ANO XXIII Nº 143 NOV 2011 / MAR 2012
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DO WHISKY
Patrono Heitor Vignoli
UMA DOSE DE WHISKY FAZ MAIS QUE AQUECER O CORAÇÃO.
ELA SOLTA A LÍNGUA E REASSEGURA A QUEM ESTÁ INDECISO.
MAS, PRINCIPALMENTE, FACILITA O DISCURSO, ACELERA O
SENSO DE HUMOR E DÁ SUBSTÂNCIA Á MEDITAÇÃO.
IVOR BROWN
A turma toda reunida e muito feliz com o Happy End of
the Year: Neidson Miranda, Marcio Almeida, J. A. Caiuby,
Enio Silveira, Haroldo Sprenger, Kleber Prado, Luiz Fernando Machado, Ricardo Sampaio e Leonardo Lopes dos
Santos – Whisky Whyte And MacKay The 13.
Vejam mais detalhes na página 2.
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Ficam, pela presente, convocados os senhores associados da SOCIEDADE BRASILEIRA DO WHISKY a se reunirem em
Assembléia Geral Ordinária a se realizar em sua sede social, localizada na Av. Rui Barbosa, 830/102 na cidade do Rio de
Janeiro, no dia 11 de abril de 2012, às 18:30 horas em primeira convocação, ou em segunda às 19:00 horas, com qualquer
número de participantes para deliberarem sobre as seguintes matérias:
• Exame e aprovação das demonstrações financeiras e análise do parecer do Conselho Fiscal;
• Assuntos de interesse geral.
Rio de Janeiro, 11 de abril de 2012
A DIRETORIA
EM TEMPO:
Aos sócios participantes será servido um bom scotch whisky. Compareça!
HAPPY END OF THE YEAR
Final de ano, pleno de eventos e confraternizações, onde se tenta exorcizar os maus espíritos, resolveu-se, para
o congraçamento de todos os ESSEBEDABLIANOS, promover a primeira noite de Happy End of the Year, onde
seriam afastados os maus espíritos de 2011, regiamente trancados na famosa “salinha dos fantasmas escoceses”.
Foi um sucesso total. Consumimos mais de meia dúzia de fantasmas, comemos salmão, pão, costelas assadas,
patês e outras iguarias, regadas ao sabor de diversificados blended scotch whiskies. Tivemos um comparecimento superior ao esperado, não só de sócios
como de seus familiares, que deram um clima
2
de amizade e fraternidade, que é a essência da
SBW. Parabéns a todos que abrilhantaram com
suas presenças aos colaboradores, fornecedores,
enfim a todos que ofertaram a sua parcela para o
sucesso do evento.
Veja as fotos:
1
3
5
4
(1) Neidson, Caiuby e o Presidente Kleber
Nota: a foto do Caiuby já foi substituída pela definitiva.
(2) e (5) Acepipes servidos no evento
(3) Família José e Leonardo Lopes (pai e filho) junto
com Roberto Nóbrega e Leonardo Bollentini
(4) Vista geral da alegria que reinou na festa
HAPPY HOUR
DO DIA 23/11/2011
O casal John Robert Walker e convidadas
numa de nossas Happy Hours acompanhado
de Kleber Damasceno Prado e Carlos Rubens
Braga Negreiros.
2 - WN 143/2012
Jezer
Menezes
Responsável
pelo salmão
que foi
muito
elogiado
GERMANIA – 25/11/2011
Como nos anos anteriores, O Pato ao Whisky na Sociedade Germania foi um sucesso. Parabéns ao nosso diretor Haroldo Sprenger, pela criação e pela preparação.
Parabéns também ao Conselheiro Jezer Menezes que, por sua vez, criou e preparou
um maravilhoso salmão, excelente companhia para o pato.
E a Margret Möller, presidente da Germania, o nosso muito obrigado.
Vejam as fotos do evento:
Waldir Garcia, nosso vice Caiuby,
Eduardo Abranches e Haroldo Sprenger
Enio Silveira e Isabela, Bárbara e
Bruno Caiuby habituées da SBW
Casal Neidson Miranda com o Pres. Kleber Prado
Manoel Vidal e Sra, juntamente com
J. P. Kahl e Milton Pires sorrindo
Casal Franco Monti comparecendo
pela 1ª vez ao nosso evento
ASSUNTO: RECEITA
DO MOLHO
DO PATO AO WHISKY
A receita do molho do pato ao whisky é a
seguinte:
deixamos que um pato e uma pata cruzem
esperamos que a pata coloque ovos
de um dos ovos pegamos o pato bem pequeno
engordamos o pato durante algum tempo
com ração balanceada orgânica
matamos o pato sem que ele note
tiramos as penas, sem pena
congelamos o pato morto e depenado, ou não
descongelamos se tiver sido congelado, ou
não se não tiver
lavamos o pato, bem lavado
abrimos o pato
tiramos as entranhas
lavamos por dentro
esfregamos manjerona por dentro e por fora
do pato
esfregamos qualquer outro tempero que
queiramos
esfregamos sal por dentro e por fora
de uma macieira organica retiramos 2 maçãs
verdes
lavamos as maçãs
cortamos em 4 pedaços cada e retiramos
caroços e caule
Senhoras animadas conversando (Maria Regina Prado,
Gogoia Garcia, Conchita Sprenger e Angela Negreiros)
estufamos o pato com os 8 pedaços de maçã
costuramos a abertura do pato com linha e
agulha ou barbante e palito,
dependendo da disponibilidade destes apetrechos e da habilidade do chef
colocamos o pato numa bandeja
pré aquecemos o forno
abrimos o forno
mesmo que ele não queira ir, levamos a
bandeja com o pato ao forno
fechamos o forno
de vez em quando abrimos o forno, regamos
o pato com a gordura
que dele escorrerá e fechamos o forno
viramos o pato de vez em quando (não esquecer de abrir e fechar o forno)
quando estiver assado (o pato) abrimos o
forno
retiramos a bandeja com o pato do forno
desossamos o pato quente e reservamos um
lugar para reservar o pato
jogamos a carcaça, o pescoço, o resto das
maçãs e a raspa da bandeja numa panela
acendemos o gás da boca do fogão para
onde irá a panela
colocamos a panela na boca (do fogão) préselecionada
deixamos cozinhar em fogo médio, acrescentando água
esperamos que esta água atinja uma coloração mais ou menos marrom
Casal Alvaro Costa abrilhantando a nossa festa
passamos a água por
um coador para uma
outra panela
repetimos a a operação
anterior i.é. acendemos uma boca, colocamos a panela etc.
Haroldo Sprenger
misturamos um pouco
de farinha de trigo em
um pouco d’água fria
adicionamos esta mistura a àgua coada
deixamos cozinhar até que a água coada,
marrom, fique mais espêssa
testamos o gosto pegando uma colher, mergulhando-a na água coada e colocando
umas gotas na mão (cuidado...está quente)
bebemos as gotas
ajustamos o gosto com algum tempero mas
recomendo somente sal
quando a consistencia e o gosto da água
coada estiverem bons, voilá !!! temos um
molho de pato assado
talvez tenham faltado alguns detalhes para
a perfeita execução de todos os passos
acima tipo: para desossar o pato, pegar uma faca;
para acender o forno, pegar um fósforo etc.
agora...o detalhe do whisky... eu esqueci...
Abraço – Haroldo
WN 143/2012 - 3
UÍSQUE ESCOCÊS DE 21 ANOS É ESCOLHIDO O
“MELHOR DO MUNDO”
O uísque Old Pulteney, feito em uma das destilarias
mais remotas da Escócia, foi eleito o melhor uísque
do mundo, por Jim Murray, um dos maiores especialistas do mundo.O single malt Old Pulteney, de 21
anos, conseguiu 97,5 pontos em uma escala que vai
até cem na Jim Murray’s 2012 Whisky Bible.
Jim Murray provou mais de 1,2 mil amostras de bebidas antes de escolher o uísque vencedor. ”O Old
Pulteney de 21 anos explode no copo com vitalidade,
carisma e classe”, afirmou Murray.
“(A destilaria) Pulteney não tem a força financeira dos
maiores barões do uísque para fazer propaganda de
seus maltes no palco global. Espero que este prêmio
ajude uma das grandes, porém desconhecida, destilaria da Escócia a ser descoberta no mundo todo”,
acrescentou.
A bebida é fabricada em
O Old Pulteney é envelhecido em barris de carvauma cidadezinha da Escócia
lho americano e engarrafado na destilaria Pulteney,
em Wick, uma pequena cidade pesqueira no extremo norte da Escócia. “Estamos
muito satisfeitos com este prêmio. É uma homenagem à arte tradicional que temos
aperfeiçoado através dos séculos e também ao caráter único que a cidade dá ao
nosso uísque”, disse um porta-voz da destilaria Pulteney. A destilaria Pulteney tem
uma história atribulada. Uma votação na região de Wick proibiu a venda de bebidas
alcoólicas em 1922, durante 25 anos. Com a queda na demanda por uísque, a destilaria fechou em 1930, mas reabriu em 1951, depois que a proibição foi derrubada
em uma nova votação.
POESIA
OS DEZ MANDAMENTOS
Esta poesia foi recitada a pedidos, pessoalmente pela autora Liane dos Santos
(veja na foto abaixo), durante a Happy
Hour de 16/11/2011 frente ao Sr. João
Paulo Kahl, que foi por ela homenageado sendo o titular das Pequenas
Delicadezas do ano de 2011.
Os Dez Mandamentos
Liane dos Santos
Amei-te, meu Deus, sobre todas as coisas;
evitei dizer teu nome em vão
e guardei teus dias santos com fervor e devoção.
Honrei minha mãe e meu pai,
não matei e nem roubei
e nunca, contra a castidade
um pensamento sequer evoquei.
Dos meus lábios nunca um falso testemunho
e coisas alheias, nunca, nunca cobicei.
Só um mandamento teu for mais forte que
pensei:
o penúltimo, o que proíbe desejar alguém
que já seja de outro alguém, segundo a tua lei.
Contra esse não tive forças e perdão, Senhor,
pequei.
Desejei, sim, ardentemente desejei.
No entanto, humildemente, também devo
confessar,
que parte dessa culpa é tua:
por que, meu Deus, foste criar,
e tão tarde me revelar
tal divina criatura?
O PATURI CONTINUA ÓTIMO
A maioria dos sócios da SBW, paulistanos, cariocas ou do Vale do Paraíba certamente já pararam para um canard à L´orange no restaurante Paturi em Guaratinguetá
(vejam a matéria sobre nossa reunião na edição passada). Ele continua ótimo, tanto
nas acomodações quanto na comida. Monsieur Georges Ligot, do alto dos seus 82
anos, continua à frente do empreendimento e do cardápio. A SBW sugere o patê
da casa para acompanhar um bom whisky. E depois dar uma paradinha no hotel
que ninguém é de ferro.
A PROMOÇÃO PARA OS COMPANHEIROS
QUE TROUXEREM NOVOS SÓCIOS CONTINUA...
A campanha para novos sócios da SBW está sendo um sucesso. Os companheiros que nos indicarem
novos pretendentes, uma vez aprovados pela diretoria da SBW, terão direito a uma garrafa de whisky
(para seu consumo “in loco”, bem entendido). O novo sócio receberá 2 copos de whisky com o emblema da SBW. No final da campanha, os que tiverem trazido mais sócios ganharão prêmios adicionais.
Portanto: MÃOS Á OBRA PARA AUMENTAR O NOSSO QUADRO SOCIAL.
4 - WN 143/2012
Carlos
Rubens
Negreiros
AS COISAS BOAS E BOAS IDÉIAS VOLTANDO!
Que coisas boas estão acontecendo de novo nas Happy Hours da SBW !
Um antigo hábito, quase desaparecido, está ressurgindo.
Nossos sócios e diretores estão trazendo, para degustação conjunta dos presentes, whiskies especiais,
estranhos, single malts, raridades, etc.
Haroldo Sprenger começou com um Cu Dhub, depois com um Nikka 12 anos e ainda, depois de
uma viagem, um single malt AnCnoc. Também trouxe um Kilchoman, de 3 anos, da mais nova
destilaria da Escócia.
Nosso Manoel Vidal apareceu com um Yamazaki espetacular, mostrando que os japoneses estão produzindo coisas do arco
da velha, sem dever nada aos escoceses.
José Lopes dos Santos veio com um malte Dufftown-Glenlivet, um blend de 8 anos Inverness Cream e disse que tem mais
reminiscências em casa para nos mostrar.
Seu filho Leonardo, nosso diretor de Informática, trouxe um malte Balvenie de degustar de joelhos além de um Snow Grouse.
Antonio Carlos, nosso diretor de Sede, veio com um malte Singleton, que também já tinha nos visitado trazido pelo nosso
Aquidaban, que, para não ser repetitivo, ainda trouxe um malte Dalwhinnie, de beber rezando!
Nosso sócio escocês, Paul Irvine, voltou de viagem com um Royal Lochnagar.
Alguém, por favor desculpe a nossa falha, chegou com um Mackinlays Original 21 anos.
Presidente Kleber e Waldir Garcia trouxeram o malte Scapa de 14 anos!
Nosso bom Enio, para não deixar barato, veio com um Scapa 16 anos, e não satisfeito, introduziu o Macallan Select Oak em
nosso meio. Isto sem falar que, como a Brown-Forman não conseguiu liberar na Alfândega o malte Glenmorangie Lasanta
para o nosso evento no Marimbás, na volta de uma viagem ao exterior a trabalho, trouxe uma garrafa que tinha acabado de
chegar ao free-shop.
Por fim, o presidente Kleber ainda voltou de Disneyworld com a família com um malte Talisker na bagagem.
“Tomara” que eu tenha esquecido de alguém! Pode me dar uma bronca merecida que eu me retrato!
Bons ventos voltando para a SBW!
Jezer
Menezes
DISCOVERY CHANNEL – A CERVEJA
O DISCOVERY CHANNEL apresentou um programa, talvez patrocinado por fabricantes de cervejas
(principalmente as marcas MILLER e COORS) que tinha como título A CERVEJA, do qual colhi algumas
curiosidades:
Durante a guerra da independência americana, o presidente George Washington determinou que cada
soldado sob as suas ordens deveria ter um “mosquetão” e uma cota de ração diária de cerveja;
Que as cervejas MILLER e COORS foram trazidas para a América por dois imigrantes alemães;
Que o hino nacional americano está fundamentado em uma brincadeira de estudantes, que dizia:
aquele que cantar na íntegra a canção (que originou o hino) teria direito a mais uma caneca de cerveja;
Que as decisões sobre a vida dos americanos, normalmente, eram traçadas em Tavernas, onde se bebia o líquido e após a sua ingestão, os participes saiam as ruas para divulgá-las, principalmente em New York, Boston e algumas outras cidades importantes;
Que somente eram produzidas cervejas no período frio, pois no verão o produto, já que era natural, secava devido ao calor.
Inventou-se a primeira máquina de amônia, para refrigerar o produto e a ser vendido no verão;
Que o grande desenvolvimento industrial americano não foi protagonizado por Henry Ford, com a invenção do Ford T,
mas com a indústria de garrafas, para a qual foram criadas inúmeras máquinas, alavancando a produção industrial americana,
tornando-se o maior invento do século XIX;
Que quando todos pensavam que o cientista Pasteur fazia suas experiências com leite, enganavam-se, pois todas eram feitas
tendo como objeto de estudo a cerveja. Descobriu-se a razão da cerveja “estragar”: os “germes”;
Hoje na América se bebe, em média, 75 litros de cerveja per capita por ano e na Austrália um produtor de cerveja, já descobriu a fórmula para se beber cerveja nas viagens espaciais, já que as para consumo na terra, contendo ar e líquido, provocariam uma espécie de arroto, que seria expelido (ar e líquido) pelo astronauta que a bebesse. A cerveja espacial não conteria
ar, podendo ser ingerida normalmente, sem perder as características.
WN 143/2012 - 5
José
Augusto
Caiuby
PROTESTOS POR UM WHISKY INESQUECÍVEL
Com profunda tristeza soube que o ex-colecionador de Whiskies Sergio Lemos Torres, de CuritibaPR, vendeu sua coleção para o nosso amigo José Roberto Briguenti, que passou a guardá-la em um
lugar sagrado – Catedral do Whisky, provavelmente sem aproveitar o seu conteúdo inteiro, ou seja
sem beber toda ela.
Visitei o Sérgio algumas vezes em seu bunker, com o pretexto de rever a sua bela coleção cheia de raridades, de preciosidades, de curiosidades e de novidades as quais já relatei em um WN anterior. Numa dessas visitas fui acompanhado
de meu filho Bruno, que ficou muito impressionado com o seu conteúdo e organização. O Sérgio sempre foi um bom
anfitrião e me ofereceu, nas ocasiões, o nosso velho conhecido de guerra JW Black Label, mas me sinto traído.
O meu sentimento de dor não foi a transmissão das garrafas, mas apenas de uma, ou melhor de duas delas que sempre
pedi para comprar, ganhar, degustar ou sei lá o que. Eu sempre quis beber mais uma vez o Whisky que me introduziu
neste mundo maravilhoso do Scotch: LONDON TOWER, que não encontro em lugar nenhum. Nem em leilão de herdeiros abstêmios.
Acho que todos nós, com mais de 60 years old, bebemos dele por diversas vezes. Era o uísque que podíamos beber com
nossa mesada nos Clubes e Bares do Rio de Janeiro e de São Paulo. Lembro que custava o equivalente a uma moeda da
época em quase todos os lugares.
Sua fabricação era no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão. Meu pai, hoje com 93 anos, comprou
várias caixas e bebeu algumas delas.
Nunca me fez mal e a nenhum de nós, pois estamos todos vivos e bebendo até hoje.
Com a notícia da venda, me sinto como “cachorro de pobre que caiu da mudança em plena estrada
movimentada”, pois o Sérgio, que conheço há mais de trinta anos, tinha umas 04 (quatro) ou mais garrafas destas e poderia perfeitamente ter reservado 02 (duas) para meu deleite: uma eu beberia com meus
filhos e amigos, a outra deixaria para meus netos beberem a minha saúde quando maiores de idade.
Notas do Editor:
SABEDORIA
UM VELHO SÁBIO ALQUIMISTA,
BUSCANDO A PERFEIÇÃO !!!
01. Felizmente o Caiuby não ficou a ver navios.
O companheiro Jezer Menezes tinha uma garrafa
em casa e presenteou-a ao nosso bom Vipra.
02. Vejam mais sobre a Catedral do Whisky na
próxima edição do Whisky News.
GARIMPADO DA INTERNET
UMA FILOSOFIA DE VIDA!
UM EXEMPLO A SER SEGUIDO
À medida que envelhecemos, por vezes, começamos a duvidar da nossa capacidade. Harold Schlumberg é uma dessas
pessoas que continuam produzindo, mesmo aposentado.
“Muitas pessoas me perguntam:
O que os velhos fazem quando se aposentam?
Bem, eu tenho sorte de ter uma formação em engenharia
química, e uma das coisas que eu mais gosto é transformar
cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas em urina.”
6 - WN 143/2012
A Madre Superiora de uma congregação irlandesa, com seus 98
anos, estava no seu leito de morte.
As monjas a rodeavam, tentando fazer mais cômoda sua última
viagem.
Deram-lhe um pouco de leite morno. Ela bebeu um gole e não
quis mais. Uma monja levou o copo de leite para a cozinha e,
nesse momento, lembrou-se que na despensa havia uma garrafa
de whiskey irlandes que haviam ganho de presente de Natal.
Colocou uma boa quantidade do whiskey no copo com leite.
Voltou ao leito da Superiora e aproximou o copo de sua boca. A
Superiora tomou um golinho, logo mais um e antes que se dessem
conta, tomou tudo até a última gota.
As monjas pediram-lhe: "Madre, dê-nos uma última palavra de
sabedoria antes de morrer."
Num último esforço, ela ergue-se um pouco e lhes diz:
"Nunca vendam esta vaca !"
FABRICANTES DA JOÃO ANDANTE SÃO ACUSADOS
DE PLAGIAR A MARCA JOHNNIE WALKER
Extraído de artigo de Pedro Rocha Franco – no Estado de Minas Gerais
De um lado, 200 garrafas vendidas por mês no boca a boca; de outro, cinco por segundo nas prateleiras de supermercados e
lojas especializadas do Japão ao Brasil. Uma é cachaça tipicamente mineira e o outro o uísque mais famoso do mundo. Um
tem ação na Bolsa de Nova Iorque e outra funciona num quartinho improvisado da casa de um dos sócios. Mas ainda assim
a gigante Diageo entrou com ação no INPI para cancelar a certificação de um produto mineiro: a cachaça João Andante. A
multinacional acusa jovens empresários mineiros de terem plagiado o nome e a marca do destilado escocês na criação da
pinga, que seria uma tradução livre de Johnnie Walker.
Tudo começou em 7/2/2011, último dos 180 dias para apresentação de recursos contra a certificação da pinga. Representantes da holding encaminharam notificação extrajudicial dando cinco dias para a retirada o pedido de certificação. O documento deixou Gabriel e Mateus Lana, Rafael Vidigal e Gabriel Moreira, sócios e criadores da cachaça, com os cabelos em
pé. “Porquê tamanha ameaça?”, uma vez que o produto já havia sido registrado no Inpi, em 2008. Agora era apenas para
revisão da marca.
A Diageo argumenta a história de quase dois séculos do uísque,
as supostas semelhanças entre as duas marcas e duas citações da
internet que associam o produto mineiro ao destilado escocês. A
primeira diz que João Andante seria um primo de Johnnie Walker
que veio para o Brasil durante a 1ª Guerra Mundial e, impedido
de fabricar uísque diante da falta de matéria-prima, resolveu fabricar cachaça. A segunda mostra uma foto de um comprador da
pinga com a garrafa em mãos e a seguinte frase: “João Andante,
a original! Se cuida Johnnie Walker” (sic). E acusa de má-fé os
criadores da cachaça: “(…) a marca atacada padece do requisito
da distintividade, sendo certo que, na mente do consumidor, a
lembrança do signo da suplicante confunde-se com o sinal da
suplicada. Resta evidente o intuito da suplicada de ficar à sombra
da marca suplicante, tentando usurpar para si a clientela, como
fazem todos os mal-intencionados”, diz a petição.
Os sócios dizem que não copiaram a marca, e apenas “inspiraram-se” nela. A cachaça foi inventada quando três dos amigos ainda
estudavam na Escola Técnica de Formação Gerencial do Sebrae, em 2003. Adolescentes, um deles disse que um dia fabricaria a pinga João Andante. Os amigos entraram então com pedido de patente do produto. “Pedimos uns R$ 600 emprestados para o meu pai e
corremos atrás do registro”, afirma Gabriel Lana, que transformou o produto em tema do trabalho de conclusão de curso do Sebrae.
Segundo eles, o plágio se caracterizaria por gerar confusão entre os consumidores. “Se fosse uma cópia, teríamos uma
caixa quadrada e vermelha. Mas não. A nossa é marrom e redonda. Eles estão subestimando a inteligência do consumidor.
Você acha que alguém vai confundir um uísque com uma cachaça?”, reiterando que as duas bebidas nem mesmo dividem
as prateleiras.
SUCESSO ALÉM DO PREVISTO
A primeira garrafa de João Andante só foi armazenada há três anos. Os criadores foram para Presidente Bernardes selecionar
um entre os mais de 40 alambiques da região. E a escolha foi por um produtor que tinha um barril de carvalho do século
19, o que garantia o tom mel do líquido. Seis meses depois do primeiro engarrafamento, era preciso fazer fila e encomendar
com três meses de antecedência. E um problema: não tinham como encontrar outro barril semelhante para manter o padrão
e aumentar a produção.
Em 2010 os amigos decidiram fazer João andar um pouco mais rápido. Um segundo alambique foi selecionado, permitindo a produção de dois tipos de cachaça. Dessa vez, em Passa Quatro. Mantendo o padrão artesanal, a diferença era que a estrutura do novo produtor permitia fabricar até 4 mil garrafas/mês, com certificação de orgânica.
Hoje, uma cachaça da marca custa R$ 40. Mesmo com a expansão da produção, suas vendas ainda ficarão longe dos 150
milhões de garrafas do uísque que são vendidas em mais de 200 países.
CONCEITO COMPLEXO
Durante a conceituação da marca, feita em parceria com a agência júnior de comunicação da UFMG, “Cria” , a ideia era
associar a pinga a um personagem com características de um sertanejo e de um caxeiro-viajante. Assim, escolheram o Jeca
Tatu, de Monteiro Lobato, e o lendário andarilho Juquinha, que até ganhou estátua na Serra do Cipó. Além disso, foi usado o
quadro Dom Quixote (1955), de Picasso de onde foi extraída a cabeça. Do 1º foi usada a tipografia para compor o nome; o 2º
serviu como pano de fundo para a composição conceitual. Consta também no argumento dos mineiros que o nome da pinga
não seria uma tradução literal do uísque, como consta na petição. Walker é do sobrenome da família criadora do destilado no
século 19, enquanto Andante seria uma referência a um andarilho errante. E, claro, a tradução de Johnnie seria Joãozinho e
não João, escolhido também por ser um dos nomes mais populares do Brasil.
WN 143/2012 - 7
DE GOLE EM GOLE
NOVIDADES DA
CASA FLORA
Humberto Cárcamo, gerente
da Casa Flora no Rio de Janeiro,
convidou a diretoria da SBW para
conhecer as instalações, de muito
bom gosto, da filial e para degustar
alguns produtos da extensa linha de
alimentos e bebidas importados por
aquela Empresa. Fomos saudados por
queijos, salames, lombos de “cerdo”,
pela cerveja PAULANER e por garrafas
de Whisky Dalmore, Isle of Jura, White
& Mackay e John Barr, produtos de
exclusiva importação da Casa Flora
e que vêm tendo um enorme sucesso
entre os apreciadores de single malt
e standard whiskies. Parabéns à Casa
Flora e ao Humberto, ressaltando que
ficou a promessa de estreitamento dessa parceria com a SBW. Novos eventos
certamente virão por aí.
Vamos conferir.
IMPORTANTE:
A SBW adquiriu o magnífico ATLAS MUNDIAL
DO WHISKY de autoria de DAVE
BROOM (Vencedor do Premio
Glenfiddich Larousse). Está à disposição dos sócios em nossa sede.
CACHAÇA
Após 22 anos tentando registrar
a marca Havana, os herdeiros de
Anísio Santiago, (o criador da cachaça
artesanal brasileira), que venceram batalha judicial contra a Havana Clube,
(produtora do rum cubano) tiveram sua
marca registrada no INPI.
ADEUS SÃO PEDRO
E SÃO PAULO
Nas nossas aulas de geografia
aprendemos que os penedos de São
Pedro e São Paulo são a porção mais
ao leste do território brasileiro, a meio
caminho da África. Poucos já os viram,
à exceção dos nossos companheiros
Ricardo Haber e Francisco Rodrigues
da Silva Filho, que por lá passaram de
navio há poucos meses.
Mas o nosso adeus não é para os penedos, mas para o fantástico bar de mesmo
nome, na Vila Olimpia, em São Paulo.
Infelizmente fechou as portas. Vai deixar
saudades. À Magu, sua proprietária,
nossos votos de sucesso nos próximos
empreendimentos.
SOCIEDADE BRASILEIRA DO WHISKY
AV. RUI BARBOSA, 830 / 102
RIO DE JANEIRO – 22.250.020 – BRASIL
Tel/Fax: (21) 2551–2297
E–MAIL: [email protected]
VIVA O PARIS 6 – BISTRÔ
Amigos e companheiros da
SBW reuniram-se em São
Paulo num novo “point”. O Bistrô
(24 horas) tem o simpático nome de
PARIS 6 (em homenagem ao 6º distrito
de Paris, St. Germain-des-Prés). Seu
proprietário Isaac, é amigo do nosso
diretor José Laerte Dutra e já colocou
o espaço à disposição da SBW para
nossos encontros regulares na terra
da garoa. Vamos frequentar! Mais
notícias oportunamente.
KEEP WALKING BRASIL
O Brasil está em segundo
lugar no mundo em consumo
do JW Red Label e em primeiro em
importação desse produto, segundo
informação da rádio CBN. Por esta
razão foi o único país no mundo onde
a propaganda Keep Walking apresenta
um tema local, já com grande circulação na “rede”.
Podem acessar:
www.youtube.com/watch?v=RTtcNP7
lmUo&feature=player_embedded
A SBW É UMA SOCIEDADE INDEPENDENTE
E SEM FINS LUCRATIVOS, FUNDADA EM
1988 E MANTIDA POR APRECIADORES DO
MAIS NOBRE DESTILADO DE CEREAIS.
SITE: www.sbw.org.br
EDITORIA DO WHISKY NEWS: KLEBER DAMASCENO PRADO, ARIDES VISCONTI
COLABORADORES: JOSÉ AUGUSTO CAIUBY, CARLOS RUBENS NEGREIROS, SÉRGIO CABRAL, ROBERTO BRANDÃO, LAGILDO BRASILEIRO DE LIMA,
JAGUAR, HAROLDO SPRENGER, JOSÉ LUIZ DE SOUSA GOMES, JOÃO BAPTISTA MAGALHÃES, JEZER MENEZES DOS SANTOS E DANIEL MAC MAHON BASTOS
FOTOGRAFIAS E DIAGRAMAÇÃO: RICARDO ORTIZ - DIGITAÇÃO: MARIA LUCIA GIUDICELLI
D I R E T O R I A D A S O C I E D A D E B R A S I L E I R A D O W H I S K Y – B I Ê N I O 2 0 11–2 0 1 3
PRESIDENTE DE HONRA:
Helena Annes Dias Vignoli (in memoriam)
DIRETORIA EXECUTIVA:
PRESIDENTE: Kleber Damasceno Prado
VICE–PESIDENTE: José Augusto Caiuby
DIRETOR SECRETÁRIO: Haroldo Sprenger
DIRETOR FINANCEIRO: Carlos Rubens Braga Negreiros
DIRETOR: José Luiz de Sousa Gomes
DIRETOR: Aldo Carlos Moura Gonçalves
DIRETOR: Waldir Moreira Garcia
DIRETOR: Márcio Castro de Almeida
CONSELHO FISCAL:
TITULARES: Paulo Villela de Moraes, José Carlos Audíface de Brito e Jezer Menezes dos Santos
SUPLENTES: Neide Souza Teles, Ronaldo Chaer do
Nascimento e Mateus Areal
8 - WN 143/2012
DIRETORIAS ESPECIAIS:
CULTURAL: Paulo Marcio Jardim Decat
DE SEDE: Antonio Carlos Vianna Novaes
DE EMPOLGAÇÃO: João Baptista Magalhães
DE IMPRENSA: Arides Visconti
Maurício Palmeira e Telius Alonso Avelino Memória
CONSELHO TÉCNICO DE MALTES E CEREAIS:
Júlio Graber, José Luiz Peixoto, Gustavo Werneck R. de
Carvalho, Pedro Paulo Machado, Arthur do Rego Lins,
Leopoldo Machado Paganelli e Manoel Vidal FIlho
DE ADMINISTRAÇÃO: Enio Silveira Junior
D E R ELAÇÕES E XTERNAS : Luiz Fernando Moraes
Machado
DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Margareth Mendes
DE INFORMÁTICA: Leonardo Lopes dos Santos
JOVEM: Bruno de Leão Caiuby
DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: Daniel Mac Mahon
Bastos
DE SAÚDE: Josefina Krapienis
CONSELHO JURÍDICO:
Salvador Cícero Veloso Pinto, Álvaro Pires da Costa,
VICE PRESIDÊNCIAS REGIONAIS:
REGIÃO AMAZÔNICA: Francisco Rodrigues da Silva Filho
REGIÃO CENTRO–OESTE: Ruy Celso Barbosa Florence
REGIÃO MINEIRA E CERCANIAS: Paulo Márcio A. F.
de Souza
REGIÃO NORDESTE: Francisco Deusmar de Queirós
CEARÁ: Lagildo Brasileiro de Lima
REGIÕES PAULISTA E SUL: José Laerte Dutra
REGIÃO DO VALE DO PARAÍBA: Ricardo N. Haber
CONSELHO CONSULTIVO e EX–PRESIDENTES:
José Augusto Caiuby e Carlos Rubens Braga Negreiros
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Nº 143 - Sociedade Brasileira do Whisky