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uando o homem chegou à
América? A questão é polêmica. E agora, os resultados de
um estudo genético feito por uma
equipe de pesquisadores ligados a nove
centros brasileiros e um peruano prometem esquentar o debate. A pesquisa,
que tomou por base o perfil das mutações e a diversidade do chamado DNA
mitocondrial de 30 índios nativos do
continente, a maioria pertencente a etnias presentes no Brasil, propõe que o
Roma sapiens atingiu o Alasca, vindo
da Ásia, via estreito de Bering, há cerca
de 21 mil anos e numa única leva migratória. Essa conclusão, como relata
Marcos Pivetta na reportagem de capa
desta edição, a partir da página 34, contraria a teoria clássica de colonização
da América, hoje bastante contestada,
segundo a qual ocorreram três movimentos de entrada de grupos asiáticos
no continente, o primeiro deles há cerca de 12 mil anos. Mas ainda nos domínios da genética, e aqui mais especificamente da genômica, vale destacar a
reportagem (página 39) sobre novos
avanços obtidos por diferentes projetos
que fazem parte do Programa Genoma-FAPESP e de um de seus filhotes,
os Genomas Agronômicos e Ambientais
(AEG), em especial a identificação de
200 novos genes do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose,
doença típica do subdesenvolvimento,
que afeta 200 milhões de pessoas em todo o mundo e 10 milhões no Brasil. Na
seção de Ciência, com seu movimento
por entre pesquisas que examinam o
presente, projetam o futuro ou iluminam o passado, merece referência a reportagem sobre estudos recentes que
atestam a importância dos terremotos
ocorridos nos últimos 10 anos para a
formação do relevo brasileiro.
A íntima articulação entre pesquisa
e possibilidades do desenvolvimento
sócioeconômico do país aparece com
força em duas reportagens na seção de
Tecnologia desta edição de Pesquisa
FAPESP. Na primeira (página 66), Yuri
Vasconcelos antecipa a pequena revolução que poderá ocorrer nas usinas de
açúcar e álcool do país se elas incorporarem uma nova tecnologia que, valendo-se do bagaço, e sem qualquer alteração na quantidade da cana in natura
utilizada, assegura um aumento na
produção do álcool da ordem de 30%.
Essa é, sem dúvida, uma bela notícia,
quando se debate com seriedade as
chances de reativação do Proálcool, o
programa dos anos 70 que continha
uma boa promessa de auto-suficiência
nacional em um combustível renovável
e pouco poluente, mas que sucumbiu
por erros estratégicos em sua administração. A outra reportagem, aproveitando a oportunidade da recente inauguração da primeira etapa da unidade
industrial da Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo, mostra em que pé se
encontram os projetos de pesquisa que
fazem parte do programa de Parceria
para Inovação em Ciência e Tecnologia
Aeroespacial (PICTA), apoiados pela
FAPESP,que representam uma contribuição fundamental para a transformação daquela região paulista num
grande pólo de desenvolvimento aeronáutico. Aliás, entre as razões pelas
quais a Embraer situa-se entre as quatro maiores empresas fabricantes de
aviões do mundo, a aposta na pesquisa
tecnológica não é, seguramente, a menor delas e isso fica claro a partir da
página 72.
Para finalizar, vale destaque nesta
edição, na seção de Humanidades, a reportagem sobre uma pesquisa em ciências da religião que revela que, mesmo
após a separação entre sinagoga e Igreja Católica, cristãos e judeus mantiveram relações bilaterais até o século segundo da era cristã, numa comunhão
até aqui praticamente desconhecida.
E no mais, ecoam nesta edição as
sonoridades do 40° aniversário da FAPESP, quando a Fundação, depois de
ser brindada pela Orquestra Sinfônica
do Estado, a OSESP,com um Villa-Lobos magnificamente executado, soube
do presidente da República que ganhara um presente que aumentará em
muito seu cacife para financiar pesquisas em São Paulo.
PESQUISA FAPESP 77 • JULHO DE 2002 • 7
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