Edição especial 2 SITRAMICO-RJ Petrobras Distribuidora em: GRH no país das Maravilhas -Parte 2- A devolutiva Em 8 horas de reunião, ouvimos “não” de vários tipos e tamanhos... “A empresa não enxerga dessa forma”, “não concordamos”, “Isso não acontece no mercado” entre outras frases justificadas em milhões de slides que dariam inveja a consultores financeiros da Wall Street. Tudo para tentar explicar a constrangedora falta de avanços na proposta, e ainda, a incoerência em algumas falas, como, por exemplo, ao abordar o PCAC. O salário dos Assessores Comerciais, por exemplo, é menor do que o dos Profissionais de Vendas. A função desempenhada é a mesma, mas a remuneração não. A GRH não conseguiu explicar o porquê. Pleitos importantes para os trabalhadores foram negados sem o tratamento e apuração necessários. Os aeroportos nem eram lembrados pela GRH. Os sindicatos é que cobraram da empresa ações para resolver antigos problemas. Escala de trabalho, turno de revezamento, problemas nos aeroportos e etc... A BR não tinha resposta sobre nada. Além disso, o entendimento da GRH é simples: A BR é a empresa dos sonhos, seus funcionários têm condições de trabalho e remuneração de dar inveja a outras categorias e não há necessidade de melhorias, só adequações. Aí é que está o problema. Casos como os que ocorreram com Assessores Comerciais, Técnicos de Contabilidade e Administrativo foram distorções que surgiram após mudanças estruturais na empresa e devem ser corrigidos. Analisar o mercado não adianta, pois nenhuma outra empresa tem o nível de complexidade e a história da BR, decorrentes de fusões, aquisições e vários outros movimentos empresariais. Outro ponto são as questões relacionadas à tratativa dos casos de assédio. Os trabalhadores falaram através das as- Apesar dos pesares, tivemos alguns avanços: Anuênio - depois da retomada da progressividade do anuênio, era certo que a isonomia das tabelas também voltaria à pauta de discussões. A progressividade adotada hoje garante 10% a mais no fim de carreira dos funcionários da Petróleo em relação ao salário da BR. A empresa acenou com a possibilidade de acertar esse descompasso. O assunto será tratado fora das esferas negociais com o objetivo de dar uma solução definitiva para o problema. Lavagem de uniformes: mais de três anos após a sanção da lei estadual, a empresa informou que, finalmente, vai fazer a higienização dos uniformes em todas as suas bases. Jovem Universitário: segundo informado pela BR, a partir da conclusão deste acordo coletivo, o programa irá abranger todos os cursos. AMS: dos oito tópicos relacionados ao tema, a BR só aprovou o de vacinas para aposentados, empregados, pensionistas e dependentes que, na verdade, já acontece. Vale refeição X alimentação: além dos atuais 50X50, a companhia concordou em dar outras possibilidades de distribuição: 75X25 e 65X35. Os percentuais são diferentes do 70X30 propostos na pauta, mas já vale como avanço. “O que a BR considera sonhos, os trabalhadores consideram necessidades” sembléias: As práticas atuais não são suficientes! E qual é a resposta da empresa? “Não”... Além destes, outros tópicos da nossa pauta foram negados, totalizando 59 respostas negativas. PCAC, RMNR, Cesta básica, Bolsa de Estudos, Vale refeição, mudanças no regime de sobreaviso parcial, abono salarial não foram aceitos, entre vários outros tópicos. Isso é historinha pra boi dormir... Precisamos de respostas efetivas! Grande parte do argumento prevê como base a Isonomia, mas o interessante é que essa justificativa é utilizada, pela empresa, apenas para dimi- nuir os reajustes nos pleitos e não para avançar. Uma grande preocupação dos sindicatos é o aumento da participação da RMNR nos salários. Hoje temos casos que a RMNR atinge 50% da composição salarial, como complemento do salário base. Isso trás vários problemas que podem ser percebidos, por exemplo, no caso do adicional de periculosidade que em vez de ser calculado com base na remuneração mínima, é pensado a partir do salário base (alguns trabalhadores perdem o benefício pela metade). Há vários tópicos que precisam de discussão e solução, não desculpas. A próxima rodada está prevista para a primeira quinzena de novembro. Ah, sim, e o mais importante: a GRH achava que a proposta era tão boa, mas tão boa, que poderia valer por dois anos... Os sindicatos rejeitaram a proposta em mesa (é claro). Movimento em apoio aos petroleiros O SITRAMICO-RJ estava presente, representando os trabalhadores do Sistema Petrobras da área de distribuição de Combustíveis, junto com os companheiros das refinarias, da Transpetro, do Gás, Biodiesel e Termoelétricas, e das Sedes Administrativas durante a paralisação dos petroleiros, ocorrida no dia 17 de outubro, na REDUC, em Campos Elíseos. A nossa Federação, FIBRA, está se articulando com a FUP de forma a buscar a integração para os próximos movimentos. Segundo informações dos sindicatos da FUP, a adesão dos trabalhadores de turno é de 90% a 100%, com forte participação dos trabalhadores terceirizados e do administrativo.