Bruna Valle França
R3 Medicina Esportiva
 Das consultas em Medicina Esportiva, cerca de 54%
são relacionadas ao joelho.
 Natureza exposta da articulação?
 Uso do joelho em quase todas as atividades esportivas?
 Natureza das ações do joelho?
 Flexão e extensão, com força explosiva e de torque,
aceleração e desaceleração ao redor da articulação,
absorvidas pelas estruturas estabilizadoras.
 Dor anterior no joelho
 Dor medial no joelho
 Dor lateral no joelho
 Lesão LCA
 Dor posterior no joelho
 Dor anterior no joelho
 Dor medial no joelho
 Dor lateral no joelho
 Lesão LCA
 Dor posterior no joelho
 Dor anterior no joelho
 Dor medial no joelho
 Dor lateral no joelho
 Lesão LCA
 Dor posterior no joelho
 Dor anterior no joelho
 Dor medial no joelho
 Dor lateral no joelho
 Lesão LCA
 Dor posterior no joelho
 Dor anterior no joelho
 Dor medial no joelho
 Dor lateral no joelho
 Lesão LCA
 Dor posterior no joelho
 Clínica:
 Início insidioso, localização mal definida, na parte anterior do
joelho, posterior ou inferior à patela. Gradual ou após trauma.
 Uni ou bilateral.
 Piora com agachamento, corrida, ficar sentado por tempo
prolongado, subir ou descer degraus.
 Leve edema e/ou crepitação patelar.
 HD: Síndrome patelofemoral
(Condromalácia patelar).
 Causas:
 Aumento da rotação interna femoral;
 Aumento do joelho valgo;
 Aumento da rotação tibial;
 Aumento da pronação subtalar;
 Flexibilidade inadequada;
 Posição da patela;
 Contribuições das partes moles;
 Controle neuromuscular dos vastos.
 Inclinação lateral
excessiva da pelvis
 Aumento da
tensão na lateral
da coxa
 Redução da dor e inflamação;
 Gelo;
 AINE;
 US;
 Mobilização;
 Agulhamento/ Acupuntura;
 Taping/ braces.
 Modificação dos fatores extrínsecos;
 Modificação dos fatores intrínsecos (remotos e
locais).
 Redução da dor e inflamação;
 Modificação dos fatores extrínsecos;
 Reduzir fatores que aumentem a carga na PFJ:
 Treinamento;
 Calçados;
 Superfície.
 Modificação dos fatores intrínsecos (remotos e
locais).
 Redução da dor e inflamação;
 Modificação dos fatores extrínsecos;


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

Modificação dos fatores intrínsecos (remotos e locais).
Taping;
Braces;
Alongamento do retináculo lateral;
Retreinamento dos vastos (VMO);
Exercícios de fortalecimento generalizados;
Fortalecimento da musculatura do quadril;
Melhorar a complascência musculotendínea;
Órteses nos calçados.
 Clínica:
 Dor no polo inferior da patela de forma gradual e insidiosa progressivamente
mais incapacitante em corrida, salto, escadas.
 Dor à palpação do tendão patelar, nos movimentos resistidos (extensão) e/ou
em carga e estiramentos.
 Frequentemente associada a alterações qualitativas e quantitativas do
treino (lesão de sobrecarga e/ou tempos e modos de recuperação do esforço
inadequados).
 Fraqueza de quadríceps ou panturrilha podem estar presentes.
 Aumento de volume local com espessamento do tendão patelar e edema local.
Sinais inflamatórios nos casos agudos.
 HD: Tendinopatia patelar.
 “Jumper’s Knee”.
 Tendinose.
 Degeneração mucóide.
 Colágeno desorganizado e descontínuo.
 Neovascularização.
 Áreas hipeocóicas na USG ou hipersinal na RNM.
 Mal funcionamento do VMO, alteração da biomecânica da
articulação patelofemoral.
 Dificuldade na extensão do joelho por dor ou derrame
articular.
 Tratamento Conservador:
- Lesões parciais do ligamento patelar;
- Imobilização por 3-6 semanas;
- Fortalecimento, correção biomecânica, terapia para os
tecidos moles, gelo, esclerose de neovasos.
 Tratamento Cirúrgico:
- Falha do tratamento conservador;
- Lesões crônicas sem ruptura tendinosa;
- Lesões completas do ligamento patelar;
- Sutura término terminal pode não ser possível em reparos
tardios ou lesões crônicas.
 Bursite (“housemaid’s knee”,
comum, melhora sem
intervenção. Alívio com
infiltração);
 Plica Sinovial;
 Doença de Hoffa
(compressão do panículo
gorduroso);
 Doença de OsgoodSchlatter e Síndrome de
Sinding-Larsen-Johanson.
 Clínica (bastante variável):
 Trauma com joelho em flexão e compressão, com o pé





ancorado ao chão, e rotação interna femoral (dor pode
começar leve e ir piorando);
Pode haver bloqueio mecânico do joelho (flexo/extensão);
Pode haver ressalto durante a movimentação do joelho;
Dor aguda ao agachar-se e na palpação da linha articular;
Edema e derrame articular no joelho de 6 a 24h (efusão);
Crises com intervalos assintomáticos.
 HD: Lesão de menisco medial.
 Lesão meniscal bilateral é pouco provável .
 Pode estar associado a lesão do LCA, geralmente com estalo




ouvido ou sentido.
Testes para frouxidão ligamentar são obrigatórios, já que a lesão
ligamentar associada é comum (34% a 98%).
Lesão pode ocorrer mesmo com baixa energia, como na
troca do pneu furado ou na jardinagem.
Apley, McMurray e história clínica, geralmente firmam o
diagnóstico.
O menisco medial é aderido à cápsula articular medial do joelho,
sendo menos móvel se comparado ao lateral.
 RNM
 O tratamento é baseado no tipo e localização da lesão.
 A localização da lesão é importante por o menisco ter vascularização
variável, sendo dividido em 03 zonas:
 ZONA VERMELHA- periférica e mais vascularizada, com maior índice
de cicatrização;
 ZONA VERMELHA/BRANCA- intermediária e com vascularização
variável;
 ZONA BRANCA- localizada no 1/3 central e com vascularização pobre.
 Conservador:







fisioterapia, analgésicos e
antinflamatórios:
sintomas após 24-48h,
lesão mínima,
consegue sustentar o
peso,
inchaço mínimo,
boa ADM, com dor apenas
no final do movimento,
recuperação rápida de
lesão prévia semelhante,
alterações degenerativas
recentes em Rx simples.
 Cirúrgico: vídeoartrosco





pia para ressecção da área
lesada ou sutura da mesma:
atleta não consegue
continuar jogando,
bloqueio articular ou ADM
muito reduzida,
Mc Murray positivo com
click palpável ou dor à
mínima flexão do joelho,
associação com lesão LCA,
pouca melhora após 3
semanas do tratamento
conservador.
 Controle da dor e edema, ADM ativa indolor, sustentação
de peso gradual, fortalecimento, equilíbrio, propriocepção
e coordenação progressivos.
 Ausência de efusão;
 Amplitude de movimento completa;
 Função normal do quadríceps e isquiotibiais;
 Função normal dos rotadores externos do quadril;
 Boa propriocepção;
 Exercícios funcionais executados sem dificuldade;
 Treino realizado sem sintomas subsequentes.
 Diagnósticos Diferenciais:
 Osteoartrite do compartimento medial do joelho (Mais de 50
anos, dor e rigidez progressivos, piores pela manhã. Joelho em varo.);
 Tendinopatia/bursite da Pata de Ganso (Sartório, grácil e
semitendíneo.);
 Síndrome de Pellegrini-Stieda (Lesão do ligamento colateral medial
na porção proximal, graus II ou III, com calcificação da lesão.
Geralmente por estresse em valgo ou trauma direto. Palpação, redução
da ADM.);
 Lesão grau I do ligamento colateral medial (breaststroker’s knee).
 Clínica:
 Dor lateral no joelho, agravada com a corrida.
 Geralmente a dor aparece na mesma distância/tempo.
 Piorada com corridas mais longas ou descidas.
 Dor à palpação de topografia de epicôndilo lateral do




fêmur. Flexo-extensão repetida reproduz sintomas.
Pode haver crepitação no local.
Teste de Ober positivo. Trigger points.
Fraqueza na flexão e extensão do joelho.
Fraqueza dos abdutores do quadril do lado afetado, com
dificuldade do controle excêntrico.
 HD: Síndrome da Fricção da Banda Iliotibial (ITBFS).
 Fricção entre BIT e epicôndilo lateral do fêmur.
 Ocorre com flexão do joelho de 21 a 30 graus, na fase de




contato do pé com o chão.
Pior na descida, com angulação menor.
Antes: tendinopatia ou inflamação da bursa entre BIT e
epicôndilo lateral do fêmur.
Hoje: Fluido local em uma bursa adventícia (secundária).
Tendão preservado.
Pode associar a treinamento inapropriado e/ou
anormalidades biomecânicas ( > carga).
 Tratamento:
 Evitar descidas e atividades que provocam dor;
 Alívio sintomático: gelo, analgésicos, TENS, US...;
 Injeção de corticóide na bursa entre a BIT e o epicôndilo lateral do







fêmur pode reduzir a dor aguda em alguns casos;
Terapia para as partes moles: liberação miofascial, pressão isquêmica
no corpo da BIT, agulhamento seco nos trigger points;
Alongamento (alongar tb o braço, estica a BIT);
Fortalecimento dos estabilizadores dos abdutores do quadril;
Correção dos fatores biomecânicos;
Cirurgia para liberação, apenas quando houver falha do tratamento
conservador;
Retorno ao esporte se ausência de dor local e fortalecimento sem dor;
Iniciar atividades com treino em dias alternados, evitando descidas.
 Diagnósticos Diferenciais:
 Lesão do Menisco Lateral (Mais rara que a lesão do menisco medial.
Mc Murray positivo. Traumática ou degenerativa.);
 Osteoartrite do compartimento lateral do joelho (Mais de 50 anos,
dor e rigidez progressivos, piores pela manhã. Joelho em valgo.);
 Tendinopatia do Biceps Femoral (Cabeça da Fíbula. Aceleração e
desaceleração excessivos, chutes. Alongamento e fortalecimento –
excêntrico. Pior no início da atividade física, melhora com o
aquecimento.);
 Lesão da articulação tibiofibular superior
(Trauma com joelho em rotação ou trauma
em tornozelo. Irradiação para a canela.
Evitar pronação.).
 Clínica:
 Geralmente após aterrissar de um salto, fazer um pivot




ou desaceleração súbita.
Frequentemente há um “pop” audível.
Sensação do joelho indo para frente e para trás.
Dor importante no momento do trauma,
incapacitando o retorno às atividades.
Edema nas primeiras 2 horas do trauma (hemartrose).
 O melhor momento de se examinar é na primeira hora após







o trauma, sem a tensão local da hemartrose.
Redução da extensão do joelho.
Dor leve difusa.
Pode estar associada a lesão meniscal.
Pode haver dor na linha articular lateral por distensão da
cápsula durnte a subluxação do joelho.
Lachman, gaveta anterior e pivot shift positivo.
Fratura de Segond é patognomônico de lesão de LCA.
Mais comum em mulheres (hormonal, anatômico,
neuromuscular, interface calçado-superfície).
 Conservador:
 Cirúrgico:
 Depende do esporte, idade.
 Artroscópica.
 Artroscopia para avaliar
 Enxerto do tendão patelar
estabilidade sob anestesia e
lesões associadas, lavar
hemartrose.
 Se lesão cartilaginosa,
prognóstico ruim.
 Braces anti-rotação.
 PRICE + Fisio.
ou isquitibiais
(semitendíneo e grácil).
 Atrasar cirurgia reduz risco
de artrofibrose PO.
 Atraso de 3 semanas.
 Prehabilitação: pouco ou
sem edema, ADM quase
completa, marcha normal.
 Enxertos:
 Túneis para enxerto:
 Equilíbrio muscular 60%
agonista/antagonista
(flexor/extensor) nos
isquiotibiais/quadríceps e
comparação entre os lados
para o mesmo grupamento
muscular (ISOCINÉTICO).
 Estabilidade articular (sem
falceios, fortalecimento).
 Diagnósticos Diferenciais:
 Tendinopatia do poplíteo (stress direto no aumento do grau de rotação tibial,
tentativa de conter instabilidade posterolateral. Flexão resistida com rot ext);
 Tendinopatia do gastrocnêmio (mais comum na cabeça medial, contribui
para a estabilização posterior do joelho, clínica semelhante a TVP);
 Lesão dos músculos isquiotibiais (fadiga, fraqueza, encurtamento, carga em
lesão prévia);
 Cisto de Baker (geralmente assintomático e indetectável. USG. Conexão entre
a sinóvia e a bursa, ou bursite entre gastrocnêmio medial e semimembranoso);
 TVP;
 Claudicação intermitente.
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Afecções do Joelho