Escola Secundária de Valongo
DMCE
Plano Estratégico do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais
2009 - 2013
1. Introdução
O Plano Estratégico é um instrumento de gestão orientado para a produção de decisões e
de acções que guiam o que uma organização quer alcançar a partir da formulação do que
é. A elaboração do Plano Estratégico do Departamento de Matemática e Ciências
Experimentais, passou pela reflexão, debate e propostas de acção para centralizar as
nossas preocupações na valorização da cultura e das aprendizagens, no desenvolvimento
de relações pedagógicas de autenticidade e de respeito, na compreensão da diversidade
e dificuldades dos nossos alunos, na responsabilização das famílias e no reforço da
imagem da escola enquanto lugar de aprendizagem.
Pretende-se, com este Plano Estratégico, enfrentar com maior probabilidade de êxito as
mudanças e desafios que será necessário ultrapassar para atingir os objectivos definidos.
2. Diagnóstico
A análise dos resultados escolares dos alunos no primeiro período serviu para se fazer um
diagnóstico das dificuldades sentidas em promover aprendizagens mais eficazes. Foram
enumerados os aspectos mais problemáticos, quer dos alunos com resultados escolares
abaixo do expectável quer da gestão curricular, e dos aspectos mais favoráveis para o
desenvolvimento de planos de melhoria, para centralizar as preocupações dos
professores na melhoria dos resultados escolares dos seus alunos.
Aspectos mais problemáticos
Aspectos mais favoráveis
•
Comportamentos perturbadores em
sala de aula e dificuldades de
concentração.
•
Pouca
predisposição
aprendizagem.
para
a
• O desdobramento das turmas em
algumas disciplinas.
• Acompanhamento
e
individualizado dos alunos.
apoio
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•
Ritmo lento na execução das
actividades e pouca persistência.
•
Insuficiência
de
espaços
laboratoriais, face ao número de
alunos
•
Falta de pontualidade e saídas
antecipadas das salas de aula e
consequentes
perturbações
na
concentração dos alunos.
• Utilização
de
equipamento
informático disponível na escola
(computadores e videoprojectores).
• Rentabilização dos 90 minutos de
aula.
• A presença de dois professores na
sala de aula, no âmbito do Plano da
Matemática.
•
Falta de hábitos de trabalho e
métodos de estudo quer em sala de
aula quer em casa.
•
Registos incompletos ou errados no
caderno diário
•
• Diversificação
de
estratégias,
incluindo a utilização das novas
tecnologias
pelos
alunos
em
contexto
de
sala
de
aula
(computadores e quadro interactivo
com software específico e internet,
assente
em
metodologias
adequadas.
Lacunas
significativas
nas
competências
básicas,
nos
conhecimentos
e
nos
procedimentos básicos de cada
disciplina e também no raciocínio
lógico-dedutivo.
• Aplicação de questões de aula e
mini-testes.
• Resolução de fichas de trabalho.
• Verificação regular dos registos do
caderno diário e reforço e
verificação
da
realização
do
trabalho de casa.
• Actividades
de
revisão
consolidação de conceitos.
e
• Frequência da sala de estudo.
• Identificação das dificuldades e
definição de planos de apoio para
as minimizar.
• Apoio na Sala de Estudo e no
âmbito de projectos específicos.
•
Falta de autonomia e postura
adequada
à
valorização
do
conhecimento.
•
Desenvolvimento de materiais de
apoio.
•
Falta
frequente
do
necessário às aulas.
•
Promoção
sistemática.
material
da
auto-avaliação
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•
Frequência reduzida às aulas de
apoio a que os alunos são
propostos.
•
O nível cultural e socioeconómico
de
alguns
encarregados
de
educação.
•
Dificuldade em conseguir tempo
comum aos professores do mesmo
ano lectivo e disciplina, assim
como de espaço físico, para
planificação e preparação de
actividades lectivas.
•
•
Falta no horário dos professores de
tempos de escola para a realização
de reuniões de coordenação e
também
de
preparação
de
actividades lectivas.
Insuficiência de salas para aulas de
recuperação
ou
de
apoio,
leccionadas voluntariamente pelos
professores.
•
Informação regular ao Director de
Turma.
•
Promoção
do
envolvimento
responsável dos encarregados de
educação no acompanhamento da
vida escolar dos seus educandos.
•
Ajuda e partilha na preparação das
actividades lectivas.
•
Horas comuns a alguns professores
do mesmo ano na Sala de Estudo.
•
Potenciar o trabalho colaborativo
entre os professores, também em
reuniões para esse efeito.
•
Utilização da plataforma moodle
para alojamento de recursos para
os alunos e esclarecimento das suas
dúvidas.
3. Missão, visão de futuro e valores
Missão: Dotar todos os alunos de competências e conhecimentos das diferentes disciplinas
que lhes permitam explorar plenamente as suas capacidades na sua formação ao longo da
vida, integrando-se activamente na sociedade.
Visão: A promoção do sucesso e a melhoria dos resultados escolares.
Valores que se defendem: trabalho, responsabilidade, autonomia, criatividade, respeito,
valorização do conhecimento, rigor e transparência na avaliação.
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4. Objectivos estratégicos
OE1. Promover a qualidade das aprendizagens e a melhoria dos resultados escolares.
OE2. Criar
condições
para
assegurar
a
igualdade
de
oportunidades
de
proporcionadoras
do
desenvolvimento das aprendizagens.
OE3. Assegurar
condições
de
estudo
e
de
trabalho
desenvolvimento pessoal de todos os alunos.
5. Objectivos operacionais
OE1. Promover a qualidade das aprendizagens e a melhoria dos resultados escolares
Objectivos operacionais
1. Promover a realização de reuniões
regulares de coordenação das actividades
lectivas, por ano de escolaridade e por
disciplina.
2. Promover a realização de reuniões
interdisciplinares.
3. Assegurar a realização do trabalho das
comissões de revisão dos critérios de
avaliação e articulação, uma do ensino
básico e outra do ensino secundário.
4. Assegurar a realização do trabalho da
Comissão de Elaboração e
Acompanhamento da Execução do Plano
Anual de Actividades do Departamento
Metas
• Coordenar, planificar e preparar
actividades a aplicar em sala de aula,
assim como os instrumentos de avaliação
a aplicar, atendendo sempre às
especificidades de cada turma. Analisar
com regularidade os resultados dos alunos
e definir estratégias de intervenção,
tendo em vista a sua melhoria
• Intensificar o trabalho colaborativo e
melhorar a articulação vertical e
horizontal do currículo
• Influenciar as planificações e propor
iniciativas quer para sala de aula quer
para outros espaços pedagógicos. Na
avaliação, propor instrumentos e grelhas
de avaliação e respectivos processos de
correcção, por exemplo, relatórios e
descritores apropriados. Elaborar e
apresentar ao Departamento para análise
e aprovação, um documento aglutinador,
dos critérios de avaliação, contendo os
contributos dos grupos disciplinares que
integram o DMCE.
• Apresentar as propostas de actividades do
D.M.C.E. para o P.A.A. e acompanhar a
implementação, execução e avaliação das
actividades.
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5. Assegurar o trabalho da Comissão de
Cruzamento de Dados Relativos à
Avaliação Interna e à Externa
6. Incentivar a participação dos professores
em acções de formação de actualização
científica e didáctica.
• Analisar os dados do processo de
avaliação dos alunos quer interno quer
externo, em particular, os resultados à
disciplina de Matemática no terceiro ciclo
do ensino básico – com a colaboração dos
elementos do Plano de Acção da
Matemática – e às disciplinas com exame
nacional do Ensino Secundário.
• Participação dos professores nas acções
de formação propostas, por ano.
7. Avaliar periodicamente a evolução dos
resultados escolares.
• Melhorar os resultados escolares.
8. Assegurar o cumprimento dos critérios de
avaliação aprovados.
• Realizar a auto-avaliação de forma
sistemática.
9. Criar repositórios de recursos didácticos
que possam contribuir para a diminuição
do excesso de horas de trabalho do
professor.
• Implementar os repositórios até ao final
do ano lectivo.
10. Operacionalizar a gestão das instalações.
• Definir as regras de funcionamento da
gestão de instalações até final de
Fevereiro.
11. Potenciar de forma equilibrada a
utilização das novas tecnologias no
processo de ensino e aprendizagem
• Generalizar a utilização dos
equipamentos informáticos em contexto
de sala de aula.
OE2. Criar condições para assegurar
desenvolvimento das aprendizagens.
Objectivos operacionais
a igualdade de oportunidades de
Metas
12. Incentivar a participação dos alunos com
dificuldades em aulas de apoio.
• Assegurar a participação dos alunos
propostos nas aulas de apoio.
13. Promover hábitos e métodos de estudo.
• Ajustar os horários dos professores
sempre que possível, aos dos seus alunos.
14. Assegurar sempre que possível, o apoio
na Sala de Estudo, ou no âmbito de
projectos, pelos professores dos alunos.
15. Promover a aprendizagem e utilização
dos recursos informáticos por todos os
alunos.
• Um aluno por computador na sala de aula
de ITIC – 9º ano
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OE3. Assegurar condições de estudo e de trabalho proporcionadoras do
desenvolvimento pessoal de todos os alunos.
Objectivos operacionais
16. Cumprir e fazer cumprir regras para
assegurar a disciplina e o respeito.
Metas
• Assegurar a gestão eficaz do tempo da
aula.
17. Disponibilizar materiais de apoio para o
desenvolvimento das aprendizagens.
18. Assegurar o desenvolvimento da
componente experimental como
motivadora do desenvolvimento das
aprendizagens.
19. Incentivar a participação responsável dos
encarregados de educação.
• Assegurar a realização das actividades
laboratoriais previstas, sempre que as
condições o permitam.
• Co-responsabilizar os encarregados de
educação pelos resultados escolares dos
seus educandos.
6. O Plano de Formação
Integrada no plano de formação, assume relevância a formação entre pares, não só
por proporcionar a partilha de conhecimentos e experiências, mas também por ser um
factor potenciador do trabalho colaborativo. Neste sentido será promovida pelo
departamento a realização desta vertente de formação.
No contexto geral de formação dos professores o plano deve disponibilizar um
conjunto de acções que possa contribuir para o seu desenvolvimento pessoal e
profissional, orientado para potenciar a melhoria das suas práticas lectivas assim
como das aprendizagens dos nossos alunos. Nesse sentido as propostas de acções a
considerar prioritárias para o plano de formação a desenvolver são:
• Mediação/Gestão de conflitos em contexto escolar (comum)
• Formação nos novos programas da Matemática do 3º ciclo do Ensino Básico
•
Potenciar a utilização das TIC nas aulas de Matemática (quadro interactivo,
computadores e software específico)
•
Metodologias e Instrumentos de Avaliação nas aulas de Matemática.
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• Quadros Interactivos: exploração e recursos para Física e Química.
• Actividades Laboratoriais de Física do 10º e 11º ano.
• Actividades Laboratoriais de Química do 10º e 11º ano.
• Observação e Instrumentação em Astronomia.
• TIC – Plataforma Moodle, Construção de páginas Web, Quadros interactivos e
folha de cálculo Excel.
(Ao nível das TIC o objectivo principal é o enriquecimento profissional que se
traduzirá numa melhoria no processo ensino-aprendizagem. A formação a nível
do Excel ajudará na optimização do tratamento de dados e a do Moodle e dos
Quadros Interactivos permitirá uma rentabilização dos recursos da escola).
• Geodiversidade e Património Geológico da Região de Valongo e seu valor
educativo.
(Esta proposta justifica-se porque a maior parte dos elementos do grupo, no
ano anterior, não puderam frequentar a acção por não haver vaga. Acresce
ainda o facto de a acção se revestir de extrema importância, pois está
fortemente ligada a conteúdos programáticos das disciplinas de Ciências
Naturais do 7º ano e de Biologia e Geologia dos 10º e 11º anos de escolaridade).
• “À descoberta do ADN”.
(a importância desta acção prende-se com o facto de o ADN ser abordado nas
disciplinas, Ciências Naturais do 9º ano, Biologia e Geologia dos 10º e 11º anos
de escolaridade e Biologia do 12º ano de escolaridade).
• Aplicação das TIC ao trabalho experimental.
(Importante, principalmente nas disciplinas de Biologia e Geologia dos 10º e
11º anos, dada a extrema importância do trabalho laboratorial)
• Automação, Robótica, AutoCad e Energias Renováveis;
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(esta formação tem em conta as especificidades das necessidades futuras,
directamente relacionadas com os cursos a leccionar. Uma das áreas que se
prevê comum nesta situação de continuidade é a área de automação).
• Linguagens de programação orientadas para a Web;
• Ferramentas de tratamento multimédia;
• Redes informáticas;
• Funcionamento em regime modular.
• Foi também sugerido que, dada a presença crescente de alunos provenientes
de diferentes países, se torna necessário compreender e rentabilizar a
diversidade cultural, bem como o sistema de ensino em que se encontravam
integrados.
7. Controlo e avaliação do plano
O desenvolvimento do plano será objecto de controlo no final de cada período lectivo e
terá avaliação anual da consecução das metas propostas.
Escola Secundária de Valongo, em 13 de Janeiro de 2010
O coordenador do departamento - DMCE
José Aníbal Afonso Lino
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