UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O CONTROLE DE QUALIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE
PRODUTOS COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO
Por: Ralph Pinto Tavares
Orientador
Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves
Rio de Janeiro
2009
AGRADECIMENTOS
2
Agradeço a Deus e as pessoas que
influenciaram
de
forma
execução deste trabalho.
positiva
a
DEDICATÓRIA
3
Dedico este trabalho monográfico a minha
Familia, pela dedicação e paciência.
RESUMO
4
O artigo visa mostrar que o mercado atual está muito competitivo, e que
pequenos diferenciais fazem com que empresas se destaquem. A qualidade e um
fator predominante, aliada ao bom atendimento por intermédio dos funcionários.
Num mundo de intensa globalização é necessário mudar, e ter planos de
contingências prontos, o talento e a criatividade humana são de fundamental
importância, sobretudo o desenvolvimento gerencial, operacional e técnico das
pessoas.
O controle de qualidade e a logística são apresentados nesse trabalho com
o intuito de mostrar ao leitor que, nos dias de hoje as duas se transformaram
numa grande tática para as organizações buscando sempre uma excelência no
rumo ao atendimento ao cliente. No controle de qualidade, administra-se um
produto e serviço para atingir a necessidade da empresa, através de pessoas
preparadas que apliquem as ferramentas de qualidade no momento certo e com
eficácia seguindo as rotinas adequadamente e tendo uma visão global de
melhoria e com isso aumentar a competitividade da organização perante o
mercado.
5
As empresas estão buscando cada vez mais a perfeição, tornaram-se
dinâmicas e ágeis, investem pesado em tecnologia, treinamento dos
funcionários, para que com isso conquistem seus clientes e tenham um
diferencial, pois o mundo moderno precisa de muito empenho.
PALAVRAS-CHAVES:
Controle de Qualidade, Logística e Clientes
6
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................08
CAPÍTULO I Referencial Teórico: Conceito de Controle de Qualidade..........11
CAPÍTULO II - Conceito de Logística..............................................................14
CAPÍTULO III - Evolução da Logística nas Próximas Décadas......................17
CAPÍTULO IV - As Dificuldades de Distribuição no Brasil..............................19
CAPÍTULO V - Modais de Distribuição...........................................................21
CAPÍTULO VI Mecanismos de Controle de Qualidade..................................25
CAPÍTULO VII - Relação entre a distribuição e a prática da gestão da qualidade
.......................................................................................................................27
CONCLUSÃO ..................................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................30
INTRODUÇÃO
8
Conforme Novaes (2001), na sua origem, o conceito de Logística
estava essencialmente ligado às operações militares. Ao decidir avançar suas
tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam
ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora
certa, de munição, víveres, equipamentos e socorro médico para o campo de
batalha. Por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia
bélica e sem o prestígio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares
trabalhavam quase sempre em silêncio.
Foi o que também acorreu nas empresas durante um bom período de
tempo. Uma indústria precisa transportar seus produtos da fábrica para os
depósitos ou para as lojas de seus clientes; precisa também providenciar e
armazenar matéria-prima em quantidades suficientes para garantir os níveis de
fabricação planejados. Essas operações eram antigamente consideradas
atividades de apoio, inevitáveis. Dentro da organização empresarial, esse setor
era encarado como um mero centro de custos, sem maiores implicações
estratégicas e de geração de negócios.
Hoje encontra-se uma realidade bem diferente, a Logística Empresarial
evoluiu muito desde seus primórdios. Agrega valor no lugar, de tempo, de
qualidade e de informação à cadeia produtiva. Além de agregar os quatros tipos
de valores positivos para o consumidor final, a Logística moderna procura
também eliminar do processo tudo que não tem valor para o cliente, ou seja,
tudo que acarrete somente custos e perda de tempo.
9
Segundo Novaes (1997, p.139), assim pode-se conceituar Logística
adotando a definição do Council of Logistics Management Norte-Americano:
Logística é o processo de planejar,
implementar e controlar de maneira
eficiente o fluxo e a armazenagem de
produtos, bem como os serviços e
informações
associados,
cobrindo
desde o ponto de origem até o ponto
de
consumo,
com o objetivo
de
atender aos requisitos de consumidor.
Segundo o site Logística (2007) a tecnologia é fundamental pois ela é o
alicerce para o desenvolvimento e a modernização das empresas. Ela precisa
ser complementada com a visão estratégica e com a mudança comportamental
das pessoas para atingir a qualidade.
De acordo com o site Logística (2007) a tecnologia viabiliza as
empresas em termos diferenciais:
O primeiro diferencial seria a qualidade, com melhor atendimento aos
clientes, por intermédio dos funcionários.
O segundo, os equipamentos para melhorar a produtividade. A
tecnologia melhora a qualidade e a produtividade e complementa o contexto da
modernização.
Não adianta ter hardwares e softwares se não houver o envolvimento
das pessoas. As empresas podem ter recursos financeiros para comprarem a
tecnologia, mas o talento e a criatividade humana é de fundamental
importância, sobretudo o desenvolvimento gerencial, operacional e técnico das
pessoas.
10
A metodologia utilizada para a elaboração deste Artigo foi a pesquisa
bibliográfica, uma vez que o material utilizado está acessível ao público em
geral, como livros, monografias, Internet entre outros.
11
CAPÍTULO I
Referencial Teórico: Conceito de Controle de Qualidade
Qualidade é um termo que sempre foi mal entendido, pensar em
qualidade os sinônimos vai, desde luxo e mérito até excelência e valor. O
objetivo deste capítulo é apresentar um esquema conceitual e amplo para um
melhor
entendimento
do
termo
“qualidade”.
A
qualidade
depende
fundamentalmente da percepção de cada um, o que tem qualidade para uns
pode não ter para outros. Logo assim a qualidade depende da percepção de
casa indivíduo.
Conforme Caravantes (1997) as empresas contemporâneas estão
investindo forte em qualidade para fabricar produtos rentáveis, que aumente o
faturamento mensal da empresa, com preços vantajosos, que atenda a
competição, que aumente a satisfação do cliente pelo produto e em paralelo a
isso,
as
empresas
estão
contratando
pessoas
especializadas,
com
experiências e conhecimentos para fazer o controle com um objetivo principal
que é diminuir as deficiências e até acabar com as mesmas, utilizando as
ferramentas de qualidade e aplicando-as de forma eficaz com o intuito de
reduzir freqüência de erros, reduzir trabalhos e retrabalhos, reduzir insatisfação
dos clientes tanto interno, como externo, aumentar rendimento, reduzir
inspeção e testes.
Seguindo Las Casas (1999) a satisfação de pessoas por parte da
administração,
tem
meios
a
ser
seguidos
tanto
por
parte
externa
(consumidores), como internos (funcionários). Na interna a organização deve
dar ao funcionário chance de crescimento profissional, plano de carreira,
treinamentos e aos consumidores uma qualidade de atendimento.
12
Segundo Garvin (2002:48) “existem cinco abordagens principais para a
definição de qualidade: transcendental, baseada no produto, baseada no
usuário, baseada na produção e baseada no valor”.
O conceito de qualidade pode ser desdobrado em elementos básicos.
Segundo
Mota
(2005)
esses
elementos
básicos
são:
desempenho,
característica, confiabilidade, conformidade, durabilidade, atendimento, estética
e qualidade percebida.
De acordo com Abreu (2002):
Gestão da qualidade é o processo de
conceber,
controlar
processos
da
e
empresa,
melhorar
quer
os
sejam
processos de gestão, de produção, de
marketing, de gestão de pessoal, de
faturação, de cobrança ou outros. A gestão
da qualidade envolve a concepção dos
processos e dos produtos/serviços, envolve
a melhoria dos processos e o controle de
qualidade.
Existem pessoas que entendem a palavra “controle” voltada para
qualidade como inspeção, verificação, supervisão, só que vai muito além disso,
significando administração, gerência. Com isso duas ações básicas entram em
ação que são rotina e melhoria.
Segundo Brassard (1996) a rotina significa permanecer no rumo atual,
obedecer normas, evitar mudanças. Uma rotina bem montada, nada muda na
empresa e ela continuará produzindo os mesmos produtos, com a mesma
qualidade, com o mesmo custo e na mesma quantidade; isso traz uma
previsibilidade a empresa mas ao mesmo tempo traz uma séria ameaça por ele
permanecer estática e com isso perder competitividade. A melhoria movimenta
13
a organização, muda buscando níveis de desempenho nunca alcançados e
isso envolve a criação de novos produtos, processos e mercados; reduzis
custos, acidentes e absenteísmo; aumentam a produção, qualidade e lucro.
Segundo Mota (2005) o controle de qualidade é a administração de um
produto e serviço para atingir a necessidade de uma empresa através de
pessoas qualificadas que aplique as ferramentas de qualidade bem, no
momento certo e com eficácia, seguindo as rotinas adequadamente e tendo
uma visão global de melhoria, e com isso aumentar a competitividade da
organização, gerando com isso lucro, rentabilidade e alcançar a excelência nos
processos e na imagem da organização perante o mercado.
14
CAPÍTULO II
Conceito de Logística
O conceito de logística, existente desde a década de 40, foi
utilizado pelas Forças Armadas norte-americana. Relacionava-se com o
processo de aquisição e fornecimento de materiais durante a Segunda
Guerra Mundial, e foi utilizado por militares americanos para atender a
todos os objetivos de combate da época (FOSSATI, 2000).
A insuficiente difusão da logística nas empresas fez com que a
grande maioria delas dispensasse à matéria um tratamento puramente
funcional.
No que se refere à pesquisa e publicações científicas, encontra-se
em profusão estudos que tratam de problemas logísticos pontuais, como
roteirização e dimensionamento de frota de veículos, localização,
dimensionamento e layout de armazéns, seleção de fornecedores, etc.
Por outro lado, são escassos os trabalhos dedicados à integração
das atividades logísticas na empresa, à quantificação e definição do nível
de serviços aos clientes, transportadores e à integração de todos estes
fatores dentro da logística (ARBACHE, 2004).
Em outras palavras, a execução das atividades relativas à
movimentação de materiais e ao fluxo de informações, do fornecedor ao
consumidor final e vice versa, é realizada de forma segmentada.
15
Este enfoque fracionado incutido nas empresas traz algumas
conseqüências nocivas: (Ching,1999).
•
Ciclos logísticos de maior duração;
•
Custos logísticos elevados;
•
Nível de serviços ao cliente aquém do desejado.
Além disso, a falta de profissionais que dominem e possuam
habilidades para planejar, executar e analisar todas as atividades de
forma integrada, também é um fator nocivo às atividades logísticas. Hoje
uma nova concepção visa perseguir a integração das diversas áreas
envolvidas na produção, dimensionamento e layout de armazéns,
alocação
de
produtos
em
depósito,
transportes
(roteirização,
dimensionamento de frota de veículos), distribuição, seleção de
fornecedores e clientes externos. Esse novo conceito é conhecido como
“supply chain” ou logística integrada.
Os ambientes altamente competitivos, aliados aos fenômenos cada
vez mais amplo da globalização dos mercados, exigem das empresas
maior agilidade, melhor performance e a constante procura por redução
de custos.
Neste
universo
de
crescentes
exigências
em
termos
de
produtividade e de qualidade do serviço oferecido aos clientes, a logística
16
assume papel fundamental
entre as diversas atividades da
empresa, para atingir seus objetivos.
As empresas desenvolvem suas atividades no meio de um macro
ambiente que as circunda, a qual condiciona de forma considerável seu
funcionamento.
O maior ou menor êxito das empresas dependerá de seu sucesso
no relacionamento com esse macro ambiente e em procurar um equilíbrio
dinâmico e permanente (Arbache, 2004).
Logística pode ser entendida como o gerenciamento do fluxo físico
de materiais que começa com a fonte de fornecimento no ponto de
consumo. É mais do que uma simples preocupação com produtos
acabados, o que era a tradicional preocupação da distribuição física
(FOSSATI, 2000).
17
CAPÍTULO III
Evolução da Logística nas Próximas Décadas
Atualmente, a logística empresarial é um ramo instigante e em
desenvolvimento, uma das mais importantes ferramentas para os
administradores atuais, mais nem sempre foi assim.
Para todos os fins, a prática moderna da logística empresarial
forma uma nova disciplina, o que não quer dizer que as atividades
necessárias de transporte, manutenção de estoques e processamento de
pedidos sejam novidades.
Contudo, somente recentemente uma filosofia integrativa esteve à
disposição para conduzir seus caminhos, visando à redução de custos e a
disponibilização de produtos aos clientes, no local certo, na condição
adequada e na hora requerida.
A partir da década de 70, a logística empresarial passou para o
estado de semi-maturidade, já que os princípios básicos amplamente
definidos estavam proporcionando benefícios às empresas.
Mesmo assim, a aceitação do mercado ainda era vagarosa, uma
vez que as empresas se preocupavam mais com a geração de lucros do
que com o controle de custos.
Contudo, algumas forças de mudanças e eventos influenciaram
cada vez mais a logística, como a competição mundial, a falta de matéria
18
prima, a súbita elevação de preços do petróleo, aumento da inflação
mundial. Houve mudança de filosofia que passou do estimulo da
demanda para melhor gestão dos suprimentos.
As funções de logística passaram a ser áreas de interesse à
medida que as empresas também começaram a enfrentar o fluxo de
mercadorias importadas.
Com o aumento dos preços do petróleo, os custos com transportes
elevaram-se e conseqüentemente, os custos de manutenção de
estoques.
A partir da década de 80, o desenvolvimento da logística tornou-se
revolucionário em virtude de fatores, como explosão da tecnologia da
informação, alterações estruturais surgidas nos negócios e na economia
dos países emergentes, formação de blocos econômicos e no fenômeno
da globalização (CHING, 1999).
Já a partir dos anos 90 a logística passa a ser entendida como a
junção da administração de materiais com a distribuição física. Isto leva a
crer que futuramente a produção e a logística se aproximarão cada vez
mais, não só em conceito, mas também buscando juntas em sintonia os
mesmo objetivos
19
CAPÍTULO IV
As Dificuldades de Distribuição no Brasil
O roubo de carga tem sido um sério problema no Brasil, principalmente a
partir do início dos anos 90. O modal de transporte rodoviário, por apresentar
grande importância na movimentação de cargas no país, é aquele que está
sendo a maior dificuldade para enfrentar esse tipo de delito. Esse contexto de
insegurança vem exigindo uma revisão dos métodos de Gerência de Riscos
por parte das empresas.
O gerenciamento de risco no transporte rodoviário de cargas inclui a
compra de aparelho de rastreamento do veículo por satélite, software que
gerenciam a rota do caminhão e conectam o veículo à empresa, treinamento
de motoristas e contratação de seguranças e escolta para seguir o caminhão
que tem cargas valiosas. Ao contrário do Brasil, onde o fator segurança é
determinante, nos EUA e países desenvolvidos o sistema de gerenciamento de
risco, e o rastreamento são praticados como um suporte logístico.
Segundo o site CNT (2005), de acordo com estatísticas do Sindicato das
Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), as
transportadoras paulistas tiveram prejuízo de R$ 148,8 milhões em 2005,
quando houve 1.930 ocorrências de roubo de cargas. As perdas foram só um
pouco maiores que as de 2004, quando as transportadoras tiveram prejuízo de
R$ 146,9 milhões.
20
Nas palavras de Ballou (2003, pág. 97):
A
logística
empresarial
estuda
como a administração pode prover
melhor nível de rentabilidade nos
serviços
de
distribuição
aos
clientes e consumidores, através
de planejamento, organização e
controle efetivos para as atividades
de movimentação e armazenagem
que visam facilitar o fluxo de
produtos.
A ineficiência do Poder Público para combater este problema custa caro
ao país, que perde receita de impostos pela comercialização irregular de
mercadorias. O resultado de ações coordenadas e integradas entre a polícia e
o fisco, com uma rígida fiscalização do comércio de mercadorias, é o principal
meio para se coibir este delito.
As cargas mais visadas são as de fácil escoamento no varejo e de difícil
reconhecimento de fontes de origem. Dentre eles: produtos alimentícios,
cigarros, cargas fracionadas, confecções e têxteis e eletrônicos.
O Brasil ainda enfrenta sérios problemas com o transporte, pois só se
investiu até hoje em transporte rodoviário e aéreo e muito precariamente. O
transporte aéreo está passando por forte turbulência nos últimos meses,
enfrentado problemas como apagão aéreo, over book, constantes suspeitas de
acidentes e super lotação nos principais aeroportos e causando um caos. O
transporte rodoviário é muito inseguro por causa das falta de segurança e
manutenção nas estradas, gerando assim prejuízo aos empresários. Os outros
tipos de transporte, tais como: ferroviário, aquaviário e etc... são escassos no
nosso país, enquanto em países desenvolvidos eles são os mais utilizados
como tática e estratégia de venda e de bom atendimento ao cliente.
21
CAPÍTULO V
Modais de Distribuição
Uma forma de quantificar o esforço de transporte ou, em outras
palavras, o seu nível de produção, é determinar o chamado momento de
transporte, ou seja, o total de toneladas - quilômetros, executado pelos
diversos modos.
Medindo-se a produção, apenas em toneladas de cargas
transportadas estarão mascarando os resultados porque o esforço
necessário para deslocar a carga é proporcional à distância vencida e a
quantidade movimentada. Com isso todos os tipos de cargas, incluindo
granéis liquido (basicamente petróleo e seus derivados), granéis sólidos
(minérios, carvão, cereais em grão), e cargas adicionadas (caixas,
sacarias, etc.), a produção dos diversos modos no Brasil (transporte
externo), está dividida em cinco modos: (ARBACHE, 2004).
a) Modo Rodoviário
O modo rodoviário é o mais expressivo no transporte de cargas no
Brasil, e atinge praticamente todos os pontos do território nacional.
Com a implantação da indústria automobilística na década de 50, e com a
pavimentação das principais rodovias, o modo rodoviário se expandiu de tal forma que hoje
domina amplamente o transporte de mercadorias no País.
Hoje, a rede rodoviária nacional se apresenta bastante deteriorada, com extensos
trechos necessitando de recursos maciços para sua recuperação.
Essa situação
prejudica bastante o transporte
22
rodoviário de mercadorias, aumentando os tempos de viagem e encarecendo os
custos operacionais (ARBACHE, 2004);
b) Modo Ferroviário
Para escoar a produção agrícola brasileira e transportar os
produtos importados para o interior do território nacional, foram
implantadas em fins do século passado e início deste, um número
razoável de ferrovias, com uma extensão total também expressiva.
O transporte ferroviário passou a ser utilizado primordialmente no
deslocamento de grandes massas de produtos homogêneos, ao longo de
distâncias relativamente extensas.
Minérios (de ferro, de manganês), carvão mineral, derivados de
petróleo, cereais em grão (soja, milho), quando transportados a granel,
cobrindo distâncias relativamente grandes, são produtos passíveis de ser
deslocados por trem.
Por tudo isso, hoje há um consenso de que as ferrovias, no Brasil,
devem ser destinadas ao transporte dos tipos de carga apontados acima:
grandes tonelagens de produtos homogêneos, preferencialmente a
granel, ao longo de distâncias relativamente longas (ARBACHE, 2004);
23
c) Modo Marítimo de Cabotagem
A costa brasileira é dotada de um número apreciável de portos
marítimos, além de alguns portos fluviais que atendem navios costeiros,
como por exemplo, Porto Alegre, Manaus e Belém
O transporte de cabotagem está fortemente atado, infelizmente, à
operação portuária que, no Brasil, deixa muito a desejar.
Adicionalmente, o transporte complementar entre as origens da
carga e o porto e, no sentido inverso, do porto aos destinos finais, está
sujeito a restrições diversas tais como congestionamentos, excesso de
burocracia, atrasos nas chegadas e saídas dos navios, greves freqüentes,
etc.
Hoje a cabotagem é mais utilizada no transporte de granéis,
petróleo e seus derivados, sal, produtos químicos. Cerca de 66% do total
transportado (em toneladas-quilômetro) corresponde a granéis líquidos,
28% referem-se aos granéis sólidos, e os 6% restantes são constituídos
por cargas acondicionadas (caixas, sacarias, etc.);
d) Modo Aéreo
O frete, para transporte de carga aérea, é significativamente mais
elevado do que o correspondente rodoviário. Mas, em compensação, o
tempo de deslocamento porta a porta pode ser bastante reduzido, abrindo
um mercado específico para essa modalidade.
Cargas parceladas e encomendas, embaladas normalmente em
pequenos volumes, utilizam o transporte aéreo com freqüência;
24
e)
Modo Hidroviário - Fluvial
O serviço hidroviário tem sua abrangência limitada por diversas
razões. As hidrovias domésticas estão confinadas ao sistema hidroviário
interior, exigindo, portanto, que o usuário ou esteja localizado em suas
margens ou utilize outro modal de transporte, combinadamente.
Além disso, o transporte aquático é, em média, mais lento que a
ferrovia. Por exemplo, a velocidade média no sistema Mississipi nos
Estados Unidos é de 5 a 9 milhas horárias, o que representa 14,4 Km,
dependendo da direção.
A viagem média é de 507 milhas. Disponibilidade e confiabilidade
são fortemente influenciadas pelas condições meteorológicas (BALLOU,
2001).
No Brasil utiliza-se o modal de transporte hidroviário em pequena
escala para fins do transporte de granéis liquido, principalmente no norte
do país, onde existem rios navegáveis e poucas opções por rodovias e/ou
ferrovias.
25
CAPÍTULO VI
Mecanismos de Controle de Qualidade
Existem diversos tipos de ferramentas de gerenciamento voltado
para a qualidade. Segundo Paladini (2005) a qualidade ela serve para
vencer a concorrência, para sedimentar a imagem da empresa no
mercado, para aumentar o grau de confiança dos consumidores, para
promover a auto-satisfação dos que produzem, enfim, para tudo a
qualidade está na ordem do dia. Em cada etapa de sua aplicação são
utilizadas
diversas
ferramentas,
a
seguir
serão
apresentadas
sucintamente:
a) Conforme o pensamento de Paladini (2005) PDCA é um método
que tem como objetivo a manutenção, e a melhoria dos processos. Em
cada etapa de sua aplicação são utilizadas diversas ferramentas;
b) Segundo Paladini Brainstorming (tempestade de idéias) são
processos feitos em grupos em que os indivíduos emitem idéias de forma
livre, sem críticas, no menor espaço de tempo possível. Utilizam-se
grupos de no máximo 5 a 12 pessoas e o seu propósito é lançar e
detalhar idéias com um certo enfoque. O brainstorming pode-se dizer que
se divide em três fases típicas:
•
Clareza e objetividade na apresentação do assunto,
problema ou situação;
•
Geração e documentação das idéias;
•
Análise e seleção;
26
c) Carta de Controle é um tipo específico de gráfico de controle que
serve para acompanhar a variabilidade de um processo, identificando
suas
causas
comuns.
Essas
causas
estão
relacionadas
ao
funcionamento do próprio sistema e fora dos limites de controle;
d) Diagrama de causa e efeito, também conhecido como
Diagrama de Ishikawa, ou Diagrama de Espinha de Peixe é uma
ferramenta de representação das possíveis causas que levam a um
determinado efeito;
e) Fluxograma é a representação gráfica que permite a fácil
visualização dos passos de um processo. O fluxograma utiliza símbolos
padronizados, que facilitam a representação dos processos;
f) Matriz GUT é a representação de problemas, ou riscos
potenciais, através de quantificações que buscam estabelecer prioridades
para abordá-los, visando os impactos. Analisa-se através de aspectos de
gravidade (G), urgência (U) e tendência (T).
g)
5W2H
é
utilizada
principalmente
no
mapeamento
e
padronização de processos, na elaboração de planos de ação e no
estabelecimento de procedimentos associados a indicadores. Representa
as iniciais de Why (Por que), What (O que), Where (onde), When
(Quando), Who (Quem), How (Como) e How Much (Quanto custa).
Segundo Junior (2005) existe hoje em dia 5W3H, onde inclui o 3º H que é
How Many (Quantos).
27
CAPÍTULO VII
Relação entre a distribuição e a prática da gestão da qualidade
Segundo Williams (1999) o serviço de atendimento ao cliente , passou a
ser uma preocupação por parte das empresas. A revolução nesse setor foi
muito grande nas últimas décadas e vem envolvendo todos os setores da
organização, focando os mesmos a trabalharem com uma missão única que é
servir o cliente final de maneira eficaz e com confiabilidade.
O uso das ferramentas da qualidade, vem sendo muito usada nas
organizações, levando os setores a se integralizar e trabalharem em equipe,
formando planejamentos estratégicos, planos de ações e até mudando culturas
organizacionais.
Na logística a meta é trabalhar com prazo e o mesmo tem que ser
seguido de maneira eficiente, buscando atender melhor o cliente. Nas estradas
existem diversas dificuldades como meios de transportes escassos, tarifas dos
pedágios, risco de assaltos e acidentes e etc... Com ferramentas da qualidade
os custos internos irão diminuir com o intuito de superar essas barreiras que
são impostas pelo governo e por situações adversas.
A distribuição tem que ocorrer de maneira “barata” e eficaz, trazendo
assim uma rentabilidade para o cliente e uma satisfação para o cliente, e essa
qualidade no atendimento só poderá acontecer se os colaboradores estiverem
motivados e dispostos a seguirem os padrões e as normas.
28
CONCLUSÃO
Seguindo o pensamento que foi apresentado no trabalho, com os dias
de hoje temos a sensação que as empresas contemporâneas estão buscando
cada vez mais a perfeição e tentando de todas as maneiras aumentarem sua
qualidade e levando isso até ao cliente final. As organizações agem de maneira
clara com seus colaboradores, motivando os mesmos a atingirem as metas e
objetivos decididos pela alta administração, com o intuito de alcançar a
excelência de mercado e uma imagem de respeito em relação a sua
concorrência tanto no ambiente direto com no ambiente indireto.
Percebemos que através do controle de qualidade a distribuição de
produtos tornou-se uma variável das mais importantes como o diferencial
competitivo.
Com a globalização as empresas se tornaram mais dinâmicas e ágeis,
então a maneira mais eficaz de acompanhar a concorrência é buscando novos
planos de contingência e atuando de maneira rápido e em âmbito legal. Com
isso as organizações se expandem em um horizonte de sucesso e com seu
pessoal motivado e atuando de maneiro certo sem gerar grupos informais.
Seguindo o foco do trabalho pode-se entender que com eficiência desde
os níveis hierárquicos superiores, com um bom desenho de cargo e manuais
de poderes, onde se dividem bem os poderes, as tarefas e decisões que cada
um tem que tomar com o intuito de levar a organização para um futuro de
excelência, entendemos que cada vez mais os níveis hierárquicos menores vão
fazendo sua parte no operacional. Com isso a empresa trabalha em sinergia e
os funcionários transmitem empatia para os seus colegas de trabalho.
29
Com as ferramentas de qualidade como “fluxograma” poderemos
racionalizar processos, buscando uma agilidade e padronização e com o esse
mapeamento poderemos enxergar o trabalho de toda a empresa, enxugando
assim desperdícios e custos relacionados a retrabalhos.
30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASSARD, Michael. Qualidade – Ferramenta para uma melhoria contínua.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996.
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CHING, Hong YUh. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada –
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Suprimentos, São Paulo: Editora Pioneira, 2001.
CNT: Disponível no site http://www.cnt.org.br – Acesso em: 05/06/2009
FOSSATI, Kleber. Logística Empresarial: A perspectiva Brasileira, Rio de
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31
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05/06/2009
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WILLIAMS, Richard L.. Como implementar a qualidade total na sua
empresa. São Paulo Editora Campus, 1995.
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