CONGRESO
LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA
BOTÁNICA
XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
Latinoamericano de
Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão
DISCREPÂNCIA ENTRE DADOS MORFOLÓGICOS E
MOLECULARES EM CHAMAECRISTA MOENCH SECT.
XEROCALYX (BENTH.) H.S.IRWIN & BARNEBY
(LEGUMINOSAE)
AUTOR(ES):Ariane Raquel Barbosa;Luciano Paganucci de
Queiroz;Eduardo Leite Borba;
INSTITUIÇÃO:
Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS
Universidade Federal do ABC-UFABC
Atualmente Chamaecrista sect. Xerocalyx (Leguminosae) representa um dos
principais desafios taxonômicos deste gênero devido à uniformidade dos
caracteres morfológicos entre os táxons. Na atual circunscrição são
reconhecidas três espécies: Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip, com 17
variedades, C. ramosa (Vogel) H.S.Irwin & Barneby, com seis (ambas com
2 pares de folíolos) e C. diphylla (L.) Greene (com 1 par de folíolo). As duas
primeiras espécies são distinguíveis pela amplitude de folíolos e
comprimento de pecíolo, muitas vezes arbitrária, já que há uma grande
variação destas características e a sobreposição entre os 23 táxons
reconhecidos. A ausência de características diagnósticas sugere que
podemos estar lidando com um ou mais complexos de espécies entre as
variedades em Chamaecrista sect. Xerocalyx. Foi utilizado o marcador de
DNA plastidial rpl32-trnL para testar se os táxons atualmente reconhecidos
desta seção constituem distintas linhagens evolutivas. Foram encontrados
24 haplótipos. Todos os indivíduos de C. diphylla apresentaram haplótipos
exclusivos e diferenciados por no mínimo cinco mutações do grupo principal
de haplótipos das outras espécies. O haplótipo H_1 foi o mais frequente
ocorrendo em oito dos 14 táxons amostrados, demonstrando o
compartilhamento de haplótipos entre C. desvauxii e C. ramosa. H_6 ocorre
em três variedades de C. desvauxii. Todas as populações de C. d. var.
latistipula apresentaram o mesmo haplótipo apesar de geograficamente
isoladas, o que pode indicar um relacionamento filogenético. H_10 e H_24
também são compartilhados por variedades de C. desvauxii e C. ramosa, e
esta relação pode ser devido à proximidade geográfica entre as populações,
indicando um possível fluxo gênico entre linhagens. Apenas três táxons
apresentam haplótipos exclusivos: C. diphylla, C. d. var. graminea e C. d.
var. linearis, sendo que eles apresentam características morfológicas que
poderiam sustentá-los como distintos. Além disso, nas populações de C. r.
var. ramosa foram encontrados vários haplótipos exclusivos, três em uma
mesma população, além dos dois mais frequentes. Apesar de alguns dos
táxons reconhecidos em Chamaecrista sect. Xerocalyx aparentemente
representam linhagens evolutivas distintas, o compartilhamento de
haplótipos entre diferentes variedades demonstra que a delimitação
taxonômica atual desta seção apresenta conflitos e precisa ser revista.
(CAPES, CNPq, FAPESB)
CONGRESO
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BOTÁNICA
XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
Latinoamericano de
Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão
Palavras-chave: Diversidade haplotípica, Chamaecrista sect. Xerocalyx,
Filogeografia
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Resumo - Sociedade Botânica do Brasil