i
Direcção de Serviços de Educação Especial e do Apoio Sócio-Educativo
Título
Caracterização dos estabelecimentos de educação especial
Um Estudo Aprofundado
Coordenação
Filomena Pereira
Equipa de Trabalho
Graça Breia
Graça Franco
Lurdes André
Manuela Micaelo
Colaboradores
Conceição Santos
Filomena Rosa
Graça Abreu
Israel Antunes
Jorge Barbosa
Concepção da base de dados
Jorge Gonçalves
Dezembro de 2004
ii
ÍNDICE
1. Introdução ............................................................................................................... 5
2. Metodologia............................................................................................................. 7
3. Caracterização dos estabelecimentos de educação especial ................................ 9
3.1. População atendida ........................................................................................ 10
3.2. Recursos humanos ......................................................................................... 11
3.3. Recursos Físicos ............................................................................................ 17
3.3.1. Espaços.................................................................................................... 17
3.3.2. Adaptações / Acessibilidades................................................................... 18
3.3.3.Transportes ............................................................................................... 18
3.3.4. Alimentação.............................................................................................. 18
3.4. Funcionamento Pedagógico ........................................................................... 19
3.4.1. Organização dos grupos turma ................................................................ 19
3.4.2. Currículo ................................................................................................... 21
3.4.3.Projecto Educativo..................................................................................... 22
3.4.4. Organização da intervenção educativa .................................................... 30
3.4.5. Trabalho com as famílias ......................................................................... 34
3.4.6. Formação ................................................................................................. 36
4. Conclusões e Recomendações ............................................................................ 42
Anexos ..................................................................................................................... 50
1
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 - Número de Estabelecimentos de Educação Especial por Direcção
Regional de Educação ............................................................................................................ 9
Quadro 2 - Número de alunos que frequentam os estabelecimentos de educação
especial ..................................................................................................................................... 10
Quadro 3 - Distribuição dos recursos humanos por tipo de instituição .......................... 11
Quadro 4 - Distribuição dos docentes por tipo de instituição (valores absolutos)....... 12
Quadro 5 - Caracterização dos recursos humanos: docentes das CERCI.................... 13
Quadro 6 - Caracterização dos recursos humanos: docentes das IPSS ........................ 14
Quadro 7 - Caracterização dos recursos humanos: docentes dos Colégios ............... 15
Quadro 8 - Caracterização dos recursos humanos: outros profissionais........................ 16
Quadro 9 - Adequação dos espaços à população atendida ....................................... 17
Quadro 10 - Adaptações físicas tendo em conta o funcionamento dos alunos ........ 18
Quadro 11 - Critérios utilizados na organização dos grupos/turma ............................... 19
Quadro 12 - Número dos grupos/turma de acordo com os critérios assinalados ...... 20
Quadro 13 - Tipos de currículos adoptados pelos estabelecimentos ............................ 21
Quadro 14 - Profissionais que participam na elaboração do Projecto Educativo ...... 23
Quadro 15 – Finalidades do Projecto Educativo................................................................ 25
Quadro 16 - Formas de avaliação dos Projectos Educativos .......................................... 28
Quadro 17 - Habilitação académica do coordenador/ director pedagógico .......... 30
Quadro 18 - Frequência com que reúne a equipa técnica............................................ 31
Quadro 19 - Temas abordados nas reuniões pedagógicas ............................................ 31
Quadro 20 - Elaboração de registos das reuniões pedagógicas ................................... 32
Quadro 21 - Intervenção educativa como objecto de avaliação................................ 32
Quadro 22 - Avaliação da intervenção educativa .......................................................... 33
Quadro 23 - Aspectos em que incide o trabalho desenvolvido com as famílias ........ 35
Quadro 24 - Plano de formação para os profissionais...................................................... 36
Quadro 25 - Áreas de conteúdo contempladas nos planos de formação nas CERCI
.................................................................................................................................................... 37
Quadro 26 - Áreas de conteúdo contempladas nos planos de formação nas IPSS... 38
Quadro 27 - Áreas de conteúdo contempladas nos planos de formação nos
Colégios .................................................................................................................................... 38
Quadro 28 - Áreas de conteúdo manifestadas pelos profissionais como necessidade
de formação nas CERCI......................................................................................................... 39
Quadro 29 - Áreas de conteúdo manifestadas pelos profissionais como necessidade
de formação nas IPSS ............................................................................................................. 39
Quadro 30 - Áreas de conteúdo manifestadas pelos profissionais como necessidade
de formação nos Colégios .................................................................................................... 40
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Distribuição dos alunos que frequentam os estabelecimentos de educação
especial, por ciclo de ensino................................................................................................. 10
Figura 2 - Distribuição dos docentes por tipo de instituição (valores percentuais) ..... 12
2
AGRADECIMENTOS
O
nosso
agradecimento
aos
Directores
Pedagógicos
dos
Estabelecimentos de Educação Especial, pelo preenchimento da
Ficha de Caracterização a que este trabalho se reporta.
3
1.
4
1. Introdução
No Planeamento Anual de Actividades, aprovado por SE o SEAE em
Despacho
de
03.05.20,
que
tem
como
finalidade
regular
o
funcionamento dos estabelecimentos de educação especial, foi
definido um conjunto de acções que visam caracterizar os referidos
estabelecimentos, no sentido de se definirem orientações estratégicas,
bem como perspectivar um processo de operacionalização e
monitorização das mesmas.
O presente relatório, incluído no Planeamento Anual, reporta-se à
caracterização
dos
estabelecimentos
de
educação
especial
realizada com base no tratamento dos dados relativos a ficha Modelo
A (ver anexo).
Este documento encontra-se organizado em três partes. Na primeira é
descrita, de forma sucinta, a metodologia usada na recolha e
tratamento dos dados. Na segunda são apresentados e analisados os
dados
referentes
à
caracterização
dos
estabelecimentos
de
educação especial e, por último, apresentam-se as conclusões.
5
2.
6
2. Metodologia
Para a recolha de dados foi elaborada, pela DSEEASE/DGIDC, uma
ficha de caracterização dos estabelecimentos de educação especial
(Modelo
A),
constituída
por
um
conjunto
de
questões
que
contemplam os seguintes aspectos: (i) caracterização da população
atendida; (ii) caracterização dos recursos humanos e físicos e (iii)
caracterização do funcionamento pedagógico.
Esta ficha, composta por questões fechadas e abertas, foi submetida
a um pré-teste antes de ser distribuída pelas Direcções Regionais de
Educação a todos os estabelecimentos de educação especial.
Depois de recolhidos pelas Direcções Regionais, os dados foram
informatizados e tratados pela DSEEASE/DGIDC através de estatística
descritiva ou de análise de conteúdo, conforme a natureza dos
mesmos.
7
3.
8
3. Caracterização dos estabelecimentos de educação
especial
Do total de fichas enviadas (Modelo A), relativas à caracterização dos
estabelecimentos de educação especial, foram devolvidas 118 (ver
listagem em anexo)*.
Quadro 1 - Número de Estabelecimentos de Educação Especial por Direcção Regional
de Educação
DREN
DREC
DREL
DREA
DREALG
TOTAL
CERCI
8
8
16
7
1
40
IPSS
16
11
22
7
3
59
COLÉGIOS
3
0
15
0
1
19
TOTAL
27
19
53
14
5
118
Conforme se pode observar no Quadro 1, dos 118 estabelecimentos
de educação especial, 40 são CERCI, 59 são IPSS e 19 são
estabelecimentos particulares de educação especial designados por
Colégios.
Deste conjunto de estabelecimentos 27 pertencem à Direcção
Regional de Educação do Norte, 19 à Direcção Regional de
Educação do Centro, 53 à Direcção Regional de Educação de
Lisboa, 14 à Direcção Regional de Educação do Alentejo e 5 à
Direcção Regional de Educação do Algarve.
Será de referir que nas Direcções Regionais do Centro e do Alentejo
não existem estabelecimentos particulares de educação especial
(Colégios).
*
Não respondentes: 1 CERCI; 3 IPSS e 2 Colégios
9
3.1. População atendida
De acordo com os dados recolhidos, o número total de alunos que
frequentam estes estabelecimentos é de quatro mil.
Quadro 2 - Número de alunos que frequentam os estabelecimentos de educação
especial
Idades dos alunos
Tipo de
estabelecimentos
> 10 a ≤ 15 anos
6 a ≤ 10 anos
> 15 anos
TOTAL
n
%
n
%
N
%
CERCI
115
12%
516
53%
314
35%
972
IPSS
276
18%
788
50%
497
32%
1561
Colégios
197
13%
740
51%
530
36%
1467
TOTAL
588
2044
1368
4000
Quanto à idade, como se pode observar no Quadro 2, em todos os
estabelecimentos de educação especial o maior número de alunos
encontra-se na faixa etária compreendida entre os 10 e os 15 anos
(n=2044). Existe ainda um elevado número de alunos com idade
superior a 15 anos (n=1368) que frequentam estes estabelecimentos. A
faixa etária compreendida entre os 6 e 10 anos apresenta uma
frequência bastante inferior (n=588).
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
1265
1124
732
96 69
1º Ciclo
CERCI
162
19
2º Ciclo
IP SS
36
96
3º Ciclo
COLÉGIOS
Figura 1 - Distribuição dos alunos que frequentam os estabelecimentos de educação especial,
por ciclo de ensino
10
Relativamente aos ciclos de ensino, podemos observar na Figura 1,
que a maioria dos alunos frequentam o 1º Ciclo (1265 alunos – IPSS,
1124 alunos – Colégios, 732 alunos – CERCI), existindo um grande
decréscimo no número de alunos à medida que os ciclos vão
avançando.
3.2. Recursos humanos
No que se refere aos recursos humanos procurou-se, em primeiro lugar,
perceber que profissionais integram as equipas de trabalho destes
estabelecimentos de educação especial.
Quadro 3 - Distribuição dos recursos humanos por tipo de instituição
Recursos Humanos
CERCI
IPSS
Colégios
N
%
n
%
n
%
Docentes
196
35%
329
33%
182
34%
Psicólogo
42
8%
57
5%
26
5%
Terapeuta Ocupacional
29
5%
35
3%
14
3%
Terapeuta da Fala
24
4%
32
3%
27
5%
Fisioterapeuta
14
3%
26
2%
8
2%
Técnico de Ed. Esp. e Reab.
6
1%
19
2%
20
4%
Técnico de Mobilidade
0
0%
2
0%
2
0%
Técnico Serviço Social
18
3%
39
4%
3
1%
Auxiliar Pedagógico
133
24%
223
21%
66
13%
Vigilante
41
7%
60
6%
82
16%
Outros
57
10%
222
21%
91
17%
Conforme se pode observar no Quadro 3, os profissionais com maior
peso percentual nas CERCI e IPSS dizem respeito aos docentes e
auxiliares pedagógicos e, nos Colégios, aos docentes e vigilantes.
11
60%
50%
50%
46%
42%
40%
44%
CERCI
30%
30%
20%
COL
27%
IPSS
18%
9%
12%
10%
8%
10%
4%
0%
Ed. Infância
Prof. 1ºCEB
Prof. 2ºCEB
Prof. 3ºCEB/Sec
Figura 2 - Distribuição dos docentes por tipo de instituição (valores percentuais)
No que se refere aos docentes verifica-se que, independentemente
do tipo de estabelecimento de educação especial, a maior faixa
corresponde a docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico (Figura 2).
Quanto aos restantes docentes, as CERCI e IPSS apresentam um
padrão idêntico, com maior número de educadores de infância,
seguindo-se os professores do 2º Ciclo do Ensino Básico e, finalmente,
os do 3º Ciclo do Ensino Básico.
Quadro 4 - Distribuição dos docentes por tipo de instituição (valores absolutos)
Ed. Infância
Prof. 1ºCEB
Prof. 2ºCEB
Prof. 3ºCEB/Sec
CERCI
82
87
19
8
IPSS
100
164
39
26
COLÉGIOS
32
83
50
17
Conforme se pode observar no Quadro 4, nos Colégios verifica-se um
predomínio de docentes do 2º Ciclo do Ensino Básico, relativamente
aos educadores de infância.
Vejamos agora a caracterização dos docentes, quanto à sua
situação profissional.
12
Quadro 5 - Caracterização dos recursos humanos: docentes das CERCI
Anos de Serviço
Docente
n=
196
Educ.
Infânc.
Prof.
1ºCEB
Prof.
2ºCEB
Anos de Serviço
Estabelecimento de
E. Especial
Prestação de serviço
valência educativa
(horas / semana)
Situação
Profissional
Formação
espec.
E. Esp.
≤5
>5
≤10
>10
≤5
>5
≤10
>10
≤ 10
>10
≤20
> 20
Destac.
Outra
0
14
68
45
15
22
14
52
16
77
5
17
(0%)
(17%)
(83%)
(55%)
(18%)
(27%)
(17%)
(63%)
(20%)
(94%)
(6%)
(21%)
2
8
77
19
8
60
20
40
27
68
19
19
(2%)
(10%)
(88%)
(22%)
(9%)
(69%)
(23%)
(46%)
(31%)
(78%)
(22%)
(22%)
0
1
18
2
1
16
0
19
0
19
0
10
(0%)
(5%)
(95%)
(11%)
(5%)
(84%)
(0%)
(100%)
(0%)
(100%)
(0%)
(53%)
0
1
7
2
0
6
6
2
0
2
6
2
(0%)
(13%)
(87%)
(25%)
(0%)
(75%)
(75%)
(25%)
(0%)
(25%)
(75%)
(25%)
2
24
170
68
24
104
40
113
43
166
30
48
82
87
19
Prof.
3ºCEB/Sec.
8
Total
196
No que se refere à caracterização dos docentes que exercem
funções nas CERCI, a maioria (n=170), independentemente do grau
de ensino, tem mais de 10 anos de serviço docente, sendo
negligenciável a percentagem de docentes com menos de 5 anos de
serviço docente (Quadro 5).
Em termos gerais a maioria desses docentes tem também mais de 10
anos
de
serviço
educadores
de
na
instituição
infância
que,
(n=104),
com
maioritariamente,
excepção
trabalham
dos
na
instituição há menos de 5 anos.
No que diz respeito ao número de horas semanais prestadas, verificase que os professores do 3º Ciclo do Ensino Básico, relativamente aos
professores dos restantes níveis de ensino, apresentam uma carga
horária bastante mais reduzida.
Em termos de situação profissional, este grupo volta a diferenciar-se
dos restantes, sendo bastante reduzido o número de docentes em
13
regime de destacamento (n=2), situação que caracteriza a maioria
dos docentes dos outros níveis de ensino.
Quanto à formação, as diferenças dizem respeito ao grupo dos
professores do 2º Ciclo do Ensino Básico, no âmbito do qual a maioria
tem formação especializada em educação especial (n=10). Nos
restantes grupos, a percentagem de docentes especializados nesta
área é muito escassa.
Quadro 6 - Caracterização dos recursos humanos: docentes das IPSS
n=
329
Educ.
Infânc.
Prof.
1ºCEB
Anos de Serviço
Docente
Anos de Serviço
Estabelecimento de
E. Especial
≤5
>5
≤10
>10
≤5
>5
≤10
>10
≤ 10
5
8
87
49
22
29
1
(5%)
(8%)
23
22
>10
≤20
> 20
51
48
Situação
Profissional
Formação
espec.
E. Esp.
Destac. Outra
87
13
36
(87%)
(13%)
(36%)
144
20
39
(88%)
(12%)
(24%)
25
14
25
(64%)
(36%)
(64%)
5
21
5
(19%)
(81%)
(19%)
261
68
105
100
(87%) (49%) (22%) (29%)
119
65
28
71
(1%)
2
(51%) (48%)
95
67
164
(14%) (13%) (73%) (40%) (17%) (43%)
Prof.
2ºCEB
Prestação de
serviço valência
educativa
(horas / semana)
8
6
25
12
6
21
(1%)
7
(58%) (41%)
21
11
39
(21%) (15%) (64%) (31%) (15%) (54%) (18%) (54%) (28%)
4
Prof.
3ºCEB/Sec.
26
Total
329
4
18
9
6
11
3
16
7
(15%) (15%) (70%) (35%) (23%) (42%) (12%) (61%) (27%)
40
40
249
135
62
132
13
183
133
Conforme se pode observar no quadro 6, os docentes que exercem
funções nas IPSS, à semelhança do verificado em relação aos
docentes das CERCI, apresentam na sua maioria mais de 10 anos de
serviço (n=249). No que se refere aos anos de serviço na instituição os
valores mais elevados dizem respeito aos intervalos correspondentes a
menos de 5 anos (n=135) e a mais de 10 anos (n=132).
14
Em termos de número de horas semanais prestadas, verifica-se
corresponder a maior carga horária aos educadores de infância e
professores do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Quanto à situação profissional, e à semelhança do verificado nas
CERCI, apenas uma pequena minoria de professores do 3º Ciclo do
Ensino Básico se encontra em regime de destacamento (n=5),
contrariamente ao que acontece com os restantes docentes.
Relativamente à formação, uma vez mais é o grupo dos professores
do 2º Ciclo do Ensino Básico o que detém maior número de docentes
especializados em educação especial (n=25).
Quadro 7 - Caracterização dos recursos humanos: docentes dos Colégios
n=
182
Educ.
Infânc.
Anos de Serviço
Docente
Anos de Serviço
Estabelecimento de
E. Especial
≤5
>5
≤10
>10
≤5
>5
≤10
>10
≤ 10
10
9
13
16
8
8
0
Formação
espec.
E. Esp.
>10
≤20
> 20
Destac.
Outra
8
24
0
32
10
20
11
52
35
16
32
(0%)
(0%)
(100%)
(31%)
9
0
83
19
(0%)
(100%)
(23%)
0
50
35
(0%)
(100%)
(70%)
0
17
2
(0%)
(100%)
(12%)
0
182
66
(25%) (75%)
13
61
83
(24%) (13%) (63%) (42%) (19%) (39%) (11%) (16%) (73%)
Prof.
2ºCEB
Situação
Profissional
32
(31%) (28%) (41%) (50%) (25%) (25%)
Prof.
1ºCEB
Prestação de
serviço valência
educativa
(horas / semana)
17
13
20
24
12
14
30
8
12
50
(34%) (26%) (40%) (48%) (24%) (28%) (60%) (16%) (24%)
5
Prof.
3ºCEB/Sec.
17
Total
182
4
8
5
5
7
6
8
3
(29%) (24%) (47%) (29%) (29%) (42%) (35%) (47%) (18%)
52
37
93
80
41
61
45
37
100
Os docentes que exercem funções nos Colégios, tal como se pode
observar no quadro 7, apresentam um perfil algo diferente daquele
evidenciado pelos das CERCI e IPSS. Com efeito, verifica-se uma maior
heterogeneidade no que se refere ao número de anos de serviço
docente, embora o predomínio se continue a centrar no grupo com
15
mais de 10 anos de serviço (n=93). Quanto aos anos de serviço na
instituição, apenas os professores do 3º Ciclo têm maioritariamente
mais de 10 anos de serviço na instituição (n=7), enquanto que a
maioria dos docentes dos restantes níveis de ensino trabalha na
instituição há menos de 5 anos.
Contudo, as maiores diferenças relativamente às CERCI e IPSS dizem
respeito
à
situação
profissional
dos
docentes.
De
facto,
contrariamente ao verificado nessas instituições, em que grande parte
dos docentes se encontra em situação de destacamento, nos
Colégios esta forma de colocação não se aplica nos termos da lei em
vigor.
No que se refere ao número de horas semanais prestadas, a
distribuição é tendencialmente idêntica à das CERCI e IPSS, com a
maior carga horária pertencente aos educadores de infância e
docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico. Semelhante também às CERCI
e IPSS é a formação dos docentes constituindo o grupo dos docentes
do 2º Ciclo do Ensino Básico aquele que integra maior número de
professores especializados em educação especial (n=35).
Quadro 8 - Caracterização dos recursos humanos: outros profissionais
CERCI
IPSS
Colégios
Psicólogo
Terapeuta Ocupacional
Horas/ semanais de
trabalho
≤10
>10
> 20
≤ 20
7
15
20
2
5
22
Horas/ semanais de
trabalho
≤10
>10
> 20
≤ 20
13
10
34
8
4
23
Horas/ semanais de
trabalho
≤10
>10
> 20
≤ 20
3
4
19
2
4
8
Terapeuta da Fala
4
4
16
5
11
16
2
10
15
Fisioterapeuta
2
4
8
8
7
11
1
2
5
Técnico de Ed. Esp. e Reab.
2
1
3
5
2
12
6
3
11
Técnico de Mobilidade
0
0
0
0
2
0
1
1
0
Técnico Serviço Social
7
7
4
11
13
15
0
2
1
Auxiliar Pedagógico
1
5
127
4
3
216
2
0
64
Vigilante
0
2
39
2
5
53
3
0
79
Outros
15
4
38
28
55
139
6
5
80
16
Relativamente aos outros profissionais, da observação do Quadro 8 é
possível perceber que os auxiliares e vigilantes constituem os dois
grupos com maior carga horária semanal, qualquer que seja o tipo de
estabelecimento de educação especial a que pertencem, seguindose os docentes, terapeutas ocupacionais e terapeutas da fala.
3.3. Recursos Físicos
3.3.1. Espaços
No sentido de se perceber se estes estabelecimentos consideram que
têm espaços adequados à população que atendem, o questionário
ao qual responderam apresentava um item relativo a este aspecto.
No Quadro seguinte podemos observar os resultados.
Quadro 9 - Adequação dos espaços à população atendida
Tem espaços adequados
Tem alguns espaços
adequados
Não tem espaços
adequados
n
%
n
%
n
%
CERCI
24
60%
15
37,5%
1
2,5%
IPSS
42
71%
15
25,5%
2
3,5%
Colégios
14
74%
5
26%
0
0%
Conforme
se
pode
observar
no
Quadro
9,
a
maioria
dos
estabelecimentos considera que tem espaços adequados (24 CERCI,
42 IPSS, e 14 Colégios). Se nos reportarmos aos valores percentuais
verificamos que 60% das CERCI, 71% das IPSS e 74% dos Colégios
consideram que as suas instalações se adequam à população que
atendem.
17
3.3.2. Adaptações / Acessibilidades
Outro aspecto que se procurou perceber relativamente aos espaços
destes estabelecimentos prendia-se com a necessidade, ou não, de
adaptações tendo em conta o funcionamento dos seus alunos.
Quadro 10 - Adaptações físicas tendo em conta o funcionamento dos alunos
CERCI
35
Não realizaram
adaptações
5
IPSS
39
20
Colégios
14
5
Realizaram adaptações
Conforme
se
pode
observar
no
Quadro
10
muitos
dos
estabelecimentos realizaram obras de adaptação (35 CERCI, 39 IPSS, e
14 Colégios) para responderem às necessidades dos alunos.
3.3.3.Transportes
Relativamente à disponibilização de transporte aos alunos destes
estabelecimentos, a maioria refere que providencia transporte aos
que dele necessitam (37 CERCI, 53 IPSS e 17 Colégios) e que estes são
adaptados às características dos alunos (34 CERCI, 50 IPSS e 16
Colégios).
3.3.4. Alimentação
No que
diz
respeito
à
alimentação,
a
grande
maioria
dos
estabelecimentos serve as principais refeições diárias aos seus alunos,
durante o tempo que estes se encontram na instituição. Alguns ainda,
disponibilizam jantar quando necessário.
18
3.4. Funcionamento Pedagógico
3.4.1. Organização dos grupos turma
Ao nível do funcionamento pedagógico o primeiro aspecto a
considerar na ficha de caracterização do estabelecimento de
educação especial prende-se com a organização dos grupos/turma,
nomeadamente, com os critérios utilizados na formação dos mesmos
e com o número de grupos/turma existentes nos estabelecimentos de
educação especial, de acordo com cada um dos referidos critérios.
Quadro 11 - Critérios utilizados na organização dos grupos/turma
Frequência das respostas
Critérios
CERCI
IPSS
Colégios
Ciclo de ensino
3
8
15
Idade cronológica
16
20
16
Nível de desenvolvimento
36
51
18
Outros
13
11
4
Como se pode observar no Quadro 11, o critério assinalado um maior
número de vezes pelos diferentes tipos de estabelecimentos de
educação especial para a formação dos grupos/turma é o que diz
respeito ao nível de desenvolvimento (36 respostas no caso das CERCI,
51 respostas no caso das IPSS e 18 respostas no caso dos Colégios),
seguindo-se o que diz respeito à idade cronológica (16 respostas para
as CERCI, 20 respostas para as IPSS e 16 respostas para os Colégios).
O campo assinalado com outros surge em terceiro lugar, no caso das
CERCI e IPSS (13 respostas para as CERCI e 11 respostas para as IPSS).
Na especificação deste campo foram referenciados, entre outros, os
seguintes critérios: tipos de deficiências; características, nível de
19
autonomia e interesses dos alunos; nível de competências funcionais e
perturbações comportamentais.
Relativamente ao critério ciclo de ensino foram os Colégios que o
referenciaram um maior número de vezes (15 respostas) o que pode
estar
relacionado
com
a
estrutura
de
funcionamento
e
as
características da população alvo deste tipo de estabelecimento, as
quais poderão permitir um trabalho mais próximo do desenvolvido no
ensino regular.
Quadro 12 - Número dos grupos/turma de acordo com os critérios assinalados
Critérios
Por ciclo de ensino
Por idade cronológica
Por nível de desenvolvimento
Outros
CERCI
26
114
48
170
Frequência das respostas
IPSS
Colégios
62
31
191
39
50
37
303
142
No que diz respeito ao número de grupos/turma organizados de
acordo com os critérios assinalados, e conforme se pode observar no
Quadro 12, verificamos que todos os tipos de estabelecimentos de
educação especial referenciam um maior número de turmas no
campo assinalado com outros (170 respostas no caso das CERCI, 303
respostas no caso das IPSS e 142 respostas no caso dos Colégios),
seguindo-se o critério relativo à idade cronológica (114 respostas no
caso das CERCI, 191 respostas no caso das IPSS e 39 respostas no caso
dos Colégios).
O facto do maior número de turmas recair no campo assinalado com
outros poderá justificar-se pela dificuldade em inserir e/ou conciliar os
critérios utilizados pelos estabelecimentos de educação especial na
organização das turmas, nos critérios previamente explicitados na
ficha
de
caracterização
dos
estabelecimentos
de
educação
especial.
20
3.4.2. Currículo
Relativamente ao tipo de currículo adoptado pelos estabelecimentos,
foram colocados na ficha de caracterização dos estabelecimentos
de educação especial, as seguintes hipóteses: currículo regular com
adaptações; currículo específico/modelo desenvolvimental e currículo
específico / modelo funcional.
Quadro 13 - Tipos de currículos adoptados pelos estabelecimentos
Tipos de currículos
Currículo regular com adaptações
Frequência das respostas
CERCI
IPSS
Colégios
4
10
15
Modelo desenvolvimental
26
39
16
Modelo Funcional
39
49
19
Currículo
Específico
Conforme se pode observar no Quadro 13, o maior número de
respostas dos diferentes tipos de estabelecimentos de educação
especial recai no currículo específico / modelo funcional (39 respostas
no caso das CERCI, 49 respostas no caso das IPSS e 19 respostas no
caso dos Colégios), seguindo-se as respostas no currículo específico /
modelo desenvolvimental (26 respostas no caso das CERCI, 39
respostas no caso das IPSS e 16 respostas no caso dos Colégios).
O currículo regular com adaptações é referido um menor número de
vezes pelos diferentes tipos de estabelecimentos de educação
especial (4 respostas no caso das CERCI, 10 respostas no caso das IPSS
e 15 respostas no caso dos Colégios), número que se aproxima
bastante (no caso das CERCI e das IPSS) e coincide (no caso dos
Colégios) com o número de respostas assinaladas relativamente ao
21
critério ciclo de ensino utilizado no âmbito da organização das turmas.
Esta coincidência de resultados poderá indiciar alguma relação entre
a adopção de um currículo regular com adaptações e a organização
de turmas por ciclos de ensino.
A análise dos resultados permite-nos ainda constatar que os diferentes
tipos de estabelecimentos de educação especial adoptam diferentes
tipos de currículos e/ou sobrepõem-nos ao nível da sua sinalização,
uma vez que a frequência total de respostas por cada tipo de
estabelecimento ultrapassa de modo significativo o número total dos
mesmos.
3.4.3.Projecto Educativo
As questões relativas ao Projecto Educativo (PE) dos estabelecimentos
de
educação
especial
centram-se
nos
seguintes
aspectos:
profissionais que participam na sua elaboração; finalidades e formas
de avaliação dos mesmos. Tratando-se de questões abertas, todas
elas foram sujeitas a uma análise de conteúdo para se encontrarem
as respectivas categorias e sub-categorias tendo-se efectuado, para
estas últimas, o número relativo à frequência das respostas (total de
indicadores) com elas relacionadas.
22
Quadro 14 - Profissionais que participam na elaboração do Projecto Educativo
Categorias
Docentes
Outros
Técnicos
Órgãos de
gestão
Outros
Total de Indicadores
CERCI
IPSS
Colégios
Sub-categorias
Docentes do 1º e 2º CEB
Educadores de infância
Docentes de Educação Especial
Psicólogos
Terapeutas
Auxiliares de Acção Educativa
Técnicos de Serviço Social
Auxiliares Pedagógicos de E.E.
Técnicos de E. E. e Reabilitação
Monitores
Outros
Coordenador Pedagógico
Direcção Pedagógica
Conselho Pedagógico
Direcção Executiva
Toda a Equipa Técnica/Pedagógica
Pais/encarregados de educação
Alunos
20
12
3
23
14
9
6
3
1
1
5
3
3
1
9
2
1
40
20
1
34
22
14
23
4
6
9
5
9
3
15
9
-
7
1
1
6
5
1
1
1
2
1
3
10
2
-
No que diz respeito aos profissionais que participam na elaboração do
PE, e tal como podemos verificar no Quadro 14, foram encontradas as
seguintes categorias: docentes; outros técnicos; órgãos de gestão e
outros.
Na categoria dos docentes, tanto nas CERCI como nas IPSS e
Colégios, a maior frequência de respostas incide nos docentes do 1º e
2º CEB, seguindo-se os educadores de infância e, finalmente, os
docentes de educação especial. Relativamente a estes últimos, a
frequência
de
respostas
em
qualquer
um
dos
tipos
de
estabelecimento de educação especial, diz respeito a um número
muito reduzido de docentes (3 indicadores no caso das CERCI e 1
indicador no caso das IPSS e Colégios), o que poderá ser interpretado
ou por estes docentes, independentemente de terem ou não
formação especializada, terem sido integrados nos grupos relativos à
sua formação inicial ou por efectivamente existir um número muito
23
reduzido de docentes com formação diferenciada na área da
educação especial.
Quanto aos outros técnicos, em qualquer um dos tipos de
estabelecimentos de educação especial, são os psicólogos (23
indicadores no caso das CERCI, 34 indicadores no caso das IPSS e 6
indicadores no caso dos Colégios) que são referenciados um maior
número de vezes, seguindo-se a estes os técnicos de serviço social no
caso das IPSS (23 indicadores) e os terapeutas no caso das CERCI (14
indicadores) e Colégios (5 indicadores).
Os auxiliares de acção educativa são referidos 14 vezes nas IPSS e 9
vezes nas CERCI o que nos parece de salientar dado tratar-se de
técnicos que não obstante não possuírem, à partida, formação
especializada na área da educação especial poderão ter um papel
relevante no trabalho a desenvolver junto de crianças e jovens com
NEE. No entanto, salienta-se o facto de nas CERCI terem sido feitas 3
referências a auxiliares pedagógicos de E.E. o que pode indiciar a
existência de algum tipo de experiência/formação específica na área
de educação especial.
No campo assinalado com outros foram incluídas as referências feitas
uma única vez, entre outros, aos seguintes profissionais: animadores,
vigilantes, médicos, psicopedagogo, educador social e técnico de
inclusão social.
Os órgãos de gestão são referenciados em todos os tipos de
estabelecimentos de educação especial embora em número não
muito significativo o que nos causa alguma estranheza pelo facto do
PE nos remeter para tomadas de decisão que passam inevitavelmente
por estes órgãos. No entanto, na categoria de outros foram incluídas
as referências feitas a toda a equipa técnica, na qual poderão estar
24
incluídos elementos dos órgãos de gestão o que iria colmatar, de
certa forma, a lacuna atrás referenciada. Nesta última categoria
(outros)
foram
também
incluídas
as
referências
feitas
aos
pais/encarregados de educação o que no caso das IPSS atinge um
número significativo (9 indicadores). É de salientar ainda uma única
referência feita à participação dos alunos no caso das CERCI.
No que diz respeito à questão relativa às finalidades do projecto
educativo e tal como se pode observar no Quadro 15, foram
encontradas, para os diferentes tipos de estabelecimentos de
educação especial, as seguintes categorias: finalidades centradas no
desenvolvimento dos alunos e finalidades centradas na organização e
gestão das práticas educativas.
Quadro 15 – Finalidades do Projecto Educativo
Categorias
Sub-categorias
Desenvolver competências pessoais e sociais com vista a
uma melhor integração/inclusão escolar e social
Desenvolver a autonomia
Desenvolver competências de cidadania
Proporcionar bem-estar e uma melhor Qualidade de Vida
Desenvolver competências laborais
Desenvolver hábitos de higiene e saúde
Desenvolver projectos de vida adequados às características
individuais
Promover dinâmicas e parcerias de colaboração com a
comunidade
Definir estratégias de avaliação e intervenção
Apoiar / envolver a família no processo educativo dos
Finalidades alunos
centradas na
Promover uma educação estética/ética/ambiental
organização e
Desenvolver uma intervenção pedagógica de cariz funcional
gestão das
Promover um ensino individualizado centrado nas
práticas
características específicas dos alunos
educativas
Promover o trabalho em equipa
Promover actividades culturais e recreativas,
Desenvolver projectos de transição para a vida activa
Transformação da instituição em centro de recursos
Conhecer novas tecnologias de informação
Promover acções de formação/informação
Finalidades
centradas no
desenvolvimento dos
alunos
Total de indicadores
CERCI
IPSS
Colég.
28
57
12
10
5
4
2
2
13
1
3
9
2
8
1
3
-
1
-
-
9
6
2
9
10
2
6
8
2
4
4
2
2
2
2
9
6
1
1
1
1
1
1
3
2
1
1
1
1
1
-
25
Relativamente à categoria finalidades centradas no desenvolvimento
dos alunos (Quadro15) verifica-se que tanto as CERCI, como as IPSS e
os Colégios, apresentam uma maior frequência de respostas na subcategoria desenvolver competências pessoais e sociais com vista a
uma melhor integração/inclusão escolar e social (28 indicadores no
caso das CERCI, 57 indicadores no caso das IPSS e 12 indicadores no
caso dos Colégios) o que se poderá justificar pelo facto de se tratar
de uma sub-categoria relativa a um dos fins últimos do trabalho
desenvolvido pelas instituições de educação especial.
A sub-categoria desenvolver a autonomia surge logo de seguida (10
indicadores no caso das CERCI, 13 indicadores no caso das IPSS e 8
indicadores no caso dos Colégios) o que poderá ser justificado pelas
características específicas da população alvo destas instituições a
qual, na sua maior parte, apresentará, à partida, um forte índice de
dependência face aos adultos.
No caso das IPSS e Colégios as sub-categorias relacionadas com o
desenvolvimento de competências laborais (respectivamente, 9 e 3
indicadores) surge em terceiro lugar, sendo que no caso das CERCI a
sub-categoria que surge em terceiro lugar prende-se com o
desenvolvimento de competências de cidadania (5 indicadores).
Salienta-se ainda a sub-categoria proporcionar bem-estar e uma
melhor qualidade de vida referida pelas CERCI (4 indicadores) e IPSS
(3 indicadores).
Relativamente à categoria finalidades centradas na organização e
gestão das práticas educativas, verificamos que no caso das CERCI as
sub-categorias referenciadas um maior número de vezes prendem-se
com o promover dinâmicas e parcerias de colaboração com a
comunidade e definir estratégias de avaliação e intervenção (9
indicadores cada), o que o que se poderá relacionar, no caso da
26
primeira sub-categoria citada, com a implementação de projectos de
parceria nos termos das alíneas b) e c) do nº 1º da Portaria 1102/97, os
quais
se
centram,
precisamente,
na
promoção
das
referidas
dinâmicas.
Relativamente a este tipo de estabelecimentos de educação especial
verificamos que aparece ainda com um número de referências
significativo a sub-categoria apoiar/envolver a família no processo
educativo dos alunos (6 indicadores) o que nos parece de realçar
dado a importância dos elementos da família enquanto parceiros no
processo educativo das crianças e jovens.
No caso das IPSS verifica-se que o maior número de indicadores recai
nas sub-categorias definir estratégias de avaliação/intervenção (10
indicadores), promover um ensino individualizado centrado nas
características
específicas
dos
alunos
(9
indicadores)
e
apoiar/envolver a família no processo educativo dos alunos (8
indicadores), ou seja, sub-categorias dirigidas essencialmente aos
alunos e respectivas famílias. A sub-categoria promover dinâmicas de
parcerias de colaboração com a comunidade surge igualmente com
um número de referências significativo (6 indicadores).
Relativamente
aos
Colégios
verifica-se
que
a
sub-categoria
referenciada um maior número de vezes foi promover um ensino
individualizado centrado nas características específicas dos alunos (6
indicadores), tendo as restantes sub-categorias sido referenciadas um
número restrito de vezes.
Parece-nos ainda importante salientar, pela sua relevância em termos
da intervenção pedagógica junto de crianças e jovens com NEE, as
referências
feitas
ao
desenvolvimento
de
uma
intervenção
pedagógica de cariz funcional cuja frequência de respostas foi a
27
seguinte : 4 respostas no caso das CERCI; 2 respostas no caso das IPSS
e 2 respostas no caso dos Colégios.
Relativamente à questão formas de avaliação dos projectos
educativos, foram encontradas as seguintes categorias: modalidades,
indicadores, instrumentos, momentos e intervenientes.
Quadro 16 - Formas de avaliação dos Projectos Educativos
Total de Indicadores
Categorias
Modalidades
Indicadores
Instrumentos
Momentos
Intervenientes
Sub-categorias
Contínua
Formativa
Sumativa
Qualitativa
Do processo e do produto
Retrospectiva e prospectiva
Externa
Impacto na evolução dos alunos
Grau de satisfação dos técnicos
Grau de satisfação das famílias
Grau de satisfação dos utentes
Grelhas de observação
Questionários
Registos de avaliação dos alunos
Relatório anual
Anual
Semestral
Trimestral
Mensal
Quinzenal
Semanal
Equipa técnico-pedagógica
Todos os intervenientes na elaboração do PE
Famílias
Órgãos de gestão
Parceiros da comunidade
CERCI
IPSS
Colégios
11
1
1
1
4
3
2
1
4
3
3
3
11
5
2
1
1
14
15
6
6
1
1
1
2
6
5
3
3
7
10
7
5
2
6
4
1
1
2
1
1
4
2
3
2
2
3
2
-
11
2
3
1
5
2
-
5
1
As modalidades de avaliação contínua, formativa e sumativa, e como
se pode verificar no Quadro 16, foram assinaladas por todos os tipos
de estabelecimentos de educação especial, sendo que, de entre
estas, a avaliação contínua é a que aparece referida um maior
28
número de vezes em todos eles: 11 indicadores no caso das CERCI, 15
indicadores no caso das IPSS e 6 indicadores no caso dos Colégios.
No que diz respeito à categoria denominada indicadores salientamos
o impacto na evolução dos alunos com 4 respostas no caso das CERCI
e 2 respostas no caso das IPSS e dos Colégios bem como o grau de
satisfação das famílias referido 2 vezes pelas CERCI e uma vez pelos
Colégios.
Na categoria relacionada com os instrumentos de avaliação
verificamos que as grelhas de observação são os instrumentos
referidos
um
maior
número
de
vezes
pelas
CERCI
e
IPSS,
respectivamente, com 4 e 6 indicadores. No caso dos Colégios, os
instrumentos referidos um maior número de vezes (4 indicadores)
foram os questionários.
Na categoria relativa aos momentos de avaliação, verifica-se que
todos os tipos de estabelecimentos de educação especial referem
que os projectos são avaliados anualmente:11 respostas no caso das
CERCI, 7 respostas no caso das IPSS e 3 respostas no caso dos
Colégios. A avaliação semestral também é referida por todos os
estabelecimentos de educação especial, sendo que é nas IPSS que
esta periodicidade é referida um maior número de vezes (10
indicadores).
As avaliações semanais são apenas referidas pelas CERCIS e IPSS e um
número de vezes pouco significativo: uma resposta no caso das CERCI
e 2 respostas no caso das IPSS.
Finalmente, no que diz respeito aos intervenientes na avaliação do PE,
verificamos que o maior número de respostas recai, no caso das IPSS e
Colégios, em todos os intervenientes na elaboração do PE com,
respectivamente, 11 e 5 indicadores. As CERCI referem um maior
número de vezes a equipa técnico-pedagógica (14 indicadores),
29
seguindo-se
as
famílias
(5
indicadores).
As
famílias
enquanto
intervenientes na avaliação do PE também são referidas pelas IPSS e
Colégios, embora um número de vezes menos significativo (2 vezes em
ambos os casos). É de salientar ainda a referência feita aos parceiros
da comunidade enquanto intervenientes na avaliação feita uma vez,
quer pelas IPSS quer pelas CERCI.
3.4.4. Organização da intervenção educativa
No sentido de se perceber o funcionamento pedagógico destes
estabelecimentos, o questionário contemplava ainda alguns itens
relativos à organização dessa intervenção.
Quadro 17 - Habilitação académica do coordenador/ director pedagógico
Docentes Psicólogos Terapeutas Outros
CERCI
24 (60%)
12 (30%)
4 (10%)
0 (0%)
IPSS
40 (69%)
14 (24%)
1 (2%)
3 (5%)
1 (6%)
1 (6%)
0 (0%)
Colégios 16 (88%)
Relativamente à habilitação académica do coordenador ou director
pedagógico,
verifica-se
que,
qualquer
que
seja
o
tipo
de
estabelecimento, este cargo se encontra maioritariamente sob a
responsabilidade de docentes, seguindo-se os psicólogos e os
terapeutas (Quadro 17).
30
Quadro 18 - Frequência com que reúne a equipa técnica
Quinzenal
CERCI
19 (47%)
10 (25%)
11 (28%)
0 (0%)
0 (0%)
IPSS
22 (37%)
14 (24%)
22 (37%)
0 (0%)
1 (2%)
4 (21%)
6 (32%)
1 (5%)
1 (5%)
Colégios 7 (37%)
Mensal
Trimestral
Sempre que
Semanal
necessário
Quanto à frequência com que reúne a equipa técnica (Quadro18),
uma vez mais se revela uma enorme uniformidade nas respostas
conferidas pelos três tipos de estabelecimentos. Com efeito, qualquer
que seja o grupo de instituições em análise, verifica-se que as reuniões
assumem privilegiadamente a seguinte ordem decrescente de
periodicidade: semanal, mensal e quinzenal.
Quadro 19 - Temas abordados nas reuniões pedagógicas
Total de indicadores
Categorias
Funcionamento
geral da
instituição
Intervenção
educativa
Sub-categorias
Orgânica interna
Funcionamento pedagógico
Informações diversas
Discussão de casos
Discussões temáticas
Organização e planificação da intervenção
Regulação da acção pedagógica
Avaliação dos alunos
Trabalho com as famílias e a comunidade
CERCI
n
13
16
4
27
7
21
22
2
8
%
11 %
13 %
3%
22 %
6%
18 %
18 %
2%
7%
IPSS
n
11
15
7
29
22
35
24
16
6
%
7%
9%
4%
18 %
13 %
20 %
15 %
10 %
4%
Colégios
n
0
11
1
11
5
8
9
5
3
%
0%
21 %
2%
21 %
9%
15 %
17 %
9%
6%
No que se refere aos temas abordados (Quadro 19) nas reuniões da
equipa
técnica,
incidem
sobretudo
em
questões
relativas
à
intervenção educativa, nomeadamente à discussão de casos, à
organização e planificação da intervenção pedagógica e à
regulação da acção pedagógica, a qual passa pela reflexão
conjunta em torno de aspectos relativos às dificuldades sentidas pelos
técnicos, análise de estratégias e troca de experiências.
31
Para
além
destes
aspectos,
em
relação
aos
colégios,
o
funcionamento pedagógico assume também grande relevo como
temática abordada no âmbito destas reuniões.
Quadro 20 - Elaboração de registos das reuniões pedagógicas
Sim
Não
CERCI
33 (83%)
4 (11%)
IPSS
54 (93%)
4 (7%)
Colégios
19 (100%)
0 (0%)
Da maioria destas reuniões resultam registos escritos, existindo no
entanto uma reduzida percentagem de CERCI e IPSS que em que tal
não sucede (Quadro 20).
Os
estabelecimentos
de
educação
especial
foram
ainda
questionadas sobre se a intervenção educativa constituía, ou não,
objecto de avaliação e de que forma tal era operacionalizado.
Quadro 21 - Intervenção educativa como objecto de avaliação
Sim
Não
CERCI
30 (77%)
9 (23%)
IPSS
54 (93%)
4 (7%)
Colégios 17 (94%)
1 (6%)
Quanto à primeira questão, verificou-se que a quase totalidade dos
estabelecimentos avaliam a intervenção pedagógica desenvolvida,
havendo, todavia, 14 que o não fazem (Quadro 21).
32
Quadro 22 - Avaliação da intervenção educativa
Categorias
Intervenientes
Instrumentos
/procedimentos
Periodicidade
Objecto da
avaliação
Sub-categorias
Equipa técnico-pedagógica
Encarregados de educação
Alunos
Direcção pedagógica
Pessoal auxiliar
Questionamento oral
Registos
Relatórios
Reflexão crítica
Questionários
Grelhas de avaliação
Reuniões
Observação
Formulários próprios
Diária
Semanal
Mensal
Trimestral
Semestral
Anual
Contínua
Pontual
Intervenção da equipa técnicopedagógica
Projecto educativo da instituição
Programas e Planos Educativos
Individuais
Grau
de
satisfação
dos
profissionais
Total de indicadores
CERCI
IPSS
Colégios
n
%
n
%
n
%
12
52%
15
66%
5
83%
6
26%
4
17%
1
17%
2
9%
0
0%
0
0%
3
13%
3
13%
0
0%
0
0%
1
4%
0
0%
6
19%
4
10%
0
0%
4
13%
4
10%
2
15%
1
3%
3
7%
1
8%
4
13%
4
10%
2
15%
1
3%
2
5%
0
0%
1
3%
3
7%
0
0%
14
46%
15
36%
5
39%
0
0%
4
10%
3
23%
0
0%
2
5%
0
0%
1
12%
0
0%
1
20%
1
12%
2
17%
2
40%
1
13%
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
2
40%
1
13%
6
50%
0
0%
0
0%
2
17%
0
0%
3
37%
1
8%
0
0%
1
13%
1
8%
0
0%
3
30%
2
7%
3
23%
4
40%
6
20%
0
0%
3
30%
21
70%
10
77%
0
0%
1
3%
0
0%
No que se refere ao modo com é feita a avaliação, as respostas
conferidas pelos estabelecimentos de educação especial foram
agrupadas
em
quatro
categorias:
intervenientes,
instrumentos/
procedimentos, periodicidade e objecto da avaliação (Quadro 22).
No que diz respeito aos intervenientes importa salientar que, para
além da equipa técnico-pedagógica alguns estabelecimentos, em
especial as CERCI, envolvem os encarregados de educação neste
processo. São também algumas CERCI, ainda que em número
33
reduzido, as únicas instituições que envolvem na avaliação os próprios
alunos.
Quanto aos instrumentos/ procedimentos, as reuniões constituem o
meio privilegiado, pelos três grupos de estabelecimentos em análise,
para avaliação da intervenção educativa. De salientar ainda que em
termos percentuais, no que diz respeito às CERCI, se destaca o
questionamento oral como procedimento usado na avaliação.
Relativamente aos Colégios esta é realizada sobretudo com base em
formulários próprios sendo, nas IPSS, bastante diversificados os
instrumentos usados.
No que se refere aos momentos de avaliação, são essencialmente
semestrais nas IPSS e mensais e trimestrais nos Colégios. As CERCI
referiram-se essencialmente a uma avaliação contínua o que, em
nosso entender, não deverá invalidar a existência de momentos
formais e periódicos. De salientar ainda que 17% das IPSS só realizam
anualmente a avaliação da intervenção e que 13% das CERCI e 8%
das IPSS o fazem apenas pontualmente.
Por último, de referir que a maioria das IPSS e Colégios avaliam a
intervenção educativa com base na avaliação dos programas e
planos educativos individuais, ou seja, tendo como referente os
progressos dos alunos. Já o referente de grande parte das CERCI
consubstancia-se no próprio projecto educativo da instituição,
alargando assim a avaliação a aspectos que vão para além dos
progressos dos alunos.
3.4.5. Trabalho com as famílias
No que diz respeito ao trabalho com as famílias foi efectuada uma
primeira questão para se saber se era ou não desenvolvido um
34
trabalho sistemático com estas por parte dos estabelecimentos de
educação especial. A esta questão apenas dois estabelecimentos de
educação especial (uma CERCI e um Colégio) referiram não
desenvolver um trabalho deste tipo.
Quadro 23 - Aspectos em que incide o trabalho desenvolvido com as famílias
Aspectos em que incide o trabalho
desenvolvido com as famílias
Frequência das respostas
CERCI
IPSS
Colégios
Aconselhamento
36
56
19
Acompanhamento
35
53
16
Informação
40
59
19
Formação
4
14
9
Organização de grupos de pais
5
7
3
Outros
4
8
7
Conforme se pode observar no Quadro 23, o aspecto referenciado
um maior número de vezes pelos diferentes tipos de estabelecimentos
de educação especial, que coincide com a totalidade destes
estabelecimentos, prende-se com a informação (40 respostas no caso
das CERCI, 59 respostas no caso das IPSS e 19 respostas no caso dos
Colégios),
seguindo-se
os
aspectos
relacionados
com
o
aconselhamento (36 respostas no caso das CERCI, 56 respostas no
caso
das
IPSS
e
19
respostas
no
caso
dos
Colégios)
e
o
acompanhamento (35 respostas no caso das CERCI, 53 respostas no
caso das IPSS e 16 respostas no caso dos Colégios).
Os restantes aspectos (formação, organização de grupos de pais e
outros) são também referenciados mas um número de vezes
significativamente menor. Relativamente ao campo assinalado com
outros, de entre as especificações efectuadas, salientamos as
seguintes: visitas domiciliárias; encontros informais; reuniões formais e
resolução de problemas.
35
O facto de os aspectos relacionados com a informação e o
aconselhamento terem sido referenciados um maior número de vezes
poderá significar que as famílias são encaradas maioritariamente
pelos estabelecimentos de educação especial como “utentes” ao
invés de parceiros destes no processo educativo dos alunos.
3.4.6. Formação
Dado que o questionário apresentava um item relativo à existência de
plano de formação para os profissionais que desenvolvem as suas
actividades nestes estabelecimentos, podemos verificar no quadro
seguinte os dados relativos a este item.
Quadro 24 - Plano de formação para os profissionais
Tem plano de formação
Não tem plano de
formação
Não responde
CERCI
19
19
2
IPSS
34
23
2
Colégios
11
8
0
Observando o Quadro 24 podemos verificar que algumas instituições
já desenvolvem planos de formação, o que indicia uma preocupação
nesta área. Relativamente às CERCI, o número destas instituições que
apresentam plano de formação é similar ao número das que ainda
não o desenvolvem (19 respostas). O número de IPSS (34 respostas)
que têm plano de formação é superior ao número de instituições
deste tipo que ainda não o delinearam (23 respostas). Os Colégios na
sua maioria referem ter plano de formação (11 respostas).
Ainda no âmbito da formação, foi solicitado que destacassem três
áreas de formação contempladas nesse plano. Dado tratar-se de
respostas abertas, foi efectuada uma análise de conteúdo das
36
mesmas, de onde emergiram algumas categorias, para as quais foram
definidos os respectivos indicadores e sua quantificação.
Quadro 25 - Áreas de conteúdo contempladas nos planos de formação nas CERCI
Categorias
Total de
indicadores
Necessidades Educativas Especiais
9
Tecnologias
4
Estratégias de Intervenção
4
Comunicação alternativa
3
Desenvolvimento da autonomia
3
Expressões
3
Sexualidade
2
Organização laboral
2
Reabilitação
1
Projecto educativo
1
Primeiros Socorros
1
Ética e Deontologia
1
Trabalho com famílias
1
Língua Gestual
1
Higiene e Segurança no Trabalho
1
As áreas de conteúdo mais contempladas nos planos de formação
das CERCI, e conforme se pode observar pelo número de indicadores
registados no Quadro 25 são no âmbito das necessidades educativas
especiais (9 indicadores), tecnologias (4 indicadores) e estratégias de
intervenção (4 indicadores). No entanto é notória a diversidade de
áreas de conteúdo projectadas nos planos de formação destes
estabelecimentos.
37
Quadro 26 - Áreas de conteúdo contempladas nos planos de formação nas IPSS
Total de
Categorias
indicadores
Estratégias de Intervenção
9
Necessidades Educativas Especiais
8
Desenvolvimento pessoal e social
8
Tecnologias
5
Terapias
5
Sexualidade
4
Expressões
4
Reabilitação
3
Higiene e Segurança no Trabalho
3
Língua Gestual
2
Trabalho com famílias
1
Primeiros Socorros
1
Projecto educativo
1
Conforme se pode observar no Quadro 26 os planos de formação das
IPSS contemplam várias áreas de conteúdo. A área que apresenta
maior
número
de
indicadores
corresponde
às
estratégias
de
Intervenção (9 indicadores), seguida das necessidades educativas
especiais e desenvolvimento pessoal e social (8 indicadores), as
tecnologias e as terapias (5 indicadores), têm também alguma
expressividade.
Quadro 27 - Áreas de conteúdo contempladas nos planos de formação nos Colégios
Categorias
Total de
indicadores
Necessidades Educativas Especiais
7
Estratégias de Intervenção
3
Programa educativo
2
Transição para a vida activa
1
Tecnologias
1
Expressões
1
Sexualidade
1
38
Relativamente aos Colégios, as áreas de conteúdo privilegiadas nos
planos de formação incluem-se no domínio das necessidades
educativas especiais (7 indicadores) e das estratégias de intervenção
(3 indicadores).
Outra das questões relativas á formação prendia-se com as
necessidades de formação manifestadas pelos profissionais destes
estabelecimentos de educação especial.
Quadro 28 - Áreas de conteúdo manifestadas pelos profissionais como necessidade
de formação nas CERCI
Categorias
Total de
indicadores
Necessidades Educativas Especiais
10
Tecnologias
7
Comunicação alternativa
4
Sexualidade
3
Estratégias de Intervenção
2
Primeiros Socorros
2
Língua Gestual
1
Observando o Quadro 28, podemos constatar que são as áreas das
necessidades educativas especiais (10 indicadores) bem como a das
tecnologias, aquelas que os profissionais das CERCI referem como
prioritárias para a sua formação profissional
Quadro 29 - Áreas de conteúdo manifestadas pelos profissionais como necessidade
de formação nas IPSS
Categorias
Necessidades Educativas Especiais
Estratégias de intervenção
Tecnologias
Expressões
Terapias
Sexualidade
Primeiros Socorros
Dinâmica de grupo
Transição para a vida activa
Língua gestual
Total de
indicadores
18
9
9
5
3
2
2
2
2
2
39
Relativamente às IPSS, podemos observar no Quadro 29 que a área
de conteúdo em que os profissionais sentem mais necessidade de
formação diz respeito ao domínio das necessidades educativas
especiais (18 indicadores). As estratégias de intervenção, e as
tecnologias têm também alguma expressão (9 indicadores), bem
como as expressões (5 indicadores).
Quadro 30 - Áreas de conteúdo manifestadas pelos profissionais como necessidade
de formação nos Colégios
Categorias
Total de
indicadores
Estratégias de Intervenção
9
Necessidades Educativas Especiais
4
Tecnologias
4
Expressões
2
Terapias
2
Comunicação Alternativa
2
Sexualidade
1
Língua Gestual
1
No Quadro 30 verificamos que a área de conteúdo em que os
profissionais dos Colégios manifestaram ter mais necessidade de
formação diz respeito às estratégias de intervenção (9 indicadores) as
áreas de conteúdo relativas às necessidades educativas especiais e
às tecnologias apresentaram também 4 indicadores cada uma, o que
sugere serem também prioritárias para estes profissionais.
40
4.
41
4. Conclusões e Recomendações
Tal como foi referido no início do presente relatório, pretendeu-se com
este estudo caracterizar os estabelecimentos de educação especial
(CERCI, IPSS e Colégios) das 5 Direcções Regionais de Educação, nos
seguintes aspectos: i) população atendida1; ii) recursos humanos e
físicos; e iii) funcionamento pedagógico. Da análise dos dados
recolhidos emergiram as conclusões que agora se apresentam.
Relativamente à população atendida verificamos que a maior
percentagem dos alunos que frequentam estes estabelecimentos
encontra-se na faixa etária compreendida entre os 10 e os 15 anos,
existindo ainda uma percentagem significativa de alunos com idades
superiores a 15 anos. Este facto poderá significar que uma parte
significativa
dos
estabelecimentos
estabelecimentos
encaminhamentos
se
fará
de
após
ensino
a
para
frequência
regular,
este
tipo
de
dos
alunos
em
nomeadamente,
estabelecimentos do 1º CEB, uma vez que é a esse ciclo de ensino
que corresponde a faixa etária dos 6 aos 10 anos.
Por outro lado, verifica-se que, não obstante a maior percentagem
dos alunos que frequentam estes estabelecimentos recair nas idades
compreendidas entre os 10 e os 15 anos, a maior parte deles
frequenta o 1º CEB, não se verificando assim a frequência dos ciclos
de ensino de acordo com a idade cronológica dos alunos, tal como
seria de esperar numa intervenção pedagógica de cariz mais
funcional. Relativamente à distribuição dos alunos que frequentam os
estabelecimentos de educação especial, por ciclos de ensino,
1
Neste estudo, os aspectos relativos à população atendida restringem-se ao número de alunos por idade
e ciclo de ensino, dado existir um questionário próprio (Modelo B - Ficha de caracterização da
situação educativa dos alunos que frequentam o estabelecimento de Educação Especial).
42
verifica-se ainda que o número de alunos distribuídos pelos diferentes
ciclos não coincide com o número total de alunos o que significa que,
alguns deles, não foram assinalados em nenhum dos ciclos.
Estes factos remetem-nos para questões relativas à frequência da
escolaridade obrigatória por parte dos alunos de alguns destes
estabelecimentos, nomeadamente no que diz respeito aos diferentes
ciclos de ensino, o que poderá significar a necessidade de se
reequacionar, conjuntamente com os serviços competentes da
administração educativa, as condições necessárias à frequência e
transição entre ciclos.
Relativamente aos recursos humanos, os profissionais com maior peso
percentual nas CERCI e IPSS são docentes e auxiliares pedagógicos e
nos Colégios são docentes e vigilantes. No que se refere aos docentes
estes são maioritariamente docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico em
todos os tipos de estabelecimentos de educação especial. É ainda de
salientar, no caso das CERCI e IPSS, o número elevado de educadores
de infância destacados.
Independentemente do grau de ensino que leccionam uma grande
parte dos docentes tem mais de 10 anos de serviço, e, na sua
generalidade, também desenvolvem esta função há mais de 10 anos
nestes estabelecimentos. Esta situação é no entanto menos expressiva
nos Colégios onde existe um elevado número de docentes que aí
trabalham há menos de 5 anos.
Exceptuando os professores do 3º Ciclo, a maioria dos docentes que
trabalham nas CERCI e IPSS são destacados pelo Ministério da
Educação.
No que se refere à formação, são os professores dos 2º Ciclo que
maioritariamente apresentam formação especializada em educação
especial.
43
Quanto aos recursos físicos, é de salientar que a maior parte dos
estabelecimentos considera ter espaços adequados, tendo sido
realizadas em muitos deles obras de adaptação para que pudessem
responder
às
necessidades
dos
alunos.
A
maior
parte
dos
estabelecimentos refere também assegurar transportes adequados
aos seus alunos, bem como as principais refeições diárias dos mesmos.
Ao nível do funcionamento pedagógico e no que se refere aos
critérios utilizados na organização dos grupo/turma e número de
grupos/turma formados com base nos mesmos, foi verificado que o
critério nível de desenvolvimento foi o referenciado um maior número
de vezes, sendo, no entanto, no critério idade cronológica que recai o
maior número de turmas.
O critério por ciclo de ensino foi assinalado um maior número de vezes
pelos Colégios, tendo tido muito pouca expressão nas CERCI e IPSS.
Este facto pode estar relacionado com a estrutura de funcionamento
e características da população escolar dos Colégios, que poderão
desenvolver um trabalho mais próximo do desenvolvido pelas escolas
regulares.
Quanto aos tipos de currículo apresentados no questionário, o maior
número de respostas recaiu no currículo específico/modelo funcional
o que nos parece estar de acordo com as características da
população atendida por estes estabelecimentos. O currículo regular
com adaptações foi referido, de entre os diversos tipos de
estabelecimentos, um maior número de vezes pelos Colégios,
coincidindo esse número com as respostas assinaladas por estes
relativamente ao critério ciclo de ensino, utilizado na formação dos
grupo/turma, o que poderá indiciar alguma relação entre a adopção
de um currículo regular com adaptações e a organização de turmas
por ciclos de ensino.
44
No que diz respeito às questões relacionadas com o Projecto
Educativo, verificou-se que são os docentes do 1º e 2º CEB e os
psicólogos os profissionais mais referenciados enquanto participantes
na elaboração desse projecto. Os órgãos de gestão são referenciados
um número pouco significativo de vezes pelos diversos tipos de
estabelecimentos
de
educação
especial,
não
obstante
estes
poderem estar contemplados nas referências feitas a toda a equipa
técnica. Neste ponto, importa salientar que consideramos de toda a
pertinência a participação dos órgãos de gestão na elaboração do
Projecto Educativo dado este remeter para tomadas de decisão que
são, inevitavelmente, da sua competência.
No que respeita às finalidades do Projecto Educativo, verifica-se que
no âmbito das finalidades centradas no aluno a sub-categoria
desenvolver competências pessoais e sociais com vista a uma melhor
integração/inclusão escolar e social é aquela onde recai um maior
número de indicadores, o que vai ao encontro das actuais tendências
no âmbito da intervenção na área das NEE.
Ao nível das finalidades centradas na organização e gestão das
práticas educativas, a sub-categoria com um maior número de
indicadores, no caso das CERCI, diz respeito ao promover dinâmicas e
parcerias de colaboração com a comunidade e definir estratégias de
avaliação e intervenção. No caso das IPSS, verifica-se que a subcategoria com um maior número de indicadores diz respeito ao definir
estratégias de avaliação/intervenção, enquanto que a sub-categoria
relativa ao promover um ensino individualizado centrado nas
características específicas dos alunos é a mais referenciada pelos
Colégios. Ou seja, no caso das IPSS e Colégios, trata-se de subcategorias mais centradas na intervenção directa com os alunos,
enquanto que nas CERCI se verifica uma maior preocupação com um
45
trabalho mais virado para o exterior. Este facto poderá estar
relacionado com o trabalho desenvolvido há já algum tempo pelas
CERCI no âmbito da implementação de projectos de parceria nos
termos das alíneas b) e c) do nº 1º da portaria 1102/97.
Relativamente às formas de avaliação dos Projectos Educativos
verifica-se que prevalece a modalidade de avaliação contínua. Os
instrumentos mais utilizados são as grelhas de observação e os
questionários, e os intervenientes na avaliação, referidos um maior
número de vezes, são a equipa técnico-pedagógica e os todos os
intervenientes na elaboração do PE.
No que diz respeito à habilitação académica do coordenador ou
director
pedagógico,
verificou-se
que
este
cargo,
independentemente do tipo de estabelecimento de educação
especial, se encontra maioritariamente sob a responsabilidade de
docentes, psicólogos ou terapeutas.
Todas
as
instituições
referem
que
a
equipa
técnica
reúne,
preferencialmente, uma vez por semana, o que parece demonstrar
um
acompanhamento
sistemático
ao
trabalho
que
se
vai
desenvolvendo nestes estabelecimentos. Este facto, é reforçado pelas
temáticas abordadas nas referidas reuniões e que incidem sobretudo
em questões relacionadas com a discussão de casos, com a
organização e planificação da intervenção pedagógica e com a
regulação da acção pedagógica. Será de assinalar que os colégios
referem
também,
que
nestas
reuniões
se
debatem
aspectos
relacionados com o funcionamento interno destes estabelecimentos.
Da maioria destas reuniões resultam registos escritos, o que nos parece
essencial para uma efectiva monitorização das reorganizações que se
vão processando.
46
Outro dos aspectos que foi contemplado no questionário, prendia-se
com a avaliação da intervenção educativa e como esta era
operacionalizada. Um grande número de estabelecimentos realiza
esta avaliação envolvendo toda a equipa técnica neste processo.
Será de referir que algumas instituições, em especial as CERCI,
procuram envolver as famílias e, por vezes, os próprios alunos nesta
avaliação.
A avaliação da intervenção educativa é, privilegiadamente, realizada
em reuniões. As CERCI destacam o questionamento oral como
procedimento usado nesta avaliação, enquanto os Colégios utilizam
formulários próprios e as IPSS instrumentos diversificados. Como suporte
para esta avaliação uma elevada percentagem de CERCI utiliza a
avaliação do próprio projecto educativo ou a intervenção da equipa
técnico-pedagógica, e as IPSS e Colégios a avaliação dos Planos e
Programas Educativos.
Os momentos de avaliação dos diferentes tipos de estabelecimentos
divergem na periodicidade, sendo de salientar as CERCI que referem
fazer uma avaliação contínua, o que em nosso entender não deverá
invalidar uma avaliação mais formal e periódica.
Relativamente
ao
trabalho
com
famílias,
a
maioria
dos
estabelecimentos refere desenvolver um trabalho sistemático com
estas. O tipo de trabalho que desenvolvem neste âmbito, prende-se
essencialmente com a divulgação de informações seguindo-se o
aconselhamento.
Dado
que
foram
estes
os
aspectos
mais
referenciados, leva-nos a supor que ainda não existe um trabalho de
verdadeira parceria com os pais, sendo estes vistos como utentes de
um serviço.
47
Quanto à formação, verificou-se que alguns estabelecimentos de
educação especial já têm um plano de formação, o que indica uma
preocupação nesta área, embora ainda não seja uma prática
extensiva a todos os estabelecimentos.
As áreas de conteúdo privilegiadas nesses planos enquadram-se nos
domínios das Necessidades Educativas Especiais, das Tecnologias, e
das Estratégias de Intervenção. Será de referir que os domínios
considerados prioritários nos planos de formação se enquadram nos
conteúdos referidos como necessidade de formação, o que nos
poderá sugerir que, se por um lado os planos de formação parecem
procurar responder às necessidades de formação dos profissionais por
outro poderá existir necessidade de alargar essa formação.
Tendo por base as presentes conclusões, parece-nos pertinente
elaborar algumas recomendações passíveis de contribuírem para o
melhor
funcionamento
pedagógico
dos
estabelecimentos
de
educação especial. Deste modo, no que diz respeito à organização
pedagógica destes estabelecimentos, consideramos que deverão ser
equacionados os seguintes aspectos:
•
Conferir à intervenção pedagógica um cariz essencialmente
funcional tendo em consideração a idade cronológica dos
alunos;
•
Assegurar, sempre que possível, a transição entre ciclos dos
alunos que frequentam estes estabelecimentos o que poderá
significar,
em
alguns
casos,
o
reequacionamento
das
autorizações de funcionamento actualmente em vigor;
•
Evitar a constituição de turmas com base, exclusivamente, no
critério nível de desenvolvimento investindo-se progressivamente
na constituição de turmas com base nos interesses decorrentes
da idade cronológica, numa perspectiva curricular funcional;
48
•
Adequar à idade cronológica e características específicas dos
alunos
o
tipo
de
docentes
a
afectar,
investindo-se
progressivamente na afectação de um maior número de
docentes dos diferentes ciclos do ensino básico bem como de
docentes com formação especializada;
•
Investir em projectos educativos mais direccionados para a
comunidade envolvente, no sentido de se estabelecerem
parcerias que permitam uma efectiva participação e inclusão
dos alunos nos diferentes contextos onde a sua vida decorre;
•
Investir no progressivo envolvimento dos pais na elaboração e
implementação do projecto educativo e em todas as etapas
da intervenção educativa dos seus filhos.
49
50
Modelo
A
FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
( Valência Educativa )
1 – Identificação do estabelecimento de educação especial
CERCI
F
ASSOCIAÇÃO / IPSS F
COLÉGIO
F
Nome do estabelecimento: ___________________________________
Endereço: ________________________________________________
Autorização de
Funcionamento:
Localidade:___________________ Código Postal:_________ ______
F
Distrito:______________________ Concelho: __________________
Definitiva
Telefone:_____________________ Fax: _______________________
Provisória F
Email____________________________________________________
DREN
F
DREC
F
DREL
F
DREA
F
DREALG
F
2 – População atendida
2.1. Número total de alunos que frequentam a valência educativa:_______
2.2. Número de alunos por idades
Idades
6 a ≤10 anos
>10 a ≤15 anos
>15 anos
TOTAL
3º Ciclo
TOTAL
Nº
de alunos
2.3. Número de alunos por ciclo de ensino
Ciclo de
ensino
1º Ciclo
2º Ciclo
Nº de
alunos
51
3 –Recursos humanos (afectos à valência educativa)
3.1. Docentes
( Em cada coluna registe o número de docentes de acordo com os itens apresentados)
Constituição Nº Total de
da Equipa
Anos de Serviço
Docente
Elementos
≤5
> 5 a ≤10
> 10
Anos de Serviço no
Prestação de serviço na
Estabelecimento
valência educativa
Educação Especial
HORAS / Semanais
≤5
> 5 a ≤10
> 10
≤ 10
>10 a ≤20
> 20
Formação
Situação
especializada
Profissional
em Educação
Especial
Destacamento
Outra
Sim
Não
Educadores
de Infância
Profess
ores
1ºCEB
Profess
ores
2ºCEB
Professores
3ºCEB
e
Secundário
TOTAIS
3.2.Outros profissionais
( Em cada coluna registe o número de profissionais de acordo com o número de horas semanais de trabalho na
valência educativa)
Terapeuta
HORAS/
Semanais
Psicólogo
Ocupacional
Técnico de
Terapeuta
da Fala
Fisioterapeuta
Educação
Técnico de
Especial e
Mobilidade
Reabilitaçõo
Técnico
Serviço
Social
Auxiliar
Pedagógico
Vigilante
Outros
1)
≤ 10
>10 a ≤ 20
> 20
TOTAIS
1)Especifique:______________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
52
4 –Recursos físicos do estabelecimento
4.1. Espaços
Nº
Nº
Nº
Salas de aula
Ginásio
Salas de estimulação
Oficinas
Polivalente
Outros: Especifique:
Gabinetes
Espaços cobertos
Salas de reuniões
Espaços descobertos
Nº
4.1.1. Considera que, na generalidade, os espaços são adequados à população atendida?
Sim F
Apenas alguns espaços 1) F Não 1) F
1) Justifique:______________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___
4.2. Adaptações / Acessibilidades
Houve adaptações físicas tendo em conta as limitações no funcionamento dos alunos?
Sim F
Não F
Se “Sim”, especifique
quais:__________________________________________________
_________________________________________________________________________
4.3. Transportes
O estabelecimento providencia transporte próprio aos alunos que dele necessitam?
Sim F
Apenas a alguns F
Não F
Se “sim”, o transporte é adaptado às características dos alunos?
Sim F
Não F
4.4. Alimentação
São servidas refeições aos alunos?
Sim F
Não F
Se “Sim”, especifique quais:__________________________________________________
_________________________________________________________________________
53
5 – Funcionamento pedagógico
5.1. Organização dos grupos/turma
5.1.1. Critérios
(Assinale com uma cruz o(s) critério(s) utilizado(s) na organização dos grupos/turma)
Critérios
Por ciclos de ensino
F
Por idade cronológica
F
Por nível de desenvolvimento
F
Outro 1)
F
1)Especifique: _________________________________________________________
___________________________________________________________________
5.1.2. Número de Grupos/Turma
Número total de grupos turma:
(De acordo com os critérios anteriormente assinalados, indique o número de grupos/turma)
Critérios
Ciclo de
ensino
Idade
Cronológica
Nível de
desenvolvimento
Outro
Nº de
Grupos/
Turma
5.2. Currículo
(Assinale com uma cruz o(s) currículo(s) adoptado(s) pelo estabelecimento)
Currículo regular com adequações
Currículo
F
Modelo
Desenvolvimental
F
Modelo
Funcional
F
Específico
*
*
No que diz respeito ao currículo específico entende-se por modelo desenvolvimental o que tem como referência as
sequências próprias do processo evolutivo normal do indivíduo, organizando-se os conteúdos curriculares por áreas
de desenvolvimento que acompanham essas mesmas sequências; entende-se por modelo funcional o que promove
a autonomia do indivíduo nos seus contextos de vida, constituindo esses ambientes as áreas estruturantes do
currículo.
54
5.3. Projecto educativo
5.3.1. Profissionais que participam na elaboração do projecto educativo:
5.3.2. Finalidades do projecto educativo
( Indique as três principais finalidades do projecto educativo)
Ideias - Chave
123-
5.3.3. Calendarização
Calendarização do projecto
Data de início do projecto
______200__
Data prevista para fim do projecto
______200__
5.3.4. Indique as formas de avaliação do projecto educativo:
5.4. Organização da intervenção educativa
5.4.1. Qual a habilitação académica do coordenador/director pedagógico?
____________________________________________________________________
5.4.2. Com que frequência reúne com a equipa técnica?
____________________________________________________________________
55
5.4.3. Indique os três temas mais frequentemente abordados nas reuniões
pedagógicas:
Temas
123-
5.4.4. São elaborados registos das reuniões pedagógicas?
Sim F
Não F
5.4.5. A intervenção educativa é objecto de avaliação?
Sim F
Não F
Se “Sim”, indique os procedimentos utilizados:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
5.5. Trabalho com as famílias
5.5.1. É desenvolvido um trabalho sistemático com as famílias?
Sim F
Não F
Se “Sim”, assinale os aspectos em que incide esse trabalho:
2)
Aconselhamento
F
Acompanhamento
F
Informação
F
Formação
F
Organização de grupos de pais
F
Outro 2)
F
Especifique_____________________________________________
56
5.6. Formação
5.6.1. Existe plano de formação para os profissionais?
Sim
Não
F
F
Se “Sim”, destaque três áreas de formação contempladas nesse plano:
Áreas de formação
123-
5.6.2. Refira três áreas de conteúdos, em que os profissionais tenham manifestado
necessidade de formação:
Áreas de conteúdos
123-
Data: _____ / _____________________ / 200__
O Director Pedagógico
Nome: _________________________________________________
Assinatura:______________________________________________
57
LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL QUE
PREENCHERAM O MODELO A (FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL)
LISTAGEM – MODELO A
Direcção Regional de Educação do Norte
CERCI
ASSOCIAÇÕES
COLÉGIOS
CERCIMARANTE
CERCIFAF
CERCIGUI
CERCIFEIRA
CERCILAMAS
CERCIESPINHO
CERCIGAIA
CERCIAZ
APADIMP
APACI
MADI de Vila do Conde
MAPADI
APPACDM Vila Nova de Gaia
APPACDM de Trofa
EMAÚS – Associação de Apoio ao Deficiente Mental
Instituto S. Manuel
APECDA de Braga
APPACDM de Matosinhos
IRIS – Instituto de Reabilitação e Integração Social
APPACDM Viana do Castelo
APPACDM do Porto
Creche de Braga
Obra Social e Cultural Silvia Cardoso
APPACDM Vila Real – Sabrosa
Escola de Reeducação Pedagógica Antas
Externato Ana Sullivan
Colégio Novos Rumos
58
CERCI
ASSOCIAÇÕES
COLÉGIOS
LISTAGEM – MODELO A
Direcção Regional de Educação de Lisboa
CERCINA
CERCISA
CERCI Flor da Vida
CERCIMA
CECD Mira-Sintra
CERCI Tejo
CERCIMB
CERCIMB Centro nº2
CERCIAMA
CERCICA
CERCIPENICHE
CERCIZIMBRA
Cooperativa S. Pedro – Barcarena
CERCILISBOA
CERCIPÓVOA
CRINABEL
APPACDM de Santarém
Instituto de Surdos Imaculada Conceição
APPDA Lisboa
Liga Portuguesa Deficientes Motores
Escola de Educação Especial os Moinhos
APERCIM
ADAPECIL
CEERIA – Centro de Educação Especial, Reabilitação, Integração....
APPACDM de Lisboa – Centro de Educação Bonny Stilwell
Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor
APPACDM de Setúbal
CRIB
CRIAL
CIRE
CEE O Ninho
CRIT
CRIF
CRIFZ
APCI
CERE
Centro Infantil Helen Keller
Crio
Colégio Décroly
Centro de Intervenção Técnico-Pedagógica
Centro Educação Terapêutica Restelo
Centro Pedagogia Terapêutica Bola de Neve
Colégio Flauta Mágica
Colégio as Descobertas
Externato Grão Vasco
Externato Zazzo
Colégio Reeducação Pedagógica Isabelinha
Externato A Conchinha
Externato Rumo ao Sucesso
Externato ABC
Colégio Eduardo Claparéde
Externato Alfredo Binet
Externato O Veleiro
LISTAGEM – MODELO A
59
Direcção Regional de Educação do Algarve
CERCI
ASSOCIAÇÕES
COLÉGIOS
CRACEP
Núcleo regional de Faro da APPC
Escola de Ensino Especial - FIR
APPACDM de Faro
C.R.E.M.P.
LISTAGEM – MODELO A
Direcção Regional de Educação do Centro
CERCI
ASSOCIAÇÕES
CERCIMIRA
CERCIESTA – Escola Educação Especial
CERCIAG
CERCIVAR
CERCIG
CERCIPENELA
CERCIPOM
CERCILEI
APPACDM de Viseu
APPACDM de Anadia
APPACDM de Aveiro
Centro de Educação Especial - ACM Beira Interior
Casa de Santa Isabel
ARCIAL
APPACDM Castelo Branco
Estabelecimento de Ensino Especial da Sertã
APPACDM Marinha Grande
CASCI
APPACDM do Fundão
LISTAGEM – MODELO A
Direcção Regional de Educação do Alentejo
CERCI
ASSOCIAÇÕES
CERCIESTREMOZ
CERCIDIANA
CERCIGRÂNDOLA
CERCISIAGO
CERCICOA
CERCIBEJA
CERCIPORTALEGRE
ASCTE
APPACDM de Évora
APPACDM de Moura
ERECA – Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de
Monsaraz
Escola do Ensino Especial do CPC de Beja
APPC Évora
CRIPS
60
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4. Conclusões e Recomendações