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DOMINGO - O Estado do Maranhão - São Luís, 8 de maio de 2011
GASTRONOMIA
E SPECIAL M ˆES
Ponha a mão na
massa e prepare um
spaghetti da Mama
O DOM convida você a assumir o papel de chef na cozinha para preparar
o rápido, prático e delicioso spaghetti da Mama neste Dia das Mães
N
o domingo de Dia das
Mães, não vale deixar a
homenageada ir para a
cozinha preparar o próprio almoço, não é mesmo? Então, que
tal você colocar em prática todos
os dotes culinários aprendidos
com a sua mãe e preparar para
ela um almoço italiano, com direito a um spaghetti da Mama?
Já incorporado na culinária
brasileira, o macarrão é um prato de fácil preparo e, por isso, é
super adequado para ser preparado no Dia das Mães. Afinal,
você quer gastar o seu tempo mimando a sua mãe, não é mesmo?
O macarrão é o prato ideal para
aqueles dias nos quais o preparo
da refeição deve levar o menor
tempo possível.
O spaghetti vem conquistando cada vez mais espaço e, por
vezes, até dividindo o protagonismo com o tradicional arroz e
feijão. A primeira dica para prepará-lo é não subestimar a facilidade da receita. Um macarrão
se não for feito corretamente
pode ficar, seco, pastoso, sem
definição, muito temperado ou
o inverso.
Dicas - A grande dica para que o
macarrão não grude na hora de
cozinhar é utilizar uma panela
bem grande. Quanto mais água
você utilizar para cozinhar o
macarrão, mais solto ele fica.
Para cada 100g de massa use 1
litro de água. Não tampe a panela porque a água que está cozinhando o macarrão vai ferver
e transbordar. Coloque o macar-
rão na água fervente e mexa bem
até a hora em que a água voltar a
ferver. Depois pare de mexer,
pois a própria fervura da água vai
"mexer" o macarrão evitando
que ele vá para o fundo da panela.
Para o macarrão ficar mais
soltinho a massa pode ser 100%
feita com farinha de trigo e ovo
ou 50% farinha de trigo, 50%
semolina e ovos. A massa feita só
com farinha de trigo e ovos é
mais mole e delicada. A massa
feita com farinha de trigo, semolina e ovos é mais seca e por
isso mais firme.
É bom ficar atento para o
número de pessoas que serão
convidadas para o almoço de Dia
das Mães. Normalmente para
massas frescas ou secas calcule
da seguinte forma: 250 g de massa crua para 2 pessoas. Existe no
mercado uma peça de plástico
que mede a quantidade de espaguete para 2, 4 ou 6 pessoas.
Para cada 100g de massa, o ideal é utilizar 1 litro de água fervente para cozinhar.
Preparo - O sal deve ser adicionado na água somente depois
que estiver fervendo para não demorar mais tempo para atingir o
ponto de fervura. Para cada litro
de água, use 10g de sal. Se você
colocar azeite na água vai formar
uma película na massa que estiver cozinhando que não vai deixar
o molho grudar na massa. O
azeite na água é lenda e não fará
a massa ficar soltinha, o que a
deixará a massa soltinha é
Combinando o molho com o macarrão
Fettuccine: É uma massa que precisa de um molho um pouco mais
encorpado com pedaços de funghi, de tomate. Ele incorpora muito
bem no fio da massa e fica uma excelente harmonização.
Penne: Faz uma combinação boa com molhos cremosos (sem
pedaços), como molho ao sugo, bolognesa, quatro queijos, que incorpora muito bem na massa e penetra no furo. Fica uma excelente combinação.
Massas recheadas: Nas massas recheadas, o ideal é que se coloque
molhos neutros, como o molho branco, o bechamel ou um molho de
tomate, que não vão tirar o sabor do recheio.
Spaghetti: O spaghetti combina bem com molhos à base de azeite,
oleosos, porque na verdade eles incorporam bem com o fio. O azeite
não deixa a massa empapar. O spaghetti à bolonhesa é a mais tradicional das combinações. Não deixa de ser saborosa, mas a harmonia
não é assim tão perfeita. Pelo menos é o que dizem os italianos.
usar a quantidade correta de água
para cozinhar a massa. A qualidade da massa influencia bastante no resultado final, a massa
de grano duro (feita à base de sêmola) é a de melhor qualidade.
A proporção de massa e molho é a seguinte: calcule 3/4 do
peso da massa será igual peso do
molho, ou seja, para cada quilo
de massa utilize 750g de molho.
Lembre-se que isto é uma média, e que massas mais miúdas
absorvem mais molho que massas maiores.
História – A discussão é controversa quando a questão é saber
a origem do spaghetti. Chineses,
árabes e italianos dividem a re-
Receita da semana
Ingredientes:
500 g de espaguete cozido "al dente"
1 kg de tomate italiano
1 unidade de cebola picada
1 dente de alho amassado
10 folhas de manjericão
1 talo de salsão
1 colher (café) de alecrim
1 colher (chá) de tomilho
1 colher (sopa) de açúcar
sal a gosto
parmesão ralado a gosto
Modo de preparo:
Faça um amarrado com todas as ervas. Liquidifique o tomate
e passe-o pela peneira. Leve o tomate ao fogo e acrescente o
amarrado de ervas, sal, açúcar, cebola e alho. Deixe que
cozinhe entre 30 e 40 minutos. Prove, junte mais sal ou mais
açúcar, no caso de estar, ainda, ácido. Sirva sobre o espaguete,
polvilhando o queijo ralado.
sponsabilidade. A chamada Itrjia, de origem árabe, entrou na
Europa durante o domínio
árabe na Sicília no século IX. A
partir daí, a fama foi se espalhando chegando a Trabia, próxima a Palermo, na Itália. Posteriormente, a Sicília ficou sendo
a "pátria" dessa iguaria até ser
substituída por Nápoles, já no
século XVIII.
Uma segunda teoria sobre a
chegada na Itália do spaghetti
afirma que Marco Polo teria trazido essa novidade na volta de sua
viagem à China entre 1271 e
1295. Hoje, já se sabe que houveram registros anteriores de
spaghetti e maccheroni (macarrão) na península.
Saiba o que deve passar longe do prato
até o primeiro ano de vida da criança
Até o primeiro ano de vida, a criança passa por várias fases alimentares; nesse período, alimentos como mel, frutos do mar,
amendoim, ovos e leite, não podem fazer parte da rotina alimentar dos bebês, que estão com sistema gastrointestinal imaturo
Divulgação
Toda mãe sonha em ver seu filho crescer forte e saudável. É
nos primeiros meses de vida
que a criança dá um salto de
desenvolvimento. Até o primeiro ano, ela triplica seu peso de
nascimento e sua altura aumenta em 50%. Por isso, uma
alimentação adequada é de extrema importância. É ela que
irá fornecer toda a energia e os
nutrientes que o pequeno precisa para se desenvolver com
saúde. Mas nem tudo está liberado no início de sua vida. O
que pode ou não entrar no prato até ela completar um ano?
Durante os primeiros seis
meses de vida, a alimentação
do bebê deve ser exclusivamente o leite materno. Rico
em proteínas, imunoglobulina, antiinflamatórios, carboidratos e lipídeos, somente ele
consegue suprir todas as necessidades da criança. Além
disso, a introdução precoce de
outros tipos de alimentos pode comprometer o desenvolvimento, provocando sobrecarga renal, desidratação, alergias alimentares e deficiências
nutricionais, já que até os seis
meses de vida, o bebê ainda
não possui maturidade em sua
função digestiva e renal. A longo prazo, a atitude pode, ainda, causar obesidade, hipertensão e aterosclerose.
As primeiras papinhas Após o desmame, alguns alimentos já podem ser introduzidos com algumas restrições.
Aos seis meses, a mãe deve
ofertar suco e papinhas de frutas (sem triturá-las). Somente
no mês seguinte, o consumo
de papas salgadas está libera-
A alimentação correta deverá fornecer toda a energia e os nutrientes necessários para o bebê
do. Continue evitando a trituração dos ingredientes para
que a criança diferencie sabores, texturas e cores dos alimentos. No oitavo mês de vida, a papa se torna semipastosa, com pedaços de legumes e
verduras. Aos dez meses, a
criança pode ingerir arroz cozido sem amassar, batata, legumes e verduras em pedaços
pequenos. E com um ano de
idade a alimentação do pequeno pode ser a mesma da famí-
lia. Mas é preciso atenção com
a quantidade do que anda sendo oferecido. Entre seis meses
e um ano, a capacidade gástrica de uma criança é de 30 a
40ml/Kg.
Vale lembrar que nessa fase
de introdução dos alimentos
pode ocorrer anemia ferropriva e, portanto, a mamãe deve
priorizar alimentos fontes de
ferro, como carne magra, galinha caipira, feijão, lentilha, ervilha; e alimentos fontes de vi-
tamina C que potencializam a
absorção desse mineral. São
eles: laranja, acerola e kiwi.
Primeiro ano - Ainda que,
nessa fase, a alimentação do
pimpolho começa a se assemelhar a do adulto, as nutricionistas advertem que alguns
alimentos devem passar longe
do prato da criança até que ela
comemore o primeiro aniversário. O principal deles é o leite e seus derivados. Muitas ve-
zes, antes da fase de desmame,
a mãe inicia uma complementação do leite materno com as
mamadeiras de leite de vaca.
Mas há um índice enorme de
crianças alérgicas à proteína
desse leite. No lugar, os nutricionistas recomendam as fórmulas hipoalergênicas e os leites constituídos de outras proteínas animais (cabra e búfala)
ou vegetais (leite de soja).
O segundo alimento da lista
é o ovo. Além de a clara ser potencialmente alergênica, ela pode prejudicar os efeitos da vacina contra o sarampo. Se a criança apresentar alergia a albumina do ovo, ela produzirá antígenos e a vacina não fará seu papel de imunização. Já a gema
pode ser introduzida na alimentação de uma criança a partir do
sétimo mês de vida, quando os
alimentos salgados começam a
ser consumidos. Antes disso, o
ovo pode ser substituído por
outro alimento fonte de proteína animal como carne, feijão e
o leite hipoalergênico.
Companheira do leite e do
ovo, a farinha de trigo também
pode ser uma inimiga da infância saudável. Além do glúten (proteína do trigo) ser alergênico, o farelo de trigo, a
aveia, os cereais e farinhas integrais possuem taninos que
comprometem a absorção de
ferro. Ainda que alguns especialistas liberem a farinha de
trigo para a preparação de papas (a partir do sexto mês de
vida), os nutricionistas advertem que quando cozida, os
grânulos de amido da farinha
incham e, ao se acrescentar
água para que a papa não fique espessa, há uma diminui-
ção da densidade, dificultando que a criança atinja suas
necessidades energéticas. No
lugar, é recomendado usar farinha de arroz e fécula de batata.
O mel é outro alimento que
deve ser evitado. Ele é perigoso, a bactéria Clostridium botulinum pode estar presente
nas latas enferrujadas onde o
mel fica armazenado antes de
ser comercializado em potes de
vidro ou plásticos e causar uma
doença letal (botulismo) na
criança que ainda possui o sistema gastrointestinal imaturo.
Qualquer enlatado deve ser
evitado pelo mesmo motivo.
Além do mel, os doces em
geral são condenados pelos
nutricionistas. Por serem ricos
em açúcar, predispõem a
criança a ter problemas de cáries, obesidade e diabetes no
futuro. Eles aconselham que o
açúcar, indispensável na dieta
da criança, seja obtido através
de outros carboidratos, como
frutas, batatas e arroz.
Frutos do mar, peixes,
amendoim e carne de porco
devem ser excluídos do cardápio. Enquanto os primeiros são
altamente alergênicos, a carne
de porco não oferece nenhum
valor nutricional saudável para o bebê, além de ser extremamente gordurosa. E é acrescentado outras restrições: deve-se evitar alimentos que contenham nitrato e interfiram na
absorção de ferro, como embutidos em geral, o espinafre,
a beterraba e o rabanete. Alimentos com grande concentração de agrotóxicos, como o
tomate e o morango também
não devem ser consumidos.
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