AVALIAÇÃO DO EFEITO DE UMA MISTURA DE ÓLEOS ESSENCIAIS CONTRA
Staphylococcus aureus INOCULADO EM MAIONESE
ARAUJO, G.Z. (Estudante de IC); OLIVEIRA, M.M.M. (Orientadora); PETERLI, F.F.O.;
SILVA, A.C.; BOZZI, J.A.; RÉBOLI, I.C. Instituto Federal de Educação do Espírito Santo,
Campus Venda Nova do Imigrante, [email protected]
Maionese consiste em uma emulsão de óleo em água, onde o principal objetivo é manter a
estabilidade. O produto industrializado é mais seguro em virtude de conservantes químicos utilizados,
porém não tem o sabor da maionese caseira, que oferece aos consumidores perigos microbiológicos
através, por exemplo, da bactéria Staphylococcus aureus, que causa doenças transmitidas por
alimentos (DTAs). Os conservantes naturais podem agregar sabor diferenciado e segurança
microbiológica. Existe um crescente tipo de público que vem optando por produtos com menos
aditivos químicos. Desse modo, um espaço no mercado se abre para alimentos sem conservantes
químicos, com sabor característico e, é claro, com segurança antimicrobiana. O projeto objetivou
determinar a atividade antibacteriana, contra S. aureus, de óleos essenciais adquiridos na empresa
Ferquima Indústria e Comércio de Óleos Essenciais: orégano (Origanum vulgare), capim-limão
(Cymbopogon citratus) e tomilho (Thymus vulgaris). Estes foram misturados em igual proporção e
adicionados em maionese em três concentrações: controle (sem óleos essenciais), 0,03% p/p
(Concentração Mínima Inibitória-CMI) e 0,06% p/p (CMIx2). Para o experimento foi utilizado S.
aureus ATCC 25923, armazenado sob refrigeração em ágar triptona de soja (TSA) inclinado coberto
com óleo mineral. Foi realizada a ativação do microrganismo em caldo nutriente, por 35 °C por 24
horas. Posteriormente, transferiu-se para TSA disposto em placas de Petri, com incubação a 35 °C
por 24 horas. As colônias foram transferidas para tubos de ensaio contendo 10 mL de solução salina
0,85% (p/v) e a padronização do número de células foi realizada através da escala de McFarland (1,5
x 108 UFC/mL). O microrganismo foi inoculado de maneira a atingir a concentração final de 108
UFC/g. Dez gramas do alimento foram pesadas e diluídas em 90 mL de solução salina 0,85% (p/v),
constituindo a diluição 10-1. Após três diluições decimais seriadas em tubos de ensaio contendo 9 mL
solução salina, foi realizado plaqueamento em superfície, onde 100 µL de cada diluição foram
inoculados em Ágar Manitol, sendo realizado plaqueamento em duplicata. A incubação foi realizada
a 35 °C por 24-48 horas e a contagem será expressa em Log UFC/g, considerando-se além da média,
o desvio padrão. A atividade contra o microrganismo foi crescente ao longo do armazenamento.
Verifica-se que a mistura de óleos essenciais apresentou efeito antibacteriano após 7 dias de
armazenamento, não sendo detectadas células viáveis nos tratamentos contendo óleos essenciais no
segundo dia de análises (7º dia). Conclui-se, então, que a mistura de óleos essenciais de orégano,
capim-limão e tomilho mostrou-se como uma nova alternativa para conservação natural de maionese,
apresentando atividade contra a bactéria patogênica Staphylococcus aureus.
Palavras-chave: Antimicrobianos naturais; especiarias; Staphylococcus aureus.
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