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23ª RAIB
AVALIAÇÃO DA IMOBILIZAÇÃO DE CÉLULAS DE SACCHAROMYCES CEREVISIAE EM RESÍDUO AGRO-INDUSTRIAL.* MITTER, E.K.; PEDRO, R.J.; ALMEIDA, E.J.R.**; SANTOS, G.C.*; CORSO, C.R. Universidade Estadual
Paulista, Instituto de Biociências, Av. 24 A, 1515, CEP 13506-900, Rio Claro, SP, Brasil. E-mail: [email protected]
Evaluation of Saccharomyces cerevisiae cell immobilization in agro-industrial residue.
O conceito de imobilização descreve as diferentes maneiras em que as células são encapsuladas ou aprisionadas em uma
região definida de espaço, na qual são mantidas suas atividades catalíticas em processos de operação contínua ou descontínua,
possibilitando a reutilização dessas células. Devido ao grande potencial da imobilização celular, houve a necessidade de
procurar materiais de diversas fontes vegetais, ou biomateriais, que pudessem ser utilizados para o aprisionamento de
células. No caso da imobilização em biomateriais, além da recuperação das células, as vantagens do processo são o aumento
da capacidade de adsorção de poluentes, a diminuição de problemas de toxicidade, resistência mecânica e abertura de
espaços dentro da matriz para células de crescimento. O bagaço de cana-de-açúcar se mostra como um material bastante
atraente e de baixo custo para a imobilização celular, devido à expansão da indústria canavieira e, consequentemente, do
excedente de bagaço gerado. Este trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência da imobilização de células de Saccharomyces
cerevisiae em diferentes granulometrias de bagaço de cana-de-açúcar. Nesse experimento, o bagaço de cana foi lavado, para
remoção de açúcares e impurezas e logo foi secado em estufa a 100o C por 24 horas. Após a secagem, o material foi triturado
e peneirado para que fossem obtidas quatro granulometrias diferentes (maior que 0,42 mm, entre 0,32 e 0,42 mm, entre 0,32
e 0,250 mm e entre 0,250 e 0,149 mm). Após o peneiramento, 1 g de bagaço de cada granulometria foi vertido em um
erlenmeyer de 125 mL com 100 mL de uma solução de levedura 1% para que, posteriormente, este fosse agitado a 160 rpm
por 24h. Dois ensaios controle foram elaborados, um com frascos contendo apenas 100 mL da solução de levedura e outro
com 1 g de bagaço em 100 mL de água destilada. O material foi filtrado em peneira 0,149 mm e a solução resultante foi
analisada por espectrofotometria. Por meio dos valores de absorbância obtidos, foi feito um estudo comparativo entre os
ensaios e as soluções controle para que fosse calculada a porcentagem de imobilização celular. Sendo assim, para as
granulometrias maior que 0,42 mm, entre 0,32 e 0,42 mm, entre 0,32 e 0,250 mm e entre 0,250 e 0,149 mm, foram obtidas as
respectivas porcentagens de eficiência de imobilização celular, 12,78, 27,67, 36,25 e 42,42%. Portanto, o bagaço se mostra
como um material bastante promissor na imobilização celular de S. cerevisiae sendo que na medida em que se diminui a
granulometria do bagaço, a porcentagem de imobilização aumenta.
*Bolsista Capes.
**Bolsista Fapesp.
Apoio: Cnpq/Capes/Fundunesp/Fapesp.
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AVALIAÇÃO DE EXTRAÇÃO DE MALATIONA EM ABSORVENTES. LEME,T.S. 1*; PAPINI, S. 2 ; LUCHINI, L.C.1 ;
VIEIRA, E.1 1Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Proteção Ambiental, Av. Cons. Rodrigues Alves,
2
1252, CEP 04014-002, São Paulo, SP, Brasil E-mail: [email protected]
Prefeitura do Município de São Paulo, Secretaria
Municipal da Saúde, Coordenação de Vigilância em Saúde, Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental. São Paulo, SP,
Brasil. Evaluation of extraction in malathion absorbers.
O inseticida organofosforado malationa é utilizado em campanhas de saúde pública, especialmente no controle do Aedes
aegypti. A aplicação desse inseticida é feita por meio de nebulização, diluído em óleo vegetal (1:2 v/v). Para essa atividade
recomenda-se o uso de equipamento de proteção individual (EPI) pelos aplicadores, pois os mesmos estão possivelmente
expostos ao inseticida. Visando a aumentar a segurança do trabalhador torna-se importante conhecer o grau de retenção
desse ingrediente ativo (i.a.) pelo EPI. Para essa avaliação um procedimento possível é o uso de absorventes higiênicos
colocados sobre o EPI e entre o EPI e o corpo do aplicador durante a aplicação e sua posterior extração. Esse trabalho avaliou
a metodologia de extração do i.a. malationa a partir dos absorventes higiênicos tratados experimentalmente. Absorventes
higiênicos foram colocados em potes de vidro de 250 mL e tratados com 0,002 μg/mL de “calda” preparada a partir da
mistura de 3 mL de malationa grau técnico 96%, contendo 154,06 μg de i.a. malationa/mL de calda. Como controle,
absorventes higiênicos receberam 0,002 μg/mL de óleo vegetal diluido em hexano (2:1 v/v). Todos os absorventes ficaram
em capela por 20 minutos e, após esse período, cada absorvente foi submetido à extração por agitação mecânica por 30 min,
utilizando como solvente de extração 60 mL de hexano. Após a extração, os extratos foram recuperados e os absorventes
descartados. Os extratos foram concentrados a 5 mL e analisados em cromatógrafo a gás 2014 equipado com detector por
ionização em chama e coluna RTX-5 (comprimento: 30 m; diâmetro interno: 0,25 mm; espessura do filme: 0,25 μm).
Volumes de 1 μL de solução de amostra foram injetados automaticamente no modo split 1/1 com temperaturas do injetor
de 230º C; do forno de 60º C e do detector de 300º C. Nitrogênio foi utilizado como gás de arraste a uma pressão constante
de 106,6 kPa. Os resultados mostraram que a recuperação do i.a. malationa foi de 121, 65% ± 0,46 a partir da calda e
comparado ao controle com 117,64 μg/mL. A extração do solvente hexano sob agitação mecânica foi eficaz, atingindo
critérios de exatidão (% de recuperação dentro da faixa de 70 a 120%) e precisão (CV% < 20%) satisfatórios. A partir da
avaliação da porcentagem de recuperação do i.a. malationa é possível afirmar que agitação mecânica por 30 minutos
utilizando hexano como solvente de extração é uma metodologia rápida e eficaz para extração de malationa de absorvente.
Apoio FAPESP processo nº 09/52959-4.
*Aluna de pós-graduação do Instituto Biológico na área de Sanidade e Segurança Alimentar e o Ambiente no Agronegócio.
Bolsista FAPESP processo nº 2010 /03849-9.
Biológico, São Paulo, v.72, n.2, p.103-170, 2010
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Biológico, São Paulo, v.72, n.2, p.103-170, 2010