DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
• VISÃO GERAL DO CUSTO DE
CAPITAL
• CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS
DE LONGO PRAZO
• CUSTO DAS AÇÕES PREFERENCIAIS
• CUSTO DAS AÇÕES ORDINÁRIAS
• CUSTO MÉDIO PONDERADO DE
CAPITAL
• CUSTO MARGINAL E DECISÕES DE
INVESTIMENTO
1
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
VISÃO GERAL DO CUSTO DE CAPITAL
O custo de capital é a taxa de retorno que uma empresa precisa obter sobre
seus investimentos para manter o valor da ação inalterado (riqueza dos
proprietários) e atrair os recursos necessários para a empresa
VPL > $ 0,00 ou TIR > Custo do Capital
O custo de capital é afetado por uma variedade de fatores econômicos e
empresariais:
• Risco de Econômico: é o risco que a empresa corre de ser incapaz de cobrir
os custos operacionais;
• Risco Financeiro: é o risco que a empresa corre de ser incapaz de cumprir
com os compromissos financeiros exigidos (juros, pagamentos de
empréstimos, dividendos de ações preferenciais);
• O Custo do Capital Relevante é medido após o imposto de renda.
2
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Estrutura de Capital Ideal
Muitas empresas mantêm um mix ótimo de financiamento, através de
capital de terceiros e próprio.
Balanço Patrimonial
Passivos Circulantes
Ativos
Empréstimos a longo prazo
Ações Preferenciais e Ordinárias
Custo do Capital
das Decisões de
Financiamentos
Lucros Retidos
Custo de Capital Global (Combinado).
3
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Estrutura de Capital Ideal
(Custo de Capital Global)
Passivo Circulante
Fontes de Financiamento
para a empresa
Externas
Exigível a Longo Prazo
Aporte de Capital atuais sócios
Capital
Próprias
Abertura
de Capital
Lucros Retidos
Ações Preferenciais
Ações ordinárias
4
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Custo de Capital Global
Projeto 01 disponível:
• Custo: R$ 100.000,00
• Prazo: 20 anos
• TIR: 7%
• Racionamento de Capital
• Custo
da
fonte
de
financiamento disponível de
menor custo (capital de
terceiros): 6%
Vocês aproveitariam esta oportunidade?
5
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Custo de Capital Global
Projeto 01 disponível:
• Custo: R$ 100.000,00
• Prazo: 20 anos
• TIR: 7%
• Racionamento de Capital
• Custo
da
fonte
de
financiamento disponível de
menor custo (capital de
terceiros): 6%
Sim, está oportunidade deve ser
aproveitada visto a TIR ser maior que o
6
custo do capital de terceiro.
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Custo de Capital Global
Projeto 02 disponível:
• Custo: R$ 100.000,00
• Prazo: 20 anos
• TIR: 12%
• Racionamento de Capital
• Custo
da
fonte
de
financiamento disponível de
menor
custo
(capital
próprio):
14%
Vocês aproveitariam esta oportunidade?
7
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Custo de Capital Global
Projeto 02 disponível:
• Custo: R$ 100.000,00
• Prazo: 20 anos
• TIR: 12%
• Racionamento de Capital
• Custo
da
fonte
de
financiamento disponível de
menor
custo
(capital
próprio):
14%
Não, está oportunidade não deve ser
aproveitada visto a TIR ser menor que o
8
custo do capital de terceiro.
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
As decisões da empresa atenderam aos interesses dos
Acionistas?
9
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Não.
Aceitou um projeto com retorno de 7% e rejeitou um
projeto com retorno de 12%.
10
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Será que existe uma solução melhor?
Custo de Capital Global (Combinado).
11
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Qual será o custo do capital se combinarmos as fontes?
Descrição
CT
CP
Custo do Capital
6,00%
14,00%
Composição do Capital
Situação
%CT
%CP
Situação 01
10,00%
90,00%
Situação 02
20,00%
80,00%
Situação 03
30,00%
70,00%
Situação 04
40,00%
60,00%
Situação 05
50,00%
50,00%
Situação 06
60,00%
40,00%
Situação 07
70,00%
30,00%
Situação 08
80,00%
20,00%
Situação 09
90,00%
10,00%
Total
CMPC
13,20%
12,40%
11,60%
10,80%
10,00%
9,20%
8,40%
7,60%
6,80%
Conclusões:
Projeto 01: Rejeita,
pois TIR < CMPC;
Projeto 02: Aceita,
pois TIR > CMPC.
12
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS DE LONGO PRAZO
É o custo de hoje, após o imposto de
renda, para levantar recursos a longo
prazo através de títulos de dívida
(empréstimos).
Recebimentos líquidos: fundos obtidos
pela venda (prêmio e desconto), menos
os custos de lançamento.
Principais custos de lançamento:
– Custos
de
underwriting:
remuneração paga aos bancos de
investimentos para realizar a venda
de um título;
– Custos administrativos: despesas
do emitente, como gastos com
assessoria
jurídica,
contábil,
impressão e outros.
13
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS ANTES DO IR
DESCONTO
Quando o valor do título da
dívida será menor que o valor
de face ou nominal
PRÊMIO
Quando o valor do título da
dívida será maior que o valor de
face ou nominal
Valores dos Títulos de Dívida para vários retornos exigidos (taxa de
juros declarada no cupom de 9% ao ano, 20 anos de vencimento, R$
1.000,00 de valor de face e juros pagos anualmente) para títulos de
empresas.
Ret. Exig. Vlr. Título
k%
Dívida
?????
960,00
9,00%
1.000,00
?????
1.040,00
Posição
Desconto
Valor de Face (Cupom)
Prêmio
14
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
AVALIAÇÃO DE TÍTULOS DE DÍVIDA
RETORNO ATÉ O VENCIMENTO – TIR (YTM / IRR)
INTERPOLAÇÃO LINEAR – FLUXO COM VALORES DIFERENTES
FCn
FC1
FC2
PV 

 ... 
1
2
(1  k )
(1  k )
(1  k ) n
90
90
90
1090
960 

 ... 

1
2
19
20
(1  TIR) (1  TIR)
(1  TIR)
(1  TIR)
TIR  0,094524 9,4524%
15
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
AVALIAÇÃO DE TÍTULOS DE DÍVIDA
RETORNO ATÉ O VENCIMENTO – TIR (YTM / IRR)
INTERPOLAÇÃO LINEAR – FLUXO COM RENDIMENTOS IGUAIS E
MONTANTE PAGO APENAS NO VENCIMENTO
VFn
1  (1  k )  n
PV  R(
)
k
(1  k )n
 1  (1  TIR) 19 
1090
 
PV  90
20
TIR
(
1

TIR
)


TIR  0,094524 9,4524%
16
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
FÓRMULA DA APROXIMAÇÃO
1000 960
FV  PV
100
R
20
n

YTM 
1000 960
FV  PV
2
2
92,00
 0,093848 9,3848%
YTM 
980,00
17
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
HP12C – CALCULADORA FINANCEIRA
f Clear FIN
960CHS g CF0
90 g CF j
19 g N j
1090 g CF j
f IRR  0,094524 9,4524%
18
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Valores dos Títulos de Dívida para vários retornos exigidos (taxa de
juros declarada no cupom de 9% ao ano, 20 anos de vencimento, R$
1.000,00 de valor de face e juros pagos anualmente) para títulos de
empresas.
Ret. Exig. Vlr. Título
k%
Dívida
9,4524%
960,00
9,0000%
1.000,00
8,5750%
1.040,00
Posição
Desconto
Valor de Face (Cupom)
Prêmio
19
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Custo do Empréstimo após o Imposto de Renda
Uma vez que os juros incidentes sobre o débito são dedutíveis do
imposto, eles reduzem os rendimentos da empresa, sujeitos a
impostos, na importância correspondente aos juros dedutíveis.
A dedução dos juros, reduz os impostos em um valor igual ao
produto dos juros dedutíveis pela taxa de imposto da empresa.
il  TIR  (1  IR%)
20
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Valores dos Títulos de Dívida para vários retornos exigidos (taxa de
juros declarada no cupom de 9% ao ano, 20 anos de vencimento, R$
1.000,00 de valor de face e juros pagos anualmente) para títulos de
empresas. Alíquota do imposto de renda de 15%.
il  TIR  (1  IR%)
il  9,4524 (1  0,15)  8,0345%
il  8,5750 (1  0,15)  7,2888%
Ret. Exig.
TIR - IR
8,0345%
8,5000%
7,2888%
Ret. Exig. Vlr. Título
TIR%
Dívida
9,4524%
960,00
10,0000%
1.000,00
8,5750%
1.040,00
Posição
Desconto
Valor de Face (Cupom)
Prêmio
21
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
CUSTO DA AÇÃO PREFERENCIAL
As ações preferenciais não atribuem a seu titular o direito de voto,
porém conferem certas preferências, como:
•
•
•
•
•
•
•
Prioridade no recebimento de dividendos, geralmente um percentual
mais elevado que o valor das ações ordinárias;
Prioridade no reembolso do capital na hipótese de dissolução da
empresa;
Estatutariamente podem ter direito de voto;
Não distribuição de resultados por três exercícios consecutivos;
A Lei nº 9.457 de 05 de maio de 1997 atribuiu às preferenciais um
dividendo no mínimo 10% maior que o atribuído às ações ordinárias,
salvo no caso de ações com direito a dividendos fixos ou mínimos;
São mais atraentes em mercados onde não existe uma maior
diluição do capital votante;
O acionista deve examinar o Estatuto da Cia na qual pretende
aplicar dinheiro, para verificar os direitos das ações em 22
que
está investindo.
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
O MERCADO DAS AÇÕES PREFERENCIAIS
Em Mercados em
Desenvolvimento
Onde não há disputa pelo controle acionário as
ordinárias são menos atraentes. Preferenciais
significam participação no resultado e geralmente
possuem mais liquidez.
Quando o
Mercado Evolui
Diminui a atratividade das preferenciais, em alguns
casos, a garantia de dividendos cumulativos pode
aumentar a atratividade.
Nas Operações
de Garantia
Em algumas operações com bancos de
desenvolvimento, dividendos cumulativos são
necessários para reforçar garantias.
Em Mercados
Desenvolvidos
Cai o interesse por Preferenciais.
23
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Cálculo do Custo da Ação Preferencial
O dividendo anual preferencial, dividido pelos recebimentos líquidos
da venda da ação preferencial.
Os recebimentos líquidos representam o montante de dinheiro a ser
recebido, livre de quaisquer despesas de emissão e venda (despesas
de colocação – underwriting), exigidas para se negociar a ação.
iap 
Dp
RLp
Variáveis importantes:
Percentual da distribuição dos dividendos, valor nominal da ação e
24
despesas de colocação.
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
CUSTO DA AÇÃO ORDINÁRIA
As ações ordinárias são aquelas que conferem ao seu titular o direito
de voto e, portanto, de determinar o destino da empresa.
O MERCADO DAS AÇÕES ORDINÁRIAS
Em Mercados em
Desenvolvimento
Controle acionário precisa de grande participação no
capital votante.
Quando o
Mercado Evolui
Aumenta quantidade de acionistas;
Pulveriza-se o capital;
Diminui a necessidade de participação para manter
controle acionário.
Em Mercados
Desenvolvidos
Participação no capital votante pode ser muito
pequena para controle das decisões (5% do capital).
25
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
O MERCADO DAS AÇÕES ORDINÁRIAS
SITUAÇÃO
MERCADO EM
DESENVOLVIMENTO
MERCADOS
DESENVOLVIDOS
Controle Acionário
Grandes Capitais
(mais de 50%)
Capitais menores
pode ser menos de 5%
Perda de Controle
Muito difícil, e não
interessa a outras
pessoas
Faz parte do jogo, e
influi na formação do
preço da ação
Efeito sobre
cotações
Não se paga um preço
pelo controle
A disputa pelo
controle acionário
eleva o preço
Atratividade das
Ordinárias
Pequena: preços ficam
deprimidos
Grande: preços
atraentes
26
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
CUSTO DA AÇÃO ORDINÁRIA
O custo da ação ordinária é o nível de retorno requerido sobre a
ação pelos investidores no mercado.
EM OUTRAS PALAVRAS
É a taxa de retorno sobre a ação, exigida pelos investidores do
mercado.
Formas de financiamento por meio de ações ordinárias:
1. Lucros Retidos;
2. Novas Emissões de Ações Ordinárias.
27
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Como achar o custo da Ação Ordinária?
É a taxa pela qual os investidores descontam os dividendos esperados
da empresa para determinar o valor de suas ações.
Quais as técnicas para medir o custo da Ação Ordinária?
1.Modelo de Avaliação de Crescimento Constante – Modelo de Gordon;
2.Capital Asset Pricing Model – CAPM.
Os acionistas ordinários esperam ser recompensados com o
recebimento periódico de dividendos em dinheiro e um aumento no
valor da ação;
Os preços de compra e venda estão vinculados ao grau de eficiência.
28
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Equação Básica de Avaliação de Ações
Dn
D1
D2
PA 


...

1
2
n
(1  k ) (1  k )
(1  k )
Onde:
PA = Valor da ação ordinária;
D = Dividendo esperado por ação no final do ano n;
K = Retorno exigido sobre a ação ordinária.
TAXA DE CRESCIMENTO
ZERO
CONSTANTE
VARIÁVEL
Supõe o não
Supõe que os dividendos
Supõe mudanças na
crescimento da série de
crescerão a uma taxa
taxa de crescimento de
29
dividendos
constante
dividendo
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
EQUAÇÃO PARA CRESCIMENTO ZERO
Com crescimento zero, o valor da ação poderia igualar-se ao valor
presente de uma perpetuidade de Dividendos, descontadas a uma taxa
K.
D1
PA 
k
EQUAÇÃO PARA CRESCIMENTO CONSTANTE – MODELO DE
GORDON
Supõe que os dividendos crescerão a uma taxa constante ( g ), menor
que o retorno exigido ( k ).
D1
PA 
kg
D1
k
g
PA
30
PA 
D1
D1
k  g DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO k  PA  g
CUSTO DE CAPITAL
EQUAÇÃO PARA CRESCIMENTO CONSTANTE – MODELO DE
GORDON
Beabá Corporation deseja determinar o custo de seu capital próprio. O
preço de mercado de suas ações ordinárias é de R$ 25,60 por ação. A
empresa espera pagar dividendos de R$ 6,30 ao final do próximo ano,
2010. Os dividendos pagos sobre as ações existentes nos últimos seis
anos foram:
Ano
Dividendo
2004
5,27
2005
5,42
2006
5,63
2007
5,77
2008
5,92
2009
6,10
E aí? Qual o valor
do custo do
capital da ação
ordinária?
31
PA 
D1
D1
k  g DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO k  PA  g
CUSTO DE CAPITAL
Primeira Parte: Achar a taxa de crescimento dos dividendos no período.
Ano
Dividendo
2004
5,27
2005
5,42
2006
5,63
2007
5,77
2008
5,92
2009
6,10
f clear fin
5,27 CHS PV
6,10 FV
5n
i running2,968371444
%
32
PA 
D1
D1
k  g DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO k  PA  g
CUSTO DE CAPITAL
Segunda Parte: Calcular o custo da ação ordinária.
D1
5,27
k
g
 0,029684
PA
25,60
k  0,23554 23,554% a.a.
33
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
EQUAÇÃO PARA CRESCIMENTO VARIÁVEL
Uma abordagem de avaliação de dividendo que permite uma mudança
na taxa de crescimento do dividendo
D0  (1  g1 )  1
DN 1 
PA  



n
N
(1  k )
(k  g 2 ) 
t 1
 (1  k )
n
N
Valor presente de
dividendos durante o
período inicial de
crescimento
Onde:
PA = Valor da ação ordinária
D0 = Dividendo inicial
k = Retorno exigido
Valor presente do preço da ação
no final do período inicial de
crescimento
g1 = 1.ª Taxa de crescimento
g2 = 2.ª Taxa de crescimento
N = Último período de tempo
34
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
MODELO DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS DE RENDA VARIÁVEL –
CAPM (AÇÕES ORDINÁRIAS)
CAPM descreve a relação entre o retorno requerido e o risco
sistemático (não diversificável) da empresa, medido pelo coeficiente
beta (β).
O CAPM básico é:
k  Rf   ( Rm  Rf )
35
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
MODELO DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS DE RENDA VARIÁVEL –
CAPM (AÇÕES ORDINÁRIAS)
RISCO
•
•
Possibilidade de prejuízo financeiro;
Dispersão do valor esperado.
RISCO: fator probabilístico que designa a um resultado possível
quando o tomador de decisão conhece todos os resultados possíveis
de uma determinada decisão.
36
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
RISCO TOTAL
=
NÃO DIVERSIFICÁVEL
DIVERSIFICÁVEL
Depende de fatores globais que
afetam o mercado como um todo
(fatores macroeconômicos)
Refere-se a fatores originários
na própria empresa
(fatores microeconômicos)
+
37
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
RISCO – TIPOS
Risco Total = Risco Não-diversificável
(Risco Sistemático)
+
Risco Diversificável
(Risco Não-Sistemático)
Atinge o mercado
Específico a Empresa
(guerra, inflação, eventos
políticos, etc...).
(greves, processos, ações
trabalhistas, etc...).
38
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Fonte: GITMAN, Laurence J., Princípios de Administração Financeira. 7.
ed. São Paulo: Harbra, 1997
39
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
MODELO DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS DE RENDA VARIÁVEL –
CAPM (AÇÕES ORDINÁRIAS)
O CAPM básico é:
k  Rf   ( Rm  Rf )
Onde:
k: É o retorno esperado do ativo;
Rf: É o retorno de um ativo livre de risco;
Rm: É o retorno esperado da carteira de mercado;
: Representa o risco sistemático do ativo em relação ao mercado;
[Rm - Rf] : Representa o prêmio de risco do ativo.
40
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
MODELO DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS DE RENDA VARIÁVEL –
CAPM (AÇÕES ORDINÁRIAS)
k  Rf   ( Rm  Rf )
• Beta = 1; significa que há uma correlação perfeita entre os retornos
da ação e os retornos do mercado como um todo = neutro.
• Beta > 1; significa que a carteira tentará superar os retornos do
mercado como um todo = agressivo.
• Beta < 1; significa que os retornos da carteira sempre ficarão
abaixo dos retornos do mercado como um todo = defensivo.
• Exemplos:
 = 1,0 Mercado Subindo em 4% e Mercado Caindo 6%
 = 1,8 Mercado Caindo 10%
 = 0,6 Mercado Subindo 8%
41
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
• Primeira Forma de Cálculo do Beta
Média, Variância e Covariância.
j 
Cov( R j , Rm )
Var( Rm )
• Segunda Forma de Cálculo do Beta
Desvios e Coeficiente de Correlação.
y
 j    x, y
x
42
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Os acionistas ordinários esperam ser recompensados com o
recebimento periódico de dividendos em dinheiro e um aumento no
valor da ação;
Os preços de compra e venda estão vinculados ao grau de eficiência
do mercado em absorver as novas informações disponíveis;
As opções de compra / venda de ações estão vinculadas ao credo
do investidor quanto ao seu valor atual em relação ao valor futuro.
Estas decisões serão tomadas em função da comparação entre o
RETORNO EXIGIDO (calculado pelo CAPM)
e o RETORNO
ESPERADO (calculado pela relação do benefício esperado durante
cada período e o preço atual do ativo).
k  Rf   ( Rm  Rf )
R
ˆ
k
PA
43
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
A Beabá Corporation deseja calcular o custo das ações ordinárias
utilizando o CAPM. Sua assessoria financeira informa que a taxa livre
de risco é de 10%; o beta da empresa em relação ao mercado é de 1,5;
e o retorno de mercado é de 19,036%.
k  Rf   ( Rm  Rf )
k  0,10  1,50(0,19036 0,10)
k  0,23554
k  23,554%
44
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Crescimento Constante X CAPM
Crescimento Constante:
• Utiliza o preço de mercado para chegar ao retorno esperado;
• Utiliza uma base de dados mais simples;
• Maior apelo prático no campo empresarial.
CAPM:
• Teoria mais sólida;
• Utiliza o risco para mensurar o retorno exigido;
• Utiliza uma base de dados mais complexa;
• Não inclui o preço de mercado para calcular o retorno;
• Menor apelo prático no campo empresarial.
45
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Custo dos Lucros Retidos
Teoricamente o custo dos lucros retidos é o mesmo que o de uma
emissão equivalente e integralmente subscrita de ações ordinárias
adicionais. Na vida real, sabemos que é menor; pois não envolve
custos de lançamento.
46
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Custo de Novas Emissões de Ações Ordinárias
É o custo de captação com a emissão de ações ordinárias,
descontados o underpricing e os custos de lançamentos associados.
Underpricing: quando a ação é vendido com preço inferior a seu atual
preço de mercado (obter maior demanda, diluição do capital, ações
superavaliadas).
D1
k
g
PA
47
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL
Reflete o custo médio esperado futuro de fundos de longo prazo,
sendo obtido pela ponderação do custo de capital em relação a sua
participação na estrutura de capital da empresa.
CMPC  (i1  p1 )  (i2  p2 )  ... (in  pn )
Demonstrando o CMPC:
Admita que uma empresa tenha um total de investimento (capital fixo e
capital de giro) de R$ 10 milhões, sendo 40% financiados por bancos
que cobram uma taxa líquida de juros de 10% ao ano, já deduzido o
benefício fiscal, e o restante representado por recursos próprios, com
uma expectativa de retorno de 15% ao ano. Qual o CMPC?
48
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL
Então:
CMPC  (i1  p1 )  (i2  p2 )  ...  (in  pn )
CMPC  (15%  60%)  (10%  40%)
CMPC  13%
RELEMBRANDO...
49
DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
CUSTO DE CAPITAL
Qual será o custo do capital se combinarmos as fontes?
Descrição
CT
CP
Custo do Capital
6,00%
14,00%
Composição do Capital
Situação
%CT
%CP
Situação 01
10,00%
90,00%
Situação 02
20,00%
80,00%
Situação 03
30,00%
70,00%
Situação 04
40,00%
60,00%
Situação 05
50,00%
50,00%
Situação 06
60,00%
40,00%
Situação 07
70,00%
30,00%
Situação 08
80,00%
20,00%
Situação 09
90,00%
10,00%
Total
CMPC
13,20%
12,40%
11,60%
10,80%
10,00%
9,20%
8,40%
7,60%
6,80%
Conclusões:
Projeto 01: Rejeita,
pois TIR < CMPC;
Projeto 02: Aceita,
pois TIR > CMPC.
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CUSTO DE CAPITAL
Bases de Ponderação do Custo Médio Ponderado de Capital
•
Pesos baseados em valores contábeis: extraídos do BP para medir
a proporção de cada tipo de capital na estrutura financeira da
empresa;
•
Pesos baseados em valores de mercado: pesos que usam valores
de mercado para medir a proporção de cada tipo de capital na
estrutura financeira da empresa;
•
Pesos históricos: baseados em séries de ponderação histórica da
estrutura de capital (contábil ou mercado);
•
Pesos ideais: proporções desejadas da estrutura de capital (contábil
ou mercado).
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CUSTO DE CAPITAL
CUSTO MARGINAL E DECISÕES DE INVESTIMENTOS
Lembrem-se:
A empresa somente deve realizar investimentos
cujo retorno esperado seja maior do que o custo
médio ponderado do capital.
O CMPC pode variar com o tempo, dependendo do volume de
financiamento que a empresa pretende levantar.
O CMgPC constitui simplesmente o CMPC da empresa associado ao
seu próximo dólar de novo financiamento total.
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CUSTO DE CAPITAL
CUSTO MARGINAL E DECISÕES DE INVESTIMENTOS
Determinando o CMgPC:
1º Passo: Determinar os pontos de ruptura: nível do novo
financiamento total em que o custo de um dos componentes do
financiamento eleva-se.
VF
PR 
w
Onde:
PR = Ponto de Ruptura;
VF = Volume de fundos disponível a partir da fonte de financiamento;
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w = Peso na estrutura de capital da fonte de financiamento.
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CUSTO DE CAPITAL
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA – CMPC e CMgPC
A estrutura de capital da Beabá Corporation apresenta-se abaixo:
Fonte de Capital
Peso
Capital de terceiros de longo prazo
40%
Ações preferenciais
10%
Capital próprio
50%
Total das Fontes de Capital
100%
Quando a Beabá esgotar os R$ 300 mil de lucros retidos (13%), deverá
usar o financiamento mais caro emitindo novas ações ordinárias (14%)
para atender as necessidades de capital próprio. Além disso, a empresa
espera tomar apenas R$ 400 mil em capital de terceiro a um custo de 5,6%;
qualquer endividamento adicional terá um custo depois do imposto de
renda de 8,4%. A Beabá manterá os níveis de emissão de ações
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preferenciais (10,6%), não captando recursos nesta modalidade.
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CUSTO DE CAPITAL
O que precisamos
fazer?
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CUSTO DE CAPITAL
Vamos por partes:
1º Passo: Identificar os Pontos de Ruptura;
2º Passo: Determinar os Pontos de Ruptura;
3º Passo: Demonstrar as faixas baseadas nos Pontos de Ruptura;
4º Passo: Calcular o CMPC.
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CUSTO DE CAPITAL
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
CMPC e CMgPC
1º Passo: Identificar os Pontos de
Ruptura:
Dois pontos identificados:
1) do capital próprio;
2) do capital de terceiros.
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DEFINIÇÃO DO PROBLEMA – CMPC e CMgPC
2º Passo: Determinar os Pontos de Ruptura:
VF 300.000
PRCP 

 600.000,00
w
0,50
PRCT
VF 400.000


 1.000.000,00
w
0,40
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CUSTO DE CAPITAL
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA – CMPC e CMgPC
3º e 4º Passo: Demonstrar as faixas e Calcular o CMPC:
Faixa do novo financiamento
total
$ 0,00 a $ 600.000,00
Peso
Custo do
Capital
CMPC
Capital de Terceiros
40%
5,6%
2,2%
Ações Preferenciais
10%
10,6%
1,1%
Capital Próprio
50%
13,0%
6,5%
Fonte de Capital
Custo Médio Ponderado de Capital
$ 600.000,00 a $ 1.000.000,00
9,8%
Capital de Terceiros
40%
5,6%
2,2%
Ações Preferenciais
10%
10,6%
1,1%
Capital Próprio
50%
14,0%
7,0%
Custo Médio Ponderado de Capital
$ 1.000.000,00 ou mais
10,3%
Capital de Terceiros
40%
8,4%
3,4%
Ações Preferenciais
10%
10,6%
1,1%
Capital Próprio
50%
14,0%
7,0%
Custo Médio Ponderado de Capital
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11,4%
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CUSTO DE CAPITAL
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA – CMPC e CMgPC
Escala de CMgPC
12,0%
11,4%
11,0%
CMPC
CMgPC
10,3%
9,8%
10,0%
9,0%
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000 1100 1200 1300 1400 1500
Novo Financiamento Total
R$ 0,00 a R$ 600.000,00 CMPC 9,8%
R$ 600.000,00 a R$ 1.000.000,00 CMPC 10,3%
Acima de R$ 1.000.000,00 CMPC 11,4%
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CUSTO DE CAPITAL
CUSTO MARGINAL E DECISÕES DE INVESTIMENTOS
Escala de Oportunidades de Investimentos
Representa a classificação das possibilidades de investimentos em
ordem decrescente, da maior TIR para a menor TIR.
Oportunidade de
Investimento
TIR
II
A
15,0%
100.000,00
B
14,5%
200.000,00
C
14,0%
400.000,00
D
13,0%
100.000,00
E
12,0%
300.000,00
F
11,0%
200.000,00
G
10,0%
100.000,00
Desde que a TIR seja
maior do que o custo
marginal ponderado da
faixa de financiamento,
a empresa deverá
aceitar o projeto.
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