publicação da Pós-Graduação
em Comunicação e Cultura
v. 7, n. 1, janeiro-julho de 2004
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Revista ECO-PÓS é uma publicação semestral da Pós-Graduação em
Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da UFRJ, dedicada à análise
do papel e da dinâmica da comunicação na cultura contemporânea.
Av. Pasteur, 250 - Campus da Praia Vermelha
22290-240 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Coordenadora da Pós-Graduação da ECO/UFRJ: Raquel Paiva
Editor Chefe: Micael Herschmann - [email protected]
Editor Executivo: João Freire Filho - [email protected]
Conselho Editorial:
Henrique Antoun, Brasil
Liv Sovik, Brasil
Muniz Sodré, Brasil
Conselho Científico:
Angela Prysthon, Brasil - Anibal Ford, Argentina - Antônio Albino Rubim, Brasil Antônio Fatorelli, Brasil - Antônio Fausto Neto, Brasil - Antonio Gutiérrez, Espanha Arlindo Machado, Brasil - Carlos Alberto M. Pereira, Brasil - Denilson Lopes, Brasil Denis de Moraes, Brasil - Fernando Andacht, Uruguai - George Yúdice, EUA - HenriPierre Jeudy, França - José Rabello, Portugal - Lorraine Leu, Inglaterra - Luciano Arcella,
Itália - Nízia Villaça, Brasil - Rosana Reguillo, México - Sergio Dayrell Porto, Brasil Stuart Hall, Inglaterra
Design da capa: Paula Wienskoski
Design do miolo: Cecília Castro
Tradução: Eduardo Murad e Magnus Vaena
Revisão: Rejane Moreira
Logotipo da Pós-Graduação: Márcia Cabral
Imagens da capa e da pág.11: Paula Wienskoski. Intervenção sobre foto de Dalva
Oliveira na capa da Revista Vida Doméstica. Rio de Janeiro, n. 466, Janeiro de 1957.
Equipe de apoio: Daniel Mattos
Apoio: CPM - Central de Produção Multimídia
Núcleo de Imprensa - ECO
Data de circulação: 25 de maio de 2004
Tiragem: Aproximadamente 500 exemplares
Essa Revista é comercializada na sua versão impressa e eletrônica pela E-Papers
(www.e-papers.com.br) e distribuída no Brasil e no exterior.
Revista indexada pelo Qualis/CAPES.
Revista Eco-Pós / UFRJ - Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Escola
de Comunicação - Vol.7, n.1 (2004) - Rio de Janeiro: UFRJ/ECO, 2004 Publicação semestral
ISSN 0104-6160
156 p.
1. Comunicação - Periódicos. 2. Cultura - Periódicos.
I. Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
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CDD 302.2
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v. 7, n. 1, jan-jul 2004
editorial .................................................................................................. 09
notas de conjuntura
Ivana Bentes – O Iraque é aqui .................................................... 13
.
dossiê
Televisão: produção, programação e rececpção
Valério Cruz Brittos – TV digital e sociedade: a indefinição
de políticas de comunicação .............................................................. 23
Yvana Fechine – A lógica da “TV expandida”:
considerações a partir da produção de Guel Arraes ................................... 46
Cosette Castro – Big Brother e o uso de novas
tecnologias na conquista das audiências ........................................... 59
Maria Carmem Jacob de Souza – Autoria na televisão:
o caso das telenovelas brasileiras .......................................................... 70
Maria de Lourdes Motter – Argumentos para o
estudo da ficção A casa das sete mulheres: ficção,
realidade e história ......................................................................... 85
Nora Mazziotti – Um olhar acerca dos estudos sobre a
recepção televisiva ........................................................................... 100
.
.
.
.
.
.
entrevista
Omar Rincón – Lutando por uma televisão melhor ........................ 113
.
portfólio
DesConcerto
Simone Michelin ....................................................................... 127
.
resenhas
. Beatriz Jaguaribe – Imagens do sofrimento: entre
o choque e o clichê ....................................................................... 135
. Eula Dantas Taveira Cabral – Desvendando “mistérios”
da mídia atual ............................................................................... 139
resumos/abstracts .............................................................................. 143
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A
televisão vem passando, nos últimos anos, por profundas
transformações, relacionadas, sobretudo, com o impacto
produzido pela Globalização e pelas Novas Tecnologias da
Informação e Comunicação, na direção da convergência tecnológica e da interatividade,
com importantes reflexos sobre os processos de produção, programação e recepção.
Abrem-se novas possibilidades e novos desafios para o que tradicionalmente se conhece
como “televisão” e a experiência que o meio promove. As mudanças em curso ou
iminentes no campo televisual são inúmeras: a implementação da TV de alta definição
(HDTV) e da WebTV; as articulações da TV com o sistema de telefonia e computadores;
a emergência de novos formatos e gêneros de programação, com controversas
estratégias de sedução e fidelização da audiência, num ambiente de intensa
competitividade, tanto na tradicional TV aberta quanto na TV por assinatura, em
nosso país ou em outras localidades.
Por intermédio de um conjunto de reflexões elaboradas por pesquisadores
de diferentes centros latino-americanos (Brasil, Argentina e Colômbia), este número
da ECO-PÓS pretende justamente examinar algumas das inovações na produção,
programação e recepção televisivas, destacando, em especial, os seus desdobramentos
sociais, políticos e culturais no contexto de distintos países.
Assim, já nas notas de conjuntura, Bentes compara imagens violentas
locais (da favela da Rocinha e dos grandes centros urbanos brasileiros) com as globais
que têm como referência a Guerra do Iraque, e avalia em que medida não se poderia
constatar, nas experiências midiáticas que estamos vivenciando, um esgotamento do
sonho da “democracia participativa”, pela via dos meios de comunicação.
Na seção Dossiê, Brittos segue discutindo a função social da TV: lamenta
a falta de uma política de comunicação mais consistente no país e problematiza a
ausência de participação da sociedade civil na decisão (e na elaboração) do padrão
digital que será, muito brevemente, posto em prática no Brasil, ressaltando as prováveis
conseqüências que esta tecnologia trará para a produção audiovisual e a cultural
nacional. Tomando como referência a obra do diretor Guel Arraes para a TV e o
cinema (realizada a partir de uma nova tecnologia digital que vem se consolidando nos
centros de produção), Fechine analisa a expansão da linguagem, ou melhor, da lógica
da TV sobre outros setores do audiovisual. O processo produtivo e criativo, no campo
da televisão, é o eixo central do artigo de Souza, que problematiza a questão autoral
nas telenovelas, cada vez mais baseada num trabalho coletivo. Castro e Motter abordam,
em seus artigos, a programação e a recepção televisiva, a partir de dois produtos que
são carros-chefe da grade – os realities shows (Big Brother) e a teledramaturgia (A
ECO-PÓS- v.7, n.1, janeiro-julho 2004, pp.9-11
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Casa das Sete Mulheres) –, identificando, na experiência que esses produtos midiáticos
promovem junto ao público, o atendimento a demandas sociais crescentes por
referenciais identitários, informação e memória. Fechando a seção Dossiê, Mazziotti
traça uma eficaz cartografia dos estudos de recepção televisiva desenvolvidos na
América Latina, tomando como base os conceitos fundamentais de mediações,
televidência e prazer.
A teoria e prática da televisão aparecem, ainda, como eixo central da
entrevista com o professor e pesquisador colombiano Omar Rincón. Entre os temas
em pauta, o papel formador da experiência televisiva nas sensibilidades, nas
subjetividades e nos imaginários contemporâneos, as possibilidades e as limitações
estéticas e culturais da TV e a necessidade de revisão do conceito de qualidade televisiva
e da participação efetiva da audiência neste debate.
Por fim, a tradicional seção Portfolio, em sintonia com a temática da
revista, apresenta uma instalação da artista plástica Simone Michelin, resultado de
suas pesquisas sobre novas mídias, narrativas experimentais e produção do espaço.
Micael Herschmann e João Freire Filho
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Editorial
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