Universidade
Veiga de Almeida
VEIGA FOCO
em
UVA
Renata Sorrah é homenageada
no XIII Festival de Teatro do Rio
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA • TIJUCA • BARRA • CABO FRIO • ANO 5
Nº 21 •novembro 2006
[email protected]
Foto: Leonardo Rozario
Diferentes.
E daí?!
A atriz Renata Sorrah (à esquerda) com o reitor Mario Veiga de Almeida Junior e a diretora do Centro Cultural doutora Anunciata Veiga de Almeida, durante a cerimônia de abertura do XIII Festival de Teatro do Rio
Pensamentos, estilos de vida, maneira
de vestir e atitudes diferentes, essas são as
tribos urbanas que dividem o pátio do
campus Tijuca, e convivem pacificamente
com as diferenças.
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CAMPUS
Cursos de Biologia e Nutrição são reconhecidos pelo MEC
No dia 28 de agosto, os cursos de
Biologia e Nutrição da UVA receberam
a comissão de avaliadores do MEC. A
portaria só será divulgada em 2007,
mas ambos os cursos foram aprovados
II ExpoUVA no
Dia Nacional da
Livre Iniciativa
Nos dias 19 e 20 de outubro, a
Universidade Veiga de Almeida realizou a II ExpoUVA, que fez parte do Dia
Nacional da Livre Iniciativa, Compromisso Social do Ensino Superior Particular, promovido pela ABMES - Associação Brasileira de Mantenedoras do
Ensino Superior. O evento reuniu
ações dos cursos de Fisioterapia e
Enfermagem, que realizaram, entre
outros serviços, exames e avaliações
gratuitos para a comunidade, entre
outras coisas. "É a segunda vez que
participamos desse evento. É a oportunidade de promovermos saúde e
falar de prevenção", declara o coordenador do curso de Enfermagem, professor Marcio Tadeu.
O aluno de Moda Luis Gustavo chama a atenção
no campus
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com graus elevados. "Fico feliz e aliviada ao saber que o curso foi reconhecido com um ótimo conceito", diz a estudante de Biologia do 4º período Natália Lorenzo dos Santos.
ATUALIDADES
Este ano comemora-se os 120 anos de
nascimento do poeta Manuel Bandeira. Para
celebrar a data, o artista plástico e curador
da UVA, Jorge de Salles realizou, no Espaço
Cultural Trem do Corcovado, uma emocionante exposição em homenagem a sua obra
e a uma vida dedicada à poesia. Em "Homenagem aos 120 anos de nascimento do
poeta Manuel Bandeira", o artista reuniu
esculturas, aquarelas e serigrafias, e revelou que Manuel foi o tradutor da oração de
São Francisco para o português. "A maioria
das pessoas desconhece essa informação.
O meu objetivo não é, somente, comemorar a data", explica Jorge.
Outono-inverno
a 40 graus
Enquanto todos estão com a mente na
praia, no sol e aproveitando o calor, profissionais da moda estão terminando os preparativos para apresentar as tendências do
outono-inverno nas semanas de moda que
acontecem em janeiro. Um exemplo é o
estilista Rique Gonçalves, recém-formado
pelo IZA/UVA, que lança sua coleção na 6ª
edição Rio Moda Hype.
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páginas 6 e 7
Jorge de Salles homenageia
Manuel Bandeira
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O estilista e ex-aluno Rique Gonçalves
Entre os dias 14 e 24 de novembro, o teatro Glauce Rocha
recebeu sete companhias teatrais de diversos lugares do país
para concorrerem a 11 categorias no XIII Festival de Teatro do
Rio. Produzido pelo Centro Cultural Veiga de Almeida, o evento homenageou a atriz Renata
Sorrah, que também foi tema
de uma exposição que narrou
sua trajetória nos palcos. "Confesso-me emocionada. Para
mim é importante essa homenagem, e estou muito feliz com
essa lembrança", disse.
Dois outros nomes do teatro
também foram lembrados este
ano: Paschoal Carlos Magno,
grande incentivador do teatro
estudantil, por seu centenário,
e Regina Malheiros, ex-camareira e atriz, por seus 50 anos
de carreira.
SAÚDE
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Centro de Saúde inaugura novo
procedimento de tratamento dentário
No Centro de Saúde Veiga de Almeida
medo de dentista é coisa do passado. Tratase da analgesia inalatória, ou sedação consciente inalatória, que consiste no uso de uma
máscara nasal que exala oxigênio e óxido
nitroso, que dá conforto e segurança ao paci-
ente e o ajuda a controlar o medo e a ansiedade na hora de tratar os dentes. O procedimento faz parte do novo modelo de gestão que o
CSVA está oferecendo aos seus usuários, com
uma assistência profissional especializada e
de excelência na área odontológica.
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EDITORIAL
novembro 2 0 0 6
TARQUÍNIO PRISCO LEMOS DA SILVA
Reitor
Dr. Mário Veiga de Almeida Júnior
Vice-Reitor
Prof. Tarquínio Prisco Lemos da Silva
Pró-Reitor Acadêmico
Prof. Luís Chiganer
Pró-Reitor Comunitário
Dr. Antonio Augusto de Andrade Magaldi
Pró-Reitor Administrativo
Luiz Augusto de Oliveira Cunha
Unidade Barra
Diretor Prof. Carlos Eduardo Leal
Campus Cabo Frio
Diretor Prof. Silas Costa Pereira
Campus Tijuca
Diretor Prof. Alexandre Cesar Motta de Castro
Publicação bimestral da Universidade Veiga
de Almeida, gratuita e dirigida aos alunos,
professores e funcionários da Univer-
sidade, a outras instituições de ensino,
centros, órgãos e institutos de estudo e
pesquisa e a qualquer entidade que
manifeste interesse em seu recebimento.
Olhos postos no horizonte
A Universidade Veiga de Almeida
busca permanentemente inaceitar o
imobilismo. Recusa-se de maneira categórica a conviver com a mesmice. Seu
compromisso vive de mãos dadas com
o dinamismo, tendo o cuidado de não
se distanciar do futuro.
A leitura, ainda que feita de modo
muito rápido, do Plano de Desenvolvimento da Universidade Veiga de Almeida
evidencia a cada passo, a cada página,
a fiel parceria de uma aliança entre a
proposta de desenvolvimento e a plena
viabilidade das metas estabelecidas.
Este ano, no exercício preliminar dessa pavimentação, foram reformulados os
currículos de todos os cursos oferecidos,
ajustando-os à realidade vigente e reflexos futuros, despertada a preocupação do aumento do número de docentes com paralela atuação no mercado
de trabalho, visando ao maior
estreitamento entre teoria e prática.
Houve ainda e com muita convicção
a oferta de um número maior de disciplinas on-line, de caráter opcional, permitindo que os alunos conciliassem as dificuldades por eles vividas de horários, sem
prejuízo das três partes envolvidas nessa problemática: trabalho, aprendizagem
e aproveitamento.
Em seqüência, rumamos célere em
direção ao programa de Educação a Distância, embasados na ampla experiência desfrutada na Universidade VirtualUVB da qual fazemos parte, desde seu
Jornalistas
Luciana Parreiras
Gabriela Costa
Andreia Gorito
Estagiárias
Carla Nascimento
Monique Guimarães
Projeto Gráfico / Diagramação
Felipe Daniel
Fotografia
Ass. de Imprensa UVA
Revisão e Edição
Plano 1 Comunicação
Tiragem
5 mil exemplares
Impressão e fotolito
Folha Dirigida
Redação e Assessoria de Imprensa
Rua Ibituruna, 108 - Maracanã - RJ - CEP 20271-020
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Rose Fonseca
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início, e na oferta de disciplinas on-line,
de forma opcional, em nossos cursos de
graduação.
Cremos ser possível fazer-se ainda
muito nesse campo, criando oportunidades para que centenas e centenas de
brasileiros possam galgar o curso superior, feito totalmente a distância, exceto
as avaliações de caráter presencial, individualizado, mas que sugere e valoriza o
relacionamento até a efetiva compreensão do exposto, além da prestimosa figura do tutor.
A revisão periódica do elaborado e
oferecido é uma constante e é ditada
pelo levantamento da incidência das dúvidas argüidas, da necessidade da interferência maior dos tutores ou ainda dos
resultados colhidos nas provas
presenciais.
Em obediência ao espaço aqui reservado, concluímos dizendo da satisfação
de verificar que o processo seletivo firmou-se, em caráter definitivo, como único caminho a ser trilhado para provimento dos cargos existentes, nos diferentes
segmentos desta Universidade, valorizando o conhecimento e dando as costas à indicação e ao pedido.
Desejava estar enganado, entretanto
salta a minha frente e olhos adentro ser
inquestionável realidade o permanente descuido imposto à educação.
Não bastassem as quase trezentas portarias baixadas pelo titular do Ministério da
Educação em janeiro de 2006, tornando desde logo o ano não palatável. Eis que, em
maio desse mesmo ano, com mais de mil
portarias já expedidas, o MEC resolveu
reiniciar a numeração de seus atos administrativos, retornando ao número um, em 17/
5/2006. Portanto, a partir daquela data, passamos a conviver na área da educação com
portarias de numeração idêntica, só
diferençadas pela data de sua emissão e,
obviamente, de publicação. Inevitavelmente, inúmeros contratempos vêm ocorrendo
em conseqüência dessa inoportuna e, até
prova em contrário, inócua decisão.
O Programa Universidade para TodosProUni com expressiva adesão das instituições universitárias o que possibilitou cerca
de 200.000 alunos já matriculados, não foge
à regra e também é vítima dos incontáveis
atos oficiais os quais se acham próximos dos
três dígitos. Sua caminhada risonha em termos numéricos, tropeça a cada passo no
cipoal de adiamentos e prorrogações, correções, revogações e reajustamentos, dificultando sobremodo sua gestão.
Em paralelo, o Curso de Pedagogia, coração do ensino em todos os seus níveis, vive
um drama que parece não ter fim. Suas diretrizes curriculares vão e vêm com facilidade
idêntica ao do brinquedo rema-rema, para a
frente e para trás ao sabor daqueles que o
manejam.
Uma luz no fim do túnel, embora difusa
ou melhor confusa, via Resolução CNE/CP
nº 1, de 15/5/2006, publicada no Diário Oficial da União em 16/5/2006, parecia representar o porto seguro no tocante ao rumo
da Pedagogia. Nela o prazo estabelecido,
para sua implantação, tinha como termo a
data de 16/5/2007. Entretanto, um parecer recente do Conselho Nacional de Educação, oriundo da reunião plenária do mês
de setembro, propõe novas condutas para
o Curso de Pedagogia, aberto à consulta e
sugestões até abril de 2007, segundo sua
relatora, Conselheira Maria Beatriz Lucce.
Assim, cabe-nos implantar em maio de
2007 o que vamos conhecer em abril do
mesmo ano. Recuso-me a comentar o exposto.
Concluímos sem pessimismo, mas movenos a certeza de que vamos ter mais um 15
de outubro sem muito a comemorar.
E.T. - Lembrei-me que o Ministério da
Educação tem como sigla MEC, o que é
uma incógnita, principalmente, para os mais
jovens. O cê é mero saudosismo.
A importância do Planejamento Estratégico na visão do RH
Leda Rosane
Assessoria de Imprensa Responsável
Plano 1 Comunicação
A descuidada educação
O processo decisório é genérico a toda
atividade humana. Tem sido estudado
por psicólogos, sociólogos, matemáticos,
políticos e vários outros especialistas. O
processo decisório estratégico em empresas, consideradas como sistemas
abertos, que influenciam e são influenciadas pelos ambientes que com elas
interagem, pode ser chamado de planejamento estratégico, que termina com a
confecção de um Plano.
O Plano Estratégico define o que a
empresa é, o que ela faz, onde e como
ela está e o que a empresa quer ser, o
que quer fazer, como quer estar e onde
quer estar em determinado horizonte de
tempo. Para tal, é necessário avaliar a
situação interna (pontos fortes e fracos)
e externa (oportunidades e ameaças).
Normalmente, as ações planejadas,
decorrentes do processo decisório, são
implementadas no presente, com base
em uma visão atual do sistema e do
ambiente. Somente trarão resultados a
médio e longo prazos. Acontece que o
ambiente, além de quase sempre estar
fora do controle da empresa, costuma
mudar com freqüência cada vez maior e
mais imprevisível, em função do comportamento de diferentes Atores que influenciam as Variáveis Externas. E quando
falamos em Atores estamos nos referindo também a todas as pessoas no cenário organizacional, por isso a importância
da área de Recursos Humanos estar envolvida entre os agentes condutores do
Planejamento Estratégico Organizacional.
Hoje o modelo de Gestão de RH tem
como principal finalidade alavancar os resultados da empresa focando suas ações num
patamar estratégico, antes não atingido pela
administração tradicional. E este novo foco,
no entanto, não deixa de abordar a
operacionalização de um departamento de
RH típico, incluindo todos os seus
subsistemas. Em uma abordagem estratégica, o RH é essencialmente uma prestadora
de serviços, vista como uma geradora de
despesas e sem muito espaço político para
implementar novas idéias. Já do ponto de
vista estratégico, sua missão e maior responsabilidade é alavancar o desenvolvimento da produtividade e da qualidade
organizacional, otimizando os resultados
tanto para a empresa quanto para os empregados.
Para tal deve desenvolver ações de curto, médio, mas também de longo prazos,
que tenham como base a "visualização do
amanhã", seguida da adoção, hoje, de posturas pró-ativas, prevendo e propondo para
a empresa, as medidas que deverá adotar
desde já para enfrentar essas conseqüências, levando em consideração o fator humano, principal agente influenciador em uma
mudança com foco em resultados.
Como no filme "Uma mente brilhante",
que conta a vida de John Nash, a visão de
uma área de Recursos Humanos deve contribuir para a empresa elaborar seu Plano
Estratégico levando em conta as ações
de parcerias estratégicas, que visem a
uma mudança de foco para Jogos Cooperativos, com o propósito de obter um
futuro melhor e mais sustentável para todos os Atores envolvidos.
Alunos da Escola de Design da UVA
criam jardins para o Barra Garden
Quem estiver no Shopping Barra Garden
poderá apreciar cinco jardins elaborados por
alunas e ex-alunas de Design de Interiores
e Paisagismo da UVA.
Alessandra Amiúna, Auramélia
Fernandes, Márcia Vinissius, Simone de
Andrade e Cida Oliveira desenvolveram espaços criativos e adequados para o ambiente, como foi o caso do Jardim do Design,
desenvolvido por Cida para um local de 74
metros quadrados, sem luz natural e água.
"Essa entrada era totalmente inóspita, não
tinha como utilizar plantas, porque não tem
claridade, e outros recursos que as plantas
precisam. Então resolvemos fazer uma intervenção com painéis e luzes", explica Cida,
que criou seis painéis de tecidos em
politeamida, que tencionados têm 2 metros
de largura, por 3 de altura. "O jardim ficou
por conta de galhos secos, que quando iluminado dá um movimento", completa a aluna do segundo período de Design de Interiores.
Os espaços criados, que podem ser vistos nas entradas do shopping e na praça
de alimentação, ficarão expostos até março de 2007.
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CAMPUS
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Novo gestor da incubadora traça plano
de ação para o próximo semestre
De abril a agosto, a Universidade Veiga
de Almeida realizou um Alinhamento Estratégico, que envolveu o alto escalão administrativo da instituição, coordenadores
de centros e de cursos, além de professores e parceiros, como o Instituto Zuzu
Angel. Segundo o novo gestor da Incubadora da UVA, Celso Leonardo, foi diagnosticado que a incubadora era percebida pela
comunidade interna como mecanismo de
interação com o mercado. "Na opinião dos
entrevistados, a Incubadora deve liderar o
processo de empreendedorismo na UVA
e focar-se nos segmentos de design e
serviços nos setores de moda, jóias e turismo sustentável. Estes segmentos serão estudados verticalmente, para entendermos seus modelos de negócios e as
oportunidades de suas cadeias produtivas", explica.
Por conta desse processo, foi criado
um Plano de Ação um Núcleo de Projetos/Serviços, tanto para os incubados
como para o mercado, e o próprio projeto
de implantação da Empresa Junior da UVA,
para estimular os alunos a desenvolverem
projetos de consultoria, alinhados com a
Incubadora, com total apoio da Universidade - um modelo que já funciona em
outras Universidades do Brasil e do Mundo. Hoje, existem já algumas iniciativas
neste sentido, mas a idéia é catalizar e
padronizar as ações.
Dentro do Plano de Ação, também,
está incluída a criação do Núcleo de
Empreendedorismo da UVA. "Vamos fortalecer a visão da UVA em termos de
empreendedorismo, reunindo todos os
atores estratégicos envolvidos, principalmente Diretoria, Coordenadores, Professores e parceiros diretos da UVA", diz Celso. "A partir daí, estaremos incrementando
o foco no empreendedorismo na graduação, pós-graduação e cursos de extensão, assim como na própria Incubadora.
Após o alinhamento interno, vamos nos
reunir com alunos e futuros alunos, para
expor todo trabalho e captar novos candidatos para a Incubadora", completa.
Na próxima edição, traremos mais informações de como participar da Incubadora e da Empresa Júnior da UVA.
“Exposição Um Outro Olhar” discute a arte inclusiva e acessível
A Universidade Veiga de Almeida abriu
suas portas para a arte com o evento "Um
outro olhar", promovido pelo grupo "Caminho das artes", entre 22 e 30 de setembro,
na unidade Barra. Destinado a moradores
da Barra e adjacências, o evento teve como
objetivo, integrar a comunidade e artistas
de diferentes estilos, além de resgatar a importância do conceito de acessibilidade. As
esculturas e pinturas expostas tiveram materiais com diferentes texturas para aguçar
a sensibilidade dos deficientes visuais.
Entre os expositores esteve a artista
Sandra Guinle, que assina as obras de arte
atribuídas à personagem representada por
Sônia Braga em Páginas da Vida. Para
Sandra, que recebeu cerca de 45 mil pessoas numa exposição voltada a portadores de
necessidades no Museu de Arte Contemporânea do Ibirapuera, em São Paulo, a expo-
Jardim desenvolvido pela ex-aluna de Paisagismo Alessandra Amiúna
Uma das esculturas expostas na mostra “Um Outro Olhar”
Decoração pé-no-chão sem perder o estilo
Do dia 5 de setembro ao dia 8 de outubro, o Rio de Janeiro foi sede do Morar Mais
Por Menos, o chique que cabe no bolso, que
reuniu vários profissionais de decoração com
o desafio de montar ambientes charmosos
por preços mais em conta. Neste ano, o
evento foi realizado em uma casa no
Itanhangá, e contou com a participação de
três alunos da pós-graduação de Design de
Interiores da UVA.
Os profissionais Marcelo Henrique dos
Santos, Ana Lúcia Martins e Priscilla Marçal
transformaram um ambiente nada atraente
e convidativo em um lugar aconchegante e
alegre, usando materiais de revestimentos
diversos, o que resultou em uma combinação agradável, de baixo custo e inspiradora.
"O desafio era de realizar um projeto que fosse além do convencional, que marcasse presença e que provocasse nos visitantes a saudade ou desejo de ter uma criança em casa, foi
imediatamente aceito", explica Ana Lucia
Martins.
O espaço criado pelos três alunos era destinado a duas crianças: um bebê de até seis
meses de idade e outra criança de três a cinco
anos. A mãe dá os primeiros banhos no bebê
em uma banheira de fibra, que por suas propriedades físicas é capaz de conservar a temperatura da água. A criança mais velha usa o
chuveiro e, com uma escada apropriada, usa
o lavatório e a bacia sanitária, uma vez que
os equipamentos possuem dimensões
standard (comuns), de forma que os adultos
também possam utilizá-los. Além disso, a
medida em que a criança cresça, há necessidade apenas de se alterar elementos decorativos, sem realizar grandes modificações, que
tornam o projeto prático e economicamente
viável. "A maioria do material utilizado foi de
baixo custo, mas usamos alguns mais caros
para mesclar. Tudo feito com criatividade des-
de a pintura até a colagem das tolhas no maderite.
E o banheiro foi transformado para acompanhar
o crescimento do bebê", ressalva Ana.
O projeto surgiu a partir da idéia de mostrar
que é possível arrumar uma casa com estilo,
bons revestimentos e móveis de design e boa
qualidade, sem gastar muito por isso. Foram convidados arquitetos que topassem vencer este
desafio e, agora, o evento já está em sua terceira edição no Rio. A mostra é realizada também
em outras cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.
Banheiro antes da reforma
O projeto finalizado
sição tratou-se de um importante intercâmbio entre diferentes realidades. "O foco do
meu trabalho é fazer uma arte inclusiva, e a
partir daí fazer com que as pessoas interajam
e troquem experiências. Uma pessoa portadora de necessidades especiais tem muito a ensinar a quem não é, e vice-versa. É
uma troca constante", diz a artista.
No dia 27, além da visita de 15 alunos
do Instituto Benjamim Constant, aconteceu
uma mesa redonda para discutir o tema que
originou o evento, "Um Outro Olhar". A discussão girou em torno da mudança nos conceitos de escultura e a acessibilidade às
obras de arte. O encontro contou com a
participação da Chefe da Divisão de Atividades Culturais do Instituto Benjamim
Constant Ana Fátima Ferreira; o escultor
Hildebrando Lima; a Diretora da Escola de
Design da UVA Lourdes Luz; a chefe de Gabinete do Instituto Benjamim Constant
Maria da Glória Almeida; e a artista plástica
e professora da UFRJ Marly Faro.
Feira coloca visitantes
em contato com a
realidade de deficientes
Os visitantes da REACESS - I Feira Nacional de Acessibilidade e Reabilitação, que
aconteceu entre os dias 21 e 23 de setembro, no Riocentro, tiveram um desafio: passar pelas mesmas dificuldades de acesso
de portadores de deficiência a ambientes
de uma casa comum. Para isso, os cursos
de Design de Interiores da UVA e Arquitetura e Urbanismo da UFRJ construíram uma
casa-teste, que mostrou novidades como
telefones para surdos e computadores para
cegos.
De acordo com a professora da UVA
Lourdes Luz, que orientou a montagem
da casa, foi uma oportunidade de demonstrar o cotidiano de quem não pode
realizar as tarefas mais simples por con-
ta da falta de acessibilidade dos ambientes. "Colocar o público em contato
com essa realidade representa
conscientizar sobre a importância da
integração de portadores de deficiência", afirma.
A REACESS recebeu cerca de 60
estandes de mais de 110 empresas expositoras que apresentaram 650 itens para
melhorar a qualidade de vida dos visitantes.
Os organizadores estimaram 7 mil visitas nos
dois dias da feira, que também reuniu empresas e instituições que desenvolvem novas tecnologias, conceitos e soluções para
acessibilidade, reabilitação e inclusão, além
de empresas que oferecem vagas de trabalho para portadores de deficiência.
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CAMPUS
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Curso de Fonoaudiologia participa de campanha auditiva
Dos dias 23 à 29 de setembro, a Universidade Veiga de Almeida realizou junto com
o Conselho Regional de Fonoaudiologia do
Rio de Janeiro (CRFa1), o segundo ano da
"Campanha de Atenção à Saúde Auditiva",
sob o slogan "OUÇA ESTE CONSELHO, CUIDE DA SUA AUDIÇÃO", que teve como objetivo, sensibilizar a sociedade sobre os cuidados com a audição e o silencioso processo
do ensurdecimento.
A campanha, que abrangeu diversos
municípios do Estado do Rio de Janeiro, e
contou com a força voluntária de profissionais e acadêmicos de Fonoaudiologia, teve
início com o Seminário de Atenção à Saúde
Auditiva, realizado no dia 23, e abordou temas como prevenção, indicação e adaptação de aparelhos auditivos, além do relato
de experiências bem sucedidas de instituições que desenvolvem terapia
fonoaudiológica para deficientes auditivos.
Neste mesmo dia, os professores Francisco
Jose, Susi Latt e Juliana Lemes, com as
turmas que ministram, estiveram realizando
varias atividades internas na UVA. "Através
de impressos vamos orientar a comunidade
da UVA, mostrando a importância que se deve
ter em relação a saúde da audição", conta a
coordenadora do curso de Fonoaudiologia,
professora Claudia Graça.
No dia 26 de setembro, data em que
comemorou o Dia Nacional do Surdo, os alunos participaram de uma mobilização do
CRFa1 na Cinelândia, com a distribuição de
material explicativo para a população.
Alunas que participaram da orientação aos visitantes
I Feira de Saúde na Vila
Olímpica da Mangueira
Também no dia 26, a UVA, em parceria
com o Programa Social da Mangueira, realizou na Vila Olímpica, sua primeira Feira de
Saúde.
A feira contou com a participação dos
cursos de Biologia, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Nutrição, que ofereceram serviços de orientação. "É importan-
te que todos tenham a oportunidade de
saber a melhor forma de cuidar da saúde",
ressalva a professora Claudia.
Os cursos de Biologia e Enfermagem orientaram a comunidade quanto à prevenção
da dengue e a importância da reciclagem,
além de hipertensão, AIDS, diabetes e saúde da mulher. Já os cursos de Fisioterapia,
Nutrição e Fonoaudiologia ficaram encarregados de avaliar a saúde nutricional, corporal
e auditiva dos que visitavam o evento.
Aluno de Fonoaudiologia
é selecionado para
estágio na Bélgica
O convênio assinado, em setembro de
2003, entre a Universidade Veiga de Almeida
e a Universidade de Ghent já está dando
resultados. O aluno de Fonoaudiologia da
UVA, Márcio Moreira, acaba de ser selecionado para estagiar por um mês, na Instituição belga. O futuro estagiário, que está no
8º período da graduação, e pretende se
especializar na área de práticas clínicas, declara que é uma oportunidade única, e que
chegou em boa hora. "Esse estágio, vai ajudar a melhorar meu currículo, e me dar mais
embasamento para a pesquisa do
mestrado", diz Márcio, que foi escolhido por
ter tido Coeficiente de Rendimento alto, e
falar uma língua estrangeira fluentemente.
Por meio da parceria entre as duas universidades, nos meses de Janeiro e Agosto, um professor viaja para ministrar aulas.
"Essa troca de experiências é muito importante para as instituições, e principalmente
para os alunos", declara Mônica Brito, coordenadora do mestrado de Fonoaudiologia
da Veiga. A última viagem foi a dos professores Jonh Van Borsel e Paul Corthals da
Universidade de Ghent, que vieram para o
Simpósio Internacional de Fonoaudiologia
da UVA e trouxeram duas alunas para
vivenciar o dia a dia dos alunos e profissionais da UVA.
Essa é a primeira vez que um aluno de
Fonoaudiologia da UVA vai estagiar por meio
deste convênio, e em agosto de 2007 a
Veiga vai receber um aluno da Universidade
de Ghent. "O melhor é que eles irão pagar a
hospedagem, com o café da manhã incluído e disponibilizou 500 Euros para ajudar na
passagem", diz Márcio.
Marcio Moreira: “Esse estágio vai somar muito
no meu currículo”
Cabo Frio e Tijuca recebem a visita do MEC
A Universidade Veiga de Almeida recebeu a visita da comissão de avaliadores do MEC para analisar as graduações
de Biologia (Bacharelado) e Nutrição, no
Campus Tijuca, e Administração, Direito
e Turismo, no Campus de Cabo Frio. A
comissão formada por dois avaliadores,
acompanharam os coordenadores dos
cursos em questão, durante três dias
para conhecer as dependências dos
Campi e as áreas especificas.
Os cursos obtiveram um ótimo desempenho, e com isso todos foram re-
conhecidos. No Campus de Cabo Frio,
Administração, Direito e Turismo ficaram
com o melhor conceito MB. No Campus
Tijuca, o Ministério da Educação (MEC),
avaliou os cursos com a nova forma de
conceituar os resultados, por grau, que
varia de um a cinco (1 a 5), e quanto
maior o grau, melhor a nota do curso e
as graduações de Nutrição e Biologia
ficaram com a média de grau quatro (4).
A avaliação do MEC é seguida por
três parâmetros, organização DidáticoPedagógico, corpos docente e discen-
te, e técnico-administrativo e instalações físicas, no campus da Tijuca, e no
campus de Cabo Frio organização Didático-Pedagógico, corpo docente e instalações. “A avaliação passa pelos pro jetos pedagógicos de cada curso, método de ensino, grade curricular, formação dos professores, avaliação do atendimento e é concluído com as instalações próprias dos cursos e comuns a
todos os cursos da instituição”, explica
a coordenadora de Biologia, professora
Vera Agarez.
Atendimento à comunidade mangueirense
Odontologia da UVA realiza
série de encontros de estudos
Desde setembro, o curso de Odontologia da UVA promove o Encontro do Centro
de Estudos de Odontologia da UVA, que tem
como objetivo promover o engajamento
entre alunos e professores. "Esses encontros serão de grande importância para os
alunos porque terão a oportunidade de conhecer experiências vividas em outros campos da odontologia, através dos convidados que irão ministrar as palestras" diz o
coordenador da graduação, professor Rafael
Arouca.
O primeiro, aconteceu no dia 25 de setembro, com o tema "A interação
multiprofissional na atenção à saúde bucal
do paciente com Síndrome de Down", e foi
ministrado pela doutora Ana Cristina Oliveira, que é Odontopediatra e professora da
Universidade Federal de Minas Gerais. A
palestrante ressaltou que é fundamental
que o dentista esteja atento aos vários aspectos da saúde geral do paciente com
síndrome de down. "Tudo está diretamente
ou indiretamente relacionado à saúde bucal, e muitas vezes, o cuidado com a parte
ortodôntica auxilia na mastigação e na fala",
explica Ana Cristina, que há 10 anos trabalha com pacientes especiais. "A saúde bucal
tornou-se um aspecto importante na aceitação do indivíduo especial, por isso é importante trabalharmos pela inclusão social,
e estarmos alertas com as crianças que
babam, o mau hálito, a higienização precária e traumatismos, porque são características que podem excluir a criança da sociedade", acrescenta a doutora.
No dia 11 de outubro, o tema foi "Amamentar é amar: práticas odontológicas na
promoção do aleitamento materno", e a professora Cristiane Lucas destacou a importância da amamentação natural para o adequado desenvolvimento da saúde do bebê;
as estratégias globais para promoção do
aleitamento materno e o papel dos cirurgiões-dentistas na orientação das mães para
a amamentação, no diagnóstico de fatores
Professor Rafael Arouca
bucais que possam dificultar e na intervenção precoce sobre estes fatores. Além disso, foram, também, apresentadas estratégias de cuidado neonatal como o alojamento conjunto de mães e bebês e o programa
mãe-canguru. "Todos os procedimentos são
relacionados à busca de maior humanização
do parto e de toda a abordagem perinatal",
explica a doutora Cristiane.
No terceiro encontro, que aconteceu em
novembro, o tema foi "Os cuidados
odontológicos ao paciente com doença
falciforme"; condição hereditária em que os
glóbulos vermelhos do sangue, diante de
certas condições, alteram sua forma, se agregam e dificultam a circulação do sangue nos
pequenos vasos do corpo causando diversos
transtornos à saúde e ao bem estar dos portadores. "A especificidade da condição e sua
elevada prevalência em determinados grupos populacionais obriga os profissionais de
saúde a conhecerem suas características e a
se responsabilizarem pela aplicação dos cuidados adequados aos pacientes que a manifestem", explica o professor Rafael Arouca.
A escolha do tema para este terceiro encontro do CEOUVA que, busca fortalecer o diálogo interdisciplinar, estendeu o convite para
participação, desta vez, aos alunos do curso
de Enfermagem da UVA.
Responsabilidade Social no II ExpoUVA
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CAMPUS
5
Cursos de Fisioterapia e Enfermagem ensinam como ter uma vida saudável
A Universidade Veiga de Almeida, por
meio da pró-reitoria comunitária, promoveu,
nos dias 19 e 20 de outubro, o II EXPOUVA,
que tratou do tema "A Responsabilidade
Social do Ensino Superior Particular". Para o
evento, as coordenações dos cursos de
Enfermagem e Fisioterapia, montaram um
programa para atender, aproximadamente,
20 mil visitantes, entre alunos, professores,
comunidade em geral e profissionais do
Terceiro Setor.
No dia 19 de outubro, a graduação de
Fisioterapia realizou exames preventivos gratuitos para a comunidade, como atividade
física na prevenção de doenças
cardiovasculares, capacidade respiratória, alterações articulares da coluna cervical,
auricoloterapia, entre outros. Segundo a coordenadora do curso de Fisioterapia, Ione
Moézia de Lima, "o evento é de extrema importância porque mostra um pouco da trajetória da UVA com a responsabilidade social,
e dá oportunidade aos alunos de desenvolverem o senso dessa responsabilidade", diz.
Já no dia 20, foi a vez dos alunos do
curso de Enfermagem prestarem atendimento aos visitantes. Além de orientarem
sobre a diabetes e doenças sexualmente
transmissíveis, entre elas a AIDS, os alunos,
também, explicaram como se prevenir de
doenças cardiovasculares. No stand "Cidade Saudável- Cidadania" o público foi convidado a refletir sobre os cuidados com a saúde individual e coletiva, visando à construção da cidade saudável e ao exercício da
cidadania. Para o coordenador do curso de
Enfermagem, professor Márcio Tadeu, os
alunos conseguiram alcançar o objetivo, "É
a segunda vez que participamos desse even-
to, trabalhamos com três linhas: primeiro, a
promoção, segundo, a prevenção, e terceiro, o tratamento. Tivemos a oportunidade
de fazermos a promoção da saúde e a prevenção. Conseguimos transmitir a mensagem para o público de que, a pessoa responsável pela nossa saúde somos nós mesmos", declara.
Com este evento, a Universidade Veiga
de Almeida visou, não apenas, difundir as
produções acadêmicas dos alunos, mas abriu
espaço de debate com outras instituições,
como a Vencer RH, e os hospitais, Municipal
Sousa Aguiar, Universitário Pedro Ernesto,
Lions Clube e o PAM Oswaldo Cruz. Para a
empresária Ana Beatriz Areias, dona da "Vencer RH", a parceria com a UVA é muito importante "Nós somos agentes de inserção, colocamos os estagiários no mercado e a Veiga
faz um ótimo trabalho com os jovens de segundo grau. A UVA consegue trazê-los para
dentro da Universidade, para ver como é o
dia a dia, é um trabalho de responsabilidade
social mesmo, mostrar para os jovens de que
eles são capazes e se quiserem podem ir
além",conclui.
O evento, que fez parte do Dia Nacional
da Livre Iniciativa, Compromisso Social do
Ensino Superior Particular, promovido pela
ABMES - Associação Brasileira de
Mantenedoras do Ensino Superior, teve um
grande significado para a comunidade. Pessoas de bairros vizinhos e até mesmo de bairro
distantes foram para o campus Tijuca serem
atendidos. Como foi o caso da dona de casa
Cristina Célia de Oliveira "Eu sai do Recreio
para vir aqui, fui bem atendida, aprendi como
prevenir várias doenças e descobri que preciso consultar um fisioterapeuta", diz.
Atendimento de enfermagem
Responsabilidade social marcou os dois dias do II ExpoUVA
SECOM UVA reune profissionais
da área de comunicação
A 3ª Semana de Comunicação da UVA,
realizada entre os dias 9 e 11 de outubro,
recebeu profissionais renomados do jornalismo, da publicidade, do cinema, e da
Internet para discutirem sobre mercado de
trabalho.
A abertura do evento contou com a palestra da jornalista e apresentadora do Jornal da Globo, Christiane Pelajo. "Adoro esse
contato com os estudantes. É muito impor-
tante para eles, assim como um dia também foi importante para mim", diz a apresentadora, que por uma hora falou sobre seu
início de carreira, jornalismo em televisão, coberturas de grandes eventos e mercado de
trabalho para futuros jornalistas.
A SECOM 2006, organizada pelo Centro
Acadêmico de Comunicação (CACOM) e pelo
Diretório Central de Estudantes (DCE), também contou com oficinas, estudos de casos
A jornalista Christiane Pelajo, com o vice-reitor, professor Tarquínio, a professora Lígia Gay e os
representantes do DCE-UVA
Orientação ao público
e exibição de vídeos. O público pôde conferir o documentário "Tamanho não é documento", do grupo Nós do Morro, e um vídeo
sobre os 100 anos da propaganda. As dinâmicas de grupo foram realizadas pela
publicitária Iluska Vivianni. Para os futuros
publicitários, Bárbara Porto, da Domanni e
Lula Felix, da MI7, falaram da estrutura e
visão do mercado carioca, e do dia a dia de
uma agência, respectivamente.
A jornalista e apresentadora Christiane Pelajo
Atendimento de fisioterapia
UVA promove a V Semana
de Ciência e Tecnologia
Entre os dias 16 a 23 de outubro, a UVA
realizou a V Semana de Ciência e Tecnologia,
sob a coordenação do professor e pró-reitor
acadêmico Luis Chiganer. O evento enfatizou
a importância da educação científica e
tecnológica, e promoveu a divulgação de
novas tecnologias para alunos dos Ensinos
Superior e Médio, além de professores e
profissionais da área.
O evento, que contou com a presença
de personalidades no âmbito técnico-científico e acadêmico, teve palestrantes de
Empresas como AMPLA, CIEE, CREA/RJ,
ELETRONUCLEAR, IBM, MACCAFERRI,
MICROSOFT, SEBRAE e SENAI, além de
professores da UVA, e de outras Instituições de Ensino como a FAETEC, Escola Técnica Ferreira Vianna e Colégio 1º de Maio.
Para o aluno de Ciências da Computação,
Thiago Vale, a Semana é de extrema importância porque dá a oportunidade de conhecer a experiência de profissionais renomados
no mercado de tecnologia. "Para mim é sempre proveitoso participar de um evento como
esse. Até porque a profissão que escolhi
exige que eu esteja sempre antenado com
as novidades do mercado", diz o aluno do 4º
período.
A Semana de Ciência e Tecnologia é um
evento que ocorre anualmente, e paralelamente, a Semana Nacional de Ciência e
Tecnologia, cujo tema este ano foi "Centenário do 14 Bis", envolvendo inúmeras Instituições de Ensino e Pesquisa de todo o país,
com a Coordenação do Ministério da Ciência e Tecnologia.
O Pró-reitor Acadêmico, Luis Chiganer, na abertura do evento.
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Renata Sorrah
encanta público durante
homenagem no Festival
de Teatro do Rio
CAMPUS
Confira abaixo os ganhadores
•MELHOR TEXTO/ADAPTAÇÃO
Vencedor: Flor do Beco Eduardo Sampaio
•MELHOR ILUMINAÇÃO
Vencedor: Cagada Metafísica Renato Carrera e Renato Borges
•MELHOR CENOGRAFIA
Vencedor: A Grande Estiagem Gecimar Lima
•MELHOR FIGURINO
Rui Arruda (A Inconveniência de Ter
Coragem)
•MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Leila Raquel (Flor do Beco)
•MELHOR ATRIZ
Vencedor: Tininha Mello (Por Trás do
Céu)
•MELHOR ATOR COADJUVANTE
Vencedor: Tarcísio Queiroz (A Inconve
niência de Ter Coragem)
•MELHOR ATOR
Jadenilson Gomes (A Inconveniência
de Ter Coragem)
•MELHOR DIREÇÃO
Ana Abott e Maria Clara Hertz (Cagada
Metafísica )
•MELHOR MONTAGEM
A Grande Estiagem
•CATEGORIA ESPECIAL / Trilha Sonora
e Preparação Vocal
A Flor do Beco - Luis Orione
•MELHOR ESPETÁCULO POR VOTO
POPULAR
Por trás do céu
O ponto alto do festival foi marcado pela
presença da homenageada, a atriz Renata
Sorrah, que recebeu um troféu assinado
pelo curador da UVA, o artista plástico Jorge de Salles, das mãos do reitor Mario Veiga
de Almeida Junior. "Comecei num grupo de
teatro universitário carioca, o TUCA. Todos
os diretores com quem eu trabalhei são responsáveis por eu estar aqui. O teatro iluminou a minha vida, e eu espero que nesses
anos, eu também tenha conseguido iluminar alguns caminhos", disse Renata Sorrah.
Atores como Marcos Paulo, Malu Mader,
José Mayer, Cristina Pereira, Otávio Muller,
Débora Evelyn e o diretor Denis Carvalho,
entre outros, prestigiaram a atriz, que também foi tema de uma exposição com fotos
de seus principais papéis. A produção do
festival apresentou um vídeo com as imagens mais marcantes da carreira de Renata no teatro, como nas peças Medéia, Mais
perto, Encontrarsse e Mary Stuart, além
de reunir depoimentos de Tony Ramos,
Irene Ravache, Sérgio Brito, Cláudia Abreu,
Bia Lessa, Lima Duarte e Fernanda
Montenegro. "Todo movimento que chama atenção para o teatro é importante. E
fazer uma homenagem a Renata é mais
que justo, porque é uma mulher que dedicou a vida ao teatro e uma atriz maravilhosa. Estou muito emocionado", declara o
ator e diretor, Marcos Paulo.
Uma semana antes, foi a vez da ex-
camareira Regina Malheiros comemorar 50
anos de teatro no palco do Festival do Rio.
Na mesma ocasião, aconteceu o Tributo a
Paschoal Carlos Magno, um grande
incentivador do teatro estudantil no Rio de
Janeiro e fundador da casa hoje pertencente à FUNARTE que abrigou os artistas
que vieram de outros estados para a mostra competitiva.
O 13º Festival de Teatro do Rio, que aconteceu
entre os dias 14 e 24 de novembro, abriu as cortinas
com sucesso, logo no primeiro dia, que ficou por
conta do espetáculo Anti-humanos Atacam!, sob
direção de Ricardo Blat, e que encantou a platéia no
teatro Glauce Rocha, cedido pela FUNARTE durante
todo o evento. Para a diretora do Centro Cultural,
doutora Anunciata Veiga de Almeida, a cada edição
o evento se firma como símbolo cultural carioca. "O
Festival já é um evento tradicional, pelo nível dos
espetáculos, dos debates, da organização, e o
objetivo que não é só festejar o teatro, mas também
apresentar propostas e a discuti-las", afirma.
Fotos: Leonardo Rozario
Vencedores
Os dois grandes vencedores da noite,
Inconveniência de Ter Coragem e Flor do
beco, que levaram para casa três prêmios
cada. Em seguida, Cagada Metafísica e A
Grande Estiagem, com dois, e Por Trás do
Céu, com um prêmio. Os sete grupos concorreram às categorias: montagem, direção, ator/
ator coadjuvante, atriz/atriz coadjuvante, figurino, cenografia, texto, iluminação e o prêmio especial, que nesta edição foi dedicado
à Trilha Sonora e Preparação Vocal.
Mal fechou as cortinas e já deixou o público ansioso pela próxima edição. Segundo
a diretora do Centro Cultural, todos os movimentos que foram feitos neste festival
aconteceram de forma mais madura. Portanto, o próximo virá com muitas novidades.
"Para o XIV Festival, a primeira novidade é
que será antecipado para setembro, e as
outras só vou contar quando chegar a hora",
declara Anunciata.
A atriz Renata Sorrah com a miniatura que recebeu em sua homenagem
Os premiados da noite com o apresentador Luis Salem, e a direção da Universidade
Anti-humanos atacam! Peça de abertura da
Exposição “Renata Sorrah, uma mulher de teatro”.
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Ana Abott e Maria Clara Hertz recebem o prêmio de melhor direção por “Cagada metafísica”
Paschoal Carlos Magno
Paschoal Carlos Magno nasceu no
Rio, em 1906. Autodidata, escreveu sua
primeira peça de teatro aos 12 anos.
Aos 19, escreveu sua terceira peça,
Pierrot, premiada pela Academia Brasileira de Letras. Era poeta e romancista e
diplomata de carreira. Acima de tudo um
homem de teatro. Atuou, dirigiu, escreveu e idealizou festivais e caravanas.
Dentre seus grandes feitos, criou o Teatro Experimental do Negro e o Teatro do
Estudante do Brasil, que lançou nomes
como: Cacilda Becker, Glauce Rocha, Teresa Rachel, Adriano Suassuna, entre
outros.
Em 1929, criou a Casa do Estudante do Brasil. À frente de seu tempo,
redimensionou a cena da época e botou o Brasil no palco. De seus ideais
nasceram a Caravana da cultura (1964),
a Barca da cultura (1974), o Trem da
cultura, projetos itinerantes de circulação de artes cênicas.
Fundado 1952, no porão da casa do
embaixador, em Santa Teresa, o Teatro Duse, revelava autores nacionais
inéditos e novos talentos. Durante seus
quatro primeiros anos, apresentou
obras de autores brasileiros inéditos,
entre elas Frankel, de Antônio Callado;
Lampião, de Rachel de Queiroz; João
Sem Terra, de Hermilo Borba Filho; e
Lázaro, de Francisco Pereira da Silva.
Com a compra da Casa de Paschoal
Carlos Magno pela Fundação Nacional
de Artes Cênicas, o Teatro Duse foi incorporado à rede de teatros da instituição,
sendo reaberto em agosto de 1998. Hoje,
a Casa Paschoal Carlos Magno, tradicionalmente hospeda artistas e técnicos de
artes cênicas, do Brasil e do exterior, de
passagem pelo Rio de Janeiro.
Estilo: cada um
tem o seu
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CAMPUS
Em meio à preferências, estilos, comportamentos e looks diferenciados, o campus Tijuca da UVA
funciona como um campo neutro. Surfistas, emos,
patricinhas, intelectuais, rockeiros... Todos dividem,
pacificamente, os pátios durante os intervalos das
aulas. Atualmente denominadas como tribos urbanas, esses grupos reúnem pessoas que partilham
os mesmos gostos, maneiras de vestir, atitudes,
pensamentos e estilos de vida. Porém, não é necessário fazer parte de apenas um ou de algum bando: o que importa é estar realizado e feliz.
Segundo a professora de Antropologia da UVA, Mônica Coutinho, discutese muito sobre o que são tribos "Não
podemos chegar e dizer que tribo é
isso ou aquilo, não existe um conceito. A antropologia está mais interessada em como isso acontece na sociedade do que realmente defini-la". Para ela,
o que se entende como tribo
é totalmente adverso ao
conceito original ligado aos
índios "É um movimento da
modernidade, identificada
pelo consumo de uma mesma estética e roupagem".
Allstar, cabelo grande,
correntes, roupas mais escuras. Segundo Raphael
Lima, é assim que se identifica um membro de sua tribo: os rockeiros. "O tipo de
música que ouvimos e, principalmente, o que vestimos
é o que acaba nos identificando", afirma. Aluno do 4º
período de Publicidade, ele
conta que começou a se aproximar do grupo há três anos, e
que antes andava de skate. "Um
dia larguei o skate e passei a ouvir
outros estilos. Agora estou aqui",
brinca Raphael.
Priscila Capochin, aluna do 1º
período de Publicidade, também se
considera membro desse grupo
"Comecei a ouvir rock por conta
própria e aos poucos absorvi o estilo. Não me identificava com nada
e no rock me encontrei". Ela concorda com o amigo Raphael e ratifica a importância do elemento
visual para uma tribo "A aparência une os iguais", explica dizen-
do que não vê problema em ter
amizade com pessoas de outros estilos, mas prefere os que
curtem o mesmo que ela "Tenho amigos com gostos diferentes, mas temos que
conviver com piadinhas",
diz. Priscila e Raphael
contam que sofrem
bastante preconceito
por causa do estilo
"Pelo visual nos consideram como agressivos e consumidores de
drogas", diz a menina.
E ele completa "Nossas opiniões muitas
vezes são rejeitadas.
Nos titulam como alienados que só sabem
tocar guitarras".
Os alunos Felipe
Felizardo e Renan
Paraíso, do 1º e 2º
períodos de Biologia,
respectivamente, não
se consideram membros
de uma tribo em si, "Somos
um grupo de pessoas que
curtem as mesmas coisas.
Buscamos paz, estamos ligados à natureza e à conservação do mundo", afirma Felipe.
Freqüentadores das praias do
Rio e da Lapa, eles curtem
principalmente reggae, samba e chorinho - entre outros
estilos musicais -, são amantes de artes e podem ser identificados no campus pelos
malabares que lançam ao ar.
Para os dois alunos, os
cursos são muito rotulados,
mas os universitários num
7
todo são muito parecidos "Intitulam demais
os cursos. Biologia, por exemplo, acham que
é um pessoal mais desligado. Não percebem que quem faz essa faculdade
tem outra consciência do que é o
mundo", afirma Felipe, e Renan
complementa "Na Veiga não há
muita representatividade de
tribos. Acho que pela proximidade de renda, as pessoas
acabam tendo um estilo próximo". Renan
conta que já sofreu
preconceito, mas
de uma maneira saudável "O
pessoal às vezes ri, mas não
acho isso ruim. É
bom trazer felicidade aos outros".
Quantos aos amigos, eles dizem que
se relacionam com diversas pessoas, mas é natural
que se aproximem mais de
pessoas com o mesmo estilo
"Os loucos sempre se encontram", afirma Felipe seguido de
risos.
A sensação da universidade é o aluno de Moda Luiz
Gustavo de Carvalho, que
se destaca no campus pelos cortes e cores de cabelo diferentes, maquiagem
e roupas que usa. "Não
gosto de rótulos, uso roupas de vários estilos. Mas
Felipe (à esquerda) e Renan (à direita):
não se consideram membros de uma
única tribo.
se tiver que eleger o que mais me influencia: seriam o punk e o glamour", diz. O
estilo de Luiz vem de pequeno "Desde criança nunca gostei das roupas largas que
minha mãe comprava e as personalizava.
Vejo mais graça em roupas justas e modeladas", diz acrescentando que seu guardaroupa é totalmente feminino, e que às vezes usa até as roupas da mãe e da namorada.
Ele afirma que sofre preconceito, discriminação e até ofensas, mas procura não
se incomodar. "Posso parecer agressivo, mas
é só preconceito. Quando assumimos uma
personalidade que se destaca, as pessoas
olham e acham o que na verdade não é",
diz. Para Luiz, a amizade não precisa ser,
necessariamente, ter o mesmo estilo "A afinidade é o que importa!", afirma.
A aluna Laura Vidaurreta concorda: "Prefiro quem gosta de mim. Não tem porque
me relacionar com quem não acrescenta
em nada". No 2º período de moda, ela não
se incomoda em dizer que é Patricinha "Sou
contra rótulos. Se me vestir bem, andar
maquiada, ser bem educada, não ser vulgar e não se misturar com qualquer pessoa, for patricinha, eu sou!". Para ela, o grande problema das meninas se declararem
"pati" é o estereótipo de que toda
patricinha é fútil. "Toda rotulação pelo
que se veste ou se pensa é
preconceituosa, por isso muita
gente nega", diz Laura que
complementa "todo rótulo tem seu lado
pejorativo. Não é
exclusividade das
patricinhas.
Sempre tem
alguém que
usa dessas
denominações para
depreciar os
outros, se sentir superior".
Ao contrário da
grande maioria, Márcio Guaranos, aluno do 8º período de Letras, considera
complicado se dizer membro de uma
tribo "no mundo globalizado em que vivemos é difícil se declarar 'eu sou isso ou
sou aquilo'". Para ele, as pessoas sofrem
influências a todo o tempo e não dá para
definir como pertencente a um grupo "Tenho amigos de estilos diferentes, que curtem coisas diferentes, com quem eu me
encontro em situações diferentes. Acabamos vivendo transitando entre patotas e
não tribos. Somos peças de reposição".
Márcio considera um grande ponto negativo em se fechar em um grupo "Por mais que
você curta um estilo de música, na maioria
das vezes é apenas uma variação de um
todo. Se você restringir demais seu campo de preferências, acaba se tornando
uma pessoa vazia, incompleta", conclui.
8
EDUCAÇÃO
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Cursos novos no mercado atraem jovens
interessados em investir nas carreiras do momento
As profissões são consideradas do presente - com crescimento já esperado para
o futuro - e os jovens não querem perder
tempo. A procura por graduações, como
Design Gráfico - Animação e Modelagem
em 3D e Gestão de Petróleo e Gás, cresce
a cada período. O motivo é simples: mercado em expansão demanda por profissionais capacitados e especializados nessas
áreas, e os estudantes começam a investir
de início na futura carreira.
Segundo o coordenador do curso de
Design Gráfico - Animação e Modelagem
em 3D da UVA, Paulo Andrade, os alunos
em sua maioria são jovens na faixa de 18 a
29 anos e estão em sua primeira graduação. Para ele, a principal justificativa pelo
crescente número da procura pelo curso por
estudantes com esse perfil é porque eles
são a geração da animação "Os jovens são
consumidores vorazes de animação. As
manhãs de segunda a sexta-feira são recheadas de animações em programas como
o Xou da Xuxa. Este público cresceu vendo
animações", diz Andrade, acrescentando
que o cinema também contribui para isso:
"Filmes como Shrek 3 tem legiões de fãs
aguardando a estréia. Sem falar em filmes
de grande sucesso, como Homem Aranha
e X-Men", completa.
Gabriela Besser é um exemplo desses
jovens. Com 20 anos, a aluna de 3D abandonou o curso de biomedicina para correr
atrás do sonho de trabalhar com desenho
animado "Eu estudava na UFRJ, mas o curso, apesar de maravilhoso e de eu só ter
elogios a fazer, não era bem o que eu queria para minha vida", conta a estudante que
antes de entrar na universidade se manti-
Lineu: há grandes oportunidades na indústria do
petróleo.
nha na dúvida entre as duas carreiras, "Sempre gostei de desenhar".
"Estou no final do primeiro período e já
penso que mudar para esse curso foi a melhor escolha da minha vida", diz Gabriela,
que aponta como um dos pontos positivos
da graduação o excelente corpo docente.
“Os jovens são consumidores de animação”, diz
Paulo.
"Obtive um grande progresso. Espero que o
curso continue me proporcionando uma curva de aprendizado tão elevada quanto agora, de forma a me preparar melhor para o
mercado do que os cursos já existentes".
Ela pretende, após a formatura, fazer curso
fora do país para se destacar e conseguir
Alunos de animação dão vida
ao filme que deve concorrer
ao Animamundi 2007
Desde o início do curso, os alunos de
pós-graduação em Animação e Modelagem
da UVA queriam fazer um filme para participar do Animamundi. A princípio não sabiam
por onde começar: não tinham tema, personagens ou tempo para se encontrar. A
solução foi abrir um fórum no cgmax, site
criado pelos coordenadores do curso Paulo
Andrade e Eduardo Azevedo, onde poderiam discutir e apresentar novas idéias. Depois de algumas sugestões apresentadas
on-line e uma reunião presencial, o grupo
decidiu fazer o roteiro - que ainda está sendo finalizado -que contaria a história de um
calango que foge da aridez no nordeste em
busca de uma vida melhor e chega à Baixada Fluminense.
Definido o argumento e começado o roteiro, era hora de conceber os personagens.
O protagonista foi o primeiro, através de
Edward Monteiro, um dos idealizadores do
projeto. Cada um dos participantes do fórum
dava sugestões e pesquisava sobre as características do protagonista, o calango. Os
alunos chegaram a fazer pesquisas extensas sobre o animal, de modo que, nas próximas etapas do projeto, pudessem construir
o personagem da forma mais fiel possível.
Edward explica que a atual fase é a de
"conceituações dos modelos, o que também interfere no roteiro. O próximo passo
vai ser desenvolver o storyboard e o
animatic, que servirão para definir os
seu lugar no mercado "Há uma escassez de
bons criadores na área. Quero tentar o melhor mercado disponível", afirma.
Com o curso de Gestão de Petróleo e
Gás não é diferente. De acordo com o
coordenador, professor Lineu Ribeiro, o
perfil dos alunos não é muito diferente do
curso de 3D, "Grande parte dos alunos
tem entre 18 e 29 anos", afirma. "Já existe uma conscientização por parte dos jovens de que há grandes oportunidades
na indústria de petróleo. Empresas de
energia se concentram cada vez mais em
gerar derivados para as industrias químicas menos poluentes". Para isso, segundo o professor, o mercado busca por profissionais cada vez mais bem preparados:
Nos próximos anos será feita aplicação
direta dos derivados, sem comprometimento ambiental. O nosso curso prepara
diretamente o profissional para a demanda industrial".
Para Carla Cristina Santana Soares, de
22 anos, a escolha pela graduação em
petróleo e gás aconteceu por afinidade
com a área e foi influenciada pela garantia profissional "Escolhi a área por porque
eu gosto, principalmente da questão da
plataforma e o mar. Além disso, o mercado está abrindo portas, e essa pode ser a
minha oportunidade", explica. A aluna,
que pretende trabalhar com equipamentos de plataforma, se diz satisfeita com o
curso e acrescenta que, se pudesse, não
sairia da Veiga para investir na profissão,
"Outro curso que faria é o de Engenharia
Naval. Se a Veiga tivesse seria o ideal
para mim", conclui.
"Machado de Assis:
Várias histórias e
um mestre"
UVA ministra curso de
extensão gratuitamente
enquadramentos, movimentos de câmera,
posicionamento dos personagens no quadro e o tempo de cada ação. Para a montagem do animatic será necessária a gravação
de uma primeira trilha sonora provisória".
Ele explica que as próximas etapas são
a modelagem 3D dos personagens e dos
cenários; o mapeamento dos materiais; a
iluminação; a preparação das estruturas
articuladas; a gravação definitiva dos diálogos e a animação das seqüências em
sincronia com o som. Na fase final, é feita a montagem, a copiagem das mídias
usadas e a distribuição. Embora seja trabalhoso, Edward explica que o projeto é
muito importante porque permite "que
os alunos se apropriem dessa tecnologia
relativamente nova no país para falar das
nossas coisas, dos nossos problemas e
com a nossa própria linguagem, adequando as referências à nossa cultura”,
diz. E acrescenta ainda, “quanto à vida
profissional, certamente, quando se faz
alguma coisa em que se acredita, tem-se
mais chance de chegar ao resultado desejado".
O coordenador do curso, Paulo
Andrade, também acredita no tema tipicamente brasileiro para chamar atenção
do público e da crítica. "O projeto tem a
qualidade de tratar de um tema local, e
temas nacionais normalmente são muito
bem recebidos. Acredito que, se tratando
de um assunto tão interessante, realizado com uma tecnologia menos popular, a
3D, há grandes chances de vencerem".
Pensando em estudar a obra de
um dos maiores escritores brasileiros,
a graduação de Letras da Veiga de
Almeida, lançou o curso de extensão
"Machado de Assis: várias histórias e
um mestre", sob a coordenação do
professor João Carlos Jeck.
O curso, que teve início em 20 de
outubro, foi ministrado em oito semanas, com a proposta de fazer um estudo minucioso sobre a obra de Machado. "Nossa proposta versa no estudo
minucioso de nove contos
machadianos; através deles, iremos
investigar a natureza humana, seus
conflitos, as ambigüidades do ser, o
dialogismo com o leitor e a perspicaz
arte de surpreender e desvendar os
seres, os valores e as instituições",
explica o coordenador do curso.
1. A LÍNGUA CULTA
Nesta parte da nossa coluna, aproveitamos
para responder a uma dúvida apresentada por
uma ex-aluna, a Michelle, do Curso de Letras.
Pergunta: O que é o "o" na frase "Manter os
homens afastados, eu o faço porque me sinto
mais protegida."? Um pronome pessoal oblíquo átono?
Na verdade, não se trata de um pronome pessoal oblíquo átono, e sim de um pronome substantivo demonstrativo, equivalendo a "isso",
podendo substituir predicativos ou idéias e
orações inteiras.
Observe:
a) Conseguir melhores resultados no próximo
ano é o que eu lhe desejo de coração.
- Perceba que o "o" substitui a oração "Conseguir melhores resultados no próximo ano",
equivalendo a "isso" ou "aquilo".
b) Os dois são muito estudiosos, e eu o sou
também.
- Eu sou "isso"; com a função de evitar a
repetição.
c) Interessado em Língua Portuguesa, sou-o
com muito prazer.
- Agora, é uma construção estilística, cuja
intenção é enfática. Veja que o último se trata
de um predicativo pleonástico.
2. A LÍNGUA-MÃE
No outro dia, recebi uma pergunta de um jornalista que queria saber como deveria se referir ao plural de "campus universitário".
Respondi-lhe que é um caso tão curioso, que
o amigo Sérgio Nogueira - que escreve uma
ótima coluna sobre Língua Portuguesa no jornal EXTRA, aos domingos - lembrou-me que,
nos jornais, há uma antiga discussão sobre o
assunto. Veja só:
a)"os campi" - plural de "o campus" (forma
latina = sem acento gráfico);
b)"os campus" - plural de "o campus" (forma
aportuguesada = com acento circunflexo);
c)"os campos" - plural de "o campo" (forma
traduzida).
Eu, particularmente, gosto do latim: os "campi
universitários"...
3. UM TOQUE DE LÍNGUA
Neste espaço, aproveitamos para mostrar alguns dos grandes "toques" dados pelos poetas, donos de uma linguagem poderosa. Vejam como o comportado Raul de Leoni quase
perde a compostura diante da mulher desejada:
Nascemos um para o outro, dessa argila
De que são feitas as criaturas raras;
Tens legendas pagãs nas carnes claras
E eu tenho a alma dos faunos nas pupilas.
Será que a musa resistiu?
4. LÍNGUA AFIADA
No outro dia, num programa de televisão, uma
conhecida apresentadora falou o seguinte:
"É preciso que se 'agúem' as plantas com
muito carinho: elas têm sentimento..."
Surge então a pergunta:
Como se deve dizer a forma verbal de "aguar",
na 3ª. pessoa do plural do Presente do Subjuntivo? Deve ser pronunciada "Que se 'agúem' as
plantas" ou "Que se ágüem logo as plantas"?
Como o verbo "aguar" faz parte de um grupo
(aguar, desaguar, enxaguar, minguar e
apropinquar) que nunca pode ter o "u" tônico,
a vogal forte, nas formas rizotônicas (eu, tu,
ele e eles dos tempos do presente), só pode
ser a que vem antes do "g"; portanto, o "a".
Sendo o "u" pronunciado fraco depois de "g" e
antes de "e", precisa de trema. O acento gráfico no "a" se deve ao fato de se tratar de uma
palavra paroxítona terminada em ditongo.
O mais comum é que muitas pessoas pronunciem erradamente a palavra, dizendo o "u"
forte, quando a vogal forte é o "a": /Ágüem/ e
não /agÚem/.
Aproveite para, sempre que quiser, enviarnos erros e dúvidas, participando deste mundo fascinante da Língua Portuguesa.
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SAÚDE
novembro 2 0 0 6
Transformando o medo em uma experiência tranqüila e agradável
Centro de Saúde Veiga de Almeida oferece novo procedimento e inova na gestão odontológica
Indiscutivelmente uma das maiores barreiras ao tratamento odontológico sempre foi
o medo que alguns procedimentos provocam
nas pessoas. Dentre os principais, um que
quase sempre está presente é o temor à
anestesia. Desde o segundo semestre deste
ano, o Centro de Saúde Veiga de Almeida
oferece um alento àqueles que têm essa fobia, ou sofrem de ansiedade ao pensar na ida
ao dentista. Trata-se da analgesia inalatória,
ou sedação consciente inalatória, um procedimento que consiste no uso de uma máscara nasal que exala oxigênio e óxido nitroso.
Andrea Lima, odontopediatra e cirurgiã
dentista do CSVA, ressalva que a sedação
inalatória não substitui a anestesia local. Segundo a doutora, a técnica utiliza as propriedades do gás anestésico Óxido Nitroso para
alcançar um estado alterado da consciência,
um relaxamento muscular mínimo, conforto e
sedação sem a perda da consciência. Promove também uma analgesia relativa, aumentando o limiar da dor, a tolerância e a cooperação do paciente. "Sua função principal é de
controlar o medo e a ansiedade", explica.
O método, que já é popular nos EUA, na
Europa e no Japão, está regulamentado no
Brasil desde 2004, e é a técnica de sedação
mais segura. "Sua principal vantagem é permitir ao profissional um controle preciso sobre
a dose e quantidade ideal administrada para
cada paciente (titulação) e, sobretudo, nenhum efeito colateral clinicamente significativo. A titulação é definida pela administração
crescente de pequenas quantidades de uma
droga, até que seja observado um efeito clínico desejado", garante Andréa.
Beatriz Alves, 22 anos, realizou no mesmo
dia uma cirurgia para extrair dois dentes sisos
sem sentir nada. "Tinha medo porque é uma
cirurgia complicada. Mas para mim foi como
tivesse sido feita em 15 minutos, quando na
Dr Andrea Lima: “A função principal da sedação consciente é a de controlar o medo e a andiedade”.
verdade durou três horas", conta a estudante, que compara a sedação a relaxante
natural. "É uma sensação legal, porque
você não sente nada, nem medo nem dor,
e aos poucos vai adquirindo confiança, perdendo o pânico de ir ao dentista. É como
estar em transe ou hipnotizada", completa
A sedação pode durar todo o tempo
do procedimento a ser feito pelo dentista, e cinco minutos após o desligamento,
o indivíduo já está apto a fazer qualquer
coisa, inclusive dirigir. Uma das grandes
indicações do uso da técnica de SI, ao
contrário do que muitos pensam, é para
pessoas sistematicamente comprometidas. A redução no nível de estresse frente ao procedimento diminuirá muito as
chances de desencadear um fator de ur-
Formandos do curso de
enfermagem abraçam a
campanha da luta contra a Aids
No dia primeiro de dezembro é comemorado o "O Dia Mundial de Luta
Contra a Aids", cujo tema este ano
será "o combate à discriminação contra os portadores do HIV". Para colaborar, a graduação de Enfermagem da
UVA, convidou os formandos da primeira turma para abraçar a campanha contra a doença. "Os alunos passaram o dia informando a comunidade da UVA e os visitantes as formas
de prevenção do HIV, tanto aqui no
campus Tijuca, quanto na Cinelândia,
onde distribuiram camisinhas e davam orientação a quem passava no
local", conta o coordenador do curso,
professor Marcio Tadeu.
O curso de Enfermagem, que foi
muito elogiado pela comissão de avaliação do MEC, tem como parceiros as
Secretarias Estadual e Municipal de
Saúde, o Programa Nacional do DST/
AIDS, a Faculdade de Enfermagem da
UERJ, entre outros. "A prevenção é um
dos objetivos do curso, e os alunos trabalham durante todo o ano com isso
em mente", explica Marcio. Para os alunos, essas ações são de extrema importância, e quanto maior o contato
melhor. "A coordenação está sempre
com um projeto que leve os alunos de
diversos períodos para ter contato com
pessoas que necessitam das informações e cuidado", diz a aluna Áurea
Ferrari, estudante do 3º período.
Este ano foi a 4ª comemoração do
Dia Nacional de Combate a Aids na
UVA, realizada pelo curso de Enfermagem, e a 11ª primeira no Brasil, que foi
instituído em 1988. Todo ano a UNAIDS
divulga o tema da campanha, e a de
2006, foi divulgada no dia 14 de agosto
no Canadá, durante a 16ª Conferência
Internacional de Aids. "É muito importante o combate à discriminação, porque isso influencia no dia a dia das pessoas que vivem com o vírus" ressalta o
coordenador.
O Ministério da Saúde estima que
atualmente existam no Brasil cerca de
600 mil pessoas infectadas pelo HIV,
cerca de 130 mil pessoas já tiveram seu
diagnóstico de Aids confirmado e a maior
parte delas são atendidas pela Rede
Pública. No início da epidemia a proporção de casos era de 20 homens para
uma mulher, mas atualmente, a proporção de dois homens para cada mulher contaminada. O uso do preservativo continua sendo a forma mais segura
de prevenir a contaminação e a transmissão do vírus.
gência ou mesmo emergência médica. A
combinação da Sedação Consciente com o
aumento do fornecimento de Oxigênio é
recomendado para o tratamento de pacientes com algumas condições médicas como
a diabete, a asma, pacientes cardíacos
ambulatoriais, pacientes com hipertireoidismo
e hipertensos. "Sua inerte segurança, facilidade de uso, mínimos efeitos colaterais,
qualidades amnésicas e perfeito controle tornam o Óxido Nitroso um agente ideal para o
uso até mesmo em crianças", diz Andrea.
Centro de Saúde implanta um
novo modelo de assistência
Desde o mês de setembro, o Centro
de Saúde Veiga de Almeida oferece aos
seus usuários uma opção de assistência
profissional especializada e de excelência
na área odontológica. Estruturada nos moldes das melhores clínicas privadas do país,
a CLIPOESP (Clínica Profissional Especializada) é resultado de uma evolução do conceito assistencial dos programas PIPO (Clínica
do Primeiro Emprego em Odontologia) e
CLIPO (Clínica Profissional). "Mantivemos o
diferencial da UVA, que oferece aos
formandos em Odontologia a oportunidade
do primeiro emprego, porém agora, as ações
profissionais desenvolvidas por esses Cirurgiões-Dentistas se vêem integradas às desenvolvidas por especialistas - unimos a
vontade à experiência e qualificação profissional de excelência em um só processo",
explica Antonio de Carvalho, diretor do
CSVA. "Além disso, integramos as duas clínicas para lhes dar uma identidade única. A
assistência oferecida é de excelência e desenvolvida, exclusivamente, por profissionais, que oferecem aos usuários atendimento idêntico ao das melhores clínicas particulares do país", completa.
Com a introdução desse novo conceito
de assistência, os usuários dos serviços
odontológicos do CSVA têm agora três opções de atendimento. A primeira, CLIPOESP,
é realizada exclusivamente por profissionais
especialistas, que atendem aos usuários de
forma integrada e interdependente, em todas as especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Odontologia. Na segunda,
o usuário é atendido por profissionais-alunos
dos cursos de Mestrado e Especialização da
UVA, enquanto que na terceira, voltada para
atender as necessidades de tratamento
odontológico da comunidade, as ações são
desenvolvidas por acadêmicos do curso de
Graduação em Odontologia, sob supervisão
de professores. "Todas as modalidades seguem um padrão de excelência e são desenvolvidas através de equipamentos com
tecnologia de ponta - o importante nesse
processo é oferecer qualidade assistencial aos
usuários e ainda propiciar aos jovens profissionais, uma troca pró-ativa de experiências entre graduandos, especialistas e profissionais
mestres e doutores", ressalta Antonio.
Outra novidade é o "Fale com o Doutor",
que por meio do e-mail [email protected],
o usuário pode tirar dúvidas, obter orientação
sobre medidas de promoção e proteção em
saúde, tanto na Odontologia, quanto para Fisioterapia, Nutrição ou Fonoaudiologia. "As
dúvidas e orientações solicitadas serão encaminhadas para especialistas das respectivas
áreas e respondidas, dentro do possível, o mais
rapidamente", explica o diretor do CSVA.
Projeto na área social movimenta a
coordenação do curso de Serviço Social da UVA
O Brasil deixou, já na década 80, de ser
um país de jovens para se tornar um país de
idosos, que devem representar mais de 80%
da população em 2025. E não é à toa que o
projeto "Núcleo de Estudos e Pesquisa do
Idoso", que começou há meses com o objetivo de identificar o perfil da população da
terceira idade na Tijuca e regiões adjacentes, constatou que os programas sociais não
andam no mesmo passo das necessidades
da população idosa. Tanto é que os participantes, sob a coordenação da professora
Regina Célia Cavalcanti, decidiram ampliar
sua atuação e já pensam em implantar um
núcleo de atendimento ao idoso na UVA.
"Constatamos que faltam pesquisas e
ações que façam a diferença na vida dessa
faixa da população e que é preciso fazer
com que a sociedade aceite a velhice naturalmente, como acontece com as demais
faixas etárias, como a infância e a juventude. Mas o maior trabalho tem que ser feito
com o idoso, que muitas vezes não aceita a
velhice" afirma Regina.
A proposta do Núcleo de Estudos com
os Idosos é a de promover inserção social
associada à educação da sociedade. Para
isso, o projeto deverá contar com o apoio de
diversos cursos. "O serviço social terá a função
de ouvir, viabilizar os direitos, discutir, refletir e
dar atenção, enquanto outras graduações promoverão saúde, direito, moda, comunicação,
entre outros benefícios", conta Regina.
Antes da concretização do Núcleo, entretanto, os participantes do projeto - num total
de 9 - se aproximarão dos idosos da Igreja
Professora Regina Célia: “Faltam pesquisas e ações para o público da terceira idade”
Santa Terezinha; do grupo de teatro para a
terceira idade do Clube América; e dos
freqüentadores do projeto da prefeitura para
que possam iniciar, em fase experimental os
Dentro do departamento de Direito da
universidade a equipe de serviço social
composta pela coordenadora Maria Luiza
da Silva e três estagiárias, orientam a
comunidade sobre as soluções nas áreas
familiar, civil e previdenciária. Os atendi-
atendimentos aos idosos.
Apesar do projeto ainda não ter sido implantado, os encontros já acontecem aos sábados de 9h às 13h no bloco A.
mentos são feitos pelas estagiárias sob
a supervisão da coordenadora e elas
atendem uma média de 10 pessoas por
mês "A maior parte dos casos estão relacionados a pensão alimentícia", diz a
coordenadora do projeto.
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Álcool é principal causa de acidentes de trânsito
No início de setembro, as mortes de cinco jovens em um acidente na Lagoa Rodrigo
de Freitas chamaram a atenção para o perigo da combinação entre álcool e direção. O
motorista Ivan Rocha Guida, de 19 anos,
tinha o nível de álcool três vezes acima do
máximo tolerado. Segundo informações do
Corpo de Bombeiros do Estado do Rio, 50
rapazes e moças com idades entre 13 e 29
anos morrem a cada mês em situações semelhantes a essa, e 50% das mortes em
acidentes de trânsito são provocadas pela
ingestão de bebidas alcoólicas de acordo
com o DETRAN. A Lagoa Rodrigo de Freitas,
a orla da Zona Sul, a Barra da Tijuca e o Alto
da Boa Vista são as vias onde há o maior
número de acidentes graves.
Segundo o IBGE, 540 mil jovens com idades entre 15 e 24 anos morreram de causas
não-naturais entre 1980 e 2000, quando
aconteceu o último censo, sendo que os
acidentes de trânsito são responsáveis por
25% desse total. A coordenadora do curso
de Psicologia da UVA, professora Glória
Sadala explica que inúmeros motivos podem levar os jovens a dirigirem embriagados. "Além das razões particulares, relacionadas a situações difíceis ou problemas pessoais que possam estar passando, há questões gerais, próprias desse momento de vida:
a busca pela autonomia, fator que podemos citar mesmo sem conhecer profundamente os jovens", explica.
Para a coordenadora, trata-se de um período em que os jovens começam a se
desvincular dos pais e que, portanto, "exige
um certo desligamento da autoridade para
que possa ser possível realizar as próprias
escolhas. O jovem tende a experimentar
De acordo com Detran 50% das mortes no trânsito são por ingestão de bebida alcóolica.
muitas coisas que dêem uma sensação de
independência e apresenta, assim, uma "tendência a agir", tipo de comportamento em
que as ponderações, o cuidado e mesmo o
perigo não são considerados. Em conseqüência disso acontecem acidentes, brigas e
comportamentos impulsivos". Ela explica que
também é preciso considerar a pressão do
indivíduo em grupo, que o leva a tomar atitudes que sozinho não teria.
O professor de Direito Civil da UVA, Paulo
Santos, conta que não se conforma em
pensar que os alunos possam deixar escapar seus futuros e oportunidades e que, por
isso, chega a abordá-los no final da aula
para aconselhar, inclusive individualmente,
acerca dos perigos da direção irresponsável. "As conseqüências podem ser muito
graves na vida do motorista e na de terceiros, como o dano físico ou até a morte. Além
Artista plástico inaugura exposição em
homenagem ao poeta Manuel Bandeira
Em 19 de abril de 1886, nascia Manuel
Bandeira. O poeta, cuja obra escrita ao longo de mais de meio século, atravessa praticamente toda a história do Modernismo no
Brasil, e apresenta muito dos mais expressivos livros da poesia moderna. Porém, em
"Estrela da vida inteira", de 1966, livro que
comemorou seus 80 anos, Bandeira revelou
sua face de tradutor, dando destaque à Oração de São Francisco de Assis. Em comemoração aos 120 anos de nascimento deste pernambucano, o artista plástico e
curador da Universidade Veiga de Almeida,
Jorge de Salles, realizou, no Espaço Cultural
Trem do Corcovado, uma emocionante exposição em homenagem a sua obra e a uma
vida dedicada à poesia.
"Homenagem aos 120 anos de nascimento do poeta Manuel Bandeira" reúne
10 esculturas de São Francisco de Assis confeccionadas em sucata de ferro, variando
entre dois metros e 70 centímetros de altura, além de 12 aquarelas e serigrafias. "O
meu objetivo não é, somente, comemorar a
data, mas fazer com que saibam que ele foi
o tradutor da oração de São Francisco para
o português, pois descobri que 99% das
pessoas desconhecem essa informação",
explica Jorge, que aos nove anos leu a oração, pela primeira vez, o que tocou profundamente. "Se todos a lessem diariamente,
o mundo seria outro", completa.
Nascido em Recife, Manuel Bandeira publicou seu primeiro livro de poema em 1917
- “A cinza das horas”, que foi seguido por
“Carnaval”, em 1919, em que apresenta
pela primeira vez versos livres na literatura
brasileira. Em 1921, conheceu Mario de
Andrade e os modernistas paulistas, e embora não tenha participado diretamente da
Semana de Arte Moderna de 1922, provavelmente, foi a principal figura do Modernis-
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ATUALIDADES
mo brasileiro, pois seu poema “Os sapos”
provocou um dos momentos de maior escândalo, ao ser lido por Ronald de Carvalho,
no Teatro Municipal de São Paulo, no dia 15
de fevereiro: o de maior polêmica de toda a
Semana. A partir de então, não é possível
pensar a poesia moderna no Brasil sem a presença de Bandeira, que atravessará todas as
chamadas fases do Modernismo, com uma
produção poética de mais alto nível. "Mário de
Andrade o chamava de São João Batista do
Modernismo, reconhecendo o seu papel de
anunciador da nova poesia", conta Jorge. "Ele
morreu em outubro de 1968, e era conhecido
como o poeta das coisas mais simples. Seus
poemas nascem e crescem dos acontecimentos mais cotidianos, mais comuns, dos momentos que aparentemente são banais e insignificantes. Do dia-a-dia, em que instantes
da existência aparecem transfigurados em pura
essencialidade da vida", acrescenta o artista,
que também foi curador da exposição que
comemorou o centenário do poeta, na qual
reuniu 25 artistas, entre eles Moacyr Scliar.
disso, ainda há o risco legal, que é o de
responder civil e penalmente sobre os acidentes, o que sujeita a prisão ou indenização por danos materiais e físicos. Além disso, há a questão da própria vida, pois as
conseqüências jurídicas são muito sérias.
Em caso de menores, por exemplo, os pais
respondem por seus erros, de modo que
os danos podem pesar sobre a família a
tal ponto que ela não tenha condições de
ressarcir os prejudicados".
A estudante de Fonoaudiologia da UVA Aline Cristina de Almeida, de 21 anos, conta que
já sofreu um acidente grave por conta da imprudência. Ela estava em um carro com outros
sete amigos na estrada Rio-Santos, voltando
para a casa dos pais em Muriqui de uma festa
em Itacuruça, quando o motorista de seu carro
perdeu o controle, invadiu o sentido contrário e
se chocou na lateral de um outro automóvel.
"Com certeza esse acidente aconteceu por causa da imprudência, mas teve conseqüências
muito graves. O carona do outro carro foi arremessado e morreu, e todos os outros envolvidos no acidente tiveram ferimentos sérios". Aline acrescenta que passou seu aniversário de
18 anos na cadeira de rodas. "Quebrei a bacia
em quatro partes, duas costelas, a clavícula e a
escápula direita. Passei um mês sentada na
cama, e outro na cadeira de rodas. Finalmente
passei mais 30 dias de muletas, um grande
alívio. Só Deus sabe o que tive de suportar".
Ela conta que até hoje não se sabe o real
motivo do acidente. "Ninguém se lembra do
que aconteceu ao certo. O motorista do meu
carro havia bebido muito pouco, e alega que
um animal passou na estrada, o que o levou a
entrar na contra-mão. Mas a justiça não considerou seu argumento e ele teve de indenizar a
família da vítima mesmo antes do final do processo", explica.
Aline revela que o acidente na Lagoa a marcou muito. "Quando vi o jornal fiquei impressionada. O meu acidente voltou à memória e
comecei a pensar na sorte que eu tive, pois
podia ter sido comigo. Acredito que, até mais
que as campanhas de prevenção, os exemplos alertam os jovens para que não cometam os mesmos erros".
A reinvenção da TV
Chad Hurley, Steve Chen e Jawed
Karim criaram o Youtube numa garagem
na Califórnia em fevereiro do ano passado. Com 67 funcionários, hoje o site tem
cerca de 100 milhões de vídeos assistidos diariamente, e é responsável por 60%
da demanda norte-americana por vídeos
online. Com pouco mais de um ano depois
de criado, acaba de ser vendido por U$S
1,65 bi para a Google. Números à parte, o
fenômeno You Tube resume a mais nova
tendência da Internet, a de o usuário não
receber conteúdos, mas de também poder criá-los, além de permitir que montem
sua própria programação, numa forma de
reinvenção da TV.
Para a professora de telejornalismo da
UVA e editora do Programa Retratos do
Rio, Cíntia Neves, embora o Youtube não
seja uma emissora, colabora, de certa forma, para a mudança da relação entre público e TV. "Nesse caso, todos são transmissores e receptores ao mesmo tempo,
numa rede de comunicação impressionante, pois o internauta pode escolher o que
quer ver e reproduzir quantas vezes quiser. Devemos esperar, entretanto, que se
fale mais em ética, em regras para a utilização. Afinal, como tudo na vida, há um
lado bom e um lado ruim, e é preciso ter
regras para o melhor aproveitamento da
ferramenta sem invadir, agredir e difundir
idéias criminosas ou qualquer tipo de violência".
A televisão se modifica a cada dia para
atender às demandas de um público segmentado, apressado e versátil. O novo
espectador incentiva, portanto, o
surgimento de tecnologias que o possibilitam ver TV a qualquer hora e local: laptops,
celulares e iPods e Internet se tornaram
emissoras 24 horas. Globo e Record perceberam a tendência e já disponibilizam
seus programas em seus sites, um sinal
de que não há alternativas para a tendência. "Não se trata de uma simples necessidade de sobrevivência, mas sim de uma
transição natural: a adaptação a uma nova
tecnologia. É claro que o telespectador vai
ter que aprender a usar esse novo meio, e
o mais difícil, sem dúvida, é aprender a
selecionar o conteúdo da programação, e a
exigir mais", afirma a professora Cíntia.
De acordo com a professora, ainda
deve demorar até que a revolução digital
se concretize. "Como tudo o que envolve
investimento, sabe-se que, pelo menos a
curto prazo, as inovações demoram a chegar para todos. O brasileiro gosta de
internet, de vídeos, de música, e é um consumidor em potencial para todas as ofertas nessa área. A princípio, o grande obstáculo é que nem todos podem pagar". Ela
acrescenta que tanto a televisão na Internet
quanto a própria TV digital, que começa a
ser implantada no Brasil, devem mudar não
apenas a forma de assistir televisão, mas
também a de se fazer jornalismo para essa
área. "Os profissionais terão que acompanhar essas novas tecnologias para poder
adaptar sua programação às necessidades
e interesses do público e, é claro, utilizar e
oferecer todos os novos recursos oferecidos pelos artifícios".
Para o ex-aluno de jornalismo da UVA,
Fernando Celino, o Youtube é uma forma de
entretenimento. "Recebi um link por e-mail
de um amigo há cerca de 1 ano e a partir daí
sempre que posso visito o site". Fernando
acrescenta que, apesar de todo o sucesso,
o Youtube deve perder espaço em pouco
tempo. "Acredito que seja uma moda
efêmera. Afinal, já estão sendo feitas ferramentas com o mesmo objetivo e muito mais
eficientes. O que deve ficar são as mudanças nos hábitos de quem usa o site, que
provavelmente vai continuar usando sites
como esse. É o meu caso", revela.
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Campus da UVA em Cabo Frio completa 5 anos
CAMPUS
novembro 2 0 0 6
Foi marcada pela emoção a solenidade
de comemoração pelo 5º aniversário do
campus Cabo Frio da Universidade Veiga de
Almeida, na última terça-feira (24/10). Alunos, pais, funcionários e professores lotaram
o auditório da instituição para assistir a cerimônia conduzida pelo reitor da UVA, Mário
Veiga de Almeida Júnior e pelo diretor do
campus, o professor Dr. Silas Costa Pereira,
na presença de ilustres convidados como, o
Deputado Estadual e ex-prefeito Alair Corrêa,
o Sr. Paulo Sérgio Brunner Rabello - presidente da Fundação de Ciência, Ensino e
Tecnologia de Cabo Frio, o Sr. Charles Souza Franco, da Companhia Salinas de
Perynas, e o secretário municipal de Ciência
e Tecnologia, Dr. José Roberto da Rocha
Mendes, representando o prefeito
Marquinho Mendes.
Em discursos acalorados, anfitriões e
convidados lembraram da fase de instalação do campus, do período das obras e da
transformação ocorrida na sociedade
cabofriense quando a Veiga anunciou seu
primeiro vestibular, com mais de 2 mil candidatos na época. O ex-prefeito Alair Corrêa
lembrou que a instalação de uma universidade no município de Cabo Frio era um
sonho antigo, que se concretizou graças
ao pioneirismo e ao espírito empreendedor
do engenheiro Mário Veiga de Almeida
Júnior, que apostou no potencial da cidade e topou o desafio de construir a instituição numa área isolada do centro urbano,
sem qualquer infra-estrutura e num terreno onde havia apenas um prédio em ruínas.
Com apoio da Companhia de Perynas,
que inicialmente- em acordo com a prefei-
tura - permitiu que o prédio fosse utilizado
em regime de comodato, o sonho da primeira universidade de Cabo Frio se tornou
realidade. O engenheiro Charles Souza Franco diz que tanto para a Perynas, quanto
para a população do bairro, a história se
divide em antes e depois da instalação da
universidade, que freqüentemente oferece
cursos, eventos e ações sociais para a população local.
Hoje, com o prédio próprio e ampliado, o
Campus Cabo Frio possui mais de 150 funcionários, cerca de 200 docentes e um universo de 4 mil alunos. Há aproximadamente dois anos, para abrigar confortavelmente seus estudantes, a universidade construiu uma segunda unidade, anexa ao
Hipermercado Sendas, onde funcionam os
cursos de Direito e Pedagogia. O diretor do
campus, professor Silas Costa Pereira, só
tem motivos para comemorar. Ao longo de
sua gestão, vários cursos da instituição foram reconhecidos pelo MEC com conceitos
máximos e muitas vitórias conquistadas.
No mês passado, os cursos de Administração, Turismo, Ciências da Computação e
Direito surpreenderam as expectativas dos
avaliadores do Ministério da Educação. O
curso de Direito, por exemplo, teve conceito máximo em todos os quesitos, uma média comparada apenas a das universidades
públicas. Além disso, mais de 80 por cento
dos alunos do curso foram aprovados na
primeira fase do exame da OAB.
As conquistas não param por aí. Os cursos da área de saúde possibilitaram um
envolvimento ainda maior com a comunidade, com projetos como o "UVA doando
Vida", onde os alunos de enfermagem se
A Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha
não é só carnaval. A ex-aluna da Veiga de
Almeida, Selma Magdalena sabe disso. Formada
em letras e com pós-graduação em Língua Portuguesa, também pela UVA, trabalha desde maio
no Projeto Qualificar, que dá apoio aos jovens da
comunidade da Rocinha, inserindo-os na sociedade através da qualificação e do
empreendedorismo.
Os cursos capacitam os alunos como mãode-obra especializada em música de percussão,
brinquedos artesanais, cenografia, figurino e inclusão digital. As atividades são orientadas para
educação e geração de processos sustentáveis
de trabalho e renda, e todas são acompanhadas
de aulas de português e matemática. Os alunos,
60 em cada oficina, recebem uma bolsa de estudo, com ajuda de custo, lanche diário e material
didático, além de uniformes e transporte para
visitas institucionais.
A professora descobriu a vaga por intermédio
de um amigo no dia da seleção, mas nem por
isso seu comprometimento foi menor. Ela conta
que batalhou pela vaga. "Temos que correr atrás
dos nossos ideais. Aquele que não luta, não sente o gosto da vitória".
Uma boa formação também é essencial. "O
curso de letras da UVA é muito bom e o conhecimento que obtive foi importantíssimo para conseguir essa vaga. Tive os melhores profissionais
do mercado", diz empolgada. De acordo com ela,
a especialização ajuda bastante "O que fez a dife-
rença foi, não só o curso, mas a complementação
na pós", conta, comemorando uma nova vitória
"Não me formei em universidade pública e consegui meu lugar no mercado. Quebramos a lenda".
Professora de língua portuguesa para os meninos e meninas de percussão e brinquedos, e em
breve para os de cenografia, Selma afirma que a
felicidade das crianças é a maior recompensa,
"Quando ajudamos ao próximo sem querer retorno, com certeza conseguimos algo de bom. Deus
olha para nós com um outro olhar".
O grupo se esforça bastante. Em uma das
atividades a professora auxiliou os alunos de percussão na produção de um samba-enredo para
concorrer na escolha do samba da Acadêmicos
da Rocinha para o Carnaval 2007. A música está
entre as favoritas, mas não é isso o que mais
importa "O que mais me encanta não é a letra,
mas a realização dos meninos". A escola desfila
no próximo ano, no grupo de acesso com o enredo
Gigante Mundo dos Pequenos.
Selma trabalha com os jovens nas segundas e
quartas-feiras, e dedica o resto da semana ao
curso de inglês e espanhol do qual é diretora. Para
quem está entrando no mercado, ela deixa um
recado: "Força de vontade é essencial. Os vencedores não desistem e os que desistem não vencem". Quanto a se dedicar a um projeto social ela
acrescenta que é preciso mais do que boa vontade "Só trabalha com responsabilidade social quem
tem como princípios a conscientização política e
social do indivíduo na sociedade", afirma.
O reitor Mário Veiga de Almeida Jr (ao centro) com os convidados que dividiram a solenidade de comemoração dos cinco anos do campus
mobilizam para abastecer o banco de sangue do Hemolagos e iniciativas como a presença do curso de Fisioterapia no Hospital
São José Operário. Os debates realizados
pelo curso de História, a profissionalização
dos mercados Turístico e Imobiliário, mediante os cursos de Turismo e Gestão Imobiliária, a capacitação de professores da região,
através do curso de Pedagogia, as ações
promovidas pelo curso de Serviço Social e
tantas outras atitudes positivas podem
ser observadas dia a dia.
O reitor da UVA atribui o sucesso do
campus à solidariedade e ao comprometimento de todos os colaboradores e
agradece aos alunos e pais pela confi-
ança depositada. Os próximos passos?
A possível abertura dos cursos de Psicologia e Comunicação Social, os investimentos na área de pós-graduação e o
incentivo à pesquisa científica prometem dar continuidade ao processo de
sociabilização e desenvolvimento regional. Parabéns à UVA!
A Universidade Veiga de Almeida decidiu colaborar com quem ainda não sabe
que profissão seguir e lançou, no dia 15 de
outubro, o site www.oqueeuqueroser.com.br,
um guia vocacional on-line para orientar os
vestibulandos na hora de escolher a futura
carreira. O site faz parte da Campanha do
vestibular 2007 da UVA, e associa um ambiente interativo a uma linguagem
descontraída para ajudar o jovem a conhecer melhor o mercado de trabalho e as possibilidades profissionais que os cursos da
UVA oferecem. A idéia é desenvolver um
ambiente em que o candidato encontre a
sua vocação de forma divertida. Para isso,
reuniu, entre outras funções, depoimentos
de profissionais de destaque no mercado
de trabalho, como o do jornalista Arthur
Dapieve.
De acordo com a gerente de marketing
da UVA, Leila Vital, "o objetivo do site é pôr
o estudante em contato com a futura profissão, esclarecendo quais as opções de
mercado de trabalho de cada área e o perfil
profissional exigido pelas diversas carreiras.
O hotsite veio para ajudar quem ainda não
sabe qual carreira seguir e para trazer dicas
valiosas de profissionais, alunos e ex-alunos da UVA, válidas também para os que já
definiram sua opção de curso".
Outra função do site é um Quiz com perguntas irreverentes como qual seria a reação do internauta se a Angelina Joli olhasse na direção dele e sorrisse. As opções
também são divertidas, como "Elogiaria sua
bela arcada dentária". O site também oferece um Chat com os coordenadores de cada
curso, que poderão tirar dúvidas e explicar
detalhes. Além disso, haverá links para importantes sites sobre profissões, assim
como para o site da UVA. Ex-alunos no
mercado de trabalho também poderão registrar suas experiências, e os visitantes
terão a chance de comentar todos os registros, como se estivesse num "blog".
Ex-aluna de Letras integra UVA lança guia vocacional online
projeto social na Rocinha para campanha do vestibular 2007
A
Professora
Carmen
Rodrigues
Tatsch, do Curso de Psicologia e do
Mestrado em Psicanálise, Saúde e
Sociedade,da UVA,
apresentou pesquisa (cujo trabalho de campo se realiza
junto a uma comunidade quilombola em
Búzios, RJ), na Universidade de New York,
EUA e na Universidade de Montreal, no
Canadá, tendo participado também no
Fórum Social Regional 02 de Quebec,
Canadá.
Entre os objetivos destas viagens, encontra-se o da busca de aprofundamento
teórico / metodológico relacionados a disciplinas afins. Visa-se ainda o intercambio
com especialistas de universidades in-
ternacionais que tenham interesse na troca de experiências e na interação com
alunos da graduação e do mestrado e
possam assim contribuir para uma formação acadêmica que integre as áreas de
ensino, pesquisa e extensão. O professor
Robert
Landy,
do
Departamento
de
Dramateraphy, da New York University, a
Professora Paola Mieli, do Departamento
de Art and Media da New York University
e o Professor Christian Dagenais, da área
de Psicologia Comunitária, da Universite
de Montreal, trouxeram interessantes contribuições a pesquisa intitulada subjetividade, diversidade cultural e desenvolvimento humano e social.
Zuzu Angel é sinônimo da moda brasileira
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MODA
novembro 2 0 0 6
Exposição reúne acervo da estilista e criações de ex-alunos do IZA/UVA
Em meados da década de 60, Zuleika de
Souza Netto, transformou-se numa grande
estilista. Em 2006, ano em que completa 30
anos de sua trágica morte, Zuzu Angel, a
estilista que deu identidade a moda brasileira, ganhou não somente um filme que conta
a sua trajetória, mas também uma grande
exposição no Museu Histórico Nacional, no
Rio de Janeiro. "Sempre acreditamos na
Moda Arte, na Moda Criação, na Moda Pesquisa, na Moda Identidade", diz Celina. "Conseguimos descobrir talentos com essência
brasileira, e estarmos ao lado de criações exclusivas e originais de Zuzu, confirma a nossa
diretriz de trabalho", comenta a coordenadora do curso de Moda do IZA/UVA, Celina de
Farias.
A exposição "Zuzu Angel - Eu sou a moda
brasileira", retratou o sucesso que a estilista
fez no Brasil e no Exterior com suas criações.
Expondo 30 modelos originais produzidos en-
tre 1960 à 1976, o público também pode
conferir um vídeo com o trailer do filme Zuzu
Angel, arquivos de TV com entrevista da
estilista e sua família.Para a jornalista
Hildegard Angel, filha de Zuzu, "Se minha mãe
estivesse aqui, ela diria: Eu sou a moda Brasileira. E realmente foi, é, e continuará sendo", diz. "Esse evento foi importante para o
mundo da moda, uma oportunidade de
visualizarem em um percurso rápido, uma vida
composta por alegrias, sucesso, tristeza, luta
e muita força de vontade", completa
Hildegard. Além conhecer croquis originais e
pôsteres sobre a moda dos anos 70, os visitantes também puderam conferir fotos do
arquivo de família, e com celebridades da época.
Considerada a mãe da moda brasileira,
Zuzu Angel chegou ao Rio de Janeiro em
1947 com o marido, Norman Angel Jones.
Os primeiros dez anos no Rio de Janeiro foram o suficiente para que seu atelier
na Rua Barão da Torre, em Ipanema,
ser reconhecido e ter seu nome destacado entre as personalidades da
sociedade carioca. A partir daí, a
estilista levou para fora do país seu
estilo simples e elegante através de
estampas com motivo e cores tropicais, que ajudou a divulgar através de suas coleções, as raízes culturais brasileiras.
A jornalista Hildegard Angel
IZA/UVA trás para o Rio
o primeiro curso de
chapelaria do Brasil
Ele surgiu há mais de 4 mil anos como
uma forma de proteger a cabeça da exposição ao sol no antigo Egito, na Babilônia e na
Grécia. E, apesar de ter perdido parte de seu
espaço na década de 60 para os grandes penteados, hoje o chapéu é símbolo de elegância,
e promete voltar com tudo. Tanto é que o
chapeleiro Denis Linhares ministrou, o primeiro
curso de chapelaria do país no Instituto Zuzu
Angel/Universidade Veiga de Almeida. "O acessório está sendo requisitado para adicionar
modernidade e estilo ao vestuário. Grandes
marcas e estilistas internacionais estão investindo neste retorno", diz Denis Linhares.
Inspiração e criatividade são os grandes desafios dos estilistas
O verão ainda nem começou e as tendências da estação já ocupam as vitrines
das lojas da cidade. Cores, estampas, modelos, cortes, comprimentos, tecidos, tudo preparado durante meses para vestir as mulheres no período mais quente do ano. No entanto, os profissionais da moda no Brasil já
estão preocupados com as próximas estações, e se preparam para apresentar o que
estará na moda no outono-inverno 2007.
O calendário às avessas pode ser confuso
para os mortais consumidores de moda, mas
para os estilistas, começar a pensar em roupas para os dias frio no auge do verão é muito comum. Segundo a professora de Planejamento de Coleção do IZA/UVA, Ana Elise, o
calendário da moda é comercial "Tudo deve
estar pronto para as semanas de moda e
para o período de vendas. É uma contagem
regressiva. Precisa-se de três a quatro meses de elaboração", diz. "Os preparativos para
a coleção de inverno se iniciam em setembro
para serem apresentados em janeiro e os de
verão, de janeiro para junho", completa.
Para produzir uma coleção muita coisa
Rique (à direita) com modelos usando suas criações
deve ser levada em conta. De acordo com
Ana Elise, questões financeiras e comerciais normalmente são consideradas ao se
planejar. "Temos que pensar no lado comercial, em atender o cliente", diz. Ela enfatiza
que no período de criação, além da inspiração, não se pode deixar de lado a criatividade,
"O grande desafio é conseguir inovar, ter uma
nova linguagem, ficar original".
O estilista Rique Gonçalves, formado pela
Escola de Estilo IZA/UVA em junho de 2006,
sabe bem como é planejar e dar vida a uma
coleção. Ele criou a marca "R.GROOVE" e teve
o trabalho selecionado para edição de outono-inverno da Rio Moda Hype 2007 - evento
que coloca no mercado novos talentos da
moda brasileira - que acontece em janeiro.
Segundo Rique, o caminho até chegar a
um produto de qualidade para apresentar
ao concurso foi longo. Primeiro ele investiu
na conceitualização da marca, "Trabalho no
projeto há bastante tempo. O "R.GROOVE"
não é simplesmente roupa. Temos o conceito de vestir o jovem moderno com qualidade e identidade", conta o estilista, afirmando que levou três meses desde o dia
em que decidiu o tema e começou as pesquisas, até concretizar roupas para o concurso.
"Eu apresentei uma coleção exclusiva.
Uma coleção apropriada para o mercado e
o público alvo da marca". O estilista investiu em looks completamente diferentes,
inspirados no conceito da busca do equilíbrio do corpo, alma e universo. "Tudo para
mim é inspiração. Desde músicas, livros,
filmes, às vezes até alguns sonhos", diz
acrescentando que o conceito do rock é
uma das influências presentes no seu trabalho.
Segundo ele, durante toda preparação
a pesquisa é essencial. "Você entrar o máximo possível no universo do tema é a coisa mais sábia para que uma coleção surja
com sucesso", afirma.
Movimento em Moda e
Formaturas fecham o
semestre do IZA/UVA
Três eventos irão agitar o fim do
semestre do IZA/UVA. O Movimento
em Moda e as formaturas de Design
de Jóias e de Moda.
Nos dias 7 e 8 acontece, no
campus Barra, o Movimento em
Moda. O evento fecha o semestre dos
alunos do 1º, 2º e 3º períodos, que
apresentam em desfiles toda a sua
criatividade.
"Qual é a estampa que te tampa?"
é o tema que inspira os formandos
da 19º turma do curso de Moda. Para
eles, a formatura, que acontece dia
19 no Clube Marapendi na Barra. Os
melhores da noite recebem prêmios,
que vão de valores em dinheiro até
bolsa de estudos na França.
Para o curso de Design de Jóias, a
formatura terá um gostinho especial.
No dia 18, a primeira turma de Design
de Jóias se forma, e a exposição das
criações será no restaurante Garcia e
Rodrigues, no Leblon. Os prêmios entusiasmam os futuros nomes da joalheria brasileira.
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novembro de 2006 o veiga em foco.p65