A TOMADA DE CONSCIÊNCIA
Conclusão IV
A evolução das ações
e os três níveis do
conhecimento
(p.207 – 209)
Ana Luiza Scarparo e Diana dos Santos
2010/1
A ação em si mesma constitui um saber
(autônomo e de uma eficácia considerável)
Saber fazer  ainda não conhecimento consistente
é fonte para uma  Compreensão conceituada
... embora uma vez que a tomada de consciência se
encontra em quase todos os pontos em atraso.
Problema:
estabelecer como evolui a ação em
suas relações com a conceituação que
caracteriza a tomada de consciência.
“Se esta procede da periferia para o centro,
a evolução da ação representa, portanto,
uma sequência de transformações do
próprio centro
e então pode-se conceber duas
possibilidades”:
1ª)
“O desenvolvimento da ação
realiza-se por meio de
construções e coordenações sucessivas
e em sentido único,
obedecendo a leis de diferenciação e de
integração”.
2°)
“... já no plano da ação,
as construções e coordenações se
sucederiam segundo uma ordem
ao mesmo tempo progressiva e regressiva
ou retrospectiva,
este segundo aspecto sendo análogo,
mas em termos novos (...),
às iniciativas que conduzem da periferia
para o centro no nível superior que é das
conceituações.
No plano da ação, as reações iniciais
consistem em proceder por meio de
esquemas isolados de assimilação,
com esforço para ligá-los a seu objeto,
mas não indo além de acomodações momentâneas.
O progresso consiste em coordenações
que procedem primeiro por assimilações recíprocas
dos esquemas utilizados
e se orientam, depois, na direção de formas cada vez
mais gerais e independentes de seu conteúdo,
o que caracteriza as estruturas operatórias de
conjunto com suas leis de composição
(transitividade, etc).
Elementos comuns a respeito da ação
e da conceituação característica das T.C.:
# o ponto de partida periférico em que a
atividade do sujeito (sob sua forma mais
exterior ou acomodadora) encontram-se
às voltas com a superfície do sujeito.
# essa atividade orienta-se para os
mecanismos coordenadores,
mas em relação à natureza destes é que as
divergências parecem surgir:
No caso da conceituação:
esses mecanismos, pelo menos em parte, surgem
antecipadamente em plena ação e a atividade da
T.C. parece limitar-se exclusivamente a apossar-se
deles.
É uma reconstrução... e introduz características
novas sob a forma de ligações lógicas.
No caso da ação:
ao contrário, parece que as coordenações se
elaboram, passo a passo, por meio de construções
inteiramente novas e formadoras.
Porém esta é uma ilusão, pois estão longe de serem
novas, mas são extraídas por abstração
refletidora de mecanismos anteriores.
1° Nível:
é o da ação material sem conceituação,
mas cujo sistema de esquemas já contribui
um saber muito elaborado.
as construções deste nível  levam as operações
mais fundamentais em sua capacidade de
coordenação
mas ainda escapam à consciência do sujeito
2° Nível: é o da conceituação
que tira seus elementos da ação em virtude de suas T.C.,
mas a eles acrescenta tudo o que comporta de novo o
conceito em relação ao esquema.
3° Nível:
contemporâneo das operações formais (11-12 anos)
é o das “abstrações refletidas”.
Consiste em operações na segunda potência,
operações novas mas realizadas sobre as operações
anteriores compostas e enriquecidas segundo
combinações não efetuadas até aquele momento.
Cada um destes níveis constitui
progressivamente uma série de
coordenações por assimilação recíproca
(transversais) dos esquemas:
• Primeiro práticos ou motores (nível 1)
• Depois conceituais (níveis 2 e 3)
E assimilações longitudinais
com ações de volta ao nível precedente.
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Conclusão IV – A evolução das ações e os três níveis do