24
SEXTA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2012
NEGÓCIOS E EMPRESAS/ Empresas Familiares
Fenabel e Corticeira Amorim lançam nova
linha de cadeiras
A Fenabel, empresa familiar fabricante de cadeiras para a hotelaria
e restauração, lançou uma linha inovadora e ecológica de cadeiras. Chama-se “eco chairs” e
tem como matérias-prima a madeira e a cortiça. A mesma foi desenvolvida em parceria com a
Dyn Cork, empresa do grupo Corticeira Amorim, responsável pela criação de um tecido inovador oriundo da cortiça.
Austeridade é vantagem para as PME
O responsável da Balança Marques, empresa do grupo José Pimenta Marques, de cariz familiar, considera que “o cenário de austeridade pode ser vantajoso para as empresas pequenas”. A empresa em
causa faturou, em 2010, dez milhões de euros e está presente em
países como Espanha, França, Alemanha, Irlanda, Bélgica, Áustria,
Roménia, Marrocos, Tunísia, Cazaquistão e Angola.
REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES
Os principais contributos da empresa familiar I
ANTÓNIO NOGUEIRA DA COSTA
Consultor Empresas Familiares
[email protected]
As empresas familiares desempenham
um papel crucial na criação de postos de
trabalho e, apesar de não ter sido tratado
no estudo, na sua manutenção ao longo
do tempo, despedir é um dos verbos que
os empresários familiares não gostam de
utilizar e a que só recorrem praticamente
como último recurso.
Se este é o comportamento em relação
ao emprego, não será de estranhar que o
contributo dos negócios familiares para o
desenvolvimento económico também seja
reconhecidamente muito preponderante.
Estamos por de mais habituados a que os
dados sejam tratados e apresentados em
termos absolutos de país, o que de certa
forma minimiza estes impactos, dada a
existência de muitas empresas familiares de
pequena dimensão. Contudo, se os dados
forem agrupados e tratados a diferentes
níveis, por exemplo geográfico, facilmente
verificamos que, retirando-se as 4 ou 5
principais capitais de distrito, estes valores
ganham expressividade e importância
significativas.
Contribuição da empresa familiar para:
Reflexão:
฀
฀
฀ ฀
฀
฀
ao longo da nossa existência?
฀
฀
฀
฀
por proporcionar ao comercializar e
distribuir os nossos produtos?
฀
฀ ฀
฀
฀
฀
aos nossos principais stakeholders
(empregados, fornecedores, clientes,
bancos)?
฀
฀
Fonte: “La Imagen de la Empresa Familiar en España”, Edelman e Instituto Empresa Familiar, 2006
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto
www.efconsulting.es
[email protected]
PUB
Decisões rápidas são mais-valia
das empresas familiares
MARTA ARAÚJO
[email protected]
Tomada de decisões rápida e simples e perspetivas de longo prazo são as características
que mais valor acrescentam às empresas familiares. Do outro lado da balança, ou seja, o que
é menos bom neste universo, ganham destaque os conflitos familiares no seio da empresa
e o crescimento profissional limitado.
Os dados são avançados pela consultora
Egon Zehnder International, que levou a cabo
uma pesquisa com profissionais de 43 países,
com o intuito de saber qual a opinião dos executivos que trabalham em empresas familiares.
Em causa está o facto de este tipo de firmas ser
a esmagadora maioria das entidades empregadoras em muitos países, incluíndo Portugal.
De acordo com os dados obtidos, aos quais
a “Vida Económica” teve acesso, os inquiridos
apontaram vantagens e desvantagens de trabalhar em empresas familiares. Entre os pontos
que os executivos mais gostam, estão a tomada
de decisões rápida e simples (55,9%), perspectivas de longo prazo (53,1%) e forte base de
valor (52,9%).
Em paralelo, os entrevistados salientam que
as mesmas têm, regra geral, uma forte cultura
corporativa (25,3%) e empregadora (25,3%),
inovação (13,1%) e boa preparação para lidar
com crise (8,5%).
No que concerne aos factores que menos
gostam, ganham destaque os conflitos familiares dentro da empresa (46,8%), crescimento
profissional limitado (40,7%), pouca valorização do trabalho realizado (38,3%), déficit na
gestão da empresa (37,4%) e espaço limitado
para tomar decisões (33,8%).
Quem decide é, claro está, a família
O estudo questionou ainda sobre quem toma
as decisões estratégicas nas empresas. A maioria
(51%) respondeu que era o conselho familiar.
O conselho corporativo e os principais executivos foram citados por 28,8% e 20,2%, respetivamente. Apesar de as decisões partirem
diretamente dos empreendedores, os executivos
parecem não se incomodar com o facto. Para
mais de 43%, a relação com os proprietários do
negócio é profissional e de cooperação mútua.
Outros 26,7% referiram que existe transparência na comunicação e confiança entre
as partes. Já quase um terço dos entrevistados
(29,7%) declarou que o trabalho é caracterizado por grandes conflitos.
Download

Decisões rápidas são mais-valia das empresas familiares