articulações, deformação na coluna vertebral,
hérnias de disco, etc.
Energia física ou esforço necessário para fazer
alguma coisa. As forças humanas são o resultado
de contrações musculares.
 Problemas Ergonômicos:

 projeto inadequado de peças e componentes de
manejo que exijam esforços físicos incompatíveis com
a capacidade física do usuário, principalmente em
postos de trabalho e de atividades.
 Se condiciona, fundamentalmente, às características
de biótipo, sexo e idade do usuário
Conceitua-se materiais como todo e qualquer
componente do objeto, seja sólida, líquida ou gasosa.
 A escolha do tipo e natureza dos materiais deve ser
pensada com relação à adequação de características de
uso, funcionais, técnicas, tecnológicos, econômicas,
perceptivas e estético-formais do objeto.
 Problemas Ergonômicos

 não-especificação e utilização correta de materiais adequados
em termos de compatibilidade com as diversas exigências
técnicas, tecnológica e de uso, em termos de durabilidade, de
limpeza, de proteção e de segurança
 Em relação de segurança, no que diz respeito à proteção da
saúde do usuário como aspectos de inflamabilidade, toxidade e
outros.



É um parâmetro fundamental na metodologia de projeto em
design;
Pode ser definido como um ato ou uma ação física que se
relaciona com o manuseio ou operacionalidade de qualquer
produto, por parte do usuário através de seu corpo ou parte
de seu corpo.
Diz respeito a praticamente tudo que se relaciona com o
manuseio das coisas:
 Desde as operações mais simples até as mais complexas que
exijam ou impliquem séries ou sequências operacionais mais
prolongada.

Associada ao manejo existe também a ação de controle; pois
dificilmente se maneja algo sem uma determinada ação de
controle; está mais relacionada aos sistemas de produção na
indústria, máquinas, equipamentos, ferramentas,
instrumentos etc;

Ações mais simples:






amarrar o cadarço do tênis;
vestir uma roupa;
prender o relógio no pulso;
folhear um jornal;
virar uma página de livro;
Ações mais complexas:




digitar um texto longo;
andar de bicicleta;
pilotar um avião;
operar um programa de computação gráfica (manejo
virtual)

Outro aspecto importante diz respeito a
cinco conceitos básico associados ao controle
de manejo.
 Atributos do usuário
 Nível de qualificação dos manejos e controles
 Atributos dos Manejos e controles
 Características dos usuários
 Conceitos projetuais – elementos físicos de
manejo

Atributos do usuário
 Habilidade: facilidade e agilidade de manipulação do objeto;
 sensibilidade: propriedade de sentir e perceber ações;
 força: compatível com as necessidades exigidas para manipular





algo;
precisão: capacidade de agir, reagir e interagir com exatidão;
compatibilidade: coerência em relação as ações a serem
desenvolvidas;
sincronismo: capacidade de agir, reagir e interagir em atos
operacionais que exijam simultaneidade de ações;
treinamento: tempo de uso em relação à utilização ou trabalho
com um determinado produto;
experiência: conhecimentos adquiridos ao longo do tempo.

Nível de qualificação dos manejos e controles
 Muito fino:
▪ Manejo geralmente associado a uma ação que exige
muita habilidade, precisão e sensibilidade:
▪ manipulação de instrumentos cirúrgicos;
 Fino:
▪ Manejo geralmente associado a uma ação que exige
habilidade, precisão e sensibilidade, porém pouco
menor que a anterior:
▪ dar nó em cadarço, enfiar linha na agulha;
 Médio:
▪ entre o manejo fino e grosseiro, geralmente associado a uma
ação que exige habilidade, força, precisão, treinamento e
experiência:
▪ rosquear parafuso, dirigir;
 Grosseiro:
▪ Manejo geralmente associado a uma ação que exige certa
habilidade, um pouco mais de força, certa precisão, baixo
treinamento e experiência:
▪ bater prego, serrar tábua;
 Muito grosseiro:
▪ Manejo geralmente associado a uma ação que exige certa
habilidade, muita força, precisão, treinamento e experiência:
▪ trabalho com britadeira.
OBSERVAÇÃO:
 A atribuição da qualificação pode variar
dependendo de cada tipo de produto e/ou da
situação de uso ou de trabalho.
 Muitas vezes vários desses níveis são exercitados
em uma mesma tarefa ou trabalho

Atributos dos Manejos e controles
 Baixíssimo:
▪ Significa que a exigência da ação de manejo e controle é muito
pequena
 Baixo:
▪ Significa que a exigência da ação de manejo e controle é pequena
 Médio:
▪ Significa que a exigência da ação de manejo e controle é intermediária
 Alto:
▪ Significa que a exigência da ação de manejo e controle é um pouco
maior
 Altíssimo:
▪ Significa que a exigência da ação de manejo e controle é muito maior

Características dos usuários
 Fatores que influenciam decisivamente a interface do usuário com o
objeto e que precisam ser levantados em consideração para o melhor
projeto possível do objetos
 Raças: diferenças dimensionais significativas, entre brancos, negros e
amarelos e suas misturas. Desse modo, no projeto de objeto tem de
se levar em conta os estudos relativos às diversas faixas dos percentis
ergonômicos
 Biótipo: sofre influência determinada por etnia, sexo, hábitos
alimentares;
▪ endomorfos: que possuem formas arredondadas e macias, braços curtos e
flácidos, muita gordura;
▪ mesomorfos: são do tipo musculoso, formas angulosas, ombros e peitos largos,
pouca gordura;
▪ ectomorfos: que possuem corpo e membros longos e finos, mínimo de gordura;
▪ mescla dos três biótipos: que na verdade constituem a maioria dos indivíduos;
 Sexo: fator importante em termos de proporcionalidade,
o homem possui mais força em relação a mulher, por isso
os produtos ou dispositivos que exigem força, deve-se
dimensioná-los adequadamente às mulheres;
 Faixa etária: a idade influencia as ações, as percepções e
os diversos atributos de força, habilidade, sensibilidade,
precisão, treinamento, experiência etc, no sentido de pior
ou melhor desempenho e eficácia operacional na
utilização do produto;
 Instrução: o grau de instrução do usuário influencia sua
menor ou maior capacidade intelectual, cognitiva,
psicológica, emocional etc., para lidar com o uso
adequado dos produtos.

Conceitos projetuais – elementos físicos de manejo
 Para a concepção e projeto dos elementos operacionais de
manejo, existentes em boa parte dos produtos, é necessário
que o designer atente para uma série de conceitos e parâmetros
projetuais importante a serem observados.
 configuração física do elemento de manejo:
▪ os dispositivos de manejo podem ser configurados fisicamente por
meio de formatos geométricos, orgânicos ou da mistura dos dois;
 características superficiais dos elementos de manejo:
▪ podem possuir, ou não, texturas em seu todo ou em partes, geralmente
elementos orgânicos e texturizados proporcionam maior conforto e
segurança de pega e de manuseio;
 postura corporal:
▪ diz respeito às partes do corpo utilizadas para o manuseio ou a
operacionalidade do produto.
Ato de pegar ou movimentar. Puxar, empurrar, girar,
esfregar.
 Pôr em funcionamento, manter e cessar.
 Problemas Ergonômicos:

 dizem respeito aos aspectos inadequados de pega,
empunhadura e manipulação de elementos como alças,
cabos, encaixes, etc. além de botões, teclas, pedais.
 Encontram-se ligados a características de adequação
anatômica, em termos de configuração física desses
elementos, bem como à resistência de força oferecida
para a sua movimentação
 No que diz respeito aos estereótipos populares, aos
códigos ou sinais normatizados e padronizados pelo uso.


Aspecto desejável em qualquer objeto, para
efeito de proteção ao usuário, por razões de
higiene, saúde e até segurança;
Problemas Ergonômicos
 acúmulo ou aderência de sujeira em frestas,
juntas, reentrâncias, texturas, superfícies, que
causam transferência para o usuário no contato
por uso ou que possam interferir no
funcionamento eficaz do objeto.
Define-se como a execução de serviços de reparo de
qualquer natureza eventualmente para consertar algo.
 É condição desejável que o projeto seja pensado, a priori,
tendo em conta possíveis facilidades operacionais para a
realização deste serviço, sobretudo, com relação às
tarefas de desmontagem, acesso e montagem dos
componentes do conjunto do objeto
 Problemas Ergonômicos

 dificuldades para realizar a manutenção por problemas de
manuseio, manipulação, desmontagem, acesso às partes do
objeto, posterior fixação e montagem do conjunto do objeto.


Define-se como a melhor organização
espacial possível dos elementos que fazem
parte ou constituem um ambiente ou
determinado objeto em relação aos aspectos
de uso, operacionais e perceptivos.
Refere-se a busca da melhor distribuição
relativa dos componentes num determinado
objeto ou ambiente, de modo coerente,
harmonizado e equilibrado, funcional e
visual.

Um arranjo ideal está relacionado:
 Natureza dos elementos:
▪ importância de uso
▪ freqüência
▪ agrupamento funcional
 Interação entre os elementos:
▪ Sequência de uso
▪ Intensidade de fluxo e ligações preferenciais
▪ Percurso e circulação (em ambiente)

Problemas Ergonômicos
 Diz respeito, essencialmente, à não obediência aos critérios
citados acima. Ou seja a má distribuição espacial dos elementos
componentes do produto – bi ou tridimensionais – o que pode
acarretar problemas de uso, operacionalidade e de percepção..
 A visão é o sentido relacionado à percepção de formas e cores. Dentre
os diverso aspectos que influenciam a visualização de objetos,
destacamos:
 Acuidade: a capacidade visual para discriminar pequenos detalhes. A
acuidade depende de muitos aspectos, sendo dois mais importantes a
iluminação e o tempo de exposição
▪ Problema ergonômico: diz respeito à dificuldade encontrada para proceder à
leitura de informações ou discriminar detalhes formais diminutos ou mal
dimensionados, fraco contraste entre figura e fundo e ambientes com
iluminação inadequada
 Legibilidade: é um modo de percepção ligada à recepção de uma
informação e o seu reconhecimento, pela comparação armazenada na
memória
▪ Problema ergonomico: diz respeito à dificuldade ou à não compreensão e
decodificação de informação em termos de dimensionamento, contraste
figura-fundo, cores, diagramação e organização visual
 Os sinais auditivos são utilizados quando existem
situações nas quais é exigido muito da capacidade
visual. Nesses casos, sinais auditivos
complementam, reforçam ou substituem os sinais
visuais
▪ Problema ergonômico: diz respeito à correta
especificação dos pré-requisitos do tipo do sinal, em
termos de informação qualitativa e quantitativa,
distinção entre sinais simples e complexos e outros
relativos à discriminação e acuidade auditiva por parte
do ouvinte-usuário
 Os dispositivos para transmissão de informações por
contato são ainda pouco utilizados e pouco
pesquisados; porém, estão cada vez mais sendo
pensados como alternativa, em casos especiais, para
substituir ou auxiliar os dispositivos visuais e auditivos
quando estes apresentarem relativa saturação
 Em termos ergonômicos, o fator tátil restringe-se
apenas a determinados objetos com os quais o
usuário estabelece ou mantém uma interface
operacional, que pode ser de uso, de manutenção, de
limpeza etc.
 O sentido pelo qual se percebem os movimentos
musculares, ou seja, o conhecimento ou movimento
de partes do corpo, como braços, pernas, mãos, pés,
dedos etc.
 O senso cinestésico fornece informações sobre esse
movimento sem exigir um acompanhamento visual
 Para efeito da ergonomia, o senso cinestésico é
particularmente importante no que se refere à
realização de uma determinada tarefa de trabalho ou
função de uso de um objeto sem acompanhamento
ou controle visual
 Vibração é um tremor, balanço, uma oscilação ou
uma trepidação. As variações se caracterizam por ter
forma de onda correspondente a um movimento
harmônico simples ou complexo. Elas se transmitem
por meio de partes do corpo que estão em contato
com a fonte-objeto
▪ Problema ergonômico: diz respeito a objetos que apresentam
condições de vibração excessiva e que podem causar
sensações de desconforto físico ao usuário, como enjôos,
entorpecimento, prejuízos ao sistema auditivo ou dores.
 Por outro lado, é um conceito que pode ter uma
utilização importante como meio de informação
Download

Requisitos de Projeto