Saude
Curso de Medicina Veterinária
Titulo:
Alterações Hematológicas Em Cães Naturalmente Infectados Por Ehrlichia Sp. No Estado Do Rio De Janeiro
Autor(es): Ursula Raquel Do Carmo F Da Silva, Camila de Souza Cerqueira Machado
[email protected]
UNESA
Resumo:
A erlichiose é uma doença que apresenta distribuição mundial e atualmente é uma das doenças infecciosas mais importantes em cães. Nas
células do hospedeiro, a Ehrlichia sp. forma grupamentos intracitoplasmáticos basofílicos denominados mórulas. A detecção de mórulas em
esfregaços sanguíneos é um importante método de diagnóstico. Embora a presença de mórulas ocorra com maior frequência no interior de
monócitos, também podem ser encontradas no interior de linfócitos e neutrófilos. O diagnóstico da erlichiose canina pode ser feito através
da detecção de mórulas no interior de leucócitos através da hematoscopia, sorologia (ELISA ou imunofluorescência indireta) ou por reação
em cadeia da polimerase (PCR). A presença de mórulas circulantes geralmente só ocorre na fase aguda da doença, entretanto, a
hematoscopia é o método de diagnóstico mais utilizado na rotina. Dentre as alterações hematológicas observadas na erlichiose, na fase
aguda encontram-se anemia leve a severa, leucopenia ou leucocitose e trombocitopenia, enquanto na fase crônica, anemia arregenerativa,
trombocitopenia, leucopenia ou a associação entre os três, caracterizando um quadro de pancitopenia . Foram analisados resultados do
hemograma completo de 184 cães naturalmente infectados por Ehrlichia sp, atendidos em diferentes clínicas no Estado do Rio de Janeiro
durante o período de janeiro a setembro de 2009. Não foram considerados dados relativos a raça, sexo e idade. O presente trabalho baseouse no diagnóstico de Ehrlichia sp. através da observação de mórulas intraleucocitárias ou intraplaquetárias de 184 cães no Estado do Rio de
Janeiro. Observou-se como principais alterações hematológicas anemia normocítica normocrômica (73,9%), trombocitopenia (94,5%),
leucocitose neutrofílica (44,9%), monócitos ativados (83,1%) e linfócitos reativos (50%). A trombocitopenia foi a alteração hematológica de
maior prevalência (94,5%), apesar de alguns autores citarem maior prevalência da trombocitopenia na fase crônica. A anemia normocítica
normocrômica foi a segunda alteração hematológica de maior prevalência (73,9%), justificada principalmente pela anemia imunomediada.
Monócitos ativados e linfócitos reativos foram alterações de caráter qualitativo, observados em lâmina. Ambos são justificados pela
resposta leucocitária à infecção. O DNNE pôde ser justificado pela resposta neutrofílica à infecção aguda, no caso, a erliquiose canina. Todas
as alterações hematológicas presentes no estudo foram relatadas pela literatura consultada.
III Seminario de Pesquisa da Estácio
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