CAPÍTULO 1 – MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO BRITO, Osias Santana de. Mercado financeiro. São Paulo: Saraiva, 2005. 400p. ISBN 85-02-04973-9 MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO • Em decorrência do período inflacionário e da amplitude geográfica do país, o mercado financeiro brasileiro tem-se caracterizado por elevados investimentos em tecnologia e é considerado referência internacional entre países emergentes e entre os países mais desenvolvidos. • Como resultado do processo de globalização, estabilização e abertura da economia, o mercado financeiro brasileiro tem passado por transformações significativas para o fortalecimento do mercado de capitais local. MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO • Uma das modificações é a reestruturação do Sistema de Pagamentos Brasileiro, que objetiva a redução do risco de liquidação de transações e transferência de risco de crédito que ainda pertence ao Banco Central para as instituições privadas. 1.1 – PANORAMA GERAL DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL • A partir de 1964, iniciou-se uma nova fase que representou marco importante sobre a estrutura do sistema financeiro nacional (SFN). • As modificações introduzidas com o advento da Lei no 4.595, de 31.12.1964, pode ser considerado a “reforma bancária”. • A lei reestruturou o sistema financeiro nacional, estabeleceu normas reguladoras, definiu as características principais, instituições componentes e áreas específicas de atuação. 1.1.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL • A evolução histórica do SFN pode ser dividida em quatro grandes fases: • - da Família Real até a Primeira Guerra Mundial (1808-1914); • - da Primeira Guerra Mundial até a Segunda Guerra Mundial (1914-1945); • - após a Segunda Guerra Mundial até a grande Reforma Financeira (1945-1964); e • - da grande Reforma Financeira até hoje (1964 – dias atuais). 1.1.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL • Principais eventos da primeira fase: • - abertura dos portos, com acordos comerciais diretamente entre as partes envolvidas; • - criação do Banco do Brasil; • - em decorrência do comércio internacional, permissão para instalação de bancos estrangeiros no país. 1.1.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL • Principais eventos da segunda fase: • - criação da Inspetoria Geral de Bancos em 1920; • - criação da Câmara de Compensação em 1921; • - fortalecimento dos critérios e normas para atividade de intermediação financeira, como conseqüente crescimento da atividade bancária no país. 1.1.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL • Principais eventos da terceira fase: • - criação em 1945, da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), com função de supervisão e controle do mercado monetário, dividindo com o Banco do Brasil as funções executivas de autoridade monetária. • - criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), com o objetivo de fornecer crédito de longo prazo; • - substituição de importação, processo financiado pelo BNDE. 1.1.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL • • • • Principais eventos da quarta fase: - Lei 4.595, de 31.12.1964 – reforma bancária; - criação de um Banco Central; - organização do SF, sendo compostos por Banco Central, Conselho Monetário Nacional, Banco do Brasil e demais instituições financeiras públicas e privadas; • - Lei 4.728 – lei de regulamentação do mercado de capitais; 1.1.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL • - em 21.09.1988, estabelecimento dos bancos múltiplos, consolidando diversas atividades financeiras sob uma única entidade jurídica; • - em 22.04.2002, início do novo sistema de pagamentos brasileiro, reduzindo o risco de liquidação financeira das transações bancárias e transferindo para o setor privado o risco de crédito do Banco Central com instituições financeiras que apresentam saldo negativos na conta de reservas bancárias. 1.1.1.1 – ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E ATIVIDADES DESEMPENHADAS POR SEUS COMPONENTES • A estrutura do SFN pode ser dividida em autoridades monetárias, normativas e fiscalizadoras, instituições financeiras públicas e privadas. • 1 – Autoridades monetárias: • - Conselho Monetário Nacional; • - Banco Central do Brasil 1.1.1.1 – ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E ATIVIDADES DESEMPENHADAS POR SEUS COMPONENTES • 2 – Autoridades de apoio: • - Banco do Brasil – BB; • - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES; • - Comissão de Valores Mobiliários – CVM; • - Caixa Econômica Federal – CEF. 1.1.1.1 – ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E ATIVIDADES DESEMPENHADAS POR SEUS COMPONENTES • 3 – Instituições financeiras: • São instituições que atuam no processo de intermediação financeira, compreendendo as captações de recursos, operações de crédito, seguros, capitalização, mercado de capitais, poupança e financiamento à habitação, arrendamento mercantil, comércio exterior etc. AUTORIDADES MONETÁRIAS • As principais atribuições das autoridades monetárias, normativas e fiscalizadoras estão descritas a seguir. • 1 – Autoridades Monetárias • CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN) • Órgão máximo do SFN formado pelos seguintes membros: • - presidente do Banco Central; CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN) • - presidente da CVM; • - secretários do Tesouro Nacional e de Política Econômica do Ministério da Fazenda; • - diretores de Política Monetária, de Assuntos Internacionais e de Normas e Organização do SF, todos do Banco Central. • Compete ao CMN traçar as normas de política monetária em todos os seus aspectos. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN) • Funciona como um conselho da economia brasileira e supervisiona as políticas monetárias, cambial, de investimento, de capital estrangeiro, de comércio exterior e fiscal. • Suas principais competências são: • - adaptar o volume interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários e deflacionários; • - regular o valor interno da moeda; • - regular o equilíbrio do balanço de pagamentos do país; CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL • - orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras; • - contribuir para o aperfeiçoamento das instituições financeiras e dos instrumentos financeiros, visando à maior eficiência do sistema de pagamentos e mobilização de recursos; • - zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras, coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e fiscal e gerenciar as dívidas públicas interna e externa. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL • Resumidamente, são suas atribuições: • - autorizar emissões de papel-moeda; • - fixar as diretrizes e normas da política fiscal e operações com títulos públicos; • - disciplinar o crédito em todas as suas modalidades; • - regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras, bem como a aplicação das penalidades previstas na Lei 4.595/1964; CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL • - determinar os recolhimentos compulsórios; • - regular e estabelecer normas para as operações de redesconto e câmbio; • - disciplinar as atividades das bolsas de valores, corretoras e demais componentes do sistema de distribuição; • - aprovar o orçamento monetário feito pelo Banco Central do Brasil. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL • As comissões consultivas bancárias, de mercado de capitais, de crédito rural e de crédito industrial funcionam como suporte ao Conselho Monetário Nacional. BANCO CENTRAL DO BRASIL • BANCO CENTRAL DO BRASIL (BCB) • O Banco Central do Brasil é agente executivo das decisões referentes a políticas macroeconômicas e disposições sobre o funcionamento do SF. • O Banco Central do Brasil exerce também importante função de normatização é fiscalização no SFN. BANCO CENTRAL DO BRASIL (BCB) • • • • • • • • São funções básicas do BCB: - exercer o monopólio da emissão de moeda; - funcionar como banco dos bancos; - funcionar como banqueiro do governo; - exercer a superintendência e fiscalização do SF; - executar a política monetária; - executar a política cambial; - assessorar o governo no que tange a assuntos econômicos. AUTORIDADES DE APOIO • 2 – Autoridades de Apoio • BANCO DO BRASIL (BB) • O Banco do Brasil é hoje um conglomerado financeiro que muito se assemelha a um banco múltiplo. BANCO DO BRASIL (BB) • No entanto, ele ainda preserva algumas características de autoridade financeira, principalmente como órgão executor de política creditícia e financeira do governo brasileiro, principalmente no que tange ao crédito rural. • As principais funções do BB são: • - desempenhar as funções de órgão auxiliar da política de crédito do governo federal; • - realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da União; BANCO DO BRASIL • - executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis; • - financiar as atividades industriais e rurais, inclusive para a aquisição e instalação da pequena e média propriedade rural; • - captar depósitos de poupança com direcionamento dos recursos para o crédito rural; • - participar como intermediário financeiro nas operações de renegociação das dívidas de estados e municípios com o governo federal. BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES • O BNDES é o órgão executor das políticas de financiamento e crédito de longo prazo do governo brasileiro, visando principalmente ao incentivo ao investimento na produção. BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES • Como um banco que objetiva a promoção do desenvolvimento da nação, o BNDES busca a atuação em todos os segmentos da atividade econômica, tais como: indústria e comercialização de máquinas e equipamentos, inclusive sistemas de informática, infra-estrutura, transporte de carga, instalações portuárias, transporte aquaviário, armazenagem, transporte urbano, energia e telecomunicações; desenvolvimento agrícola, instalação e ampliação da capacidade produtiva agropecuária. BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES • Como prestador de serviços, o banco oferece financiamento e prestação de garantias a empresas, participações societárias, garantia de subscrição de valores mobiliários e financiamentos a acionistas para aumento de capital de empresas e financiamentos a pessoas físicas para aquisição de equipamento agrícolas. • No intuito de satisfazer a função, o BNDES, estruturou como um conglomerado de instituições com focos específicos em diferentes setores. COMPOSIÇÃO DO BNDES • 1 – BNDES: instituição holding, controladora das demais instituições. • No entanto, a empresa controladora atua nos projetos de maior porte, sendo suas formas de atuação apresentadas abaixo: • - diretamente – por meio de alocação de recursos ou prestação de garantias a empreendimentos ou operações de maior porte; BNDES • - indiretamente – por meio de repasses de recursos para seus agentes financeiros, principalmente em iniciativas de alcance local, geralmente de micro, pequenas e médias empresas; • - em consórcio – participando em conjunto com seus agentes financeiros, objetivando minimizar riscos e diversificar fontes de recursos para os projetos apoiados. FINAME • 2 – FINAME – Agência Especial de Financiamento Industrial: voltada para o financiamento de máquinas e equipamentos industriais a empresas nacionais. • Neste intuito, as formas de atuação da Finame são: • - programa automático – apoio à aquisição de máquinas e equipamentos de produção em série; • - programa especial – apoio à aquisição de máquinas e equipamentos de maior valor, destinados a projetos de grande porte, fabricados em maioria por encomenda; FINAME • - programa agrícola – apoio à aquisição de máquinas e equipamentos voltados para a produção agropecuária ou agroindustrial; • - Finamex: apoio às indústrias brasileiras exportadoras de máquinas e equipamentos, inclusive mediante financiamento pré-embarque. BNDES Participações S/A BNDESPAR • BNDES Participações S/A – BNDESPAR: tem por objetivo principal promover a capitalização da empresa nacional por meio de participações acionárias. • Ao invés de conceder financiamentos, o BNDESPAR adquire ações das empresas, injetando recursos próprios (não exigíveis) para financiar seus investimentos. • Após consolidado o investimento, o banco põe à venda as ações adquiridas. BNDES Participações S/A BNDESPAR • Outras formas de atuação do BNDESPAR são a garantia oferecida no lançamento público de novas ações (underwritting) e financiamento para que os acionistas venham a subscrever o aumento de capital da empresa. • No que diz respeito aos fundos utilizados nesta política de financiamento, o BNDES utiliza, além de seus próprios fundos, as seguintes fontes: • - Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT – na proporção de no mínimo 40% da arrecadação; BNDES Participações S/A BNDESPAR • - Fundo de Participação PIS-Pasep: a partir da promulgação da Constituição Federal, em 05/10/1988, não há mais participação na arrecadação e entrada de recursos novos provenientes desse fundo; • - captação de recursos no mercado externo, representados pela contratação de linhas de crédito de organismos financeiros internacionais por meio de lançamento de títulos. BNDES Participações S/A BNDESPAR • As operações do sistema BNDES são realizadas também por intermédio de instituições financeiras, que operam na qualidade de agentes financeiros autorizados, como os bancos comerciais, os bancos de investimentos, de desenvolvimento, as sociedades de crédito, de financiamento e de investimento e os bancos múltiplos. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM) E BOLSA DE VALORES • COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM) E BOLSA DE VALORES (BOVESPA) • A CVM tem por finalidade principal fiscalizar e regulamentar o mercado de títulos e valores de renda variável. • As Bolsas de Valores são entidades civis sem fins lucrativos que são realizadas transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM) E BOLSA DE VALORES • As funções das Bolsa de Valores são: • - fornecer local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado pelas corretoras membros e pelas autoridades competentes; • - dotar permanentemente o referido local ou sistema de todos os meios necessários à pronta e eficiente realização e visibilidade das operações; BOLSA DE VALORES • - estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade de preços e liquidez ao mercado de títulos e valores mobiliários; • - criar mecanismos regulamentares e operacionais que possibilitem o atendimento, pelas sociedades corretoras membros, de quaisquer ordens de compra e venda dos investimentos; • - efetuar registro das operações e divulgá-las com rapidez, amplitude e detalhes; BOLSA DE VALORES • - preservar elevados padrões éticos de negociação, estabelecendo, para este fim, normas de comportamento para as sociedades corretoras e companhias abertas, fiscalizando sua observância e aplicando penalidades, no limite de sua competência, aos infratores; • - conceder à sociedade corretora membro crédito para assistência de liquidez, com vistas a resolver situação transitória até o limite de sua competência; BOLSA DE VALORES • - fiscalizar os respectivos membros e suas operações, bem como os órgãos auxiliares da CVM – Bolsa de Valores, Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), mercados de balcão organizados e entidades de compensação e liquidação. • As Bolsas de Valores são associações civis sem fins lucrativas, cujos patrimônios são constituídos por títulos patrimoniais adquiridos por seus membros às sociedades corretoras. BOLSA DE VALORES • Nas Bolsas de Valores, são negociáveis principalmente os títulos e valores mobiliários de emissão ou co-responsabilidade de companhias abertas, registradas na CVM. • A essência da existência de Bolsas de Valores é dar liquidez aos títulos negociados, por meio de pregões consecutivos, bem como possibilitar a divulgação das informações necessárias para o bom funcionamento do mercado. BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS (BM&F) • A BM&F trabalha com os papéis derivados de títulos financeiros ou derivativos, que envolvem compra, venda e troca de títulos financeiros e/ou mercadorias e direitos de compra e venda de títulos financeiros a prazos mais longos. • Principais funções da BM&F: • - organizar, estabelecer e desenvolver um mercado livre e aberto para produtos agrícolas e instrumentos financeiros transacionados nos mercados à vista, a termo e a futuro; BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS (BM&F) • - estabelecer e organizar sistemas de negociação de forma a propiciar ao mercado continuidade e liquidez nas cotações de preços; • - regular transações e julgar problemas operacionais, nos quais seus membros possam estar interessados; • - regular as atividades dos membros ou agentes de compensação, das corretoras de mercadorias e dos operadores especiais; • - evidenciar rápida, ampla e detalhadamente as transações efetuadas no pregão; BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS (BM&F) • - supervisionar seus membros, assim como as transações efetuadas em pregão sobre as quais caiba à Bolsa regular; • - fornecer a seus membros garantias de crédito relacionadas ao seu objetivo social; • - manter padronização, graduação e classificação, análise, cotação, estatísticas, estudos, publicações, informações e serviços de biblioteca, inclusive por meio de serviços informatizados, sobre assuntos de seus interesse ou de seus membros. SOCIEDADES DE COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DE OPERAÇÕES • As Sociedades de Compensação e Liquidação integram este contexto, objetivando executar os serviços de compensação e liquidação de títulos. • Seguem as principais funções: • - registrar, compensar e liquidar operações à vista, a termo, a futuro, com operações ou assemelhadas, de responsabilidade de corretora ou de seus comitentes; SOCIEDADES DE COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DE OPERAÇÕES • - receber depósitos e margens para garantia de operações realizadas por corretora e por cuja liquidação se responsabilize; • - executar operações ou serviços de interesse da Bolsa de Valores e das corretoras. CAIXAS ECONÔMICAS • As Caixas Econômicas têm como objetivos principais a captação de economias populares para fomento à aquisição de casa própria, a concessão de empréstimos e financiamentos a programas de assistência social e a atuação como órgão executor de política de crédito governamental. • Nesse contexto, destacamos a atuação da Caixa Econômica Federal. FUNÇÕES DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL • - receber depósitos a qualquer título, inclusive os garantidos pela União na forma da legislação pertinente, em especial os de economia popular, com o propósito de incentivar os hábitos de poupança; • - prestar serviços bancários de qualquer natureza, praticando operações ativas, passivas e acessórias, inclusive intermediação e suprimento financeiro sob suas múltiplas formas; FUNÇÕES DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL • - administrar, com exclusividade, os serviços das loterias federais, nos termos da legislação específica; • - exercer o monopólio das operações de penhor civil, com caráter permanente e contínuo; • - realizar quaisquer operações e atividades negociadas nos mercados financeiros interno ou externo; • - efetuar operações de subscrição, aquisição e distribuição de ações, obrigações e quaisquer outros títulos ou valores mobiliários no mercado de capitais, para investimento ou revenda; FUNÇÕES DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL • - atuar como agente operador e principal arrecadador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS; • - ser o agente pagador do seguro-desemprego, atuando na recepção dos requerimentos específicos; • - efetuar serviços de arrecadação, controle das contribuições, distribuição de resultados, saques de cotas e administração dos recursos do Fundo de Participação do Programa de Integração Social – PIS, observando as determinações do Conselho Diretor do Fundo PIS-Pasep; FUNÇÕES DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL • - efetuar recepção das Relações Anuais de Informações Sociais – Rais – em conjunto com o Banco do Brasil S/A; • - conceder empréstimos e financiamentos de natureza social, em consonância com a política do governo federal, observadas condições de retorno que, no mínimo, venham a ressarcir o custo de captação dos recursos oferecidos; FUNÇÕES DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL • - operar no setor habitacional como Sociedade de Crédito Imobiliário, com o objetivo de facilitar e promover a aquisição da casa própria, especialmente pelas classes de menor renda da população. SOCIEDADE DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO • SOCIEDADE DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO: realizam operações de crédito de médio e longo prazos, destacandose pela prestação de aceite ou aval em títulos cambiais para concessão de crédito direto ao consumidor. SOCIEDADE DISTRIBUIDORAS • SOCIEDADE DISTRIBUIDORAS: têm como objetivo principal a subscrição, distribuição e/ou intermediação da colocação de títulos e valores mobiliários para venda, distribuição ou negociação, contribuindo para a captação e condução de poupança no mercado de capitais. SOCIEDADES CORRETORAS • SOCIEDADES CORRETORAS: apresentam como principal característica operar em Bolsa de Valores, com títulos e valores mobiliários de negociação autorizada, comprando e vendendo títulos e valores mobiliários por conta de terceiros. AGENTES AUTÔNOMOS DE INVESTIMENTO • AGENTES AUTÔNOMOS DE INVESTIMENTO: são pessoas físicas que, após credenciamento, realizam operações de colocação ou venda de títulos e valores mobiliários registrados no Banco Central do Brasil e na Comissão de Valores Mobiliários ou títulos de emissão ou coobrigação de instituição financeira, bem como colocação de cotas de fundos de investimentos. SOCIEDADES ARRENDADORAS • SOCIEDADES ARRENDADORAS: realizam operações de arrendamento de bens adquiridos de terceiros, com a finalidade de uso próprio da empresa arrendatária, constituindo a atividade de arrendamento mercantil. SOCIEDADES DE INVESTIMENTO • SOCIEDADES DE INVESTIMENTO: efetuam operações relacionadas com a gestão de poupança voluntária interna e externa. • A aplicação dos recursos é feita em carteira diversificada e selecionada de títulos e valores mobiliários. BANCOS COMERCIAIS • BANCOS COMERCIAIS: são instituições financeiras, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, especializadas particularmente em operações de curto e médios prazos. • Essas operações consistem na captação de recursos do público mediante emissões de depósitos à vista e a prazo fixo para financiamento geralmente a curto e médio prazos à indústria, ao comércio e ao público em geral. BANCOS COMERCIAIS • Além dessas operações, esses agentes financeiros prestam relevantes serviços à comunidade, destacando-se a execução de ordens de pagamento, a efetivação da cobrança de títulos de crédito, a arrecadação de impostos e a guarda de valores. • Têm a faculdade de, sobre os depósitos em moeda, criar moeda escritural, tornando-se geradores de meios de pagamento. BANCOS COMERCIAIS • O funcionamento e as operações dos bancos comerciais encontram-se sob controle e fiscalização permanentes do Banco Central do Brasil (BCB). • A ação do BCB nos estabelecimentos de crédito visa a acompanhar a aplicação de recursos e sua liquidez, a disciplinar o crédito e a regular o seu funcionamento, a controlar a expansão da oferta monetária e a punir aqueles que descumprirem as normas legais e regulamentares emanadas das autoridades monetárias. BANCOS DE INVESTIMENTO • BANCOS DE INVESTIMENTO: o objetivo próprio do banco de investimento é a prática de operações de participação ou de financiamento de médio e longo prazos, para suprimento oportuno e adequado de recursos necessários à formação do capital de giro de empresas do setor privado, mediante aplicação de recursos próprios e captação, intermediação e aplicação de recursos de terceiros. BANCOS MÚLTIPLOS • O Banco Central do Brasil autorizou a constituição de bancos múltiplos em 1988. • A alteração estrutural permitiu aos bancos comerciais, de investimento, de desenvolvimento, sociedades de crédito imobiliário e sociedades de crédito, financiamento e investimento organizaremse em uma única instituição financeira, com personalidade jurídica própria. • Uma das vantagens propiciadas pela constituição dos bancos múltiplos refere-se à economia de custos. BANCOS MÚLTIPLOS • Pode-se citar a unificação da contabilidade, com implantação de plano de contas único e demonstrativos financeiros de forma consolidada. • Com o advento do banco múltiplo, o sistema de cartas-patentes foi extinto, o que levou à criação de novos bancos e ao aumento da concorrência. • Esse movimento reforçou ainda mais a necessidade de o banco conhecer melhor seus pontos fortes e fracos e os riscos decorrentes de sua atividade operacional. 1.2 – MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • O mercado financeiro internacional apresenta componentes que influenciam o desenvolvimento econômico dos países. • Esses componentes podem ser agrupadas em cinco grandes itens: • - instituições financeiras públicas e privadas; • - instituições de fomento ao desenvolvimento comercial; • - órgãos normatizadores e fiscalizadores; • - Fundo Monetário Internacional; • - agentes dos mercados de capitais. 1.2 – MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • A globalização influencia fortemente a estrutura acima, integrando os mercados financeiros locais em um grande sistema financeiro. • A configuração dessa estrutura adquiriu aspectos mais definitivos a partir da década de 70, quando os contornos geopolíticos e geoeconômicos foram se fortalecendo. • Para melhor entendimento da evolução histórica do mercado financeiro, primeiro vamos proceder à análise histórica do dinheiro e, depois, discorrer sobre os principais acontecimentos. 1.2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • É muito difícil definir e medir dinheiro. • O dinheiro assume formas e usos diferentes. • Tradicionalmente, a moeda é definida pelo seu uso, ressaltando as funções de: • - unidade de conta; • - reserva de valor; e • - meio de troca. • A característica mais importante de um ativo que pretende tomar o posto de moeda é a liquidez. 1.2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • A liquidez é a capacidade de um determinado bem ou título ser facilmente ser aceito em transações, ou seja, ser convertido em meio de troca. • Assim, um bem irá desempenhar melhor o papel de moeda quanto mais líquido for. • Nas economias modernas, o papel moeda e os depósitos à vista são considerados os títulos de maior liquidez possível, sendo tomados como a definição mais rígida de moeda (ou M1). 1.2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • No entanto, a influência da tecnologia e a evolução dos mercados financeiros trouxeram outras utilidades ao dinheiro, bem como aumentaram a liquidez de diversos ativos financeiros. • Oficialmente, o BC definiu como medidas, M1, M2 e M3, que diferem devido à inclusão de ativos considerados menos líquidos aos agregados monetários considerados anteriormente, como vemos no Quadro 1.1: AGREGADOS MONETÁRIOS – Quadro 1.1 M1 Papel moeda em poder do público e depósitos à vista M2 M1 mais depósito especial remunerado, depósito de poupança e títulos privados em poder do público. M3 M2 mais quotas de fundos de renda fixa e operações compromissadas/Selic. M4 M3 mais títulos federais em poder do público/Selic e títulos estaduais e municipais em poder do público. 1.2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • A partir desses agregados, o BC tem uma medida da quantidade de moeda e/ou ativos que pode ser utilizada como moeda produzida pelo governo. • As instituições financeiras alteram a oferta de moeda da economia, por meio de depósitos escriturais em conta corrente, depósitos que, quando disponíveis, podem ser sacados pelos clientes. • Isso ocorre porque os bancos atuam por meio de um sistema de encaixes fracionários, ou seja, mantém em caixa somente uma parcela dos depósitos à vista recebidos, investindo e/ou emprestando o restante dos recursos para outros clientes. 1.2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • Isso é possível devido ao fato das pessoas não sacarem todas ao mesmo tempo seus recursos, suprindo suas necessidades apenas com uma pequena parcela do total de recursos no curto prazo. • No entanto, observamos que as instituições financeiras, especialmente os bancos comerciais, sofrem do chamado risco de liquidez, ou seja, o risco de não ter recursos suficiente para fazer frente às suas obrigações, caso todos os seus depositantes queiram sacar seu dinheiro imediatamente. 1.2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • Boa parte dos recursos está aplicada em investimentos de prazo mais longo, como empréstimos de curto/médio prazo, linhas de crédito, etc. • Uma desconfiança da população, com respeito à saúde financeira de um banco pode gerar um episódio de corrida bancária, em que todos os depositantes correm aos bancos para sacar seus recursos, com medo de perdê-los no caso de uma possível falência de um banco. 1.2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • Nesses episódios, mesmo que a desconfiança fosse infundada, devido ao descasamento de prazos entre os ativos e passivos do banco, o mesmo fatalmente iria à falência, gerando grandes problemas para a economia do país, ao reduzir de forma abrupta os recursos à disposição dos indivíduos. • Com isso, a regulação das instituições financeiras pelo governo é um fator importante para o controle da política monetária nacional por parte do BC. 1.2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • Uma das formas de supervisão é realizada pela conta reserva bancária, conta escritural que representa o haver financeiro da instituição junto ao BC; é determinada pela autoridade monetária, por meio da obrigação da instituição financeira em manter parte dos seus recursos nesta conta, a qual recebe o nome de reservas compulsórias. 1.2.1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL • As instituições mantêm recursos adicionais na conta reserva bancária, pois a movimentação financeira de uma instituição para outra se dá por meio de movimentação da conta reserva bancária, via BC, ou seja, o BC procede um débito na conta reserva bancária da instituição e crédito na conta reserva bancária da outra instituição, coordenando, desta forma, o sistema de pagamentos. 1.2.2 – PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS NA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO INTERNACIONAL • Fim do século XVIII: • - sinais mais fortes do risco de liquidez; • formalização da necessidade de recolhimentos/reservas compulsórias; • - aumento da especulação gerando a necessidade de controle dos juros; • - desenvolvimento de teorias econômicas, principalmente de Adam Smith. 1.2.2 – PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS NA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO INTERNACIONAL • Do século XIX a meados do século XX: • - criação de Bancos Centrais, reforçando a necessidade de maior normatização e controle da atividade bancária; • - imposição de limites para as instituições, sobretudo limites referentes à alavancagem; • - formalização do Glass Stegal Act, em 1930, estabelecendo-se a segmentação da atividade bancária, aumentando e disciplinando o leque de atuação das instituições financeiras; 1.2.2 – PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS NA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO INTERNACIONAL • - fundação do BIS, Banco de Compensação entre Bancos Centrais, em 1930. • Um dos principais objetivos é promover a cooperação internacional entre os BCs. • The Bank for International Settlements (BIS – Basiléia- Suíça) é a mais antiga instituição financeira internacional e mantém-se, atualmente, como principal centro internacional de cooperação entre BCs. 1.2.2 – PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS NA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO INTERNACIONAL • O BIS foi estabelecido com a função de processar pagamentos referentes a reparações, por parte da Alemanha, definidos pelo Tratado de Versalhes. • Tinha como função adicional promover a cooperação entre BCs e outros agentes econômicos, em busca da estabilidade monetária e financeira. OS PRINCIPAIS EVENTOS ENVOLVENDO O BIS FORAM: • Os principais eventos envolvendo o BIS foram: • - criação de fórum para cooperação entre Bancos Centrais Internacionais, observando-se especialmente o sistema Bretton Woods (1960); • - gerenciamento dos riscos envolvendo fluxo de capitais, crises de petróleo e crises econômicas em países emergentes (a partir de 1970); • - atuação como banco por meio do gerenciamento de reservas e operações com ouro, agindo também como contraparte de BCs e organizações internacionais, além de ser agente ou trustee em operações financeiras internacionais; OS PRINCIPAIS EVENTOS ENVOLVENDO O BIS FORAM: • - provedor e organizador de financiamentos de emergência para suportar necessidades do FMI, quando solicitado; • - auxílio em pesquisas e recomendações para suportar decisões, objetivando estabilidade monetária e financeira – por exemplo, recomendação referente ao capital mínimo para atividade dos bancos no mercado internacional. 1.2.2 – PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS NA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO INTERNACIONAL • Durante a crise financeira de 1931 a 1933, o BIS organizou créditos de suporte para os bancos Alemão e Austríaco. • Organizou crédito de suporte à lira e ao franco francês em 1964. • Providenciou suporte, junto ao programa de estabilização do FMI, para o México em 1982 e para o Brasil em 1998. 1.2.2 – PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS NA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO INTERNACIONAL • O BIS tem sido um dos grandes responsáveis por melhor normatização do mercado financeiro internacional, recomendando políticas, metodologias e limites para um melhor gerenciamento dos riscos de crédito, de mercado e operacional, sugerindo limites e princípios para se controlar esses riscos e reduzir a probabilidade de risco sistêmico no mercado internacional. DO PÓS-GUERRA ATÉ A DÉCADA DE 1960: • Do pós-guerra até a década de 1960: • - início do pós-guerra: reativação dos direitos e deveres financeiros – balanço das perdas e preparação da nova fase; • - 1950 – mais ênfase no desenvolvimento das teorias de riscos: Markovitz fortalece e desperta a atenção acerca da aplicação de modelos probabilísticos em finanças; • - década de 1960 – maior discussão do uso de modelos probabilísticos em finanças; DO PÓS-GUERRA ATÉ A DÉCADA DE 1960: • - suporte de organismos internacionais a moedas européias que passaram por depreciações, principalmente lira, franco francês e sterling. DÉCADA DE 1970: • - desenvolve-se a idéia de um Euromercado; • - inicia-se com suporte e coordenação do BIS, o processo de controle de fluxo de capitais internacionais. • Nessa década, desenvolvem-se os primeiros conceitos de capital ajustado ao risco; • - são iniciados e desenvolvidos modelos matemáticos para suporte a decisões em finanças. • O modelo para apreçamento de opções de Black & Scholes é desenvolvido. DÉCADA DE 1970: • O modelo objetiva a determinação de preço futuro para determinada ação e conseqüente fixação de valor do prêmio justo (valor da opção) para adquirir ou vender essa ação em determinado momento no futuro, baseando-se principalmente nas variáveis prazo, taxa de juros e valor do ativo-objeto atual; • - inicia-se o estudo e o desenvolvimento dos derivativos, operações que derivam de determinada operação ou ativo principal (referencial). DÉCADA DE 1970: • Os derivativos acabam alterando o conceito de diversidade de riscos e de volumes financeiros expostos ao risco no mercado financeiro, uma vez que essas transações envolvem o conceito de valor nocional, ou seja, valor referência. • As operações de derivativos cresceram significativamente, trazendo riscos que se acentuaram devido à alta volatilidade que passou a caracterizar o mercado financeiro. DÉCADA DE 1970: • Controles para riscos foram incentivados e fortemente coordenados pelo BIS e BCs dos principais países. • A partir da década de 1980: • - implantação e uso efetivo de modelos matemáticos, principalmente para precificação e controle dos riscos de mercado e de crédito, destacando-se o uso da metodologia VaR (Value at Rosk) para dimensionamento do valor em risco; A PARTIR DA DÉCADA DE 1980: • O VaR é a técnica que usa a análise estatística de retornos históricos de mercado e volatilidades para estimar a probabilidade de que a perda de um portfólio exceda determinado valor pré-estabelecido. • - maior observância a limites de capital e política para controle dos riscos, tornando-se o BIS importante órgão regulador; • - quebra de bancos (Barings, por exemplo), sobretudo por falta de controle dos riscos; A PARTIR DA DÉCADA DE 1980: • - maior competitividade no mercado financeiro; • - consolidação bancária, ocorrendo movimento expressivo de fusões e aquisições de bancos; • - desenvolvimento do conceito de bancos universais, ou seja, bancos grandes com presença na maioria dos continentes, permitindo a seus clientes acesso aos principais mercados financeiros internacionais; • - criação do G-20, grupo dos maiores países industrializados, principais países emergentes, União Européias e mais as instituições de Bretton Woods (FMI e Banco Mundial); A PARTIR DA DÉCADA DE 1980: • - início da necessidade de controle amplo dos riscos. • Integra-se aos riscos financeiros de crédito e de mercado o risco operacional, ou seja, a probabilidade de perda decorrente de eventos internos, geralmente associados a pessoas, processos e tecnologia e eventos externos, comumente relacionados a catástrofes, a problemas com infraestrutura governamental e risco sistêmico.