1
UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física
Camila de Almeida Siviero
Leonardo Cortes Neto
Thiago Moreira da Silva Domingues
RECREAÇÃO COMO PROPOSTA DE MELHORA
NA AUTOESTIMA NA TERCEIRA IDADE
CENTRO SOCIAL URBANO
LINS - SP
LINS – SP
2012
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CAMILA DE ALMEIDA SIVIERO
LEONARDO CORTES NETO
THIAGO MOREIRA DA SILVA DOMINGUES
RECREAÇÃO COMO PROPOSTA DE MELHORA NA AUTOESTIMA NA
TERCEIRA IDADE CENTRO SOCIAL URBANO
LINS - SP
Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado à
Banca Examinadora do Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium Curso de Educação Física sob a
orientação dos professores Prof.ª Esp. Giseli de
Barros Silva e orientação técnica da Prof.ª Esp. Ana
Beatriz Lima.
LINS – SP
2012
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RECREAÇÃO COMO PROPOSTA DE MELHORA NA AUTOESTIMA NA
TERCEIRA IDADE CENTRO SOCIAL URBANO
LINS - SP
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.
Aprovada em: _____/______/2012
Banca Examinadora:
Prof(a) Orientador(a): Giseli de Barros Silva
Titulação: Mestranda em Ciências do Movimento Humano
Assinatura: _________________________________
1º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
2º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
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Em primeiro lugar agradeço a minha família, pelo
apoio, incentivo e dedicação nesses quatros anos de
graduação. Também aos meus parentes que me
apoiaram e me ajudaram quando necessitei.
Em especial ao meu noivo, por toda a paciência que teve
comigo e sempre me ajudando e incentivando nas horas
complicadas.
E todos aqueles que direta ou indiretamente
contribuíram para a minha formação.
Camila de Almeida Siviero
5
Dedico esta pesquisa em primeiro lugar a minha família, a
minha mãe Lúcia, minha irmã Carolina, minha namorada Larissa
e minha sobrinha Maria Clara, pois sem vocês eu não conseguiria
concretizar esta etapa em minha vida!
Nos momentos mais difíceis, foram vocês que me apoiaram
sempre, e me transmitiram força com amor, alegria determinação
e me encorajando mais a cada dia.
Ao meu Pai Robson (In memóriam), que mesmo em um lugar
diferente, sempre esteve presente, durante toda a jornada da
minha vida!
Leonardo Cortes Neto
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Deus tem um propósito em nossas vidas, a minha foi ter fé e
coragem para enfrentar obstáculos e inimigos durante a guerra
que é a “vida”, agradeço não só esse momento e sim por minha
vida toda, sei que às vezes me sinto sozinho, sem chão, mas ao
olhar paro o céu vejo que não estou só, obrigado Deus por tudo.
Agradeço aos meus pais, Nilza Moreira e Alercio
Domingues, pois se cheguei ate aqui foi graças a eles, e a
pessoa que sou foi culpa de toda atenção, carinho, afeto que
eles me deram, amo vocês!!!
Nesses quatro anos de faculdade, teve uma pessoa que
sempre torceu por mim, mas não deu tempo de ver minha
vitória, dedico especialmente a minha avó materna, Maria
Leocardia, sei que no céu ela esta vendo aonde cheguei e
continua olhando e torcendo por mim, hoje sinto saudades, mas
sei que Deus quis que ela ficasse perto dele para poder os dois
cuidar e olhar por mim. Te amo vozinha...
Também dedico a minha avó paterna, Orondina
Domingues, pois dei esse orgulho de ser o primeiro neto
graduado, e por ter ajudado financeiramente a minha formação,
mesmo longe se preocupa comigo. Te amo.
Não posso esquecer-me de dedicar aos meus amigos, Lívia
Maria, Kellen Aparecido, Junior Lopes, e não me esquecendo
do meu mais que amigo, Cássio Miguel. Obrigado por vocês
estarem comigo sempre.
Aos professores e coordenador do curso de educação
física, pois eles são os responsáveis pelo profissional que
somos hoje.
“Sentirei saudades das brincadeiras dos amigos que fiz
esses quatro anos, das aulas, dos professores, mas essa fase
da minha vida tenho que concluir. E sempre vamos lembrar-nos
desses momentos”.
Um agradecimento especial a Professora e amiga Giseli Barros
Thiago
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por ter dado sempre uma
chance a cada dia e acreditar em nosso potencial. Também aos
nossos professores e coordenador, sempre nos ajudando e
ensinando o caminho certo.
Aos nossos amigos que conviveram quatro anos, foram momentos
jamais esquecidos, cada um proporcionou momentos marcantes.
E em especial e mais importante, nossa professora e orientadora
Giseli
de Barros Silva que nos ajudou nessa pesquisa com
paciência e ensinamento. Obrigada Gi pelos momentos felizes que
passamos, foi muito bom estarmos juntos nessa etapa de nossas
vidas.
Te adoramos.
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RESUMO
Geralmente, a velhice está ligada às modificações do corpo, com o
aparecimento das rugas e dos cabelos brancos, com o andar mais lento,
diminuição das capacidades auditiva e visual, o corpo frágil. A maioria dos
idosos não consegue continuar desempenhando uma vida ativa, mesmo com
uma saúde muito boa. Este é o primeiro impacto do envelhecimento para o
indivíduo: a perda de seus papéis sociais e o vazio experimentado por não
encontrar funções. Sente angústia, decepção e sofrimento. Entre todos os
fatores ocorrentes, a perda da autoestima está presente na maioria dos
indivíduos que estão entrando ou já se encontram na fase da melhor idade. A
atividade física tem sido uma saída para a recuperação da autoestima, junto a
uma vida saudável, equilibrada e na melhora da qualidade de vida na terceira
idade. A autoestima está correlacionada diretamente à autoimagem. Recreação
caracteriza-se por divertir e entreter o indivíduo que dela participa. É por
essência uma prática lúdica onde a participação busca ser prazerosa e produzir
no individuo ou na sociedade um movimento de mudança positiva, de
renovação, um revigorar da mente ou do corpo, ou ainda de ambos. A
recreação direcionada ao idoso que fisicamente apresenta incapacidade, tem
caráter individual e pela própria natureza é do tipo passiva, utilizando música e
materiais diversos, para estimular os sentidos, os gestos e o raciocínio. A
pesquisa tem como objetivo através da recreação promover melhora na
autoestima de idosos Centro Social Urbano de Lins (CSU), avaliar a
importância da atividade na vida deles, mostrando a melhora na qualidade de
vida.
Palavras chave: Terceira Idade. Autoestima. Recreação.
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ABSTRACT
Generally, old age is linked to changes in the body, with the appearance
of wrinkles and gray hair, walking with the slower decrease in auditory and
visual capabilities, the frail body. Most seniors can not continue to play an active
life, even with a very good health. This is the first impact of aging for the
individual: the loss of their social roles and emptiness experienced by not
finding functions. Sit anguish, disappointment and suffering. Among all the
factors occurring, the loss of self esteem is present in most individuals who are
entering or already in the stage of better age. Physical activity has been an
outlet for the recovery of self-esteem, along with a healthy, balanced and in
improving the quality of life in old age. Self esteem is directly correlated to self
image. Recreation is characterized by fun and entertain individuals who
participate in it. It is in essence a practice where participation playful search be
pleasurable and produce the individual or society in a movement of positive
change, renewed, invigorate the mind and body, or both. The recreation
directed at the elderly physically present disability has individual character and
the nature is of the passive type, using music and various materials to stimulate
the senses, gestures and reasoning. The research aims to promote recreation
through improved self esteem of elderly Social Center of Urban Lins (CSU), to
evaluate the importance of activity in their lives, showing the improvement in
quality of life.
Keyword: Third Age. Self esteem. Recreation.
10
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................
11
1
CONCEITOS PRELIMINARES........................................................... 14
1.1
A Terceira Idade.................................................................................. 14
1.1.1 Influência da Terceira Idade na Qualidade de Vida............................
16
1.1.2
A Terceira Idade e Atividade Física...................................................
18
1.2
Auto Estima.........................................................................................
20
1.2.1 Auto Estima na Terceira Idade............................................................ 21
1.2.2 A Auto Estima e Exercício Físico........................................................
22
1.3
Recreação...........................................................................................
23
1.3.1 Tipos de Recreação............................................................................
24
1.3.2 Recreação na Terceira Idade.............................................................. 27
2
O EXPERIMENTO..............................................................................
2.1
28
Casuísticas.......................................................................................... 28
2.2
Critérios de Inclusão e Exclusão.........................................................
2.3
Materiais.............................................................................................. 29
2.4
Caracterização da Amostra................................................................. 30
2.5
Condições Ambientais........................................................................
30
2.6
Desenho Experimental........................................................................
30
2.7
Protocolo Experimental.......................................................................
30
29
2.7.1 Atividades............................................................................................ 31
2.8
Análise Estatística...............................................................................
32
2.9
Resultados..........................................................................................
32
2.10
Discussão............................................................................................ 33
2.11
Conclusão...........................................................................................
35
REFERÊNCIAS..............................................................................................
36
APÊNDICES................................................................................................... 39
11
INTRODUÇÃO
Devido ao crescimento populacional do idoso a procura de atividade
física aumentou gradativamente nos últimos anos. Geralmente, a velhice está
ligada às modificações do corpo, com o aparecimento das rugas e dos cabelos
brancos, com o andar mais lento, diminuição das capacidades auditiva e visual,
o corpo frágil.
Essa é a velhice biologicamente normal, que evolui progressivamente e
prevalece sobre o envelhecimento cronológico. Cientistas e geriatrias preferem
separar a idade cronológica da idade biológica. Para eles, tanto o homem
quanto à mulher se encontra na terceira idade por parâmetros físicos,
orgânicos e biológicos (MATSUDO e MATSUDO 2001).
Entre todos os fatores ocorrentes, a perda da autoestima está presente
na maioria dos indivíduos que estão entrando ou já se encontram na fase da
melhor idade. Branden (2001), afirma que, basicamente a autoestima é o
sentimento de amor-próprio, ou seja, “o quanto nos amamos, nos valorizamos,
nos aceitamos com nossas limitações, erros e acertos, qualidades e defeitos,
enfim, a opinião que temos de nós mesmos, valorizando e satisfazendo nossas
vontades”.
Isto nada mais é do que a avaliação positiva ou negativa que cada um
faz de si mesmo e não o que os outros pensam sobre nós e que contribui
fundamentalmente para um desenvolvimento saudável do ser humano.
A autoestima é o que as pessoas sentem e pensam de si mesmas. Se
ela esta bem com a sua autoimagem ela provavelmente estará bem com sua
autoestima (MOSQUEIRA, 1976, BENEDETTI et. al, 2003 apud SILVA e DIAS,
2004 p. 12)
As atividades recreativas devem ser espontâneas, criativas e que nos
traga prazer. Devem ser praticadas de maneira espontâneas, diminuindo as
tensões e preocupações.
Segundo Lima, (2007), a recreação é a toda atividade espontânea,
divertida e criadora a qual as pessoas buscam a participação individual e
coletiva em ações que melhoram a qualidade de vida e para satisfazer sua
12
necessidade de ordem física, ou mental e cuja realização que proporciona
prazer.
A procura por grupos de recreação tem crescido devido a fatores
intrínsecos e extrínsecos, como solidão, falta de trabalho, ou simplesmente por
diversão. Os principais motivos que as levam à procura de um grupo de
indivíduos da Terceira Idade são: Melhora da qualidade de vida, melhora da
condição em relação à sociedade, ocupação do tempo livre, fugir da solidão e
encontrar diversão.
As atividades em grupo, bailes, viagens podem contribuir para um
resgate do convívio social e para que o envelhecimento deixe de ser apenas
um período de perdas, abandono, solidão e exclusão por parte da sociedade.
Particularmente as atividades recreativas devem ser: atraentes,
diversificadas, com intensidade moderada, de baixo impacto, realizadas de
forma gradual, promovendo a aproximação social, sendo desenvolvidos de
preferência coletivamente, respeitando as individualidades de cada um, sem
estimular atividades competitivas, pois tanto a ansiedade como o esforço
aumenta os fatores de risco.
Com isso é possível se alcançar níveis bastante satisfatórios de
desempenho físico, gerando autoconfiança, satisfação, bem-estar psicológico e
interação social. Deve-se levar em conta que o equilíbrio entre as limitações e
as potencialidades da pessoa idosa ajuda a lidar com as inevitáveis perdas
decorrentes do envelhecimento. (FERREIRA, 2003).
A pesquisa tem como objetivo através da recreação promover melhora
na autoestima de idosos do Centro Social Urbano de Lins (CSU), avaliar a
importância em desenvolver atividades as quais interagem o grupo e elevam a
auto estima.
A presente pesquisa foi realizada no Centro Social Urbano de Lins
(CSU), com 20 indivíduos do gênero masculino e feminino todos praticantes
com faixa etária maior que 55 anos.
Este estudo foi norteado pelo seguinte problema: A recreação pode ser
um meio para elevar a autoestima, quando aplicada em idosos?
Ao considerar a vivência como estudante de Educação Física, este
trabalho surgiu a partir da observação realizada no crescente aumento da
população de idosos no mundo. Assim, pode-se considerar na maioria das
13
vezes o propósito de recreação tem alcançado seu objetivo junto aos mesmos,
ou seja, a sua importância na manutenção de melhoria da qualidade de vida
das pessoas na terceira idade.
14
1
CONCEITOS PRELIMINARES
1.1
A Terceira Idade
Para analisar a realidade sobre a importância da recreação na
autoestima da terceira idade, é necessário que se compreenda todo o processo
de envelhecimento no ser humano, elucidando as mudanças ocorridas nos
aspectos físico, psicológico e social.
O termo Terceira Idade foi empregado pela primeira vez no Brasil, pelo
SESC de São Paulo quando foram criadas as “Escolas abertas para a Terceira
Idade”. Conforme a lei 8.842/94 e o Decreto 1948/96, e são considerados
idosos no Brasil a pessoa maior de 60 anos.
O conceito de envelhecimento vem assumindo várias conotações ao
longo dos tempos. Desde o ancião respeitável – advindo dos raros
patriarcas com experiência acumulada e valorizada -, ao velhocaracterizando tudo o que está gasto e degradado, passando pelo
idoso – significando pleno de idade, termo mais respeitoso, destinado
em geral às camadas mais ricas da população -, até a denominada
terceira idade – a partir da noção de produção: a primeira etapa
compreendendo a fase de preparação, a segunda de produtividade e
a terceira de aposentadoria. (NEGREIROS, 2007 p.16)
A velhice é um processo natural, inerente ao ser humano e faz parte da
vida, conforme a afirmação de alguns estudiosos no assunto como Lorda e
Sanches (2001).
Conclui-se, portanto que a senescência não é patológica, mas sim um
processo contínuo, onde cada um, segundo Géis (2003), passa por
transformações ao longo da vida, com o decorrer do tempo. Em relação à visão
biológica, vem o declínio da força e da resistência; o enfraquecimento da
memória, da musculatura, dos pulmões e do coração.
Meirelles (2000) cita que o envelhecimento é um processo dinâmico,
irreversível, lento e gradual, sendo a soma de vários processos entre si,
envolvendo os aspectos biopsicossociais, num processo evolutivo que culmina
com a morte completa (FONSECA 1998).
E como o envelhecimento acontece de maneira gradual, de acordo com
15
Geis (2003), favorece desse modo condições de a adaptação física e
emocional às mudanças, à medida que vão ocorrendo.
E este processo de envelhecimento na vida do ser humano acarreta
desconforto, pois o tema velhice vem carregado de preconceitos de caráter
negativo. Para Monteiro (2001), os atributos negativos ditados pela sociedade
priorizam as características biológicas e físicas. Meirelles (2000) complementa
que na sociedade atual ser velho tem uma grande conotação negativa.
O processo de envelhecer carrega um estereótipo social negativo muito
grande, fundamentando uma idéia errada de que obrigatoriamente o
envelhecimento causa “incompetência comportamental”.
Lorda e Sanchez (2001), afirmam que a sociedade considera o idoso
pouco importante, segundo estes, ser velho significa ser incapaz, é problema,
vêm associado à senilidade, a dependência, a perda de status social e
impotência, enfim, o idoso é uma pessoa que incomoda e atrapalha as outras.
Diante desta imagem tão negativa ditada pela sociedade, Papaléo Netto (1996)
destaca que, o idoso recusa-se a pensar e nega o seu próprio envelhecimento.
Segundo Mazo (1997), através dessa desvalorização, o idoso diminui a
sua participação no meio social, gerando um sentimento de inutilidade,
levando-o a apresentar problemas orgânicos e psicológicos, ocasionando o
isolamento.
Mascaro (1997), afirma que o ser humano sente medo da velhice, pois,
esta, ameaça a integridade de seu corpo, significa perder habilidades e isso o
assusta, já que a sociedade exibe a preocupação com o corpo bonito e jovem,
ser velho significa ser excluído.
Segundo Benedetti, Petrosky, Gonçalvez (2012), o termo Terceira Idade,
surgiu nos anos 60, com o objetivo de dar uma identidade positiva aos idosos.
Buscando, assim, retirar os aspectos carregados de preconceitos, relativos à
velhice, para criar representações sociais, mostrando um idoso mais dinâmico,
preocupado com o lazer, em estabelecer relações sociais, em participar de
atividades, enfim, querendo envelhecer com mais qualidade de vida.
Com tantas transformações sofridas no processo de envelhecimento,
que afetam o físico, o psicológico e o social, chega-se a conclusão que a
terceira idade tem influência relevante na qualidade de vida do indivíduo que
alcança esta fase.
16
1.1.1 Influências da Terceira Idade na qualidade de vida
Em “Mudanças e Desafios”, Negreiros (2007), a autora inicia o artigo
com a seguinte pergunta: “A quantidade de anos vividos pode estar associada
a uma boa qualidade de vida?” e como resposta destaca os inúmeros desafios
contemporâneos que as pessoas idosas enfrentam como:
a fragilização dos laços afetivos e familiares numa sociedade de consumo; a
dificuldade de pertinência de grupos concretos, com projetos comuns, numa
cultura do espetáculo, especialmente tratando-se de grupo de idosos, que
carrega estigmas sociais; o descompromisso com valores humanos numa era
tecnológica e materialista; a precariedade das relações sociais – onde a lógica
do direito e a condução ética defrontam-se duramente com a competição e a
violência. (NEGREIROS, 2007, p. 15)
No artigo de Benedetti et al.(2012), a autora com o objetivo de verificar
os efeitos da implementação de um programa de exercícios físicos sistemáticos
sobre a auto-imagem e auto-estima em idosos institucionalizados, baseada em
alguns autores como Mazo (1997), confirma em sua tese que o envelhecimento
se dá num processo gradual, que carrega consigo muitas perdas e alterações
no funcionamento do organismo: saúde física e mental, aposentadoria,
mudanças de papéis sociais, perdas de amigos e parentes, diminuição de
renda, levando o idoso a ter maiores dificuldades em se adaptar a essa fase,
ficando assim vulnerável às doenças.
Portanto, na terceira idade tanto as mudanças no ambiente social,
quanto às mudanças física e mental exige do idoso uma constante adaptação a
estas novas situações.
Existe por parte de alguns idosos a negação do seu próprio
envelhecimento, provocando muitas atitudes, sendo que, algumas delas são
prejudiciais à manutenção do seu lado psicológico, entre elas: o isolamento,
levando-o a evitar contato com pessoas da mesma idade e fazer-se de vítima.
Papaléo Netto (1996) afirma que, além do receio da senilidade, as
pessoas não aceitam o envelhecimento devido também a falta de uma “razão
de ser” da velhice, por não encontrarem um papel para ele mesmo na
sociedade. Segundo Veras (1997), a própria sociedade, ao mesmo tempo em
17
que o marginaliza por considerá-lo incapaz e improdutivo, impede que ele volte
a ser capaz e produtivo.
A maioria dos idosos não consegue continuar desempenhando uma vida
ativa, mesmo com uma saúde muito boa. Este é o primeiro impacto do
envelhecimento para o indivíduo: a perda de seus papéis sociais e o vazio
experimentado por não encontrar funções. Sente angústia, decepção e
sofrimento.
Segundo Negreiros (2007), embora sendo a última etapa vivida, não
precisa ser a mais dolorosa, pesada, angustiante. Afirma a autora que é
preciso que haja uma avaliação no processo de envelhecer, em todos os
aspectos, positivos e negativos, para que se possa encontrar um meio de se
viver da maneira mais prazerosa possível a vida que resta, enfrentando as
limitações nesta fase e revendo todas as possibilidades de uma vida plena.
Não se pode ignorar os distúrbios afetivos depressivos que, segundo
Okuma (1998), existem através de uma combinação de fatores genéticos,
ambientais e psicológicos, mas de acordo com Papaléo Netto (1996) existe
uma ligação íntima entre velhice saudável, autonomia e independência, que
para a população idosa, são indicadores de saúde e qualidade de vida. Os
idosos querem ter o poder de decidir, ser os donos de sua própria vida e poder
realizar algo com seus próprios meios.
Todo ser humano em alguma fase da vida passa por perdas e crises
(viuvez, morte de amigos, parentes, aposentadoria, isolamento, depressão,
dificuldades financeiras), que segundo Negreiros (1996), a crise está vinculada
ao processo de desenvolvimento humano em todas as etapas da vida e não se
restringe apenas a uma idéia de catástrofe eminente, mas também como
oportunidade de reflexão e mudança.
Tanto as perdas quanto as crises são superadas de maneiras e
intensidades diferentes por cada um, pois vai depender da vida que este idoso
teve até aquele momento, entre eles, as relações e atividades sociais, recursos
como moradia e rendimento, acesso à saúde.
Na terceira idade, o tempo para superar estas perdas e crises é sempre
menor, mas também é possível superá-las. A atividade física tem sido uma
saída para a recuperação da autoestima, junto a uma vida saudável,
equilibrada e na melhora da qualidade de vida na terceira idade.
18
Em seu artigo “O poder da Atividade Física”, Piraí e Negreiros (2007),
afirma que a atividade física é reconhecida pela comunidade científica como
um dos mais poderosos agentes na promoção da saúde e qualidade de vida.
Acrescenta ainda o autor que a atividade física regular além de melhorar a
qualidade de vida, retarda o envelhecimento e previne doenças degenerativas.
Concluindo, a prática de exercícios regular tem o poder de prevenir,
minimizar e/ou reverter muitos dos problemas físicos, psicológicos e sociais
que acompanham o processo de envelhecimento.
1.1.2 A Terceira Idade e a Atividade Física
Matsudo e Matsudo (1992) consideram que com o controle das doenças
infecto-contagiosas e a melhora na qualidade de vida, a expectativa de vida e o
número de pessoas que atingem a terceira idade tendem a aumentar. Dentre
os fatores que têm contribuído para este fenômeno, os autores consideram
que, estão sem dúvida, a preocupação pelo estilo de vida e o incremento da
atividade física.
O processo degenerativo do organismo ocorre gradativamente dos 20-22 anos
de idade e se acentua a partir dos 60-65 anos. (...) e as principais conseqüências
do processo de envelhecimento para a aptidão física são: a perda da massa
muscular; a desmineralização óssea, a redução da capacidade
cardiorrespiratória; a redução da flexibilidade articular e a redução do equilíbrio.
(PIRAÌ, 2007, p.122-123)
O envelhecimento vem acompanhado, segundo Matsudo e Matsudo
(1992), de uma série de efeitos nos diferentes sistemas do organismo que, de
certa forma, diminuem a aptidão e o desempenho físico. E concluem que,
muitos destes efeitos deletérios são secundários à falta de atividade física.
Por esta razão, acreditam que a prática do exercício físico regular tornase fundamental nesta época da vida.
Todavia, alertam que a prescrição de exercício deve ser individualizada,
já que as alterações morfológicas e funcionais que acontecem nesta época
requerem atenção especial. Para Piraí e Negreiros (2007), o programa de
19
exercícios físicos ideal para o idoso deve ter como principal objetivo o
desenvolvimento da força muscular, o aumento da aptidão cardiorrespiratória, a
melhora da flexibilidade, da coordenação e do equilíbrio.
As atividades físicas mais recomendadas, de acordo com Matsudo e
Matsudo (1992), são as atividades aeróbicas de baixo impacto (caminhar,
natação, ciclismo, hidroginástica), que estão associadas com menor risco de
lesões. Ainda, segundo os autores, é de fundamental importância incrementar
a força muscular, já que sua perda é associada com instabilidade, quedas,
incapacidade funcional e perda de massa óssea.
Para Piraí e Negreiros (2007), o programa de treinamento de força ou
série de musculação deve ser individualizado, em conformidade com os
exames médicos e avaliação funcional.
Bem orientado, afirmam Matsudo e Matsudo (1992), um programa de
treinamento muscular adequado traz grandes benefícios para o idoso. E uma
atividade física regular na terceira idade proporciona ainda múltiplos efeitos
benéficos a nível antropométrico, neuromuscular, metabólico e psicológico, o
que além de servir na prevenção e tratamento das doenças próprias desta
idade (hipertensão arterial, enfermidade coronariana, osteoporose, etc.),
melhora significativamente a qualidade de vida do indivíduo e sua
independência.
Além desses efeitos já conhecidos, pesquisas recentes realizadas,
segundo Matsudo e Matsudo (1992), mostram os efeitos benéficos da atividade
física sobre a incidência de câncer (principalmente de cólon e do sistema
reprodutivo na mulher) e na longevidade das pessoas. Iniciada precocemente,
alguns autores reportam incremento de até 2,5 anos na expectativa de vida em
função de participação em um programa de exercício físico regular.
Piraí e Negreiros (2007), afirma que a atividade física é um poderoso
instrumento na reabilitação de doenças cardiovasculares pelo aumento da
aptidão cardiorrespiratória e a melhora da função do aparelho locomotor. E que
a qualidade de vida está diretamente relacionada à sua capacidade de
locomoção e sua saúde.
Conclui-se, assim, provavelmente que, além de oferecer melhor
qualidade de vida, a atividade física, proporciona mais anos de vida e também
o aumento da autoestima.
20
1.2
Auto Estima
Negreiros (1996), diz que a manutenção da autoestima depende do
papel social desempenhado por cada indivíduo durante toda a sua vida,
independente da idade em que se encontre.
Branden (2001), afirma que, basicamente a autoestima é o sentimento
de amor-próprio, ou seja, o amar, o valorizar, o aceitar-se com as limitações,
erros e acertos, qualidades e defeitos, enfim, a opinião que cada indivíduo
nutre, num processo contínuo de valorização e satisfação das vontades.
Segundo o autor, a autoestima começa a se formar nos primeiros anos
de vida do indivíduo e através da sua relação com o meio e com as primeiras
experiências de auto valorização, a autoestima vai sendo construída, ao longo
do seu crescimento e desenvolvimento.
É na infância segundo Branden (2001), que o indivíduo assimila
conceitos que irão contribuir na construção de sua autoestima e todos os
conflitos psicossociais, desajustes, preconceitos e convicções. Todo o
processo de relação com o seu meio, refletirá no seu comportamento
emocional, que o tornará mais forte, ou mais frágil, para lidar melhor com
ganhos e perdas, alegrias e tristezas.
Todos os seres humanos possuem em menor ou maior grau autoestima.
Okuma (1998) observa que, a autoestima se apresenta positiva ou negativa,
enquanto Branden (2001) afirma que, ela se apresenta de positiva a negativa.
Para Branden (2001), a autoestima positiva é aquela que leva o
indivíduo a acreditar em si e na sua capacidade de pensar, tomar decisões e
estar apto para enfrentar as situações que se coloquem á sua frente, e além de
tudo, estar consciente das suas limitações, fragilidade, medos e de suas
potencialidades.
Para o autor, com a autoestima positiva, ele enfrenta os desafios,
confiante em si mesmo, resolve os problemas que aparecem e diante de
dificuldades, parte para tentar solucionar a questão.
Quanto maior for a nossa autoestima, mais bem equipados estaremos para lidar
com as adversidades da vida; quando mais flexíveis formos, mais resistiremos á
pressão de sucumbir ao desespero ou à derrota. (BRANDEN, 1997, p.11)
21
A autoestima negativa, de acordo com Branden (2001), indica que o
indivíduo apresenta vivências afetivas negativas, e sente medo de assumir
riscos, do fracasso, sente-se incapaz e incompetente para realizar algo, vive se
criticando, achando defeitos em si mesmo, enfim, vive se reprovando.
Em relação ao círculo de amizades a autoestima negativa afirma
Branden (2001), leva a pessoa a se afastar do seu grupo social por sentir-se
incapaz de manter um relacionamento profundo e significativo, levando-a ao
isolamento.
Conclui-se, deste modo, que a autoestima positiva é aquela que existe a
partir da valorização pessoal, de atitudes positivas em relação a viver e ser
feliz, para que se possa desfrutar da vida e que todos os problemas de ordem
psicológica, estão relacionados a uma autoestima negativa. E quando a
autoestima é positiva, torna as pessoas mais conscientes, aumentando assim,
a sua capacidade de ser feliz, de enfrentar a vida, de se ver de maneira mais
valiosa.
E quanto maior for a autoestima, mais preparados se encontrará para
superação dos obstáculos, mais confiantes e seguros na manutenção de
relações saudáveis, aumentando assim a chance de sucesso nas relações
humanas ao longo de toda a vida, assim bem como o favorecimento da
qualidade na vida terceira idade, pois de acordo com Branden (1997, p. 14), “a
importância da auto estima saudável está no fato de que ela é o fundamento da
nossa capacidade de reagir ativa e positivamente às oportunidades da vida”.
1.2.1
Auto Estima na Terceira Idade
Os idosos, segundo Steglhich (1978), possuem dificuldade física, mental
e financeira para manutenção de boa aparência física o que poderia melhorar a
imagem corporal. Além do sedentarismo, morte social, dificuldades físicas,
mentais e financeiras, freqüentemente os idosos apresentam quadros
depressivos, diminuindo a autoestima.
Segundo Oliveira e Negreiros (2007), o idoso quando sente o corpo
fraco e cansado, percebe que a juventude já foi e que a morte é inevitável,
22
seus sentimentos se assemelham a doentes terminais e se transformam em
uma espera solitária, muitas vezes marcadas por revoltas, ressentimentos,
frustrações e depressão.
Steglhich (1978), que desenvolveu o instrumento de autoimagem e
autoestima, ao estudar três grupos de idosos acima de 65 anos, não
aposentados, aposentados ativos e aposentados inativos, concluiu que os
aposentados inativos possuem autoimagem e autoestima significativamente
mais baixas que os idosos não aposentados e aposentados ativos, sendo que
entre esses não houve diferença significativa na autoimagem e autoestima. O
aspecto em que o autor encontrou maior diferença foi no emocional,
principalmente no item felicidade pessoal.
Mosquera (1976) destaca que a autoimagem está relacionada sempre à
mudança, na medida em que o indivíduo modifica sua estrutura corporal ele
acrescenta a seu quadro pessoal, novas dimensões que alteram a percepção
de si mesmo e do mundo a sua volta.
Fox (1997) afirma que a autoestima tem sido desenvolvida positivamente
com a intervenção de programas de exercícios físicos e esportes, tendo
resultados inéditos na qualidade de vida e bem-estar mental. O autor também
coloca que a autoestima está correlacionada diretamente à autoimagem.
Diversos autores, portanto, confirmam por meio de pesquisas e
observações que a melhora da autoestima está associada à prática de
atividades físicas.
1.2.2 A Auto Estima e Exercício Físico
Carvalho (1996), afirma que a participação em grupos de ginástica traz
sentimentos positivos em relação ao próprio corpo, níveis mais altos de
autoestima e “competições saudáveis” geradas dentro do grupo.
Mazo (2003), ao realizar uma pesquisa sobre qualidade de vida e
atividade física com 198(cento e noventa e oito) idosas participantes dos
grupos de convivência no município de Florianópolis, constatou que as idosas
mais ativas possuíam melhor autoestima.
23
A atividade física, segundo Chogahara, Cousins e Wankel (1998), possui
influências sociais nos idosos e traz benefícios em relação à família, amigos,
bem estar, integração social e melhora na autoestima.
Em um estudo com idosos, Safons (2000), verificou que contribuições da
prática regular de atividade física melhora a autoestima, porque resgata nos
idosos a autoimagem perdida. O envelhecimento ativo deve ser conseqüência
de um envelhecimento saudável, segundo o autor, a busca do ser ativo
melhora o ser humano de forma global.
Os movimentos corporais estão ligados ao esporte e ao exercício,
criando estratégias de auto representação com modificações constantes na
aparência.
Para que se possa resgatar a autoestima e recuperar a autoimagem dos
idosos, é necessário retomar a cidadania, participando de grupos de discussão,
trabalho voluntário, atividades físicas de maneira geral, fazendo se sentirem
úteis para a sociedade e ocupando o seu tempo livre. A autoestima positiva
indica bem-estar, saúde mental e ajustamento emocional, implicando
diretamente na satisfação com a vida.
Segundo Lorda (2001), dentre os benefícios imediatos da participação
regular em programas de exercícios e recreativos se identificam no aspecto
físico: maiores níveis de auto eficácia, controle interno, melhoria nos padrões
do sono, relaxamento muscular, entre outros.
Portanto, a atividade física além de prevenir a dependência é um
estímulo para o bem estar das idosas. Conseqüentemente, melhora a
autonomia e a independência, o que irá se refletir em melhor autoimagem e
autoestima. E as práticas de atividades físicas fazem parte da recreação que
deve existir de forma cotidiana na vida do idoso que visa melhoria na qualidade
de vida.
1.3
Recreação
De acordo com Cavallari e Zacharias (2003), a vida diária de uma
pessoa divide-se em três partes: tempo de trabalho, tempo das necessidades
24
básicas vitais e tempo livre. O tempo de trabalho segundo Géis (2003) tem um
valor social muito grande perdurando até a aposentadoria.
Santini (1993) destaca que, é no tempo livre que existe o lazer. O lazer é
útil, pois é através dele que as pessoas “dão um tempo” na vida agitada do dia,
tornando fundamental para o nosso equilíbrio emocional, favorecendo a
socialização e desenvolvimento da personalidade e deveria estar presente na
vida de todas as pessoas.
De acordo com Santini (1993), a recreação faz parte do lazer, sendo
uma atividade física ou mental, onde as atividades são provenientes de
motivação interior, com características psico, físico, emocional, promovendo o
equilíbrio, pois preserva ou restaura a integridade do organismo.
Lorda e Sanchez (2001) complementam que as atividades de recreação
promovem um desenvolvimento integral do idoso, pois estão trabalhando entre
outros, a saúde física, a socialização (pois integra o idoso ao seu meio social,
amplia as relações sociais e estimula o convívio) e a sensibilidade, tornando-se
um processo terapêutico de restauração e qualidade de vida, devolvendo ao
idoso o prazer de viver.
Para Lorda e Sanchez (2001) a brincadeira não é coisa só de criança. O
ser humano cresce, mas não perde a vontade de brincar, pois esta nunca
desaparece apenas outras atividades impostas pela vida os distanciam da
brincadeira. Para Lorda e Sanches (2001), a participação regular em exercícios
pode ajudar a retardar a deterioração física que ocorre com o passar dos anos
e a inatividade.
1.3.1 Tipos de Recreação
As atividades recreativas se encontram classificadas a fim de evidenciar
a funcionalidade de cada uma dentro de uma programação ou de um programa
de lazer e recreação.
Para a escolha de determinada atividade recreativa como parte de uma
programação,
é
necessário
antes
conhecer
suas
características
classificações, de acordo com os objetivos, e propostas a serem alcançadas.
e
25
Segundo Ferreira (2003), as atividades físicas se classificam em:
grandes jogos, que requer grande número de participantes, e é difícil de ser
dominado. Pequenos jogos, que extrai dos participantes características
individuais como: velocidade, destreza, força.
Revezamento ou estafetas que se constitui pelo revezamento dos
participantes para a realização de tarefas. É uma atividade em grupo que preza
pelas potencialidades individuais. Indicado para a infância.
Jogos combinados (exigem mais de uma aptidão física), correr, saltar,
giro.
Aquáticos,
jogos
realizados
dentro
da água,
com excelente
valor terapêutico por diminuir o impacto causado pelo solo. Jogos sensoriais,
aqueles que utilizam os sentidos (tato, visão, audição, etc.).
Esses jogos desenvolvem o pensamento, diminui a tensão. Jogos
Sociais de Mesa são realizados na mesa, com caráter educativo, sem estimular
os jogos de azar.
Para Caillois (1994), analisando as habilidades e interesses, classifica os
jogos em: Alea, jogos de azar; Agon, jogos que levam a competição; Mimicry,
jogos que induzem a imitação; Ilinix, jogos de vertigem.
Segundo Melo (1981), os jogos se classificam em: Jogos de Seleção,
utilizada
para
a
separação de
equipes
e/ou
participantes
(par
ou
ímpar, palitinho); Jogos Gráficos, realizados em cima de algum desenho ou
traçado (amarelinha, xadrez); Jogos de Competição, disputa física entre os
participantes (pegas, cabo de guerra); Jogos de Salão, motricidade fina em
locais restritos e/ou fechados (baralho, quebra - cabeça); Jogos com Música,
com ritmo (cantiga de roda, karaokê).
E de acordo com Mian (2003), os jogos são classificados em: pequenos,
com regras fáceis e em menor quantidade, menor número de participantes e
locais restritos; médios, por meio de regras pré-estabelecidas, em locais
maiores como quadras ou piscina; grandes, com regras pré-estabelecidas e
complexas, em maior quantidade e em locais grandes e abertos, com maior
número de participantes.
Segundo Guerra (1988), os jogos se classificam quanto à forma de
participação: Recreação Ativa e Recreação Passiva.
A Recreação Ativa está relacionada às atividades motoras, exige esforço
maior do físico, como os jogos infantis e esportes em geral. As atividades
26
intelectuais, onde a mente é mais utilizada, como no xadrez e quebra-cabeça.
As atividades artísticas ou criadoras, como a pintura, desenho, carpintaria,
escultura, teatro, música, dentre outras. E finalmente as atividades de risco,
que compreende àquela na qual o praticante coloca à prova sua integridade,
como por exemplo, pára-quedismo, mergulho profundo, vôo livre, entre outras.
Já, a Recreação Passiva, de acordo com Guerra (1988), está
relacionada às atividades sensoriais, pois, trata-se de uma participação
interativa com a atividade, como por exemplo, Torcida no estádio, onde se
grita, balança os braços, salta participando emotiva e fisicamente. As
atividades transcendentais, àquelas que se confundem com o ócio pela
participação de espectador, como ver pinturas no museu, contemplar o pôr-dosol, relaxamento tranqüilizante.
Quanto à faixa etária, segundo Guerra (1998), as Recreações podem
ser: Adulta, para maiores de 18 anos; Infanto-juvenil, para crianças de 8 a 12
anos; Juvenil, para Jovens acima de 12 anos; Infantil, para crianças até os 7
anos; Mista, para várias faixas etárias - como pais e filhos juntos.Terceira Idade
ou Idade Especial, para idosos.
Quanto ao espaço as recreações, de acordo com Guerra (1998), podem
ser internas e externas. Internas, quando realizadas em salas de festas;
ginásios esportivos; salas de ginásticas; salas de musculação; salas de danças
modernas ou clássicas; salas de música; salas de leitura; salas de projeção;
piscinas térmicas, saunas e duchas. Salões de jogos: sinuca, bilhar, tênis de
mesa, totó, bilhar, boliche, entre outros. Salões de jogos de mesa: buraco,
biriba, paciência, xadrez, dama, entre outros. Estandes fechados: tiro ao alvo
e arco e flecha. E na sala de jogos eletrônicos.
Externas quando praticadas em campos de: futebol, beisebol, golfe entre
outros. Em quadras poliesportivas em esportes individuais e coletivos;
playgrounds infantis; piscinas; pátios para comemoração de datas espaciais;
pistas de atletismo; hortos com pistas diversas, quadras, lagos, ciclovias, entre
outros.
Quanto ao ambiente, segundo o autor, as atividades são classificadas
em terrestres; marinhas, náuticas ou aquáticas e aéreas.
Quanto à participação dos indivíduos nas atividades físicas, estas
podem ser segundo Guerra (1998): ativa; moderada ou calma. Cabe, portanto,
27
ao profissional que trabalha com o idoso a escolha da melhor recreação para
ser utilizada na Terceira Idade.
1.3.2 Recreação na Terceira Idade
Lorda e Sanches (2001) propõe que brincadeiras e jogos podem ser
realizados em lugares abertos ou fechados, de simples organização, desde que
com a aprovação dos idosos, adequados à idade, com alguma variação ou
regra que os tornem mais lentos, sem tirar-lhes o valor de brincar ou de
competir.
Geis (2003), afirma que a recreação ajuda ao idoso a comunicar-se
melhor com os outros e a enriquecer a relação que este idoso mantém com o
ambiente que o cerca e as atividades devem ser desenvolvidas, considerando
sempre sua capacidade física e as necessidades, interesses e motivação que
ele apresente.
Assim sendo, as atividades propostas de recreação para a terceira idade
devem ser atraentes, gratificantes, integradoras, adaptadas a faixa etária,
variadas, que favoreçam o contato social e desenvolvidas de modo que os
idosos tenham condições de participar, gerando uma autoconfiança e
satisfação e consequentemente após o término das aulas, mostrem-se alegres,
descontraídos, exteriorizando uma autoestima elevada.
A duração das atividades e sua intensidade devem ser adequadas à
idade dos participantes e se houver regras, que sejam flexíveis.
Para Benedetti (1999), a recreação tem como característica ser de livre
escolha que visa proporcionar alegria, distração e prazer através de atividades
que não apresentem preocupação com grande desempenho, estimulando a
criatividade e a participação de todos os idosos, sem, no entanto estimular a
competitividade, satisfazendo a necessidade de se expressar naturalmente,
diminuindo assim tensões e preocupações.
Benedetti (1999) afirma que, a recreação trabalha desde aquele idoso
que apresenta incapacidade física até aquele que não apresenta nenhum
problema físico. A recreação direcionada ao idoso que fisicamente apresenta
28
incapacidade, tem caráter individual e pela própria natureza é do tipo passiva,
utilizando música e materiais diversos, para estimular os sentidos, os gestos e
o raciocínio.
A recreação por ser uma atividade desenvolvida em grupo, segundo
Okuma (1998), leva o idoso a sentir-se valorizado, a fazer amizades, saber
lidar com perdas e eventos negativos, sentir-se atuante no grupo e trazer
satisfação pessoal. Esta autora, conclui que, este suporte social ajuda o idoso
a manter uma autoestima positiva para enfrentar as dificuldades que surgem
em decorrência da diminuição de energia, levando-o a adaptar-se às novas
situações que se apresentam, gerando comportamentos afetivos.
O idoso sente necessidade e valoriza as atividades em grupo, pois
segundo Cavallari e Zacharias (2003), ele tem necessidade de se sentir
integrado socialmente priorizando a sua participação em vez do resultado
obtido na atividade.
Rodrigues e Martins (2002) afirmam que, a recreação alcança seus
objetivos quando, ao final das atividades desenvolvidas, vai perdurar o bom
humor e o prazer, estendendo isto ao longo do dia, de modo que o idoso sinta
prazer nos pequenos fatos do dia a dia.
Para Barbosa (2000), várias são as formas de recreação que podem ser
desenvolvidas pelos idosos, desde que sejam adaptadas, respeitando as
características próprias desta faixa etária: gincana, ginástica, dramatização,
jogos, danças, dentre muitas outras.
Segundo Ferreira (2001), a recreação tem como característica ser de
livre escolha que visa proporcionar alegria, distração e prazer através de
atividades que não apresentem preocupação com grande desempenho,
estimulando a criatividade e a participação de todos os idosos, sem, no entanto
estimular a competitividade, satisfazendo a necessidade de se expressar
naturalmente, diminuindo assim tensões e preocupações.
2
O EXPERIMENTO
2.1
Casuística e Métodos
29
Com o estudo desenvolvido objetivou-se em avaliar 20 voluntários com
idades entre 55 e 85 anos, os participantes foram selecionados por meio de
convite verbal.
Os participantes foram informados sobre a proposta da pesquisa,
detalhando os objetivos, metodologia, e benefícios em reunião com os
responsáveis da pesquisa. Posteriormente, os interessados em participar
receberam e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Apêndice A).
2.2
Critérios de Inclusão e exclusão
Os critérios de inclusão e exclusão incluem:
a) Ser sedentários.
b) ter idade acima de 55 anos;
c) não estar tomando nenhum tipo de calmante;
d) Não estar fazendo nenhum tipo de terapia.
2. 3
2.4
Materiais
a)
Bexiga
b)
Aparelho de som
c)
Bolas de Volei
d)
Arcos
e)
Cones
f)
Fita Crepe
g)
Apito
Caracterização da Amostra
30
A caracterização da amostra quanto a sua homogeneidade, foi realizada
por de questionário de autoestima, para ambos os grupos.
2.5
Condições ambientais
As atividades recreativas foram aplicadas na quadra poliesportiva João
Manuel do Careno, da cidade de Lins no período entre os meses de Maio a
Junho de 2012, horário matutino, das 9h e 30min às 10h 00, as datas e
horários foram combinados com os participantes.
2.6
Desenho Experimental
No primeiro dia foram selecionados os participantes, e entregue o termo
de consentimento, explicando todo o procedimento do trabalho, após a
assinatura dos termos foram divididos aleatoriamente em dois grupos, G1 que
realizou atividade recreativa duas vezes por semana, com duração de 30
minutos por dia, e G2 sem atividade. As datas e horários que seriam aplicados
as atividades recreativas foram combinados entre os participantes do G1.
O questionário, (APÊNDICE B), foi aplicado antes e depois os dois
meses, para a avaliação dos dados coletados.
2.7
Protocolo Experimental
A realização do protocolo experimental consistiu em aplicações do
questionário de Auto Estima (APÊNDICE B) pré e pós.
2.7.1 Atividades
31
2.7.1.1
Passa o arco
Em linha reta, lateralmente de mãos dadas, duas equipes frente a frente,
tendo como objetivo passar o arco de uma pessoa para outra sem soltar as
mãos. Vence a equipe que passar o arco com mais agilidade até o ultimo
individuo da mesma.
2.7.1.2
Passa bola
Em duas filas indianas, passando a bola de vôlei entre as pernas até
chegar ao ultimo individuo, o mesmo correrá para o inicio da fila e passará a
bola novamente por todos. Quando todos os indivíduos passarem pelo o inicio
da fila, vence a equipe.
2.7.1.3
Coelho sai – toca fica, toca fica – coelho sai, todos saem e
ninguém fica.
Separando uma parte dos participantes em duplas, em uma boa
distância, sendo eles a toca, ficaram de mãos dadas um em frente ao outro. O
restante dos participantes serão os coelhos. Lembrando que os coelhos tem
que ter três a mais que as tocas.
O recreador dará o sinal “coelho sai da toca”, os coelhos terão que
procurar uma toca para entrar, no caso sempre irão sobrar três coelhos. O
recreador dará outro sinal “toca sai do coelho”, os coelhos permanecem e as
tocas terão que procurar outros coelhos. No ultimo sinal “todos saem e
ninguém fica”, todos saem e vão formar tocas com seus respectivos coelhos;
assim sucessivamente.
2.7.1.4
Bexiga no vôlei
32
Em uma quadra de vôlei, em duas equipes com mesmo numero de
participantes, cada individuo receberá uma bexiga, separando as equipes pelo
cor da mesma. Os participantes terá que passar a bexiga para o lado
adversário da quadra, por cima da rede. Quando o recreado der o sinal de
pare, a equipe que conseguir colocar a quantidade de bexigas do lado
adversário vence a prova.
2.7.1.5
Tesouro Perdido
Reúna as equipes e avise que tem um tesouro perdido, uma moeda de
ouro, escondido no local. O recreado escolhe um individuo que não está
participando e pede para ele cruzar os braços atrás e segurar o tesouro de
mãos abertas e ficar caminhando pelo local. Quem ver a tesouro primeiro
vence a prova juntamente com o seu grupo.
2.8
Análise Estatística
Para análise dos dados será utilizado o teste de média e desvio padrão
e para a comparação dos dados pareados o teste t - Student com nível
significante p ≤ 0,05.
2.9
Resultado
Os dados apresentados na tabela 1 representam as informações
relativas ao gênero e a idade dos 10 sujeitos que compõem o Grupo controle
(GC) e 10 sujeitos que compõem o grupo ativo (GA) avaliado.
33
Tabela1: Na tabela abaixo estão apresentados o gênero e a idade em média e
desvio padrão, do grupo controle e grupo de atividade.
Grupo controle (GC)
Grupo ativo (GA)
Gênero masculino
5
5
Gênero feminino
5
5
Media de idade
67,7 ± 9,87
67,3 ± 8,56
p≤0,05
Fonte: elaborada pelos autores, 2012
Tabela 2: Na tabela abaixo estão apresentados os valores médios e desvio
padrão referente aos dados do questionário de Autoestima.
Grupo controle (GC)
Grupo ativo (GA)
3 ± 0,81
9,1 ± 0,73*
Pontos do
Questionário
Fonte: elaborada pelos autores, 2012
* P≤0,05 em relação ao (GC) com (GA).
Com os resultados apresentados na tabela 2 pode-se observar uma
grande e estatisticamente diferença significante, do grupo controle em relação
ao grupo ativo.
2.10 Discussão
A presente pesquisa teve como propósito comparar e demonstrar a
importância e a influencia da atividade física e recreativa na autoestima de
idosos, comparando um grupo de idosos ativos com um grupo de idosos
sedentários.
Observa-se que a população idosa vem aumentando muito no decorrer
dos anos. E essa população que se encaixa na terceira idade, está se isolando
e sendo esquecida pela sociedade, e com isso tem como consequência a baixa
autoestima desses indivíduos.
34
Lorda e Sanchez (2001), afirmam que a sociedade considera o idoso
pouco importante, segundo estes, ser velho significa ser incapaz.
Alguns problemas vêm associados à senilidade: a dependência, a perda
de status social e impotência, enfim, o idoso é uma pessoa que incomoda e
atrapalha as outras. Mas a falta de estimulo do próprio individuo nessa fase da
terceira idade faz com que ele se sinta excluído e com baixa autoestima.
Matsudo e Matsudo (1992) apontam uma série de disfunções nos
diferentes sistemas do organismo que, de certa forma, diminuem a aptidão e o
desempenho físico. E concluem que, muitos desde efeitos deletérios são
secundários a falta de atividades físicas.
Já a autoestima para Okuma (1998), se apresenta positiva ou negativa,
enquanto Branden (2001), afirma que, ela se apresenta de positiva a negativa.
Segundo Oliveira e Negreiros (2007), o idoso quando sente o corpo
fraco e cansado, percebe que a juventude já foi e que a morte é inevitável,
seus sentimentos se assemelham a doentes terminais e se transformam em
uma espera solitária, muitas vezes marcadas por revoltas, ressentimentos,
frustrações e depressão.
Para Fox (1997), a autoestima tem sido desenvolvida positivamente
com a intervenção de programas de exercícios físicos e esporte, tendo
resultados inéditos na qualidade de vida e bem-estar mental. O autor também
coloca que a autoestima esta correlacionada diretamente à autoimagem.
Carvalho (1996), afirma que a participação em grupo de ginástica traz
sentimentos positivos em relação ao próprio corpo, níveis mais altos de
autoestima e “competições saudáveis” gerando dentro do grupo.
Por sua vez Santini (1993), relata que a recreação faz parte do lazer,
sendo uma atividade física ou mental, onde as atividades são provenientes de
motivação interior, com características psicofísico emocional, promovendo o
equilíbrio, pois preserva ou restaura a integridade do organismo.
Benedetti (1999), afirma que, a recreação trabalha desde aquele idoso
que apresenta incapacidade física até aquele que não apresenta nenhum
problema físico. A recreação direcionada ao idoso que fisicamente apresenta
incapacidade, tem caráter individual e pela própria natureza é do tipo passiva,
utilizando música e materiais diversos, para estimular os gestos e o raciocínio.
Diante dos conceitos expostos verificou-se que a recreação para a
35
terceira
idade tem resultado
significante na
autoestima, mas faltam
profissionais capacitados e voltados para esse tipo de recreação, visto que a
recreação pode alcançar um grupo maior de idosos de uma só vez.
A recreação não tem limites nem para a idade e nem para as
capacidades físicas dos indivíduos, e sim é necessário adapta-los as atividades
recreativas e programar adequadamente as atividades conforme o publico a
ser atingido.
Tornando a recreação não só um material de lazer e sim um instrumento
de motivação, condicionamento físico e inclusão desses indivíduos a sociedade
em que vivem esses profissionais estarão contribuindo com a sua experiência
para a melhoria da saúde, do bem estar e da qualidade de vida dos mesmos.
2.11 Conclusão
Conclui-se assim que a atividade física na terceira idade traz benefícios
corporais e psíquicos, comprovados através de um questionário de autoestima.
O resultado da pesquisa pôde ser concluído através do questionário
realizado antes que começassem a pesquisa e outro pós os dois meses de
estudo.
Percebe-se que é fundamental para a terceira idade a conscientização
dos benefícios que a atividade física traz para autoestima. Podendo assim dizer
que deveria haver mais incentivo da mídia e dos meios públicos, e que sejam
realizados mais projetos para a conscientização dos benefícios que traz a
atividade física na terceira idade, evitando assim o isolamento, a depressão e
inúmeras patologias.
36
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Acesso em 25 de maio de 2012.
39
APÊNDICES
40
APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
RECREAÇÃO COMO PROPOSTA DE MELHORA NA AUTOESTIMA NA
TERCEIRA IDADE
O estudo tem como objetivo comparar a influencia da atividade recreativa em sujeitos da
terceira idade, praticantes e não praticante de atividades recreativas.
O Sr. (a) está sendo convidado (a) a participar do estudo por ser se enquadrar nas
características solicitadas pelo projeto.
A pesquisa e os métodos de avaliação não oferecem risco ao participante.
As informações e dados pessoais serão utilizados apenas em reuniões de caráter científico e
serão mantidos em sigilo profissional.
Qualquer dúvida em relação ao estudo será imediatamente esclarecida pelos responsáveis
pelo estudo e Sr (a) receberá explicações detalhadas sobre os procedimentos e métodos que
serão realizados. O Sr (a) não receberá remuneração para participar da pesquisa.
O Sr (a) estará livre para retirar seu consentimento e desistir de participar do estudo, em
qualquer momento, sem interferência no relacionamento que tenha com a instituição.
Eu ___________________________________________________ entendo
descrito acima e dou meu consentimento para ser incluído neste estudo.
o
que
foi
______________________________________
Assinatura do participante
Eu declaro que expliquei ao participante acima a natureza e os objetivos da pesquisa, os
prováveis benefícios e possíveis riscos com a participação neste estudo.
____________________________________
Assinatura dos pesquisadores
Lins, ___ de __________________ de 2012
41
APÊNDICE B
QUESTIONARIO DE AUTOESTIMA
NOME: ____________________________________ DATA___/___/___
1 – Você se sente sozinho?
( ) Sim
( ) Não
2 – Gosta do ambiente onde vive?
( ) Sim
( ) Não
3 – Dorme bem?
( ) Sim
(
) Não
4 – Faz alguma atividade física?
( ) Sim
( ) Não
5 – Sente dores?
( ) Sim
(
) Não
6 – Se alimenta bem?
( ) Sim
( ) Não
7 – Você passeia frequentemente?
( ) Sim
( ) Não
8 – Você tem medo da morte?
( ) Sim
( ) Não
9 – Você se relaciona fácil?
( ) Sim
( ) Não
10 – Você guarda magoa de algo do passado?
( ) Sim
( ) Não
Observações:
Respostas:
Cada resposta “sim” vale 1 ponto nos itens: 2,3,4,6,7,,9
Cada resposta “não” vale 1 ponto nos itens: 1,5,8,10
Pontuação:
0 – 3: auto-estima baixa
4-6: auto-estima média
7-10: auto-estima alta
42
ANEXO C
Figura 1 – Coelho sai – toca fica, toca fica – coelho sai, todos saem e ninguém
fica.
Fonte: elaborada pelos autores, 2012.
43
ANEXO D
Figura 2 – Bexigas no Voleibol
Fonte: elaborada pelos autores, 2012
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recreação como proposta de melhora na autoestima