IV UNIDADE - HISTÓRIA
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
 RENASCIMENTO E
HUMANISMO
 AS MONARQUIAS
NACIONAIS EUROPÉIAS
 OS ESTADOS MODERNOS E
O ABSOLUTISMO
 REFORMA E CONTRA-
REFORMA
PERIODIZAÇÃO
IDADE MODERNA
 FIM DO IMPÉRIO BIZANTINO
 SURGIMENTO DO CAPITALISMO
MERCANTIL
 AFIRMAÇÃO DO PODER
ECONÔMICO DA BURGUESIA
 UNIFICAÇÃO DO PODER POLÍTICO
DOS REIS – CRIAÇÃO DO ESTADO
MODERNO
 REFORMA PROTESTANTE
 RENASCIMENTO COMERCIAL,
CULTURAL E CIENTÍFICO
Lembre-se:
Atividade 4 para responder e
enviar/entregar até o dia 18/12/2008,
no último slide.
UMA REVOLUÇÃO CHAMADA RENASCIMENTO
CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO



SÉCULO XIV: RENOVAÇÃO CULTURAL DE
FORTE INFLUÊNCIA GRECO-ROMANA, QUE
REJEITAVA A CULTURA MEDIEVAL, PRESA
AOS PADRÕES DA IGREJA CATÓLICA
O RENASCIMENTO FOI A TRANSIÇÃO DA
SOCIEDADE FEUDAL PARA A SOCIEDADE
MODERNA

INDIVIDUALISMO: CAPACIDADE DO SER HUMANO
DE FAZER ESCOLHAS LIVREMENTE

RACIONALISMO: A RAZÃO COMO PRINCIPAL
INSTRUMENTO PARA COMPREENDER O
UNIVERSO E A NATUREZA – O QUE IMPULSIONOU
O CONHECIMENTO NAS ÁREAS DA: ASTRONOMIA,
MATEMÁTICA, FÍSICA, MEDICINA, LITERATURA,
GEOMETRIA, PINTURA, ARQUITETURA,
ENGENHARIA, FILOSOFIA, FÍSICA ETC.

HUMANISMO:O SER HUMANO É O CENTRO DAS
PREOCUPAÇÕES E INDAGAÇÕES, POIS É OBRA
SUPREMA DE DEUS (ANTROPOCENTRISMO)

CLASSICISMO: VALORIZAÇÃO DA CULTURA
GRECO-ROMANA “ABAFADA” PELA IDADE DAS
TREVAS

JUSTIFICAVAM O GOVERNO CENTRALIZADO
ATRAVÉS DE IDÉIAS COMO O DIREITO DIVINO
DOS REIS

HEDONISMO: VALORIZAÇÃO DO CORPO E DOS
PRAZERES TERRENOS E ESPIRITUAIS

NATURALISMO: ESTIMULOU O DOMÍNIO DO
HOMEM SOBRE A NATUREZA
RAÍZES DO RENASCIMENTO:
CRESCIMENTO DAS CIDADES

DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES
INTELECTUAIS E ARTÍSTICAS NAS
CIDADES MAIS RICAS

RESSURGIMENTO DO COMÉRCIO: A
BURGUESIA PASSA A ACUMULAR
RIQUEZAS

INOVAÇÕES TÉCNICAS: BÚSSOLA
MAGNÉTICA, PÓLVORA, RELÓGIO
MECÂNICO, IMPRENSA, ETC.

CRÍTICA À VISÃO RESTRITA DA IGREJA

ABSOLUTISMO
O Renascimento
 Renascença
Italiana foi como ficou
conhecida a fase de abertura do
Renascimento, um período de grandes
mudanças e conquistas culturais que
ocorreram na Europa, entre o século XV e
o século XVI.
 Este período marca a transição entre a
Idade Média e a Idade Moderna.
 Surgem novos conceitos ligados ao
Humanismo, Naturalismo e Classicismo.
Quais as razões
para ser na Itália?
A Itália reunia, no século XV, condições que
favoreciam o desenvolvimento cultural:
- Era constituída por Estados autónomos. Entre
eles estabeleceu-se uma verdadeira rivalidade:
todos pretendiam ter os mais belos palácios e
igrejas, os artistas e os pensadores mais
célebres.
- Abundam na Itália os vestígios da arte grecoromana que viria a inspirar numerosos artistas.
Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros
guardavam cópias de muitas obras da
Antiguidade, que os intelectuais estudavam.
- Muitas cidades italianas tinham se tornado
centros de comércio. Graças a essa
prosperidade, os grandes senhores nobres e
eclesiásticos e os ricos burgueses apoiavam os
escritores e os artistas.
Estados italianos no Renascimento
Centro do Renascimento
A referência inicial é centrada na zona da Toscana, nas
cidades de Florença e Siena. Espalhou-se depois para o
sul, tendo um impacto muito significativo sobre Roma,
que foi praticamente reconstruída. Espalhou-se depois
para o resto da Europa.
Vista de
Florença,
dita de la
Catena,
Museu de
Florença,
1470-1490
• Florença era umas das mais
prósperas cidades italianas.
• Os negociantes e financeiros,
apreciadores das belas artes,
criaram à sua volta um ambiente
favorável aos artistas.
• Entre as famílias mais ricas de
Florença
contavam-se
os
Médicis, que acabaram por
controlar o governo da cidade e
tornar-se mecenas generosos.
• Sob o seu governo, Florença
transformou-se na capital das
artes: ali trabalharam inúmeros
arquitetos, escultores e pintores
famosos.
Florença, o berço do
Renascimento
Os mais importantes
Surgiram os nomes mais destacados do
Renascimento e que influenciaram toda a
obra ocidental posterior: Leonardo da
Vinci (1452-1519) e Miguel Ângelo (14751564).
 Pintor, escultor, arquiteto, engenheiro e
cientista,
Leonardo
da
Vinci
foi
importante, principalmente, na pintura
onde introduziu o conceito de perspectiva
atmosférica.
 Michelangelo, pintor, escultor, arquiteto e
poeta, transformou-se em um dos
maiores criadores que o mundo já
conheceu.
CRISE DO FEUDALISMO : FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO
 IDADE MÉDIA: PODER DESCENTRALIZADO / SENHOR FEUDAL
 CRISE NA EUROPA OCIDENTAL NO FIM DA IDADE MÉDIA:
GUERRAS, FOME, PESTE, ENRIQUECIMENTO DA BURGUESIA
 ALIANÇA BURGUESIA MERCANTIL E FINANCEIRA (COMERCIANTES
E BANQUEIROS) COM OS REIS
“Os reis queriam mais poder pra si, a burguesia
reivindicava segurança e liberdade para seus negócios, os
senhores feudais se negavam a renunciar seus privilégios, a
Igreja lutava para manter a posição que havia conquistado
desde a Idade Média. Para fortalecer seu poder, o rei jogava
com esses interesses, favorecendo ora um, ora outro entre
diversos grupos sociais. Com o apoio financeiro da
burguesia, o rei pôde formar uma burocracia personalizada
a favor do Estado, justificou e legitimou o seu poder
absoluto utilizando o Direito Romano e o apoio intelectual de
juristas de formação universitária, formou exércitos
permanentes, dispensando a nobreza dos laços de
vassalagem e suserania, e, aos poucos, impôs sua
autoridade sobre territórios cada vez mais vastos, fixando
fronteiras. Dentro desses novos limites, prevaleceram
idiomas oficiais e a cobrança de tributos assim como o
controle da justiça também ficaram nas mãos do monarca.”
O ESTADO MODERNO NA FRANÇA, INGLATERRA, ESPANHA E PORTUGAL
ESTADOS
MODERNOS
PRINCIPAIS
ACONTECIMENTOS
FRANÇA
INGLATERRA
GUERRA DOS CEM
ANOS: FRANÇA X
INGLATERRA
NORMANDOS:
FEUDALISMO
CENTRALIZADO
(FRANÇA: AFASTAR
FLANDRES DO
CONTROLE INGLÊS
/ INGLATERRA:
REIVINDICAVA A
SUCESSÃO DO
TRONO FRANCÊS)
RELAÇÕES
CONFLITUOSAS
ENTRE REI, NOBREZA
E IGREJA
1258: PARLAMENTO
CONSEQUÊNCIA DA
GUERRA, A FRANÇA
PASSOU A TER UM
EXÉRCITO
PERMANENTE E UM
IMPOSTO
DESTINADO A
GARANTIR A
MANUTENÇÃO DA
FORÇA ARMADA
IDIOMA FRANCÊS
PARA TAMBÉM
LIMITAR O PODER DA
NOBREZA E DO
CLERO O REI
PROMOVEU O
INGRESSO DA
BURGUESIA NO
PARLAMENTO:
CÂMARAS: DOS
COMUNS / DOS
LORDES
GUERRA DAS DUAS
ROSAS: YORK X
LANCASTER – TUDOR
HENRIQUE VII
IGREJA ANGLICANA
ESPANHA
RECONQUISTA:
EXPULSÃO DOS
ÁRABES
MUÇULMANOS DA
PENÍNSULA
IBÉRICA: REINOS
CRISTÃOS DE
LEÃO, ARAGÃO E
CASTELA
CASAMENTO DE
FERNANDO DE
ARAGÃO E ISABEL
DE CASTELA
REINO CATÓLICO, A
COROA IMPÔS A
CONVERSÃO OU O
ABANDONO DO
REINO AOS JUDEUS
FORTALECIMENTO
DA ESPANHA:
EXPEDIÇÃO DE
COLOMBO À
AMÉRICA
PORTUGAL
CONDATO
PORTUCALENSE
LIGADO POR LAÇOS
DE VASSALAGEM
AO REINO DE LEÃO
E CASTELA
HENRIQUE DE
BORGONHA
AUTOPROCLAMOUSE REI DE
PORTUGAL,
TORNANDO-O
REINO
INDEPENDENTE
CORTES GERAIS:
FAMÍLIA REAL,
CLERO E NOBREZA
REVOLUÇÃO DE
AVIS: D. JOÃO I
APOIADO PELA
BURGUESIA E POLO
POVO
A ORIGEM DO ABSOLUTISMO
•Na Baixa Idade Média (séculos XI a XV), a ampliação do
comércio levou a recém-formada burguesia a se sentir tolhida
em suas ambições.
•A economia urbana não mais atendia à demanda a se fazia
necessário a formação de um mercado nacional liberto dos
entraves feudais.
•Tal necessidade levou a burguesia a apoiar a realeza em suas
pretensões centralizadoras contra a poderosa nobreza feudal
possuidora de privilégios seculares.
•A grande crise feudal dos séculos XIV e XV e a crescente riqueza
móvel enfraqueciam progressivamente a nobreza feudal, apoiada
na riqueza fundiária.
•Tudo isso acelerou o processo de concentração de poderes em mãos
dos Reis que, além do apoio político e material da burguesia, ansiosa de
privilégios, contou com a justificação teórica da obra dos legistas
burgueses, baseados no revigorado Direito Romano, possibilitando a
constituição legal do edifício político-administrativo do Estado Nacional
Moderno.
•Nesse longo e desigual processo, a primeira fase foi de centralização
político-administrativa.
•Em uma segunda etapa, ou mesmo paralelamente, encontramos a
tendência ao absolutismo: O rei recebia seus poderes pela “graça divina”.
•A Monarquia Absoluta de direito divino é o traço marcante da Era PréCapitalista, usualmente chamada de Idade Moderna. "
Feudalismo X Capitalismo
Como vimos, no sistema feudal predominavam as relações servis de
produção. No capitalismo, definem-se as relações assalariadas de
produção; há a nítida separação entre aqueles que detêm os meios
de produção e os que apenas possuem de seu a força de trabalho.
Além desse elemento essencial, o capitalismo também se caracteriza
pela produção destinada ao mercado, pelas trocas monetárias, pela
organização racional e sistemática do trabalho e pelo espírito de
lucro.
Dos fins da Idade Média até hoje, a sociedade capitalista passo, por
quatro fases bem distintas:
Pré-Capitalismo
Capitalismo Comercial
Capitalismo Industrial
Capitalismo Monopolista-Financeiro
QUARTO DE LUÍS XIV, DA FRANÇA
Luís XIV
FAMÍLIA DO REI CARLOS IV, DAESPANHA
DORMITÓRIO REAL NO PALÁCIO DE VERSALHES
Retrato de um artista
anônimo do rei D.
Sebastião em 1565,
quando tinha 11 anos. A
sua cruzada contra os
muçulmanos de
Marrocos levou a uma
crise no trono
português que acaba
por levar à União
Ibérica.
Joana D'arc é uma destas
grandes figuras históricas
cujo retrato é sempre fiel à
sua imagel real. Ela foi
responsável por grandes
vitórias dos franceses na
Guerra dos Cem anos
(1337 - 1453). Esta Joana
de aspecto solene,
retratada por um artista
anônimo franco-flamenco,
aparece num livro de
poemas manuscrito por
Carlos de Orleães.
Leonardo da Vinci
Dominou com sabedoria um jogo
expressivo de luz e sombra, gerador de
uma atmosfera que parte da realidade
mas estimula a imaginação do
observador. Foi possuidor de um espírito
versátil que o tornou capaz de pesquisar
e realizar trabalhos em diversos campos
do conhecimento humano.
Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe
proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal
cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina,
e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Michelangelo
1475-1565
Entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da
Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela,
concebeu e realizou grande número de cenas do
Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a
genialidade do artista, uma particularmente
representativa é a criação do homem.
PIETÁ 1498
DAVI 1501
ESTUDO DE CABEÇA FEMININA
CRIAÇÃO DE EVA
Teto da Capela Sistina, Michelangelo
Ressureição
1499-1503
Rafael Sanzio
1483-1520
Suas obras comunicam ao
observador um sentimento de
ordem e segurança, pois os
elementos que compõem seus
quadros são dispostos em
espaços amplo, claros e de
acordo com uma simetria
equilibrada. Foi considerado
grande pintor de “Madonas”.
A dúvida de São Tomé,
1599 - Caravaggio
A êxtase de Santa
Teresa
1646 - Bernini
MAPA DA EUROPA
Reforma Religiosa
O que foi a Reforma Religiosa?
•
No século XVI a Europa foi abalada por uma série de
movimentos religiosos que contestavam abertamente os
dogmas da igreja católica e a autoridade do papa.
•
Estes movimentos, conhecidos genericamente
Reforma, foram sem dúvida de cunho religioso.
•
No entanto, estavam ocorrendo ao mesmo tempo que as
mudanças na economia européia, juntamente com a
ascensão da burguesia.
•
Por isso, algumas correntes do movimento reformista se
adequavam às necessidades religiosas da burguesia, ao
valorizar o homem “empreendedor” e ao justificar a busca
do “lucro”, sempre condenado pela igreja católica.
como
Os fatores que
desencadearam a Reforma:
• Uma das causas importantes da Reforma foi o humanismo evangelista, crítico
da Igreja da época.
• A Igreja havia se afastado muito de suas origens e de seus ensinamentos, como
pobreza, simplicidade, sofrimento. No século XVI, o catolicismo era uma religião
de pompa, luxo e ociosidade.
• Surgiram críticas em livros como o Elogio da Loucura (1509), de Erasmo de
Rotterdam, que se transformaram na base para que Martinho Lutero efetivasse
o rompimento com a igreja católica.
• Durante o papado de Leão X (1483 - 1520) surgiu o movimento reformista, que
levaria à divisão do Cristianismo na Europa.
• Moralmente, a Igreja estava em decadência: preocupava-se mais com as
questões políticas e econômicas do que com as questões religiosas. Para
aumentar ainda mais suas riquezas, a Igreja recorria a qualquer subterfúgio,
como, por exemplo, a venda de cargos eclesiásticos, venda de relíquias e,
principalmente, a venda das famosas indulgências, que foram a causa imediata
da crítica de Lutero. O papado garantia que cada cristão pecador poderia
comprar o perdão da Igreja.
• A formação das monarquias nacionais trouxe consigo um sentimento de
nacionalidade às pessoas que habitavam uma mesma região, sentimento este
desconhecido na Europa feudal, Esse fato motivou o declínio da autoridade
papal, pois o rei e a nação passaram a ser mais importantes.
MARTIN LUTERO
• Outro fator muito importante, ligado ao anterior, foi a
ascensão da burguesia, que, além do papel decisivo que
representou na formação das monarquias nacionais e no
pensamento humanista, foi fundamental na Reforma
religiosa.
• Ora, na ideologia católica, a única forma de riqueza era a
terra; o dinheiro, o comércio e as atividades bancárias
eram práticas pecaminosas; trabalhar pela obtenção do
lucro, que é a essência do capital, era pecado.
• A burguesia precisava, portanto, de uma nova religião,
que justificasse seu amor pelo dinheiro e incentivasse as
atividades ligadas ao comércio.
• A doutrina protestante, criada pela Reforma, satisfazia
plenamente os anseios desta nova classe, pois pregava o
acúmulo de capital como forma de obtenção do paraíso
celestial. Assim, grande parte da burguesia, ligada às
atividades lucrativas, aderiu ao movimento reformista.
Por que a Reforma começou na
Alemanha?
• No século XVI, a Alemanha não era um Estado
politicamente centralizado. A nobreza era tão
independente que cunhava moedas, fazia a justiça
e recolhia impostos em suas propriedades. Para
complementar sua riqueza, saqueava nas rotas
comerciais,
expropriando
os
mercadores
e
camponeses.
• A burguesia alemã, comparada à dos países da
Europa, era débil: os comerciantes e banqueiros
mais poderosos estabeleciam-se no sul, às
margens do Reno e do Danúbio, por onde
passavam as principais rotas comerciais; as
atividades econômicas da região eram a exportação
de vidro, de metais e a “indústria” do papel; mas o
setor mais forte da burguesia era o usurário.
Quem se opunha à igreja na
Alemanha?
• A igreja católica alemã era muito rica. Seus maiores domínios
se localizavam às margens do Reno, chamadas de “caminho do
clero”, e eram estes territórios alemães que mais impostos
rendiam à Igreja.
• A Igreja era sempre associada a tudo que estivesse ligado ao
feudalismo. Por isso, a burguesia via a Igreja como inimiga.
• Os anseios da burguesia eram de uma Igreja que gastasse
menos, que absorvesse menos impostos e, principalmente, que
não condenasse a prática de ganhar dinheiro.
• Os senhores feudais alemães estavam interessados nas
imensas propriedades da Igreja e do clero alemão.
• Os pobres identificavam a Igreja com o sistema que os oprimia:
o feudalismo. Isto porque ela representava mais um senhor
feudal, a quem deviam muitos impostos.
• Às vésperas da Reforma, a luta de classes e política acabou
assumindo uma forma religiosa. "
O papa Leão X, no centro, em
pintura de Rafael Sanzio, de
1518. Durante o seu papado
(1483 - 1520) surgiu o
movimento reformista, que
levaria à divisão do Cristianismo
na Europa (Galeria delli Uffizi,
Florença)
A REFORMA NA FRANÇA - O CALVINISMO
• Enquanto a Reforma luterana se disseminava pela Alemanha, os franceses
tentavam elaborar uma reforma mais pacífica, orientada pelos humanistas.
• Mas os setores católicos conservadores, que dominavam a Universidade de
Sorbone, impediram o trabalho dos humanistas, preparando terreno para
uma reforma muito mais radical e intransigente, liderada por João Calvino.
• Calvino era ex-aluno da Universidade de Paris,
nascido em 1509 de uma família pequenoburguesa e estudioso de leis. Em 1531 aderiu às
idéias reformistas, bastante difundidas nos meios
cultos da França.
• Perseguido por causa de suas idéias, foi obrigado
a fugir para a cidade de Basiléia, onde publicou,
em 1536. a Instituição da Religião Cristã,
definindo seu pensamento.
• Calvino, como Lutero, partia da salvação pela fé,
mas suas conclusões eram bem mais radicais; o
homem seria uma criatura miserável, corrompida
e cheia de pecados; somente a fé poderia salválo, embora essa salvação dependesse da vontade
divina — esta era a “idéia da Predestinação”.
JOÃO CALVINO
• Calvino foi para a Suíça, estabelecendo-se em Genebra, em 1536. A Suíça já
conhecia o movimento reformista através de Ulrich Zwinglio e era um lugar
propício para Calvino desenvolver suas idéias.
• Mas o fator principal para a difusão do calvinismo na Suíça foi a concentração,
nesta região, de um número razoável de comerciantes burgueses, desejosos de
uma doutrina que justificasse suas atividades lucrativas.
• Calvino transformou-se num verdadeiro ditador político, religioso e moral de
Genebra. Formou um consistório (espécie de assembléia), composto por
pastores e anciãos, que vigiava os costumes e administrava a cidade,
inteiramente submetida à lei do evangelho. Eram proibidos o jogo a dinheiro, as
danças, o teatro, o luxo.
• Calvino ofereceu uma doutrina adequada à burguesia capitalista, pois dizia que
o homem provava sua fé e demonstrava sua predestinação através do sucesso
material, do enriquecimento.
• Defendia o empréstimo de dinheiro a juros, considerava a pobreza como sinal
do desfavor divino e valorizava o trabalho, o que ia ao encontro dos anseios da
burguesia, que tinha no trabalho o elemento necessário para acumular o
capital.
A DIFUSÃO DO CALVINISMO
• O calvinismo se difundiu na França, nos Países Baixos e na Escócia.
Na França e nos Países Baixos sofreu resistência, mas na Escócia foi
adotado como religião oficial. Foi John Knox (1505-1572) o
introdutor do calvinismo na Escócia, e suas teorias foram
rapidamente aceitas pela nobreza, interessada nas propriedades da
igreja católica. Knox conseguiu que a religião católica fosse proibida
pelo Parlamento escocês. A igreja escocesa foi organizada segundo
o modelo da Igreja de Genebra e recebeu o nome de igreja
presbiteriana, devido ao papel desempenhado pelos mais velhos
(presbysteroi, em grego).
• Na França, os huguenotes (calvinistas) envolveram-se nas
sangrentas guerras de religião que marcaram as lutas políticas do
país. "
Anglicanismo
• Na Inglaterra, a difusão da Reforma foi facilitada pela disputa pessoal
entre o soberano, Henrique VIII, e o papa.
• Henrique VIII era católico, mas rompeu com o papa quando este se
recusou a dissolver seu casamento com Catarina de Aragão, que não lhe
havia dado um filho homem. Ignorando a decisão papal, Henrique VIII
casou-se, em 1533, com Ana Bolena, sendo excomungado pelo papa
Clemente VII.
• O soberano encontrava assim uma justificativa para impedir que o poder
da Igreja ofuscasse a autoridade de um rei absolutista.
• Além do mais, os bens da Igreja passaram para as mãos da nobreza,
que apoiava o rei. Desta forma, as propriedades da nobreza
aumentaram, facilitando a nova atividade econômica de produção de lã,
que era procurada pelas manufaturas de tecidos.
• A oficialização do rompimento entre Henrique VIII e o papado deu-se
quando o Parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia, que, em
1534, colocou a Igreja sob a autoridade real: nascia a igreja anglicana.
“Rei é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra (...) Nesta qualidade, o
Rei tem todo o poder de reprimir, corrigir erros, heresias, abusos (...)
que sejam ou possam ser formados legalmente por autoridade
espiritual" (Ato de Supremacia, 1534)
• Pelo Ato dos Seis Artigos, assinado em 1539, Henrique VIII mantinha
todos os dogmas católicos, exceto o da autoridade papal. Esta
dubiedade foi atacada tanto por protestantes como por católicos: os
protestantes reprovavam a fidelidade aos dogmas católicos, e os
católicos reprovavam o cisma.
• Eduardo VI, filho e sucessor de Henrique VIII, impôs ao país a
obrigatoriedade do culto calvinista. Maria Tudor, sua sucessora, tentou,
sem sucesso, restaurar o catolicismo. Com a morte de Maria Tudor,
subiu ao trono Elizabeth I (1558-1603), que instituiu oficialmente a
religião anglicana, através de dois atos famosos: o Bill da
Uniformidade, que criava a liturgia anglicana, e o Rui dos 39 Artigos,
que fundamentava a fé anglicana. "
ABERTURA DO
PARLAMENTO PELA
RAINHA ELIZABETH I
Contra-reforma ou Reforma Católica
• A situação da igreja católica, em meados do século XVI, era
bastante difícil: ela perdera metade da Alemanha, toda a Inglaterra
e os países escandinavos; estava em recuo na França, nos Países
Baixos, na Áustria, na Boêmia e na Hungria.
• A Contra-Reforma, ou Reforma católica, foi uma barreira colocada
pela Igreja contra a crescente onda do protestantismo. Para
enfrentar as novas doutrinas, a igreja católica lançou mão de uma
arma muito antiga: a Inquisição.
• Percebendo que os livros e impressos tinham sido muito
importantes para a difusão da ideologia protestante, o papado
instituiu, em 1564, o Index Librorum Prohibitorum, uma lista de
livros elaborada pelo Santo Ofício, cuja leitura era proibida aos fiéis
católicos.
• Estas duas medidas (a Inquisição e o Index) detiveram o avanço do
protestantismo, principalmente na Itália, na Espanha e em Portugal.
a contra-reforma
Para remediar os abusos da Igreja e definir com clareza sua
doutrina, organizou-se o Concilio de Trento (1545-1563). O Concilio
tomou uma série de medidas, entre as quais citamos:
• Organizou a disciplina do clero: os padres deveriam estudar e formarse em seminários. Não poderiam ser padres antes dos 25 anos, nem
bispos antes dos 30 anos.
• Estabeleceu que as crenças católicas poderiam ter dupla origem: as
Sagradas Escrituras (Bíblia) ou as tradições transmitidas pela Igreja;
apenas esta estava autorizada a interpretar a Bíblia. Mantinham-se os
princípios de valia das obras, o culto da Virgem Maria e das imagens.
•
Reafirmava a infalibilidade do papa e o dogma da
transubstanciação.
A conseqüência mais importante deste Concilio foi o
fortalecimento da autoridade do papa, que, a partir de então,
passou a ter a palavra final sobre os dogmas defendidos pela
igreja católica.
CONSEQUÊNCIAS
• A partir da Contra-Reforma surgiram novas ordens religiosas,
como a Companhia de Jesus, fundada por Ignácio de Loyola
em 1534. Os jesuítas se organizaram em moldes quase
militares e fortaleceram a posição da Igreja dentro dos países
europeus que permaneciam católicos. Criaram escolas, onde
eram educados os filhos das famílias nobres; foram
confessores e educadores de várias famílias reais; fundaram
colégios e missões para difundir a doutrina católica nas
Américas e na Ásia.
O Tribunal da
Inquisição foi muito
poderoso na Europa
nos séculos XIII e
XIV, No decorrer do
século XV, porém,
perdeu sua força.
Entretanto, em
1542 este tribunal
foi reativado para
julgar e perseguir
indivíduos acusados
de praticar ou
difundir as novas
doutrinas
protestantes.
Morte na fogueira de Savonarola, 1498
A Igreja perdia
adeptos e
assistia à
contestação e
rejeição de seus
dogmas, mas
demostrou no
Concílio de
Trento que
ainda era muito
poderosa e tinha
capacidade de
reação.
PAPA LEÃO X
A IGREJA
CATÓLICA NÃO
ACEITOU COM
FACILIDADE A
EXPANSÃO DAS
NOVAS
RELIGIÕES
ATIVIDADE Nº 4 – iv unidade
1. Salve esse material em seu computador, para eventuais consultas e/ou estudo;
2. Responda as questões correspondentes ao seu grupo;
3. Responda a atividade em Office Word, preenchendo a capa com a sua turma, a tabela
com os nomes dos componentes, o gabarito e a folha de redação. Não delete nada,
apenas preencha e salve;
4. Envie até o dia 18/12/2008 para o e-mail indicado;
5. Qualquer dúvida, poste um comentário no blog, deixe mensagem instantânea no
endereço do e-mail, via MSN ou esclareça pessoalmente em sala de aula, lembrando que
a partir do dia 12/12 (dia da prova de História) as aulas serão dadas sem seguir horário.
E-MAIL:
[email protected]
ARQUIVO OFFICE WORD - ARMAZENADO NO 4SHARED.COM
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