Mantovani
Fibras de PEUAPM da Ticona reforçam o interior
de mangueira para fluidos hidráulicos
duz compostos de fibras longas,
formulados com diversas matrizes
poliméricas, tais como o próprio
PPS, as poliamidas, o polipropileno
e até o poliéter-éter-cetona (PEEK),
escolhidos de acordo com os requisitos exigidos pelas aplicações.
“Um só material possibilita obter tubulações com alta resistência
à explosão e elevada resistência
química”, exemplifica Simone.
Além disso, uma formulação pode
substituir o metal em risers, com
a vantagem do baixo peso, para
ela, um sinônimo de facilidade de
logística. No formato de tarugo, um
composto de PPS com fibra longa
de carbono pode ser usado como
reforço estrutural de umbilical em
substituição ao metal. “Reduz peso
e oferece resistência mecânica igual
ou superior ao metal e resistência à
corrosão”, relaciona Santos.
Várias aplicações na indústria de
óleo e gás estão no foco da Ticona
para esses compostos: risers flexíveis,
umbilicais, cabos submarinos e linhas de amarração, equipamentos
de monitoração, tubos de perfuração e exploração, on e offshore
flowlines, mangueiras e tubulações de
alta pressão.
Menos exaltado, mas com propriedades muito interessantes, o polietileno de ultra-alto peso molecular
(PEUAPM) também tem seu lugar
em águas profundas. “Fibras desse
junho/julho - 2013 - Petróleo & Energia
Plástico no offshore.indd 41
material são mais resistentes que
aramida”, compara Simone. Muito
leve e resistente a altas pressões, o
polímero pode ser empregado com
vantagens em amarrações de plataformas, reforços de mangueiras
flexíveis, em buchas e em guias de
alta resistência à abrasão.
Também a DSM Engineering
Plastics visa a substituir o aço nos
cabos por sua superfibra produzida
com polietileno de alta densidade e
ultra-alto peso molecular, negócio
dentro da empresa que carrega a
marca do produto: Dyneema.
Para Vincent Vanderkruit, vicepresidente desse negócio na América
Latina, as perspectivas de aplicações
do material no mercado offshore
incluem cordas de uso geral em
plataformas, cabos de atracamento,
slings, e tubulações. Ele comenta que
o PEUAPM, por ser inerte, tem ótimo comportamento no uso offshore, em que a resistência química é
muito importante. “Para aplicações
em cabos e cordas, as características
do produto são suficientes para um
ótimo desempenho”, diz ele, acrescentando que o material também se
comporta muito bem com abrasão
e tenacidade.
Além de todas as vantagens
mecânicas e químicas, o produto
prima pela leveza. Como explica o
vice-presidente, em relação a outros
materiais, tais como o aço, o poliéster e a aramida, o PEUAPM tem
menor peso específico – inferior a
1 –, o que faz com que cabos feitos
com o polímero flutuem na água,
vantagem nada desprezível.
A DSM fabrica e comercializa
fios e lâminas com o polímero, também produzido por ela apenas para
consumo cativo. De alta resistência
mecânica, peso reduzido, resistência
à abrasão e quimicamente inertes,
essas fibras ganham formatos de
cordas, cabos, redes e lâminas ou
placas, para as mais diversas apli41
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duz compostos de fibras longas, formulados com diversas matrizes