COMUNICAÇÃO TÉCNICA
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Nº 171035
Caracterização morfo-temporal da evolução geomorfológica das restingas
paulistas
Vilma Ales Campanha
Carlos Geraldo Luz de Freitas
Painel e resumo apresentado no
Congresso Brasileiro de Geologia,
46.,; Congresso de Geologia dos
Países de Língua Portuguesa, 1.,
Santos, 2012.
A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos,
publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública.
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CARACTERIZAÇÃO MORFO-TEMPORAL DA EVOLUÇÃO
GEOMORFOLÓGICA DAS RESTINGAS PAULISTAS
Vilma Alves Campanha1; Carlos Geraldo Luz de Freitas2
1
IPT-SP/ PUC-SP; 2IPT-SP
RESUMO: A partir de estudos realizados pelo IPT-SP, no ano de 2010, sobre
as restingas paulistas, vários documentos foram resgatados e estudados sobre
o assunto. Dentre a vasta literatura pesquisada, uma em especial chamou a
atenção, uma vez que mostra um diagrama generalizado, ilustrando as
relações morfológicas entre praias, planícies aplainadas e ilhas-barreira
(REINSON, 1984 apud WALKER, 1984). Segundo o referido autor, as costas
marinhas arenosas dominadas por ondas, em regiões costeiras não deltaicas e
não interdeltaicas, são caracterizadas por depósitos arenosos, alongados e
paralelos à costa. Esses depósitos podem ocorrer de 4 (quatro) maneiras,
caracterizando quatro feições geomorfológicas, a saber: a) praia (faixa
arenosa) anexada ao continente, sem laguna separando-as; b) planície ampla
aplainada ancorada sobre o continente, caracterizando uma barreira extensa;
c) ilha-barreira regressiva (ou progradacional) com vários cordões paralelos
atrás da barreira ativa, e presença de laguna bem desenvolvida entre o
continente e a ilha-barreira; e d) ilha-barreira transgressiva, com uma única
barreira e laguna (com muitos finos) entre o continente e a barreira alongada. O
entendimento dessa dinâmica costeira é fundamental para planejar a ocupação
litorânea, evitando desastres como a destruição de edificações e de obras de
infraestrutura na plataforma continental adjacente às praias, ou mesmo para
evitar alterações dos ecossistemas, principalmente junto a áreas de mangue.
Entretanto, essa análise é bastante complexa, onde os condicionantes
climático-meteorológicos e geomorfológicos estabelecem uma grande variação
sazonal na orientação e intensidade do transporte natural dos sedimentos, seja
de fundo ou de suspensão. A avaliação de tendências regionais do balanço
sedimentar pode ser feita por meio de indicadores geológico-geomorfológicos,
tais como interpretação espaço-temporal da evolução geomorfológica das
restingas, geometria da linha de costa, disposição granulométrica da praia,
deslocamento do curso e da desembocadura de drenagens na orla costeira,
circulação de águas dos sistemas lagunares e estuarino-fluviais, assoreamento
em desembocaduras de rios e em canais, dentre outros aspectos. A
importância desse entendimento é retratada nos destaques que vem ganhando
na agenda de discussões dos fóruns ambientais internacionais, como a
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO+20),
que será realizada de 20 a 22 de junho no Rio de Janeiro.
PALAVRAS-CHAVE: RESTINGA; LITORAL PAULISTA; OCUPAÇÃO DA
ORLA COSTEIRA
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COMUNICAÇÃO TÉCNICA Nº 171035 Caracterização morfo