SOCIEDADE C U LTURAL E
EDUCACIONAL DE G ARÇA
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF
VOLUME 02
AGRONOMIA
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 02 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
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ISSN 1676-6814
XVII
VOLUME 02
AGRONOMIA
GARÇA/SP - 2014
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF
S OCIEDADE CU LTURAL E
EDUCACIONAL DE G ARÇA
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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO - FAEF
Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420, via de
acesso a Garça, km 1, CEP 17400-000, Garça/SP
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Telefone: (14) 3407-8000
EDIÇÃO, EDITORAÇÃO ELETRÔNICA, ARTE FINAL e CAPA
Aroldo José Abreu Pinto
Ficha Catalográfica elaborada pela biblioteca da
Faculdade de Ensino Superior e Formação - FAEF
630
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF.
S621a
XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF. Anais... – Garça:
Editora FAEF, 2014.
261 p. vol 02 - (07 vols.)
15x22cm.
ISSN 1676-6814
1. Ciências Agrárias 2.Ciências Contábeis 3. Administração 4.
Agronomia 5. Engenharia Florestal 6. Medicina Veterinária 7. Pedagogia
8. Psicologia 9. Direito. 10 Turismo. 11 Comércio Exterior
Os autores são responsáveis pelo conteúdo das
palestras e trabalhos científicos.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
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SUMÁRIO
Apresentação ............................................................... 11
Comissão Organizadora ................................................... 13
Agradecimentos ............................................................ 15
Programação ................................................................ 17
TRABALHOS APRESENTADOS
Agronomia ................................................................... 19
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DE APLICAÇÃO DE COBALTO E
MOLIBIDÊNIO VIA FOLIAR NA CULTURA DA SOJA
Fouad Hassan PARACAT; Reginaldo Mendes SILVA; Felipe
Camargo de Campos LIMA; Giovana LOPES ...................... 21
A INFORMÁTICA COMO FERRAMENTA METODOLÓGICA NO
ENSINO DE MATEMÁTICA
Deise DEOLINDO SILVA .................................................... 31
BIODIGESTOR ANAERÓBICO
Leandro CAROLINO; João BERNARDO JUNIOR; Jessica SILVA;
Alexandre Luis da Silva FELIPE ........................................ 39
CONSTRUÇÃO DE CULTIVO PROTEGIDO SUSTENTÁVEL COM USO DE
BAMBU
Luis Henrique Fernandes MEIRELLES; Anderson JORGE; Vinicius PRADO;
Fabiana de Luca XAVIER ................................................. 45
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CRIAÇÃO DE BUBALINOS NA FACULDADE E IMPLANTAÇÃO DE
INSTALAÇÕES ZOOTÉCNICAS PARA MANEJO E ORDENHA
Nathane Colombo MENEGUCCI; Marcus Paulo Gomes ALVARES;
Pedro Alpino HILA; Alexandre Luis da Silva FELIPE .................. 53
CRITERIOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO DE SISTEMA DE IRRIGAÇÃO
Fabio Reis GREATTI; Renato Maravalhas de Carvalho BARROS ..... 61
DOENÇAS DOS CITROS
Fernando Batista da SILVA; Gustavo ROMERO; Rosiane Cristina dos
SANTOS; Willian Bucker de MORAES ................................... 75
EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM CRIANÇAS DE 7 ANOS
Lucas J. BERMEJO; Giovana A. PAIVA .................................. 81
EFEITO DA APLICAÇÃO DE BIOESTIMULANTE NA SOJA - AVALIAÇÃO
FOLIAR
Luiz Felipe Grejo IRENO; Fernando de Oliveira ROCHA; Gustavo
Consoni ZANCHETTA ...................................................... 95
EFEITO DA APLICAÇÃO DE STIMULATE NA SOJA – AVALIAÇÃO
ENRAIZAMENTO
Gustavo Consoni ZANCHETTA; Luiz Felipe Grejo IRENO; Fernando de
Oliveira ROCHA .......................................................... 105
EFEITOS DA APLICAÇÃO DE INOCULANTE NA CULTURA DA SOJA NO
ENRAIZAMENTO
Mateus Teodoro IRENO; Fernando de Oliveira ROCHA ............. 111
IDENTIFICAÇÃO DE PROCESSO EROSIVO EM UMA ÁREA RURAL DO
MUNICÍPIO DE GARÇA, SP
Luis Henrique Fernandes MEIRELLES; Anderson Jorge ALVES; Fabiana
de Luca XAVIER; Edgard Marino JULIOR .............................. 119
INFLUÊNCIA HÍDRICA NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE MILHO
(Zea mays L.)
Frederico Coqueiro DIAS; Reginaldo Mendes SILVA; Felipe Camargo
de Campos LIMA; Roseli Aparecida CARVALHO ...................... 125
IRRIGAÇÃO LOCALIZADA: GOTEJAMENTO E MICROASPERSÃO
Nathane Colombo MENEGUCCI; Renato Maravalhas de Carvalho
BARROS .................................................................... 137
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MELHORAMENTO GENÉTICO DO AMENDOIM – REVISÃO DE
LITERATURA
Diego Augusto Moura SILVA; Giovana de Azevedo PAIVA ........... 149
ATUALIDADES EM NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO EM AVES DE
POSTURA
Cilso FERREIRA; Wilson MAKOTO; Letícia de Abreu FARIA ......... 157
QUALIDADE DE MANÁ-CUBIU (SOLANUM SESSIFLORUM DUNAL)
MINIMAMENTE PROCESSADO TRATADO COM ÁCIDO ASCÓRBICO
Erika FUJITA; Rogério Lopes VIEITES; Karina FURLANETO ......... 165
QUALIDADE DO FRUTO DE BURITI (MAURITIA FLEXUOSA L. F.)
ARMAZENADO SOB REFRIGERAÇÃO
Erika FUJITA; Rogério Lopes VIEITES; Juliana Arruda RAMOS3 .... 175
REVISÃO SOBRE PARICÁ
GOMES, Alana; BENITTIS, Luana; BOSQUÊ, Gisleine Galvão ...... 185
SELÊNIO O ELEMENTO BENÉFICO PROIBIDO NO BRASIL
Letícia de Abreu FARIA .................................................. 193
SILO SECADOR E ARMAZENADOR DE GRÃOS MOVIDO A ENERGIA
SOLAR
Luiz Felipe Grejo IRENO; Mateus Teodoro IRENO; Gustavo Consoni
ZANCHETTA; Alexandre Luiz da Silva FELIPE ........................ 205
SINTOMATOLOGIA, ETIOLOGIA E DIAGNOSE DA BANANEIRA
Guilherme NEVES; Leonardo TAVARES; Lucas SIQUEIRA; Valdir
SALVADOR; Willian Bucker MORAES................................... 213
SINTOMATOLOGIA, ETIOLOGIA E DIAGNOSE DE ALGUMAS DOENÇAS
DA BATATA
Fábio Reis GREATTI; Gustavo Jose Simão GOULART; Rubens Ferreira
de CARVALHO FILHO; Willian Bucker MORAES ....................... 221
SINTOMATOLOGIA, ETIOLOGIA E DIAGNOSE DE DOENÇAS DO
CAFEEIRO
Nathane Colombo MENEGUCCI; Bruno Henrique CREPALDI; Pedro
Alpino HILA; Willian Bucker MORAES ................................. 231
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SUSTENTABILIDADE É UMA PROPOSTA ÉTICA QUE DEVE SER
APLICADA NO SETOR AGROPECUÁRIO
Ricardo PERRI ............................................................ 245
Normas para elaboração de artigo científico do Simpósio da
FAEF ........................................................................257
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APRESENTAÇÃO
O décimo sétimo Simpósio de Ciências Aplicadas é um marco
histórico para todos os membros da nossa prestigiada FAEF.
Chegamos às vésperas de duas décadas de existência, tratandose do mais relevante evento anual de ensino, pesquisa e
extensão da nossa IES, momento em que todos os membros da
direção, coordenações, corpo administrativo, funcionários,
colaboradores, docentes e discentes estão unidos para um único
objetivo, qual seja, a construção e a divulgação do
conhecimento. Prova dessa assertiva é a inscrição de
aproximadamente 2000 pessoas entre alunos e profissionais
das diversas áreas e um número elevado de trabalhos
científicos, entre artigos, comunicações científicas e técnicas,
relatos de casos, revisões de literatura e outros. A cada ano,
felizmente, majora o volume e a qualidade dos trabalhos
inscritos e aprovados para publicação nos anais.
Todavia, para quem pensa que alcançamos tudo, vale
aguardar para participar desses quatro dias de evento, pois,
aspiramos continuar “mudando a história” da melhor maneira
que sabemos: produzindo e divulgando conhecimento (tríade:
ensino, pesquisa e extensão de excelência).
Assim sendo, com muita dedicação, paixão e
profissionalismo ao que fazemos, temos a certeza de que a
décima sétima edição do Simpósio de Ciências Aplicadas da
FAEF, leva-nos, a cada ano, a buscar o conhecimento como
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que pela primeira vez, pois objetivamos atingir a nossa parcela
neste processo essencial para a formação dos nossos alunos,
profissionais que já estão no mercado de trabalho e a população
externa que nos visita para abrilhantar este grandioso evento
científico.
Sejam todos bem-vindos!
PROF. MSC. OSNI ÁLAMO PINHEIRO JÚNIOR
PRESIDENTE EXECUTIVO
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DO
XVII SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS APLICADAS DA FAEF
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COMISSÃO ORGANIZADORA
Presidente de Honra do Simpósio
Profª. Drª. Dayse Maria Alonso Shimizu
Presidente Executivo do Simpósio
Prof. MSc. Osni Alamo Pinheiro Junior
Vice Presidente
Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto
Comissão Científica do Simpósio
Prof. MSc. Felipe Camargo de Campos Lima
Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi
Profª. MSc. Vanessa Zappa
Profª. Drª. Letícia de Abreu Faria
Comissão de Infraestrutura do Simpósio
Prof. Esp. Daniel Aparecido Marzola
Sra. Lirya Kemp Marcondes de Moura
Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho
Prof. Esp. Fernando Rocha
Prof. Esp. Alexandre Luis da Silva Felipe
Prof. Dr. Ernani Nery de Andrade
Sr. Rodrigo Pinheiro de Azevedo
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Prof. MSc. Felipe Camargo de Campos Lima
Sra. Maria Aparecida da Silva
Comissão de Captação de Parceiros
Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho
Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto
Profª. MSc. Gisleine Galvão Bosque
Sr. Mateus Souza Avelar
Prof. Esp. Paulo César Jacobino
Sra. Lirya Kemp Marcondes de Moura
Comissão de Marketing, Comunicação Visual e Mídias Sociais
Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo
Srta. Andréia Travenssolo Mansano
Profª. MSc.Vanessa Zappa
Sr. Rodrigo Pinheiro de Azevedo
Sr. Anderson de Oliveira Cardoso Moraes
Comissão de Documentação e Expedição de Certificados
Profª. MSc. Gisleine Galvão Bosque
Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi
Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho
Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo
Profª. MSc. Raquel Beneton Ferioli
Srta. Ana Stela Agostinho Costa
Srta. Andréia Travenssolo Mansano
Srta. Suellen Sossolote
Comissão de Cultura e Entretenimento
Profª. MSc. Gisleine Galvão Bosque
Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi
Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo
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Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho
Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto
Sra. Lirya Kemp Marcondes de Moura
Srta. Andréia Travenssolo Mansano
Prof. Dr. Ernani Nery de Andrade
Sra. Maria Aparecida da Silva
Profª. MSc. Gisele Fabricia Martins dos Reis
Prof. Msc.Diego José Zanzarini Delfiol
Comissão de Secretaria e Tesouraria do Simpósio
Profª. Msc. Priscilla dos Santos Bagagi
Profª. Msc. Gisleine Galvão Bosque
Prof. Msc. Augusto Gabriel Claro de Melo
Profª. Esp. Amaly Pinha Alonso
Srta. Rosilene Pedroso de Oliveira
Srta. Ana Stela Agostinho Costa
Sr. Wilson Shimizu
Comissão Editorial do Simpósio
Prof. Dr. Aroldo José de Abreu Pinto
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COMISSÃO CIENTÍFICA DOS CURSOS
Administração
Prof. MSc. Ricardo Alves Perri
Prof. Esp. Jorge Toshio Fushimi
Agronomia
Prof. Dr. Edgard Marino Júnior
Prof. Esp. Giovana Paiva Azevedo
Profª. Drª. Letícia de Abreu Faria
Ciências Contábeis
Prof. Esp. Nildemar Andrade Gonçalves Gonzaga
Prof. Esp. Cristiano dos Santos Dereça
Direito
Prof. Esp. Diogo Simionato Alves
Prof. Dr. Silvio Carlos Alvares
Profª. MSc. Simone Doreto Campanari
Profª. Drª. Érika Cristina de Menezes Vieira Costa Tamae
Profª. MSc. Claudia Telles de Paula
Engenharia Florestal
Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo
Prof. MSc. Murici Carlos Candelaria
Prof. Esp. Victor Lopes Braccialli
Medicina Veterinária
Profª. Esp. Fernanda Tamara Neme Mobaid Agudo Romão
Profª. Msc. Raquel Beneton Ferioli
Profª. Msc. Vanessa Zappa
Pedagogia
Prof. MSc. Odair Vieira da Silva
Profª. MSc. Neuci Leme de Camargo
Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi
Psicologia
Prof. MSc. Rangel Antonio Gazzolla
Profª. MSc. Juliana Baracat
Turismo
Profª. Msc. Talita Prado Barbosa
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XVII
AGRADECIMENTOS
A Comissão Organizadora e a Administração Superior da Sociedade
Cultural e Educacional de Garça agradecem imensamente a todos aqueles
que participaram do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF e, em
especial, aos palestrantes, apoios e/ou patrocínios das empresas e órgãos
públicos que contribuíram para o sucesso do evento.
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PROGRAMAÇÃO
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MINICURSOS
XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF - Entretenimento
Além de enriquecer o conhecimento profissional, no XVII Simpósio
de Ciências Aplicadas os participantes puderam participar de atividades
culturais, de entretenimento, de lazer e de educação ambiental.
Confiram a programação:
- Dia 6 de maio, a partir das 19h, na Estância FAEF: Concurso Miss e
Mister FAEF e Nossos Talentos;
- Dia 7, 8 e 9 de maio, das 17h30 às 19h, no campo: Campeonato de
futebol;
- Dia 9 de maio, das 15 às 17h50, no Haras: Atividades Equestres;
- Dia 9 de maio, das 15 às 17h50, na Estância FAEF: Dog Fashion Day;
- Dia 9 de maio, das 15 às 17h50, no NUEMA: Oficina Ambiental.
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TRABALHOS
APRESENTADOS
Agronomia
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AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DE APLICAÇÃO
DE COBALTO E MOLIBIDÊNIO VIA FOLIAR NA
CULTURA DA SOJA
Fouad Hassan PARACAT1
Reginaldo Mendes SILVA2
Felipe Camargo de Campos LIMA 3
Giovana LOPES4
1
2
3
Engenheiro Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil
Docente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil
Docente do curso de Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil
4
Discente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil
RESUMO
Com o objetivo de avaliar, em condições de campo, o efeito da
aplicação de cobalto e molibdênio sobre a nodulação da soja e a fixação
biológica do nitrogênio favorecendo o desenvolvimento dos estádios,
altura das plantas, foi realizado um experimento no município de
Jandaia do Sul (PR). Os tratamentos foram constituídos pela
combinação de doses de cobalto (0, 1, 0, 1 e 2 ml/L) e duas doses de
molibdênio (0, 0, 1, 1 e 2 ml/L), aplicadas na forma de solução via
foliar, na ausência de inoculante. As doses de 1ml/L cobalto não
apresentaram resultados promissores, não causaram desenvolvimento
visível na altura das plantas. Os resultados mostraram que a aplicação
de cobalto e molibdênio via foliar na soja é necessária aplicar em
doses de 2 ml/L, doses superiores é fito tóxico para a cultura da soja.
Palavras chave: altura; foliar; estádios; nódulos; Soja.
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ABSTRACT
In order to evaluate , under field conditions , the effect of cobalt
and molybdenum on soybean nodulation and biological nitrogen
fixation promoting the development of stadiums , plant height , an
experiment was conducted in the municipality Jandaia do Sul (PR).
The treatments were a combination of cobalt doses (0, 1, 0, 1 and
2ml/L) and two doses of molybdenum (0, 0, 1, 1 and 2ml/L), applied
as foliar solution, in the absence of inoculant. The doses of 1ml / L
cobalt did not show promising results, did not cause any noticeable
development in plant height. The results showed that the use of
cobalt and molybdenum is required in soybean applied in doses of 2
ml/L, doses above aim is toxic to soybean.
Keywords: height, leaf; furlongs; nodules; Soy.
1. INTRODUÇÃO
A soja é um grão rico em proteínas, cultivado como alimento
tanto para humanos quanto para animais. A soja pertence à família
Fabaceae (leguminosa), assim como o feijão, a lentilha e a ervilha.
A palavra soja vem do japonês shoyu. A soja é originária da China e
do Japão. O maior produtor de soja do mundo são o Brasil (32%),
seguido dos Estados Unidos (28%), Argentina (21%), China (7%) e Índia
(4%). A produção mundial estimada para a safra 2013/2014 é estimada
em 281,7 milhões de toneladas (COABRA, 2013).
A importância da soja (Glycine max) nos dias atuais é indiscutível,
principalmente em países produtores e exportadores, como Estados
Unidos e Brasil, onde a geração de divisas e a influência na balança
comercial são expressivas. A produção brasileira na safra 2012/2013,
chegou a 82 milhões de toneladas e para a safra 2013/2014 é estimado
um recorde de produção de 88 milhões de toneladas (COODETEC,
2013), e tanto o crescimento da produção quanto o aumento da
capacidade competitiva da soja brasileira estão associados aos
avanços científicos e à disponibilização de tecnologias ao setor
produtivo (EMBRAPA, 1998).
Segundo Reis (2004), houve um aumento na demanda mundial
por alimentos, e muitos países não possuem mais área para expandir
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a produção agrícola, portanto a uma necessidade constante de
aumentar a produtividade por área das culturas, sendo que a cultura
da soja uma das principais fontes de alimentos devido a sua
concentração de proteína e óleo. A soja é uma das culturas que vem
dando sustentabilidade econômica para a atividade agrícola no Brasil,
ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional.
Reis (2004) descreve que a soja se tornou no agronegócio
Brasileiro uma grande geradora de riquezas.
Hoje o Brasil é o maior produtor mundial do grão, seguido dos
Estados Unidos. No Brasil a maior contribuição para a produção dos
grãos é da região Centro Oeste a qual responde por 45,3% da produção
nacional o que corresponde a 35,7 milhões de toneladas, a região
Sul ocupa a segunda posição com produção de 40,8% cerca de 31,3
milhões de toneladas. A média nacional de produtividade segundo
levantamento da Conab a produção de 2011/2012, foram colhidas
66,38 milhões de toneladas de soja, a safra 2012/2013 registrou
novo recorde de 79 milhões de toneladas de soja. (CONAB, 2013).
Como os solos utilizados na sucessão soja/milho safrinha já são
corrigidos, o risco de deficiência de Mo é baixo, o que poderia acarretar
má fixação do N. Mas de maneira geral, é recomendada a aplicação
de Mo e Co via semente ou foliar para a cultura da soja, para aumentar
a eficiência da fixação simbiótica do N (SOUSA et al., 1993).
O cobalto (Co), apesar de não se apresentar como elemento
essencial às plantas, é um elemento essencial aos microrganismos
fixadores de N. O Co faz parte da enzima cobalamina (vitamina B12
e seus derivados), um componente de várias enzimas em
microrganismos fixadores de N (VIDOR; PERES, 1988).
O presente trabalho foi realizado como objetivo de avaliar a
resposta da soja à aplicação na ausência e na presença de doses de
cobalto e molibdênio, através da aplicação via foliar.
2. DESENVOLVIMENTO
2.2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado em vasos e desenvolvido no período
de Julho de 2013 a Setembro de 2013, com o cultivar de Soja Syngenta
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VMax RR. Nesse estudo foi avaliado as respostas da soja à aplicação
de cobalto e molibdênio via foliar.
2.2.1 Localização do Experimento e a caracterização do cultivar
O experimento foi realizado no município de Jandaia do Sul, PR,
em um Latos solo Vermelho de textura argilosa. O solo do tipo argiloso
foi coletado dia 25/07/2013 na chácara da família De Nez, e feito a
coleta de amostra do solo no mesmo dia a coleta e encaminhado
para o Laboratório de análises de solo, os resultados de análises
químicas do solo da camada de 0-20cm, realizadas antes da instalação
do experimento, estão apresentados na tabela abaixo.
A área onde foi realizado o experimento é uma residência,
localizada geograficamente a “ 23° 36* 10” de latitude (S) e a 51°
38* 34" de longitude (O). Segundo (IAPAR ,2013) o clima está
classificado, como Cfa (subtropical úmido mesotérmico), com uma
precipitação média anual de 1500mm e temperatura média máxima
de 26°C e mínima de 8,4°C.
O cultivar VMax RR pertence a Syngenta, do grupo de maturação
semiprecoce, com ciclo total de 126 dias, altura média da planta de
110cm e massa de 100 sementes em torno de 18g. Apresenta hábito
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de crescimento indeterminado, sendo tolerante ao acamamento,
hipocótilo de cor verde, flor branca, pubescência cinza, vagem
marrom clara, hilo marrom claro, tegumento da semente amarelo e
tolerante a deiscência da vagem, segundo (Syngenta ,2013).
2.2.2 Delineamento Experimental
O delineamento experimental empregado foi o de delineamento
de blocos ao acaso, em esquema fatorial 5x4, com cinco tratamentos
e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por três doses
de cobalto: 0, 1, 0, 1 e 2ml e três doses de molibdênio: 0, 0, 1, 1 e
2ml, aplicadas via foliar em soja.
Como fontes de cobalto e molibdênio, foram utilizados sulfato
de cobalto (CoSO4.7H2O) e molibdato de sódio (Na2MoO4.2H2O),
respectivamente. Para o preparo das formulações foi utilizada como
veículo, água.
As parcelas foram constituídas por vasos, cada contido com três
plantas de soja, com espaçamento de 0,20cm entre as plantas.
Compreendendo 20 vasos de 8 litros.
Os dados foram analisados considerando o DBC com 4 repetições
pelo programa SAS (2004) e, quando o teste F apresentou significância
na ANOVA, realizou-se o teste Tukey (pd” 0,05).
2.2.3 Instalação e Condução do Experimento
A semeadura foi realizada em 1 de Agosto de 2013, manualmente,
em sistema convencional de preparo de solo, utilizando-se 5 sementes
por vasos.
Como adubação de base foram utilizados 2kg da fórmula 04-0010 (N-P2O5-K2O) da TimacAgro, 100g nos vasos no mesmo dia da
semeadura, conforme a imagem abaixo.
As sementes não foram inoculadas Bradyrhizobium. O início da
emergência das plântulas ocorreu cinco dias após a semeadura, após
10 dias ocorreu geada onde retardou o desenvolvimento das plântulas,
causando danos conhecido como pé de geada.
A aplicação do cobalto e o molibdênio foi realizada no mesmo
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dia dissolvidos em 1/L de água cada tratamento, a forma de aplicação
foi por meio de borrifador, como exemplo.
O estádio das plantas quando foi realizada 20 dias após a
semeadura, as plântulas estavam no estádio de VC (Cotilédones
completamente abertos), conforme exemplos abaixo.
O controle de plantas daninhas foi feito através de coletas manuais.
2.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A germinação das sementes ocorreu de maneira homogênea e as
plantas apresentaram desenvolvimento normal durante o início do
ciclo da cultura.
Os dados de precipitação pluvial e temperatura média do ar,
ocorridos durante os meses em que se desenvolveu o experimento,
mostraram que as condições foram favoráveis ao desenvolvimento
das plantas, nos diversos estádios de desenvolvimento.
É importante salientar que, no tratamento 1 foi aplicado 1 ml/L de
cobalto, no tratamento 2 foi aplicado 1ml/L de molibdênio, no
tratamento 3 foram aplicados 1ml/L de cobalto junto com 1ml/L de
molibdênio, no tratamento 4 foram aplicados 2ml/L de cobalto junto
com 2ml/L de molibdênio e nas testemunhas não foram feitas aplicações.
2.3.1 Altura da Planta
A aplicação de cobalto e molibdênio no tratamento 4 promoveu
maior desenvolvimento na altura da planta, contribuindo na
precocidade dos estádios iniciais.
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A adubação com Cobalto e Molibdênio aplicados via foliar na
cultura da soja, proporcionou incremento resultando no
desenvolvimento da altura da planta, isso se deve à soja realizar
Fixação Biológica de Nitrogênio, na qual foi capaz de suprir sua
exigência pelo elemento.
Marcondes e Caires (2005), realizaram um trabalho com aplicação
de Cobalto via semente em função do fornecimento de Nitrogênio,
em nenhuma das variáveis analisadas, não apresentou diferença
significativa entre os tratamentos testados.
2.3.2 Comprimento da Raiz
Verificou-se efeito significativo das fontes de fertilizantes cobalto
e molibdênio sendo que todos os tratamentos apresentaram
diferentes resultados até os 10 dias após a aplicação, após esse
período o tratamento 4 foi o que apresentou diferença estatística
dos demais tratamentos, conforme tabela 4.
Os tratamentos que houve a presença de molibdênio
apresentaram resultados superiores aos demais tratamentos,
diferindo apenas nos tratamentos com os resultados
semelhantes no trabalho realizado por Vieira (2001), na cultura
do feijão.
O cobalto e o molibdênio estimularam a produção de auxinas
que atuam no mecanismo de controle do crescimento das raízes,
sendo a principal ação o alongamento celular.
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2.3.3 Número de Folíolos
Referente à variável número de folíolos, não houve diferença
estatística entre os tratamentos, (Conforme tabela 5), quando
comparado ao número de folíolos que é a variável que mais
caracteriza entre si, podemos verificar que o resultado foi o mesmo,
diferindo apenas da testemunha.
Os tratamentos que houve a presença de cobalto e molibdênio
apresentaram resultados superiores em relação as testemunhas,
comprovando que, a presença da aplicação dos nutrientes
apresentaram respostas elevadas.
Trabalhos semelhantes com aplicação dos mesmos nutrientes,
apenas apresentaram respostas em relação a fitotoxidade causada
por dosagens elevadas, proporcionando deficiências de outros
nutrientes.
2.3.4 Número de Nódulos
Verificou-se efeito significativo dos diferentes tratamentos sendo
que todos apresentaram resultados diferentes até os 10 dias após a
aplicação, após esse período o tratamento 4 foi o que apresentou
diferença estatística dos demais tratamentos. Conforme tabela 6.
Comparando com experimentos semelhantes, os resultados de
número de nódulos mostraram que não houve efeito significativo da
aplicação de doses de cobalto sobre a nodulação da soja. Além da
aplicação de cobalto não apresentar efeito significativo sobre a
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nodulação da soja, a utilização de 8 g/ha do elemento causou
fitotoxicidade nas plantas emergidas, caracterizada por clorose e
necrose dos bordos das folhas primordiais. Ahmed (1960) obtive efeito
positivo da aplicação de cobalto na nodulação da soja, o que não
aconteceu no presente trabalho.
Em outras culturas, como a ervilha e o amendoim, foi
demonstrado que a aplicação de cobalto aumentou o número de
nódulos e a fixação simbiótica do nitrogênio.
3. CONCLUSÃO
A aplicação de cobalto e molibdênio via foliar que influenciou a
nodulação, a absorção de nitrogênio, a altura da planta, comprimento
das raízes, mostrando que a sua utilização é essencial para a cultura.
A aplicação de cobalto e molibdênio no tratamento e 4 via foliar
influenciou na altura, na nodulação, no comprimento das raízes e
quantidade de folíolos, resultando em uma absorção maior de
nitrogênio visivelmente.
Nos tratamentos 1, 2 e 3 em alguns comparativos os resultados
não diferiram entre si.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AHMED, S. & EVANS, H. J. Effect of cobalt on the growth of soybeans
in theabsence of supplied nitrogen. Biochem. Biophys. Res.
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A INFORMÁTICA COMO FERRAMENTA
METODOLÓGICA NO ENSINO DE MATEMÁTICA
Deise DEOLINDO SILVA1
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma revisão da
literatura sobre a relevância da utilização da informática no ensino
de Matemática. O tema proposto se justifica pelo fato de que, como
muitos alunos têm dificuldades na disciplina de Matemática, essa
ferramenta pode contribuir no processo de ensino e aprendizagem,
além disso, apropria-se de algumas metodologias de ensino propostas
pelos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN e pode possibilitar
melhores rendimentos aos discentes.
Palavras-chave: Educação Matemática. Ferramentas
Metodológicas. Informática na Educação.
ABSTRACT
This work aims to present a literature review on the relevance
of the use of information technology in teaching Mathematics. The
theme is justified by the fact that, as many students have difficulties
in mathematics, this tool can help in the teaching and learning
process, in addition, appropriates some teaching methodologies
proposed by the National Curriculum Guidelines and may allow yields
the best students.
Keywords: Mathematics Education. Methodological Tools.
Computers in Education.
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1. INTRODUÇÃO
A Matemática é uma disciplina de suma importância para o
desenvolvimento do pensamento lógico e científico. Ela está inserida
na vida cotidiana das pessoas e seus conteúdos fornecem subsídios
para resolver problemas reais. Possuir um saber matemático apurado
é fundamental para o desenvolvimento do raciocínio.
Em concordância a esta afirmação, Falconi e Silva (2012)
ressaltaram que a Matemática desempenha um papel decisivo na
vida das pessoas, por permitir resolver problemas do cotidiano, por
ser um instrumento de comunicação, por ser fundamental na
formação do pensamento lógico e por desenvolver habilidades de
raciocínio específicas.
No entanto, estatísticas revelam que o desempenho dos alunos
na disciplina de Matemática é baixo, caracterizando assim, a
dificuldade na assimilação e aquisição do conhecimento matemático.
Para assimilar de forma efetiva conceitos matemáticos se faz
necessário ensiná-los de maneira correta para que eles sejam bem
compreendidos, por este motivo existe uma preocupação crescente
quanto aos métodos de ensino e aprendizagem a serem utilizados.
Uma boa aula de Matemática é de responsabilidade do professor,
que deve encontrar formas de trazer um significado atual para o
que está sendo ensinado, adequando-o para a realidade dos alunos
para que possa ficar claro o seu significado.
É fundamental que os professores se apropriem cada vez mais
de ferramentas tais como: a história da Matemática, o uso das
tecnologias da informação e comunicação e das aplicações do mundo
atual. Com isto, têm a possibilidade de pensar e planejar o ensino
dessa disciplina de maneira adequada à realidade dos alunos, como
sugere os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN.
Diante deste cenário, houve um crescimento das pesquisas acerca
do uso da informática na educação Matemática, pelo fato do
computador tirar o aluno da sala de aula e trazê-lo para uma realidade
mais próxima da real.
O autor supracitado diz que o estudo do uso do computador no
ensino da Matemática, ou como ferramenta de investigação cognitiva,
ou como maneira de renovar os cursos tradicionais, tem se firmado
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como uma das áreas mais ativas e relevantes da Educação
Matemática.
Com os avanços tecnológicos, a modernização da Matemática se
tornou imprescindível, visto que na era da tecnologia praticamente
tudo pode ser feito no computador e isso se tornou uma preocupação
para os educadores de vários países como cita D’Ambrósio (1999
apud SOUZA, 2001).
A modernização da Matemática nas escolas tornou-se uma preocupação em
todos os países, sobretudo em vista da entrada na era da alta tecnologia. Os
trabalhadores e a população em geral, e sem dúvida técnicos e cientistas,
necessitam da Matemática mais Moderna. Novas posturas, novos métodos de
ensino e até mesmo novos conteúdos se fazem necessários (D’AMBROSIO,
1999 apud SOUZA, 2001).
Neste sentido, este trabalho procura apresentar a importância
do uso da informática no ensino de Matemática, visto que essa
ferramenta pode facilitar o ensino da disciplina, incentivar o aluno
a aprender com aulas interativas, pode permitir ao professor chegar
mais facilmente aos discentes que apresentam alguma dificuldade
em relação à disciplina e proporciona uma aprendizagem mais
divertida, alcançando melhores resultados.
1. O ENSINO DA MATEMÁTICA E AS FERRAMENTAS
METODOLÓGICAS
A matemática é uma área muito importante do conhecimento
humano pelo fato de estar presente em ações corriqueiras do nosso
dia-a-dia como, por exemplo, fazer compras, abastecer o carro, fazer
um seguro de vida, nas construções civis, dentre outros.
Diante disto, é de suma importância que sua aprendizagem seja
eficaz, mas muitas vezes têm-se resultados negativos neste processo
o que pode desestimular o aluno. Outro fator desestimulante são os
métodos aplicados no ensino que muitas vezes são feitos de maneira
retrógrada, maçante e pouco atraente.
Segundo o PCN (1997), a matemática costuma despertar dois
tipos de sensações a constatação de que se trata de uma área de
conhecimento importante; de outro, a insatisfação diante dos
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resultados negativos obtidos com muita frequência em relação a
sua aprendizagem.
Tornou-se um desafio para os educadores buscarem alternativas
para superar tais dificuldades. A aceitação da informática como
ferramenta educativa levou muitos anos para ser aceita por se colocar
no lugar de um hábito milenar e, também, por existir a resistência
por parte de muitos professores que se sentem inseguros por não ter
um preparo adequado.
A escola é uma instituição que há cinco mil anos se baseia no
falar/ditar do mestre, na escrita manuscrita do aluno e, há quatro
séculos, tem-se o uso moderado da impressão. Uma verdadeira
integração da informática supõe o abandono de um hábito
antropológico mais que milenar o que não pode ser feito em alguns
anos. (LEVY, 1993 apud CARMO, 2002).
Segundo Antunes (1998), o papel da escola renova-se com estudos e
descobertas sobre o comportamento cerebral e, nesse contexto, a nova
escola é a que assume o papel de “central estimuladora da inteligência”.
Se o indivíduo já não precisa ir à escola para aprender, ela
necessita da escolaridade para “aprender a aprender”, desenvolver
suas habilidades e estimular suas inteligências. O professor não perde
espaço nesse novo conceito de aula, ao contrário, transforma a sua
profissão na mais importante de todas por ser um estimulador da
inteligência e agente orientador.
A utilização do computador como ferramenta educacional está
em plena expansão e o seu devido uso permite que o aluno execute
algo para expressar o conhecimento adquirido, desta forma a
aprendizagem se dá através de resoluções de problemas.
Assim, segundo Felippin (2004 apud MORELLATO et. all. 2006), o
uso da informática na educação tem como objetivo promover a
aprendizagem do aluno, ajudando na construção do processo de
conceituação e no desenvolvimento de habilidades importantes para
que ele participe da sociedade do conhecimento.
Abordando esse mesmo conceito, mas direcionando-o para a
matemática Borges Neto et all (1998 apud SOUZA 2001) afirmam que:
O computador é um instrumento excepcional que torna possível simular,
praticar ou vivenciar verdades Matemáticas (podendo até sugerir conjecturas
abstratas), de visualização difícil por parte daqueles que desconhecem
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determinadas condições técnicas, mas fundamentais à compreensão plena
do que está sendo proposto (BORGES NETO et all 1998, p.149 apud SOUZA
2001).
Esses avanços tecnológicos e o aumento da sua presença na
educação levou o governo a criar programas para estimular o uso da
informática nas escolas, dentre estes, pode-se citar o ProInfo
(Programa Nacional de Tecnologia Educacional)
É um programa educacional com o objetivo de promover o uso
pedagógico de informática na rede pública de educação básica.
O programa leva às escolas computadores, recursos digitais e
conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal
e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os
laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e
tecnologias.
O ProInfo não é um programa tão recente, foi criado em 1997
buscando promover o uso das TICs (Tecnologias de Informática e
Comunicações) nas escolas.
(...) programa educacional criado pela portaria nº 522/MEC, de 9 de abril de
1997, para promover o uso pedagógico de Tecnologias de Informática e
Comunicações (TICs) na rede pública de ensino fundamental e
médio.(PROINFO, 2013)
O uso da informática nas escolas normalmente se da através da
utilização de Softwares educacionais. Segundo Vesce (2012), os
Softwares podem ser considerados programas educacionais a partir
do momento em sejam projetados por meio de uma metodologia
que os contextualizem no processo de ensino e aprendizagem.
Neste sentido a escolha do Software por parte dos educadores é
uma tarefa complexa devido à imensa quantidade de produto
disponível e pelo fato de não existir nenhum parâmetro para auxiliálo nessa escolha.
Segundo Dourado (2008), uma das dificuldades que os educadores
enfrentam é selecionar, entre os diferentes Softwares disponíveis
no mercado, aqueles que serão mais adequados para os seus objetivos
educacionais e para seus alunos.
O sucesso da informática na educação se deve principalmente
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pelo fato de ser uma ferramenta que desperta um maior interesse
nos alunos, possibilita a mudança de rotina na sala de aula, estimula
o aluno e se revela como outra forma metodológica que aprimora o
conhecimento matemático.
De acordo com Weiss e Crus (2001apud MORELLATO et all 2006),
o que ocorre é que diante do computador, a rotina da sala de aula
pode ser esquecida pela criança. Desta forma, esta acaba por revelar
conhecimentos que constrói e que já havia construído, tornando-se
um ser em busca de autoconhecimento e melhor relacionamento
com o outro.
Neste sentido o uso da informática na educação faz com que o
aluno construa o conhecimento através de resoluções de problemas
ao invés de ser transmitido a ele pelo educador conseguindo desta
forma atingir as expectativas.
Para Passerino (2001, p.) “a aprendizagem com tecnologia, se
embasa nas teorias construtivistas nas quais o conhecimento é
construído pelo sujeito não transmitido”.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do cenário mundial, verifica-se que a modernização
das metodologias aplicadas ao ensino da Matemática se torna
imprescindível. Pois, tais ações podem melhorar a aquisição do
conhecimento matemático, aumentando o raciocínio lógico.
A informática é uma ferramenta que vem sendo aplicada com
bastante intensidade nas Instituições Escolares e mostra-se eficaz
no processo de ensino e aprendizagem.
No entanto, os docentes devem ter a preocupação de se
especializarem em novas estratégias de ensino para que a
aprendizagem torne-se cada vez maior, e a assimilação do
conhecimento matemático se efetive.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PASSERINO, Liliana M. Informática Na Educação Infantil:
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edu3051.pbworks.com/f/Infoedu-infantil-cap.pdf>. Acesso em: 22
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BIODIGESTOR ANAERÓBICO
Leandro CAROLINO¹
João BERNARDO JUNIOR¹
Jessica SILVA¹
Alexandre Luis da Silva FELIPE²
¹Discente de agronomia da FAEF, email:
[email protected].
²Docente de agronomia da FAEF, email: [email protected]
RESUMO
Biodigestores são construções as que ganharam destaque, , haja
visto o anseio da sociedade atual por ações ecológicas e aliadas do
meio ambiente, por se tratar de um equipamento que alia a produção
de energia Limpa, tratamento de resíduos e a produção do subproduto
– biofertilizante. Os maiores interessados e beneficiados diretamente
com a instalação dos biodigestores são os produtores rurais, que sanam
suas problemáticas com os dejetos animais e vegetais, obtém produtos
para usufruto de suas propriedades, a exemplo, venda de energia
elétrica obtida pela queima do gás metano proveniente dos
biodigestores. O presente trabalho objetivou discursar sobre os mesmos.
PALAVRA-CHAVE: Biofertilizante, Decomposição, Instalação,
Resíduos.
ABSTRACT
Biodigestors are constructions which is gaining prominence, as
well as a vast space, the longing of the current society for ecological
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and Allied actions on the environment, because it is a device that
combines the production of biomass energy, waste treatment and
by-product production – biofertilizer. There is to be said that the
major stakeholders and beneficiaries directly with the installation
of biodigestors are rural producers, that its problems with the
dejections sanam animals and vegetables, gets products for
enjoyment of their properties or the third parties, short of allowing
earnings, for example, the sale of electrical energy obtained by
burning methane gas from biodigesters. The present work aimed to
speak about the same.
KEYWORD: Biofertilizer, Decomposition, Installation, Waste.
1.INTRODUÇÃO
O anseio pela diminuição do impacto ocasionado pela sociedade
moderna ao meio-ambiente, faz-se presente em nosso dia-a-dia, e
deixou de ser um assunto somente para ecologistas. Nesta concepção,
a atividade da suinocultura vem apresentando significativo
crescimento, o que traz consigo uma grande preocupação quanto à
degradação ambiental e consequentemente prejuízos à qualidade
de vida das pessoas.
Devido ao acréscimo da produtividade, aumenta a produção
resíduos dispensáveis, ou seja, os dejetos, a exemplo, como
consequência, a atividade da suinocultura, devido aos excrementos
expelidos pelos suínos, é tida pelos órgãos ambientais como uma
“atividade potencialmente causadora de degradação ambiental”
(EPAGRI/EMBRAPA, 1995).
Em termos os biodigestores são equipamentos que se tem
conhecimento a mais de duzentos anos, respondendo bem ao apelo
por aproveitamento e tratamento de resíduos, geração de energia e
produção de biofertilizantes (BATISTA, 1980 et al., 2008). Sendo esses
uma câmara fechada (protegido do contato com o ar atmosférico)
onde os materiais orgânicos são fermentados anaerobicamente
(decomposição) tendo como resultado uma mistura de gás,
principalmente o metano (BATISTA, 1980).
Os benefícios atribuídos a um biodigestor são inúmeros, mais
podemos citar entre eles: melhoria das condições de higiene para os
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animais e as pessoas; geração de biogás, energia renovável e limpa;
produção de biofertilizante; tecnologia sustentável; benefícios
ambientais; benefícios econômicos e sociais;
Eles são projetados de acordo com as necessidades a serem
atendidas, havendo disponíveis e variados modelos no mercado. Os
tipos de biodigestores mais encontrados na literatura são, o Indiano,
Chinês, por Batelada e o biodigestor em manta de laminado de PVC.
A respeito da eficiência energética do setor rural do país temos
que, salvo a de origem na própria fazenda, é praticamente originária
de fontes centralizadas, como o petróleo e a energia elétrica. Esta
condição tem feito do usuário agrícola um mero instrumento,
manipulado pelas centrais de abastecimento elétrico e pela política
externa do petróleo. Em consequência, o desenvolvimento agrícola
tem sido, em parte, controlado pelos desejos e vontade dos
vendedores de energia (BATISTA s.d.).
São muitos os critérios e fatores que propiciam o emprego dessas
construções no Brasil, para a produção de biogás e biofertilizantes, que
poderá oferecer à comunidade rural energia adequada e barata, face à
grande quantidade de matéria-prima disponível para sua produção. A
constante mudança na economia mundial, provocada pelos sucessivos
aumentos nos preços do petróleo, fez com que o Governo Brasileiro
desse maior atenção à produção de biogás, que nas áreas rurais poderá
rapidamente permitir a autossuficiência energética, devido à existência
de grande quantidade de resíduos orgânicos (culturais e animais), para
a utilização em biodigestores (BATISTA,1980).
2.PRODUTOS DA BIODIGESTÃO
A fase de tratamento de materiais orgânicos que se desenvolve
na ausência de oxigênio e, simultaneamente, uma opção energética
com reconhecida vantagem ambiental, é conhecida por digestão
anaeróbia. Um dos benefícios do processo, que logo contribuiu para
um crescente interesse por esta tecnologia, reside na conversão da
maior parte da carga poluente do efluente em uma fonte de energia:
o biogás. O subproduto por nome de biogás, em biodigestores os
quais fazem uso de dejetos animais como matéria-prima, não
apresenta nenhum problema, pois as fezes dos animais já contém
bactérias metanogênicas. Já nos biodigestores que funcionam com
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resíduos celulósicos a inoculação deve ser realizada com dejetos de
animais para garantir a presença de bactérias metanogênicas, sem
as quais não há produção de biogás. Após a arrancada inicial (± 20
dias), substitui-se gradativamente, os dejetos animais pela matéria
celulósicas que será utilizada como matéria-prima.
Em seu início a produção de biogás, origina muito CO2, por isso
deve desprezá-la, abrindo o registro até que o gasômetro esvazie
até à metade. A partir daí utiliza-se normalmente o gás.
Em uma típica composição do biogás, temos 60% de metano,
35% de dióxido de carbono e 5% de uma mistura de hidrogênio,
nitrogênio, amônia, ácido sulfídrico, monóxido de carbono, aminas
voláteis e oxigênio (WEREKO-BROBBY; HAGEN, 2000).
A produção do mesmo é influenciado por diversos fatores, no
entanto todos são perfeitamente controláveis. Segundo BATISTA
(1980), a produção do biogás nada mais é do que uma função da
composição da matéria-prima utilizada e da eficiência do sistema
digestor, além de outros fatores.
Ao final do processo, a biomassa fermentada deixa o interior do
biodigestor em forma líquida, com grande quantidade de material
orgânico, excelente para a fertilização do solo. Com a aplicação
deste biofertilizante no solo, melhora-se as qualidades biológicas,
químicas e físicas do mesmo, superando qualquer adubo mineral.
De acordo com Sganzerla (1983) o qual salienta que, devido ao
processo que ocorre na biodigestão, a matéria orgânica (biomassa),
perde exclusivamente carbono, sob a forma do gás metano (CH4) e
gás Carbônico (CO2), aquém de, influir no acréscimo do teor de
nitrogênio e outros nutrientes. Desta maneira, o biofertilizante
funciona como corretor de acidez do solo. O biofertilizante, ao
contrário dos adubos minerais, melhora a qualidade do solo, deixandoo mais fácil de ser trabalhado e proporcionando uma melhor penetração
de raízes. Além disso, faz com que o solo absorva melhor a umidade
do subsolo, resistindo facilmente a longos períodos de estiagem.
MÉTODOS
2.1. BIODIGESTOR CHINÊS
Biodigestor anaeróbico modelo chinês. Constituído por uma
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câmara cilíndrica em alvenaria (tijolo) para a fermentação, com
teto abobado, impermeável, designado para o armazenamento do
biogás. Tem seu funcionamento como base no princípio de prensa
hidráulica, de modo que aumentos de pressão em seu interior
resultantes do acúmulo de biogás resultarão em deslocamentos do
efluente da câmara de fermentação para a caixa de saída, e em
sentido contrário quando ocorre descompressão.
O modelo Chinês escolhido devido ser quase que em toda a sua
totalidade em alvenaria, não havendo necessidade do uso de
gasômetro em chapa de aço, havendo considerável redução nos
custos, devendo apenas se atentar para problemas com vazamento
do biogás caso a estrutura não seja bem vedada e impermeabilizada.
Haverá uma parcela do gás formado na caixa de saída e liberada
para a atmosfera, reduzindo parcialmente a pressão interna do gás,
não podendo suportar mais do que a capacidade especificado no
projeto. O substrato deverá ser fornecido continuamente, com a
concentração de sólidos totais em torno de 8%, para evitar
entupimentos do sistema de entrada e facilitar a circulação do
material.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os biodigestores são de imensurável valor aos novos moldes de
produção agrícola, nos quais atenta-se muito para redução e
reutilização de todos os resíduos, sendo nesse cenário os biodigestores
excelentes para atender a essas expectativas. A construção desses
são de baixa complexidade frente aos benefícios que proporcionam.
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATISTA, L.F. Curso Biogás; energização rural. Brasília, Ministério
das Minas e Energia, s.d. 35p.
BATISTA, L.F. Manual Técnico; Construção e Operação de
Biodigestores. Brasília, EMBRATER, 1980. 54p ilust. (Manuais, 24).
DEGANUTTI, R. P. et al. Biodigestores Rurais: Modelo Indiano, Chinês
e Batelada. Departamento de Arquitetura, Artes e Representações
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Gráficas, UNESP: Bauru, 2002.
PEREIRA, M. F. Construções rurais. Editora nobel. São Paulo. 1986.
p.299-318.
GODOY, A. S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de
Administração de empresas. São Paulo, v. 35, n.3, p.20-29, maio/
jun. 1995.
EMBRAPA, DIMENCIONAMENTO E MANEJO DE BIODIGESTORES, Foz
do Iguaçu, 2010.
EPAGRI. Aspectos Práticos do Manejo de Dejeto Suínos.
Florianópolis: EPAGRI/EMBRAPA – CNPSA, 1995.
KUNZ, Airton. Uso de biodigestores para tratamento de resíduos
animais. 1. ed. Santa Catarina: Embrapa, 2008. 1 p.
SGANZERLA, Edílio. Biodigestores: uma solução. Porto Alegre:
Agropecuária, 1983.
SILVA A.M. da. Manual dos biodigestores Marinha 2 e Marinha 3.
s.l.p., Instituto de Pesquisa da Marinha, s.d. 46p.
WEREKO-BROBBY, C. Y., HAGEN, E.B. Biomass conversion and
technology. New York: Editora John Wiley & Sons. 2000. p. 2-224.
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CONSTRUÇÃO DE CULTIVO PROTEGIDO
SUSTENTÁVEL COM USO DE BAMBU
Luis Henrique Fernandes MEIRELLES
Anderson JORGE
Vinicius PRADO
Fabiana de Luca XAVIER
RESUMO
No manejo de uma horta ou de uma construção de uma estufa
em propriedades rurais de pequeno porte, é necessário que o
proprietário tenha em sua propriedade materiais a serem
aproveitados e que tenha em sua ou na de um vizinho duas ou mais
touceiras de bambu material este que serão carro chefe para a
construção de uma estufa que no momento deverá apenas ter seu
gasto financeiro ao plástico de proteção (sombrite) para cobertura
da estufa, ficando a critério do produtor o tamanho e suas dimensões.
No presente estudo, foi construída e testada uma estufa de baixo
custo. O sistema é composto de materiais a serem aproveitados e
reutilizados na mesma propriedade e tendo como material principal
na construção o bambu, já se passaram 6 meses de sua construção e
seu resultados sobre as intempéries deste período foram satisfatórias
PALAVRAS-CHAVE: estufa de baixo custo, bambu, sustentabilidade.
ABSTRACT
In the management of a garden or a building a greenhouse on
small farms, it is necessary that the owner has in his property being
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recovered materials and has in his or a neighbor two or more clumps
of material Bamboo this that will be flagship for the construction of
a greenhouse at the time should just have your financial outlay for
sombrite plastic and greenhouse cover, left to the discretion of the
producer size and dimensions. In the present study, we constructed
and tested a greenhouse low cost. The system consists of materials
to be recovered and reused on the same property with the major
construction material in bamboo, it’s been 6 months of its
construction and its results on the storms of this period were
satisfactory.
KEYWORDS: low cost greenhouse, bamboo, sustainability.
1. INTRODUÇÃO
Historicamente o bambu (Bambusa vulgaris) tem acompanhado
o desenvolvimento do ser humano, fornecendo alimento, abrigo, calor
e uma infinidade de outros itens. Hoje em dia continua sendo muito
utilizado, especialmente na Ásia, onde contribui para as necessidades
de sobrevivência de mais de um bilhão de pessoas (SASTRY, , 1999).
A partir dos anos 80, especialmente na China (CBRC, 2001), tem
havido uma intensificação do seu uso em diversas áreas industriais,
tais como, alimento, celulose e papel, engenharia, química e produtos
a base de bambu laminado colado. Aproximadamente 22 milhões de
hectares de bambu são cultivados em nosso planeta, sendo descritos
mais de 4.000 usos para esta planta (HSIUNG, 1998).
O estabelecimento de uma plantação leva em média de 5 a 7
anos, quando a moita atinge as dimensões como diâmetro, espessura
e altura do colmo características da espécie (KUSAK, 1999). Uma
moita contém sempre certa quantidade de colmos de diversas idades,
denominados Brotos (1 ano), Jovens(1-3 anos), e Maduros (>3 anos),
sendo em média formados 10 novos colmos anualmente (LIESE, 1985).
O Projeto bambu, em desenvolvimento na Unesp, conta com uma
coleção de espécies de bambu, incluindo 12 espécies prioritárias
(PEREIRA, 1996), utilizadas para pesquisas sobre produtos na forma
laminada colada, como pisos, painéis, cabos de ferramentas agrícolas
e elementos para a construção civil, rural e moveleira.
Dados preliminares de resistência mecânica do bambu na forma
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laminada (GONÇALVES & PEREIRA, 2000) e de produtividade em m3ha1
(PEREIRA & GARBINO, 2002), já foram obtidos, confirmando as
excelentes características mecânicas deste material.
Como são escassos os dados sobre a utilização do bambu em
nosso meio, o objetivo foi avaliar o uso do bambu como matéria
prima para construção de sistema alternativo de cultivo protegido.
Levando em consideração a certos critérios que devem ser
despeitados para um melhor aproveitamento e utilização do material
em questão, devem-se seguir alguns princípios básicos: Quanto ao
corte, maturidade, época, modo de tratamento e cura do bambu.
O ponto de corte deve ser acima do primeiro entre nó aparente,
rente ao solo, evitando deixar uma espécie de copo onde à agua da
chuva pode ser armazenada apodrecendo o rizoma abaixo da terra.
Neste caso é recomendado o uso de uma serra dentada ou um dente
de tubarão para evitar trinca do bambu caso seja feita com facão.
Com vista ao maturecimento dos colmos acontece quando estes
atingem 3 anos para bambus de rizomas paquimorfos (entouceiraste)
e 5 anos para bambus de rizomas leptomorfos (alastrante).
Colmos maduros apresentam fungos e linques, tendo aspecto de
sujos.
Colmos jovens são limpos e muitas vezes apresentam pó
esbranquiçado próximo dos nós, provenientes das folhas caulinar,
que após alguns meses de vida do colmo, se desprende do mesmo.
Quando o ultimo colmo gerado já apresentam superfície foliar
suficiente para realizar a fotossíntese é que os colmos maduros podem
ser removidos, sem prejudicar o crescimento dos colmos jovens e
para obtenção de colmos de menor quantidade de amido, o alimento
de fungos e de insetos.
A respeito da época do ano, deve-se escolher a fase adequada
da lua, sendo a lua minguante a ideal. Outra atenção especial a ser
tomada é quanto a idade do bambu. Para fins de tecelagem ou
cestaria usam-se bambus jovens e imaturos, pela sua flexibilidade.
Para fins de construção que é o caso em que o trabalho em questão
se trata deve-se usar bambus maduros, mas não podres, com cerca
de 3 a 6 anos, quando atingira, sua resistência ideal.
O processo de cura consiste na secagem e diminuição da seiva
(alimentos dos insetos que atacam o bambu) contida no bambu. Não
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confundir com o tratamento. Podendo ser feito esta cura na mata
onde se corta o colmo do bambu e deixando apoiado sobre uma
pedra, no próprio bambuzal por cerca de 3 dias, . Não é 100%
eficiente.
Outro processo consiste na imersão em água, as varas de bambu
devem ficar totalmente imersas em água por quatro semanas que
serão eliminado amido e açúcar ( mas não totalmente) com esse
banho l. O amido ira degradar-se através de fermentação anaeróbica.
Outro modo muito utilizado para a cura é a ferver o bambu em
água. Aconselham-se períodos de 15 a 60 minutos para cada grupo.
Porém, as varas curadas por este método ficam mais suscetíveis a
trincar,
Cura pela ação do fogo consiste em submeter os colmos ao
aquecimento em fogo direto. Com um maçarico deve-se começar a
secagem a partir da base da vara, indo em direção a parte superior.
Técnica conhecida como “Penteamento de fibras”, por alinhar as
fibras do bambu. Utiliza-se fogo baixo, sempre girando o bambu
para que siga de forma uniforme. Este tratamento é indicado para
bambus alastrantes (leptomorfos).
.
1.1.Tratamentos
O bambu possui um teor de amido relativamente elevado em
sua constituição, por isso ele é bastante suscetível ao ataque de
pragas. Para obter maior resistência e durabilidade, principalmente
quando destinado a construção, é muito importante que algumas
providências sejam tomadas no sentido de otimizar o aproveitamento
desse material
Tratamento natural com tanino contra fungos e insetos. Os
taninos são componentes polifenólicos distribuídos em plantas,
alimentos e bebidas (MAKKAR;BECKER,1998,SANTOS et al.1997). De
acordo com Zucker(1983), os taninos e encontram-se distribuídos
em plantas superiores, ocorrendo em aproximadamente 30% das
famílias. Eles são solúveis em água e solventes orgânicos polares,
sendo capaz de precipitar proteínas (HARTICH; KOLODZIEJ,1997).O
tanino inibe o ataque ás plantas por herbívoros vertebrados ou
invertebrados, como o caruncho ( diminuição da palatabilidade,
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dificuldades na digestão, produção de compostos tóxicos a partir
da hidrolise dos taninos) e também por microorganismos
patogênicos tais como os fungos.
1.2.Tratamento químico
Solução preservativa indicada (baixa toxidade)
Receita:
1kg de derivado de boro (bórax ou ácido bórico)(inseticida)
+ 1kg de sulfato de cobre (fungicida)
+ 100l de água.
Dissolver o Bórax e o sulfato de cobre em 15 litros de água
fervente e depois diluir no restante da água. Não recomenda-se
utilizar produtos CCB (boro+sulfato de cobre+dicromato) e CCA
(cromo+boro+ansênio) para tratamentos de bambus ou madeiras, o
dicromato e o arsênio são altamente tóxicos.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi realizado em Agosto de 2013 com a construção de
uma estufa para cultivo protegido na Fazenda Santa Julia-Garça-SP.
O local de construção foi criteriosamente selecionado próximo de
fonte de água e da fonte de matéria prima (bambu).
Após a limpeza e demarcação do terreno em 6 x 6 m , totalizando
36 m², as colunas de sustentação (6) de madeira foram fixadas a 1,0
m de profundidade com pé direito de 1,8 m e diâmetro de 0,2 m
(Figura 1). A base de sustentação foi feita com madeira visando maior
durabilidade da construção e viabilidade de reforma.
O bambu foi colhido considerando a fase da lua minguante no
mês de agosto... de 2013. O critério de colheita considerou
parâmetros como espessura da base do colmo e idade estimada.
O material foi seccionado em peças pré-determinadas (Tabela 1)
e manipulada pelo método de cura ao fogo com auxilio de um
maçarico a gás uniformemente da base ao ponteiro com posterior
limpeza e aplicação de óleo queimado como método de
tratamento.
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Após a instalação das peças na estrutura da estufa, essas foram
revestidas com o plástico com a finalidade de evitar atrito direto do
bambu com o plástico de cobertura.
A finalização da construção se deu com a realização da cobertura
plástica e colocação de tela protetora nas laterais a fim de
proporcionar circulação de ar dentro da estufa (Figura 2).
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos custos de matéria prima e mão de obra utilizados
na construção da estufa foi realizado um estudo econômico a fim de
verificar a viabilidade e potencial sustentável deste tipo de
construção agrícola.
As observações relacionadas quanto a mão de obra disponível e
os valores gasto, foi possível ter um parâmetro positivo quanto ao
custo e beneficio realizados para todas as etapas, apresentaram os
resultados que configuram o desempenho a ser utilizado e sua
durabilidade , e os valores foram discutidos nos itens que se seguem.
4. CONCLUSÕES
De acordo com as pesquisas de preços de uma estufa com todos
os aparatos comerciais, foi possível constatar e com toda certeza o
baixo custo elaborado neste sistema sem contar dos materiais a serem
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reposto em sua manutenção são de fontes naturais e
conservacionistas e com condições de trabalho altamente favoráveis
ao bem estar social. Concluiu-se que:
A estufa construída de forma artesanal usando materiais
disponíveis na propriedade tal como bambu e com custo mínimo
quando comparado com outros métodos de construção de estufa e
sem duvida nenhuma a mais viável devido ao baixo poder aquisitivo
de um pequeno produtor.
5. REFERÊNCIAS
UNESP- Bambu- PEREIRA, 1996; GONÇALVES, 2000; GARBINO, 2002.
Estufa ecológica, uso de bambu em bioconstruções- Instituto EmaterCPRA 2006-2010; Eng. Agrônomo JÚLIO CARLOS BITTENCOURT VEIGA
SILVA.
SANTOS, R. L. dos e PETTINELLI JUNIOR, A. Bambu: material
alternativo para construções rurais. Campinas: Instituto Agronômico,
1997. (Boletim técnico, 171), 18 p.
GRAÇA, VERA L. Bambu: técnicas para o cultivo e suas aplicações.
São Paulo: Ícone, 1988, 2, ed., 124 p.
HIDALGO, LOPEZ O. Manual de construção com bambu.
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CRIAÇÃO DE BUBALINOS NA FACULDADE E
IMPLANTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ZOOTÉCNICAS
PARA MANEJO E ORDENHA
Nathane Colombo MENEGUCCI
1
Marcus Paulo Gomes ALVARES¹
Pedro Alpino HILA ¹
Alexandre Luis da Silva FELIPE ²
1
Discentes do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail:
[email protected]
² Docente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail:
[email protected].
RESUMO
Vários são os tipos de instalações zootécnicas que podem ser
utilizadas para diferentes atividades de manejo no rebanho de
bubalinos. O objetivo do trabalho foi instalar um projeto na FAEF Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral, levando em conta
a funcionalidade das instalações e realizando ajustes nos modelos,
com foco na produção de leite e seus derivados. Para resolver um
dos problemas da ordenha, que é a limpeza dos tetos, pensamos na
pré-lavagem dos mesmos, facilitando assim todo o processo.
Palavras-chave: Bubalinos, instalações, leite, manejo.
ABSTRACT
There are several types of animal husbandry facilities that can
be used for different management activities in the herd of buffalo.
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The objective was to install a project on FAEF - College of Higher
Education and Training Integral, taking into account the functionality
of the facilities and making adjustments in the models, focusing on
the production of milk and its derivatives. To solve one of the
problems of milking, which is the cleaning of the teats, we prewashing thereof, thus facilitating the process.
Keywords: Buffaloes, facilities, milk, handling.
1. INTRODUÇÃO
O búfalo (Bubalus bubalis) é uma espécie animal natural do
continente Asiático, atualmente, esta distribuído por todo o mundo
devido sua domesticação, e por efeito da origem, se adaptam bem a
todas as condições climáticas e típicas destas regiões (Campanile e
Balestrine, 2002).
A criação de búfalos vem crescendo em todo o mundo esta espécie
ocupa um importante papel na produção de alimento nos países em
desenvolvimento. A expansão da bubalinocultura no Brasil segue
tendências de mercado, a partir da década de 90, os consumidores
passaram a impor produtos de melhor qualidade nutricional e
sanitária, e assim, o governo passou a tomar medidas mais drásticas
em relação ao modo de preparação dos alimentos.
Por essa e outras razões acredita-se que o aumento desacelerado
do número de animais no território nacional se deve ao fato da
necessidade de ajuste de mercado, que compreende desde a criação
até o processamento dos produtos.
Bubalinos são conceituados por vários autores animais por
estarem adaptados à produção de leite, carne e trabalho. Para que
os búfalos evidenciem essa sua capacidade de produção nas regiões
tropicais, é importante fornecer condições ambientais semelhantes
a aquelas em que a espécie foi selecionada, com sombreamento
para reduzir a incidência de radiação solar diretamente na pele dos
animais e água em abundância.
As instalações essenciais para a produção de leite são: curral,
sala de ordenha, cercas, tratadores e pastagem devem ser construídas
de acordo com as condições da região, empregando o material
disponível no local.
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A eficiência das instalações rurais irá depender da construção e
manutenção do projeto, para a escolha do tipo das instalações deve
se levar em consideração, principalmente, os custos, a durabilidade
e a funcionalidade. Portanto, é importante a seleção de modelos
apropriados para o local, podendo ser realizada adaptações no
projeto quando necessário, a fim de implantá-lo com pleno sucesso.
A introdução de bubalinos na FAEF - Faculdade de Ensino Superior e
Formação Integral, localizada no município de Garça, Estado de São Paulo,
poderá ser mais uma ferramenta de estudo para os alunos da Medicina
Veterinária, além de trazer benefícios com a venda dos diversos tipos de
queijo, que serão produzidos na queijaria, também implantada no projeto.
A exploração da carne de búfalos poderá ser um novo
empreendimento futuro devido o crescimento de sua demanda no
país. Lembrando bubalinos e bovinos apresentam comportamentos
distintos e por consequência, manejo diferente, por isso a
bubalinocultura proporcionará uma melhor compreensão de como
lidar com cada um desses animais.
2. DESENVOLVIMENTO
Uma criação alternativa de bubalinos representa um aumento
significativo na produção de carne e leite no país, em função da
capacidade produtiva desses animais, que podem atingir 400 a 500
kg, aos dois anos de idade, em pastagens nativas ou cultivadas, e na
qual a produção de leite pode alcançar a média de 5 litros/fêmea/
dia, em regime de pasto, sem qualquer suplementação.
No Brasil o crescimento da atividade tem sido conduzido pela
maior valorização do leite da búfala na indústria de produtos lácteos,
decorrente da crescente demanda do mercado consumidor e da maior
quantidade de sólidos totais no leite do animal. Os rebanhos para a
produção de carne e leite apresentam índices zootécnicos muitas
vezes superiores àqueles normalmente encontrados em rebanhos
bovinos com o mesmo objetivo.
O projeto conta basicamente com a instalação de: 1 curral, 1
ordenha, 1 sala de armazenamento de leite, 1 queijaria e 1 tratador.
Para que o projeto fosse desenvolvido foi necessária uma visita até
a criação de búfalas leiteiras, para o melhor entendimento do
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manejo, além de inúmeras pesquisas feitas, baseadas em artigos
científicos sobre a criação de bubalinos.
As primeiras ideias surgiram com uma visita realizada na Fazenda de
criação de búfalas leiteiras, na cidade de Pompéia, Estado de São Paulo,
onde todos os processos foram acompanhados: a retirada dos animais do
pasto, entrada na ordenha, limpeza dos tetos, presença do bezerro ao pé
da búfala para efetuar a ordenha, processo de retirada do leite (ordenha
mecânica) e recolha das búfalas para repouso e retorno ao pasto.
2.1. Murrah
O Murrah, oriundo da Índia, foi a raça utilizada na implantação do
projeto, caracterizado por sua conformação média e compacta, apresenta
cabeça leve e chifres curtos, tem boa capacidade digestiva e dupla aptidão
como fornecimento de carne e de leite. Este animal é forte, rústico, de
grande ou médio porte, porém seu temperamento é dócil. Na tabela
abaixo estão algumas características que o difere das outras raças:
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2.2. Produção de leite
Será utilizado o sistema de duas ordenhas diárias (sistema
convencional), que aumenta a produção leiteira em torno de 24%,
frequentemente adotado em pastagem cultivada. O aleitamento dos
bezerros é feito apenas durante o apojo do leite. Imediatamente
antes da ordenha deve ser feita a limpeza do úbere com água clorada
ou outro bactericida, a coleta de leite para teste de mamite e, após,
o enxugamento do úbere do animal.
A ordenha é um processo que precisa ser desenvolvido com todos
os cuidados de higiene, afinal o leite trata-se de um alimento que
será consumido. Por ser uma tarefa difícil e demorada, a pré-lavagem
dos tetos facilitará o processo de ordenha. Trata-se de uma passagem
por um corredor de 15 metros, que liga o curral à ordenha, no qual,
será instalado um sistema de jatos d’ água no chão e nas laterais, na
altura dos tetos dos animais, e que serão acionados à medida que
cada um passar sentido à ordenha. Desse modo, a sujeira mais grossa,
como a lama, por exemplo, será removida, tornando mais fácil e
rápida a limpeza posterior.
O leite de búfala apresenta rendimento industrial superior ao leite
bovino, além de possuir maior valor nutritivo. Com apenas 8 litros de
leite de búfala é possível obter 1 kg de queijo mussarela de alta
qualidade e são necessários 12 litros de leite de vaca para o mesmo
efeito. Em geral, as búfalas são consideradas excelentes produtoras
de leite quando atingem média superior a 7 litros de leite/fêmea/
dia, durante uma lactação de aproximadamente 270 dias, quando se
alimentam exclusivamente de pastagem cultivada. Em pastagem nativa
esta média não ultrapassa 5 litros em um período de 250 dias.
2.3. Derivados do leite
Para o projeto da queijaria será necessário instalações adaptadas,
de acordo com a capacidade de produção e quantidade de tipos de
queijos produzidos. A estrutura deverá ter contar com uma área
para produção do queijo, área para recepção de matéria-prima, área
para depósito de produtos prontos e área para armazenamento sob
refrigeração constante. Além disso, o projeto conta com sanitários
para o bem-estar e higiene dos funcionários.
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3. CONCLUSÃO
A criação de bubalinos na faculdade, não só representará um
aumento significativo na produção de leite e derivados, na região
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de Garça, onde se encontra grande concentração de bovinos. Os
búfalos apresentam maior eficiência reprodutiva, maior longevidade
que o bovino, mais resistência natural, menor mortalidade e menor
susceptibilidade às doenças. Portanto um manejo adequado com
instalações zootécnicas apropriadas a esses animais resulta em
reconhecimento, lucro e expansão do rebanho.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EDUARDO BASTIANETTO. Criação de búfalos no Brasil: situação e
perspectiva. Rev. Bras. Reprod. Anim. Supl., Belo Horizonte, n.6,
p.98-103, dez. 2009. Disponível em www.cbra.org.br.
História da Raça: Búfalo Murrah. Disponível em http://
ruralcentro.uol.com.br/noticias/historia-da-raca-bufalo-murrah50703. Acesso em 27/04/2014.
JOSÉ R. F. MARQUES, RAIMUNDO N. C. CAMARGO Jr., LARISSA C.
MARQUES, ALESSANDRA EPIFÂNIO RODRIGUES. A Bubalinocultura no
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Brasil: Criação, Melhoramento e Perspectivas.
OTÁVIO BERNARDES. Bubalinocultura no Brasil: situação e importância
econômica. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.31, n.3, p.293298, jul./set. 2007. Disponível em www.cbra.org.br.
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CRITERIOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO DE SISTEMA
DE IRRIGAÇÃO
Fabio Reis GREATTI1
Renato Maravalhas de Carvalho BARROS²
1
Discentes do curso de Agronomia da Faculdade de Agronomia e
Engenharia Floresta –FAEF.
²Prof. Msc. do curso de Agronomia da Faculdade de Agronomia e
Engenharia Floresta –FAEF.
RESUMO
A água é o fator limitante para o desenvolvimento agrícola, sendo
que sua falta ou excesso afetam o desenvolvimento, a sanidade e a
produção das plantas. A irrigação é a prática agrícola que visa atender
as necessidades hídricas das culturas no momento adequado e, para
isso, há diversos método de irrigação, que é a forma pela qual a água
é aplicada às culturas. Basicamente, são quatro os métodos de
irrigação: superfície, aspersão, localizada e subirrigação. O motivo
pelo qual há vários tipos de sistemas de irrigação é devido à grande
variação de solo, clima, culturas, disponibilidade de energia e
condições socioeconômicas para as quais o sistema deve ser adaptado.
Não há um sistema ideal de irrigação, capaz de atender
satisfatoriamente todas essas condições e interesses envolvidos. Em
conseqüência, deve-se selecionar o sistema de irrigação que seja mais
adequado para certa condição e para atender os objetivos desejados.
O processo de seleção requer a análise detalhada das condições
apresentadas, em função das exigências de cada sistema de irrigação,
de forma a permitir a identificação das melhores alternativa.
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Palavras-chave: irrigação, métodos, seleção.
ABSTRACT
Water is the limiting factor for agricultural development, and
its lack or excess affect the development, health and production
plants. Irrigation is the agricultural practice that aims to meet the
crop water requirements at the right time, and for this, there are
several irrigation method, which is the way in which water is applied
to crops. Basically, there are four methods of irrigation: surface,
sprinkler and localized subirrigation. The reason why there are several
types of irrigation systems is due to the great variation of soil,
climate, crops, energy availability and socioeconomic conditions for
which the system should be adapted. There is an ideal irrigation
system, able to satisfactorily meet all of these conditions and
interests involved. As a result, you must select the irrigation system
that is most suitable for a certain condition and to meet the desired
goals. The selection process requires a detailed analysis of the
conditions, depending on the requirements of each irrigation system,
so as to identify the best alternative.
Keywords: irrigation methods, selection
1. Introdução
A água é o fator limitante para o desenvolvimento agrícola, sendo
que sua falta ou excesso afetam o desenvolvimento, a sanidade e a
produção das plantas.
A irrigação é uma prática agrícola que visa principalmente atender
as necessidades hídricas das culturas no momento adequado.
O adequado manejo das irrigações tem por objetivo maximizar
a produção agrícola racionalizando o uso de mão-de-obra, energia e
água, evitando a ocorrência de problemas fitossanitários relacionados
às aplicações excessivas ou deficientes de água e o desperdício de
fertilizantes (PIRES et al, 1999).
O interesse pela irrigação, no Brasil, emerge nas mais variadas
condições de clima, solo, cultura e socioeconômica. Não há um
sistema ideal de irrigação, capaz de atender satisfatoriamente todas
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essas condições e interesses envolvidos. Em conseqüência, deve-se
selecionar o sistema que seja mais adequado para certa condição e
para atender os objetivos desejados. Para o processo de seleção,
requer uma análise detalhada das condições apresentadas, em função
das exigências de cada sistema, de forma a permitir a identificação
das melhores alternativa (ANDRADE, 2001).
Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar os critérios básicos
para a seleção dos sistemas de irrigação mais adequados às diversas
culturas e às condições edafoclimáticas e socioeconômicas.
2. Principais Métodos e Seleção do Método de Irrigação
2.1. Principais Métodos e Sistemas de Irrigação
Método de irrigação é o modo como a água é aplicada nas
culturas. Basicamente, são quatro os métodos de irrigação:
superfície, aspersão, localizada e subirrigação. Sendo que para cada
método, existem vários sistemas de irrigação que podem ser
empregados. O motivo por haver muito tipos de sistemas de irrigação
é devido à variação de solo, clima, culturas, disponibilidade de
energia e condições socioeconômicas para as quais o sistema de
irrigação deve ser adaptado.
2.1.1. Irrigação por superfície
Na irrigação por superfície, a água aplicada por gravidade, através
da superfície do solo.
As principais vantagens do método de superfície são:
·
custo fixo e operacional normalmente;
·
sofre pouco efeito de ventos;
·
de simples de operação e que requer equipamentos simples;
·
é adaptável à grande diversidade de solos e culturas;
·
requer baixo consumo de energia;
·
permite a utilização de águas com sólidos em suspensão;
·
não interfere nos tratamentos fitossanitários.
As limitações mais importantes são:
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·
depende das condições topográficas, geralmente requerendo
sistematização;
·
para solos excessivamente permeáveis é inadequado;
·
seu dimensionamento envolve ensaios de campo e o
calendário das irrigações é difícil de ser aplicado cientificamente;
·
seus parâmetros de dimensionamento apresentam grande
variabilidade espacial;
·
requer freqüentes reavaliações, para assegurar desempenho
satisfatório;
·
os sistemas devem ser instalados antes da cultura, a menos
que esta tenha sido planejada para ser irrigada por superfície;
·
requer medidas efetivas de controle da erosão;
·
possui baixa eficiência de distribuição de água se mal
planejado e manejado;
·
desperta pequeno interesse comercial (ANDRADE, 2001).
Dentre as modalidades de aplicação superficial, destacam-se a
irrigação por sulcos, por inundação e em faixas (PIRES et al, 1999).
2.1.1.1. Irrigação por sulcos
É o método de irrigação que consiste na condução da água em
pequenos canais ou sulcos, situados paralelamente as fileiras das
plantas, durante o tempo necessário para que a água infiltrada no
solo ao longo do sulco seja suficiente para umedecer o solo na zona
radicular da cultura (BERNARDO, SOARES, MANTOVANI, 2006).
2.1.1.2. Irrigação por inundação
É o método de irrigação em que a aplicação de água é feita por
meio de bacias ou tabuleiros, ou seja, áreas quase planas, de tamanho
variado, limitadas por diques ou taipas, com inundação contínua ou
permanente, durante grande parte do ciclo dessa cultura. Este
método não deve ser usado em culturas sensíveis à saturação do
solo na zona radicular ou em solos que formem uma crosta dura na
superfície, quando saturados (BERNARDO, SOARES, MANTOVANI,
2006).
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2.1.1.3. Irrigação em faixas
É o método de aplicação de água ao solo por meio de faixas de
terreno compreendidas entre diques e paralelos. Elas possuem pouca
ou nenhuma declividade transversal, mas apresentam declividade
longitudinal que determinará a direção do movimento da água sobre
a faixa. Adapta-se melhor em solos de textura média, podendo
também ser usado em solos pesados, principalmente com culturas
com sistema radicular pouco profundo. Em solos muito leves, para
evitar grandes perdas por percolação, as faixas teriam de ser muito
curtas (BERNARDO, SOARES, MANTOVANI, 2006).
2.1.2. Irrigação por aspersão
A água aplicada ao solo ocorre na forma de chuva artificial,
através do fracionamento do jato de água em gotas, que é obtido
pela passagem do fluxo de água sob pressão pelos bocais dos
aspersores (PIRES et al, 1999).
Segundo Andrade (2001) para tal efeito, a água é conduzida e
aplicada por meio de equipamentos, como motobombas, tubulações
e aspersores.
As principais vantagens do sistema de irrigação por aspersão são:
·
é facilmente adaptável às diversas condições de solo, culturas
e topografia;
·
possui maior eficiência potencial que o método da irrigação
por superfície;
·
pode ser totalmente automatizado;
·
alguns sistemas podem ser transportados para outra área;
·
as tubulações podem ser desmontadas e removidas da área,
facilitando o preparo do solo e evitanto “áreas mortas”.
As principais limitações são:
·
alto custo de instalação e operação quando comparado com
os método por superfície;
·
a vida útil do equipamento pode diminuir e causar danos a
algumas culturas com utilização de água salina;
·
pode sofrer influência das condições climáticas, como vento
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e umidade relativa;
·
pode favorecer o aparecimento de doenças e interferir com
tratamentos fitossanitários em algumas culturas.
Segundo Frizzone (2012) os sistemas de aspersão são
classificados em dois grupos principais: sistemas convencionais e
sistemas mecanizados.
2.1.2.1. Sistemas convencionais
São compostos por linhas principal, secundárias e laterais e, sobre
estas, são acoplados os aspersores e são apresentados em diferentes
tipos. Dependendo da mobilidade das tubulações na área irrigada,
esses sistemas podem ser subdivididos em:
Fixos permanentes – as tubulações são enterradas e apenas as
hastes dos aspersores e dos registros permanecem à superfície do
terreno. Possui custo inicial alto, sendo indicado apena para irrigação
de pequenas áreas, culturas de alto valor econômico, como e em
locais onde a mão-de-obra é escassa e/ou cara. São bem adaptados
a solos arenosos, com baixa capacidade de retenção de água e climas
com alta demanda evaporativa. São também usados para irrigação
de jardins e gramados.
Fixos temporários – as linhas laterais, secundárias e principais
permanecem fixas durante a realização das irrigações, cobrindo toda
a área. Diferem dos sistemas permanentes porque apresentam as
tubulações dispostas sobre a superfície do terreno, podendo ser
removidas quando desejado.
Semifixos – as linhas secundárias e principais permanecem fixas,
enterradas ou não. Apenas as laterais cobrem parte do campo
deslocando-se nas diferentes posições da área irrigada. O
deslocamento das laterais pode ser efetuado manualmente ou, para
economizar tempo e mão-de-obra, principalmente em culturas de
porte alto, as laterais podem ser montadas sobre pequenas rodas e
o deslocamento efetuado por um trator.
Portáteis – todas as linhas que compõem o sistema são móveis,
fabricadas de material leve como alumínio e PVC, e deslocam
progressivamente na área irrigada. Até mesmo a unidade de
bombeamento pode ser deslocada.
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2.1.2.2. SISTEMAS MECANIZADOS
Segundo Frizzone (2012), foram desenvolvidos para reduzir o
emprego da mão-de-obra na movimentação das canalizações.
Para a movimentação dos equipamentos podem ser utilizados
mecanismos hidráulicos, como as turbinas e pistões hidráulicos,
que utilizam como fonte de energia a própria pressão da água
fornecida pela motobomba, ou então mecanismos elétricos. Até
mesmo o trator agrícola pode ser utilizado para mudanças de
posição de operação.
São fabricados diversos tipos de sistemas mecanizados de
irrigação por aspersão. Alguns deles são:
Autopropelido
Um canhão é montado num carrinho, que se desloca
longitudinalmente ao longo da área a ser irrigada. A conexão do
carrinho é feita por mangueira flexível aos hidrantes da linha
principal. A propulsão do carrinho é proporcionada pela própria água.
É o sistema que consome mais energia. É bastante afetado por vento
e produz gotas de água grandes, que podem prejudicar algumas
culturas. Recomendado principalmente para culturas como cana-deaçúcar e pastagem (ANDRADE, 2001).
Sistema de irrigação por pivô central
Consiste de uma linha lateral, que gira em torno do centro de
um círculo (pivô). Os segmentos da linha são de material metálico,
sustentados por torres em formato de “A” e conectados entre si por
juntas flexíveis. O acionamento das torres ocorre de forma
independente por um pequeno motor elétrico que é colocado em
cada uma destas, e sua velocidade de deslocamento é ditada pela
velocidade da última torre, que também determina a lâmina a ser
aplicada.
O ideal, é que não ultrapasse áreas de 50 a 70 ha. Quanto à
topografia, para vãos entre torres de até 30 metros, podem ser
toleradas declividades de até 30% na direção radial ou que essa
declividade máxima só pode ser tolerada na direção tangencial (ao
longo dos círculos) (ANDRADE, 2001).
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Sistemas lineares
Tem estrutura e mecanismo de deslocamento semelhante a do
pivô central, mas com deslocamento continuamente na direção
longitudinal da área. As torres deslocam-se todas com a mesma
velocidade. A água é fornecida através de canal ou linha principal,
dispostos no centro ou na extremidade da área. A água é succionada
diretamente do canal ou mangueiras que são empregadas para
conectar a linha lateral a hidrantes da linha principal. Em geral a
bomba é acionada por motor de combustão interna e desloca-se
junto com toda a lateral. É recomendado para áreas retangulares
sem obstrução e planas (ANDRADE, 2001).
2.1.3. Irrigação localizada
Na irrigação localizada, a água é aplicada ao solo diretamente
na região das raízes, molhando apenas parte do volume do solo,
com baixa vazão e pressão, permitindo alta freqüência de irrigação
e conseqüentemente, mantendo o solo com umidade elevada
(próxima à capacidade de campo) (PIRES et al, 1999).
Principais vantagens da irrigação localizada
·
maior eficiência no uso da água;
·
maior produtividade;
·
maior eficiência na adubação;
·
maior eficiência no controle fitossanitário;
·
não interfere nas práticas culturais;
·
adaptação a diferentes tipos de solo e topografia;
·
utilização com água salina ou em solos salinos;
·
economia de mão-de-obra.
Principais limitações
·
entupimento, principalmente dos gotejadores;
·
distribuição do sistema radicular, devido a formação e
manutenção de um volume constante de solo umedecido, as raízes
tendem a desenvolver nessa região, diminuindo a estabilidade das
árvores frutíferas (BERNARDO, SOARES, MANTOVANI, 2006).
Dentre as modalidades de irrigação localizada, o gotejamento e
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a microaspersão são os mais utilizados (PIRES et al, 1999).
2.1.3.1. Gotejamento
Neste sistema a aplicação de água é feita na forma de gotas na
superfície do solo. A instalação dos gotejadores pode ser na linha,
sobre a linha, numa extensão da linha ou serem manufaturados junto
com o tubo da linha lateral, formando o que popularmente chamamos
de “tripa”. Os gotejadores podem ser instalados próximos uns dos
outros, junto à planta, possibilitanto o suprimento da quantidade
de água necessária à planta, bem como proporcionar o umedecimento
da área mínima da superfície do solo.
A grande vantagem do sistema de gotejamento, comparado com
o de microaspersão, é que a água, aplicada na superfície do solo,
não molha as folhas ou o tronco das plantas (ANDRADE, 2001).
2.1.3.2. Microaspersão
Como o nome indica, nesse sistema, a água é aplicada por
emissores rotativos ou fixos. Permite o umedecimento de uma área
maior, o que é uma vantagem para culturas de espaçamentos mais
largos, plantadas em solos arenosos.
A manutenção é mais simples que nos sistemas de gotejamento
e. Há necessidade de filtragem da água, mas a propensão ao
entupimento é menor, dado o maior diâmetro dos bocais dos
microaspersores. Pode sofrer a influência do vento, com culturas de
pequeno porte ou em pomares jovens, além do efeito da evaporação
direta da água do jato, em locais muito secos. Pode estimular o
desenvolvimento de doenças de ambiente úmido. No caso de citros,
há a possibilidade de se empregarem microaspersores setoriais para
evitar o molhamento do tronco das plantas (ANDRADE, 2001).
2.1.4. Subirrigação
Na irrigação subterrânea, a água é aplicada diretamente sob a
superfície do solo. Esta aplicação é realizada pela manutenção e
controle do lençol freático a uma profundidade favorável ao
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desenvolvimento da cultura, ou pela aplicação de água através de
tubos ou manilhas perfuradas ou porosas.
Principais vantagens da subirrigação
·
aplicação exata a uniforme de água e nutrientes diretamente
na zona radicular;
·
diminuição de perdas de água e nutrientes pelo
fracionamento das irrigações;
·
facilidade de adaptar as concentrações dos nutrientes de
acordo com o estádio de desenvolvimento da cultura e das condições
climatológicas;
·
possibilita que a superfície do solo (3 a 5 cm) permaneça
seco diminuindo a incidência de plantas invasoras e de pragas e
doenças.
Principais limitações
·
a falta da visualização do caminhamento da água para a
cultura;
·
a suscetibilidade ao entupimento dos emissores pelas raízes
se não perfeitamente manejado;
·
danos pelo ataque de roedores e passagem de implementos
agrícolas às tubulações e emissores;
·
descarga e lavagem da tubulação após as irrigações para
evitar a precipitação de materiais em suspensão e quando semeado
com baixa umidade pode ocorrer problemas na germinação de
sementes (PIRES et al, 1999).
2.2. Seleção do Método de Irrigação
Segundo Andrade (2001), para seleção do sistema de irrigação
mais adequado para certa situação, consiste em selecionar antes o
método de irrigação. Vários fatores afetam a seleção do método de
irrigação. Os principais serão discutidos a seguir.
2.2.1. Topografia
Qualquer método poder ser utilizado em área plana ou que pode
ser nivelada sem gasto excessivo. Em áreas com declividades de até
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5% o método de irrigação por superfície pode ser utilizado. Em áreas
de até 30% pode ser utilizada aspersão, enquanto gotejamento pode
ser utilizado em áreas com declives de até 60%.
Na presença de obstrução na área (rochas, voçorocas,
construções) o emprego do método de superfície e subirrigação são
dificultados, podendo ser contornado com os métodos de aspersão e
localizado. Áreas com declividade e formato irregulares são mais
facilmente irrigáveis com métodos de aspersão e localizadas do que
com o método de superfície (ANDRADE, 2001).
2.2.2. Solos
Quanto ao tipo de solo deve-se verificar a velocidade de infiltração,
se os horizontes A e B são pouco espessos ou não e a capacidade de
retenção de água para escolha adequada do método de irrigação.
Solos com alta velocidade de infiltração devem ser utilizados
aspersão ou localizado, já os solos com baixa velocidade utilizar
irrigação localizada. Em solos com horizontes pouco espesso evitar
irrigação por superfície. Irrigação por aspersão e ou localizada
propicia boa eficiência em solos com capacidade reduzida de retenção
de água (ANDRADE, 2001).
2.2.3. Culturas
Na seleção do método de irrigação muitos aspectos relacionados
às culturas devem ser considerados, como o sistema de cultivo, o
espaçamento de plantio, a profundidade do sistema radicular, a altura
de plantas, se as culturas são sensíveis à aplicação de água nas folhas,
o valor econômico e as exigências agronômicas.
Culturas de maior valor econômico, em geral, requerem métodos
de irrigação mais eficientes e com melhor distribuição de aplicação
de água (ANDRADE, 2001).
2.2.4. Clima
O clima tem forte influencia na escolha do método de
irrigação, pois a quantidade e a freqüência das precipitações,
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condições de ventos, perdas de água por evaporação, geadas,
podem ditar a importância da irrigação e qual método utilizar
para produção.
Em regiões úmidas a irrigação terá apenas caráter complementar,
enquanto que em regiões secas se faz necessária. Em condições de
ventos fortes o método por aspersão deve ser evitado, por tornar a
distribuição de água desuniforme. Este método ocorre também maior
perda por evapotranspiração, porém é o mais indicado quando ocorre
a presença de geadas (ANDRADE, 2001).
2.2.5. Fonte de Água
Para determinar o método mais adequado e a possibilidade de
se irrigar deve ser analisado o volume total de água disponível e a
vazão durante o ciclo da cultura. A vazão mínima da fonte deve ser
igual ou superior à exigida no pico da cultura a ser irrigada.
Reservatórios de água podem ser construídos, deixando o custo de
instalação mais elevado.
Concentração elevada de sólidos e presença de patógenos nocivos
na água também são fatores determinantes na escolha do método
de irrigação. Assim, sistemas de gotejamento não são indicados
quando a concentração de sólidos na água for elevada, devido aos
altos custos com sistemas de filtragem. Já, quando há presença de
patógenos estes se torna o mais indicado, principalmente em culturas
consumidas in natura.
Portanto, quanto maior o custo da água, mais eficiente deve ser
o método de irrigação. Com isso o custo da água deve ser considerado
na seleção do método (ANDRADE, 2001).
2.2.6. Aspectos Econômicos, Sociais e Ambientais
Mesmo tendo como meta principal obter maior retorno econômico
em atividade agrícola que envolve irrigação, não podem ser deixados
de lado os impactos nos aspectos sociais e ambientais do projeto.
Todo sistema deve ser analisado e o que for mais adequada à
situação e proporcionar melhor desempenho econômico deverá ser
escolhido.
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Para sistemas, como o de irrigação localizada de maior custo
inicial deve ser indicado para culturas de maior valor, como hortaliças.
Normalmente os custos operacionais são maiores nos sistemas
de irrigação por aspersão, intermediários nos de irrigação localizada
e menores nos sistemas superficiais. Na manutenção, os custos são
elevados nos sistemas de irrigação por superfície.
Finalmente, devem ser considerados os impactos ambientais de
cada método pode causar, como: erosão, degradação da qualidade
da água e destruição de habitats naturais (ANDRADE, 2001).
2.2.7. Fatores Humanos
O método de irrigação pode ser influenciado por muitos fatores,
como: hábitos, preferências, tradições, preconceitos e modismo,
que pode ser determinante na escolha do sistema de irrigação.
O que também pode influenciar na escolha do método de irrigação
é o nível educacional dos agricultores, sendo mais indicados para
agricultores primitivos a irrigação por superfície, e aspersão e
localizada indicadas para agricultores com certo treinamento
(ANDRADE, 2001).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não existe um sistema de irrigação considerado ideal, isto é,
capaz de atender da melhor maneira possível a todas as condições
do meio físico e a grande variedade de culturas e interesses
econômicos e sociais. Deve-se selecionar o sistema mais adequado
para cada condição em particular.
Portanto, a seleção do sistema de irrigação mais adequado é o
resultado do ajuste entre as condições existentes e os diversos
sistemas de irrigação disponíveis.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, C. de L. T. de, Seleção do sistema de irrigação. Sete
Lagoas, MG: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 02 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
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2001. 18p. (Circular Técnica 14).
BERNARDO, S.; SOARES,A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação.
UFV, Viçosa – MG, 657p. 2006.
FRIZZONE, J. A. Os métodos de irrigação. Escola superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”-USP, Piracicaba – SP, 2012. Disponível
em: http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Frizzone/LEB_1571/
Texto%20complementar-Metodos%20de%20Irrigacao.pdf. Acesso em
05 maç. 2014.
PIRES, R. C. de M. et al, Agrometeorologia como suporte ao manejo
de recursos hídricos e preservação de mananciais: Métodos e
manejo de irrigação. Centro de Ecofisiologia e Biofisica – Instituto
Agronômico, 1999.
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DOENÇAS DOS CITROS
Fernando Batista da SILVA1
Gustavo ROMERO1
Rosiane Cristina dos SANTOS1
Willian Bucker de MORAES2
1
Acadêmicos do Curso de Agronomia da FAEF - Garça - SP - Brasil. E-mail:
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Docente da FAEF-Garça-SP
RESUMO
A citricultura ocupa lugar de destaque dentro do agronegócio
brasileiro, o elevado volume de exportações e a geração de empregos
diretos e indiretos. No entanto, essa cultura é afetada por inúmeras
doenças, que muitas vezes são responsáveis por grandes perdas de
produção e elevados prejuízos aos produtores. Por este motivo, é
imprescindível o conhecimento dos sintomas e dos agentes causais destas
doenças, pois só assim é possível determinar qual a melhor medida de
controle a fim de minimizar os efeitos negativos ocasionados por elas.
Palavras-chave: Citros, Fitopatologia, Sintomatologia
ABSTRACT
The citrus industry occupies a prominent place in the Brazilian
agribusiness, high export and creation of direct and indirect jobs.
However, this culture is affected by many diseases, which are often
responsible for major production losses and high losses to producers.
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For this reason, it is essential to know the symptoms and causal agents
of these diseases, because only then you can determine the best control
measure to minimize the negative effects caused by them.
Keywords: Citrus, Plant Pathology, Symptomatology
1.INTRODUÇÃO
A citricultura tem grande importância no contexto nacional, pois
gera riquezas ao setor agroindustrial, proporcionado o crescimento
dos demais segmentos relacionados a ela (FERNANDES; ULIAN, 1999).
Com a exportação de suco concentrado congelado e relevante
importância no contexto mundial por sua produção e área cultivada,
a citricultura é uma das maiores fontes de divisas para o país. No
Brasil o estado de São Paulo de destaca na produção, sendo
responsável por cerca de 80% da produção brasileira (RAMOS;
DURIGAN, 1996) e 25 % da mundial (SILVA, 2000).
Um dos principais fatores que limitam a produtividade dos citros
é o surgimento de doenças nos pomares, que ocasiona a elevação
dos gastos do produtor e redução no volume de produção. Doenças
como o Cancro Cítrico e o Greening podem ser responsáveis pela
erradicação total de pomares, causando grandes perdas econômicas
para os produtores.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar as principais
doenças que ocorrem em plantas cítricas, abordando sua etiologia,
sintomatologia e diagnose.
2.DESENVOLVIMENTO
As doenças que afetam os pomares citrícolas foram aqui agrupadas
de acordo com a classificação taxonômica de seus agentes causais.
2.1.DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
2.1.1.CANCRO CÍTRICO
A primeira ocorrência no Brasil foi em 1957, no município de
Presidente Prudente, São Paulo (AMARAL, 1957; BITANCOURT, 1957).
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Mesmo com os esforços iniciais, a doença alastrou-se por outros
estados provavelmente em razão da movimentação de material
vegetal infectado (AMARAL, 1957). Acredita-se que a introdução do
cancro cítrico no Brasil tenha ocorrido alguns anos antes da primeira
detecção, quando materiais propagativos foram importados da Ásia
(ROSSETTI, 1977).
A bactéria Xanthomonas citri (Xanthomonas axonopodis pv. citri)
é gram-negativa, na forma de bacilo, monotríquia e aeróbia (KIMARI
et al., 1997). A temperatura ótima para seu desenvolvimento é na
faixa de 25 a 39ºC. Sua sobrevivência no solo e em restos de culturas
é curta, porém pode sobreviver por vários anos em tecido cítricos
desidratados.
Para ocorrência da doença, é necessário que a bactéria penetre
e colonize os tecidos da planta. Estômatos e lesões constituem portas
de entrada para a bactéria, e o risco de contaminação amenta se
houver água na superfície da folha (FUNDECITRUS, 2008).
Os sintomas são lesões puntiformes de cor creme ou parda e
salientes, que ao decorrer do tempo ficam esponjosas e
esbranquiçadas, circundadas por um halo amarelo. (KIMARI et al.,
1997). Nas folhas, as lesões são salientes dos dois lados; em frutos
são manhas amarelas que tornam-se marrons com o passar do tempo;
e em ramos formam crostas de cor parda (FUNDECITRUS, 2008)
Para diagnose, devem ser coletados tecidos com as lesões
características da doença, e a análise pode ser feita por isolamento
em meio de cultura ou através da técnica PCR (Reação da Polimerase
em Cadeia).
2.1.2.CLOROSE VARIEGADA DOS CITROS (CVC)
Com a Primeira ocorrência em 1987, no Triângulo Mineiro, a
Clorose Variegada dos Citros se espalhou rapidamente pelas demais
regiões produtoras do Brasil (KIMARI et al., 1997). Frutos de plantas
com a doença perdem até 75% de seu peso, tornado-se impróprio
para comercialização (FUNDECITRUS, 2008)
É causada pela bactéria Xylella fastidiosa, uma bactéria gram
negativa que infesta e coloniza o xilema da planta, obstruindo os
vasos que levam água e nutrientes das raízes da planta para a parte
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aérea e tem como vetor cigarrinhas da família Cicadellidae (KIMARI
et al., 1997).
Os sintomas são caracterizados por cloroses internervais de
coloração amarela na face adaxial e palha na face abaxial da folha,
que com o decorrer do tempo tornam-se necróticas (FUNDECITRUS,
2008). Frutos afetados ficam de tamanho reduzido (KIMARI et al.,
1997).
O diagnóstico é dado através da análise de folhas sintomáticas,
onde a bactéria é isolada em meio de cultura ou através de testes
onde é comparado o DNA da bactéria.
2.1.3.GREENING
O Greening é uma doença recente (surgiu pela primeira vez em
2004), porém já é uma das mais sérias ameaças a citricultura, devido
à dificuldade de controle e necessidade de erradicação das plantas
doentes.
Acredita-se que mais de uma bactéria possa ser o agente causal da
doença, todas gram negativas, denominadas Candidatus Liberibacter
que colonizam o floema da planta e ainda não tiveram seu isolamento
em meio de cultura realizado (BELASQUE JR. et al., 2009). São
transmitidas pelo Psilídeo Diaphorina citri (BOVÉ, 2006).
Os sintomas aparecem nas folhas e frutos, que ficam com manchas
amareladas, assimétricas com aspecto “mosqueado” (BELASQUE JR.
et al., 2009) . Os frutos não amadurecem normalmente e ficam
deformados, de tamanho reduzido e assimétricos, com sementes
abortadas (FUNDECITRUS, 2008)
O diagnóstico é realizado através da análise do DNA encontrado
nas folhas sintomáticas, já que ainda não se conseguiu fazer com
que a bactéria se reproduza em meio de cultura.
2.2.DOENÇA CAUSADA POR VÍRUS – LEPROSE
A leprose é uma virose que ocasiona perdas de produção e
definhamento das plantas (KIMARI et al., 1997).
É causada por um vírus da família Rhahdoviridae, que parasita
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células do mesófilo e do parênquima vascular, transmitidos por ácaros
Brevipalpus phoenicis (KIMARI et al., 1997).
Os sintomas característicos da doença nas folhas são lesões
arredondadas e lisas de coloração verde-clara a amarela que evoluem
para necróticas no centro. Em frutos as lesões são necróticas e
ocorrem em toda a superfície. Nos ramos são no início amareladas,
que evoluem para avermelhadas e tornam-se escamosas
(FUNDECITRUS, 2009).
A diagnose consiste em analisar tecidos que apresentam lesões
por meio de técnicas de PCR e testes sorológicos.
2.3.DOENÇA CAUSADA POR FUNGO – PODRIDÃO FLORAL
(ESTRELINHA)
Observada pela primeira vez em 1956, a podridão floral ataca
flores e frutos recém-formados, ocasionando sua queda e levando a
redução da produtividade dos pomares (KIMARI et al., 1997).
É causada pelo Fungo Colletotrichum acutatum (KIMARI et al.,
1997). O fungo sobrevive por meio de estruturas de resistência em
plantas daninhas ou nas próprias folhas de citros no período em que
não há flores, é induzido pelos extratos florais levados através das
gotas de chuva a produzir esporos, que são transportados para as
flores e inicia-se a infecção (FUNDECITRUS, 2009).
Os sintomas iniciais caracterizam-se por lesões róseas nas pétalas
e lesões necróticas no estilete e estigma, com amarelecimento e
queda prematura dos frutos recém formados, permanecendo os
cálices que ficam com aspecto de “Estrelinha” (FUNDECITRUS, 2009).
A Diagnose é feita por meio de observação a campo dos sintomas
característicos da doença.
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Várias doenças acometem os pomares de citros e são responsáveis
por grandes prejuízos aos produtores. Entender o ciclo de cada
doença, desde seu agente causal até a sua sintomatologia é essencial
não só para o controle destas doenças, mas também para prevenir a
entrada dos patógenos dentro do pomar.
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4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, S. F. Providências para a erradicação do cancro cítrico. O
Biológico p. 23:112-123, 1957.
BELASQUE JR., J; et. al, Prováveis consequências do abrandamento
da metodologia de erradicação do cancro cítrico no Estado de São
Paulo. Tropical Plant Pathology. Vol. 35, N.5, Brasilia, 2010.
BITANCOURT, A. A. O cancro cítrico. O Biológico p. 23:101-111, 1957.
FERNADEZ, E.B.; ULIAN, L.F. Novos rumos da citricultura paulista.
In: SECITAP. SEMANA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA AGROPECUÁRIA,
24. 1999, Jaboticabal. p.26 .
Fundo de Defesa da Citricultura - FUNDECITRUS. Pragas e Doenças
dos Citros. Página disponível em www.fundecitrus.com.br. Acesso
em 30/03/2014.
KIMATI, H.; AMORIM, L. BERGAMIN FILHO, A . CAMARGO L.E.A ,
REZENDE, J.A.M. Manual de fitopatologia: doenças de plantas
cultivadas. v.2. São Paulo: Editora Agronômica Ceres Ltda, 1997.
RAMOS, H.H.; DURIGAN, J.C. Avaliação da eficiência de uma mistura
pronta de glyphosate mais 2,4-D no controle de Commelina
virginica L. em citros. Planta Daninha, Campinas, v.14, n.1, p.3341, 1996.
ROSSETTI, V. V. Citrus canker in latin America: A review. Proceedings
of the International Society of Citriculture. p. 3:918-923, 1977.
SILVA, G. P. Eficiência do glyphosate e do sulfosate no controle de
plantas daninhas na cultura dos citros Citrus sinensis (L.) Osbeck
cv. Valência. 2000 – f.4 Monografia (Trabalho de Graduação em
Agronomia) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias,
Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2000.
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM CRIANÇAS DE 7
ANOS
Lucas J. BERMEJO
Giovana A. PAIVA
RESUMO
A Educação Ambiental (EA) é de extrema importância para cada
cidadão, transformando-o em pessoas conscientes em relação ao
meio ambiente. Uma nova visão de mundo está ganhando cada vez
mais espaço entre as pessoas por meio da Educação Ambiental. A
fim de sensibilizar e formar cidadãos protetores do meio ambiente,
por meio de um conhecimento mais amplo acerca da questão
ambiental foram ministradas aulas teóricas para as crianças com 7
anos de idade na Escola Municipal de Presidente Alves. As atividades
foram realizadas de março a abril de 2009, onde os alunos passaram
por uma avaliação com desenhos ilustrativos de um ambiente
preservado e outro destruído por ação do homem. Através dos
resultados foi possível constatar a falta de uma disciplina especifica
em relação ao meio ambiente.
Palavras-chave: Educação Ambiental; Educação infantil;
Conscientização Social e Ambiental
ABSTRACT
Environmental Education (EE) is of utmost importance to every
citizen, turning it into conscious people in relation to the
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environment. A new worldview is gaining more space between people
through environmental education. In order to sensitize and educate
citizens protectors of the environment, through a wider knowledge
about the environmental issue lectures for children 7 years old at
the Municipal School President Ahmed were given. The activities
were conducted from March to April 2009, where students went
through a review with illustrative drawing of a preserved environment
and another destroyed by human action. From the results it was
possible to the lack of a specific in relation to the environment
discipline.
Keywords: Environmental Education; Early childhood education;
Social and Environmental Awareness
1. INTRODUÇÃO
Com a exposição de objetivos e formatação que segue a
formatação geral de textos. O texto geral deverá ser escrito em
Times New Roman 12 justificado obedecendo a um recuo de 1,25 cm
a cada início de parágrafo. O espaçamento entre linhas no texto
deve se de 1,5 linhas.
Sempre houve uma relação muito próxima do homem com a
natureza, porém, a partir do momento em que o homem priorizou a
sua ganância e o anseio da conquista ambiental, a natureza tornouse a sua primeira vítima.
Hoje, vêem-se as marcas disso na poluição dos rios, do ar, do
solo e das nossas cidades, principalmente pelo lixo, que se torna,
cada vez mais, um problema grave, em razão da falta de locais
apropriados para sua destinação final. Nesse sentido, sabendo-se
que muitos problemas ambientais são gerados nas cidades e, assim,
suas soluções devem ser igualmente nelas geradas, a ação local é
necessária para a sobrevivência global.
Segundo Pilette (1991),
[...] a aprendizagem será mais significativa se a atividade estiver adaptada
concretamente às situações da vida real da cidade, ou do meio do aluno e do
professor. Quando lidamos com experiências diretas, a aprendizagem é mais
eficaz, pois é conhecido que aprendemos através de nossos sentidos (83%
visão, 11% audição, 03,5% olfato, 01,5% tato e 01% gustação) e que retemos
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apenas 10% do que lemos, 20% do que ouvimos, 30% do que vemos, 50% do
que vemos e escutamos, 70% do que ouvimos e logo discutimos e 90% do que
ouvimos e logo fazemos.
Os objetivos, as metas da Educação Ambiental (EA) e os enfoques
de ensino constituem um todo. Nesse entrelaçamento de
componentes, o final desejado é um compromisso de ação orientando
por comportamentos adequados na busca da melhoria e elevação da
qualidade de vida, e em consequência, da qualidade da experiência
humana.
Segundo Dias (2004) têm-se ha Política Nacional de Educação
Ambiental (Lei 9765), inúmeros projetos e Programas de EA em
desenvolvimento e uma rica listagem de literatura especializada. As
alterações ambientais globais, induzidas por dimensões humanas,
agravaram a crise ambiental, produzindo alterações climáticas,
destruição de habitat, desflorestamento, perda do solo, extinção
de espécies e de diversidade de ecossistemas, poluição, escassez de
água potável, erosão cultural e outras.
Segundo Branco (2007),
[...] educadores e professores, imbuídos desse espírito aguerrido, enfrentam,
diariamente, as realidades da sala de aula, frequentemente, necessitam,
além da teoria, de uma prática que efetive sua ação pedagógica, para
consolidar uma mudança de comportamento a partir de uma metodologia e
prática de ensino que favoreçam o trabalho integrado entre o pensar e o
fazer. Cada atividade propõe, através da prática de EA, repensar a posição do
homem entre as mudanças de ordem social, ecológica e psicológica a que
estamos sujeitos.
A expansão da EA tem se dado não apenas pelo crescimento do
número de profissionais que tratam do tema, mas também importante
em ações de diversas áreas. No âmbito da Educação Ambiental,
percebe-se uma intensificação na produção do material pedagógico,
audiovisual, relacionando ao meio ambiente. A Educação Ambiental
(AE) está cada vez mais em nosso cotidiano, vem mostrar a
importância do meio ambiente preservado, com ações e alternativa
para reduzir os danos causados pela ação antropica. Percebemos
que AE está sendo divulgada em vários meios, como: fóruns,
congressos, internet, televisões, rádios e outros, com o objetivo de
sensibilizar a população em âmbito geral e informar sobre os
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problemas ambientais do presente, bem como ela irá influenciar
nosso futuro (RODRIGUES; COLESANTI, 2008).
A EA brasileira é conhecida pelo seu engajamento político na
construção de uma sociedade justa, sustentável e democrática. A
perspectiva da cidadania tem importância fundamental na Educação
Ambiental brasileira (REIGOTA, 2008).
Atualmente a EA não está destinada só para o público das redes
escolares municipais e estaduais, mais sim, com o objetivo, buscar
atingir vários públicos, desde uma criança, até uma pessoa idosa,
conscientizando e orientado de forma sucinta. A problemática
ambiental e a EA tornaram-se temas importantes nas discussões das
relações dos homens com o ambiente na atualidade. Nos cursos de
graduação esses temas têm ocupado cada vez mais espaço. A EA
exige duas dimensões para análise: a dimensão epistemológica e a
dimensão pedagógica, isso porque exige reflexões acerca da
problemática ambiental e da educação (TOZZONI-REIS, 2008).
A transformação social tratada, a educação ambiental, visa à
superação das injustiças, da desigualdade social, da apropriação
capitalista e funcionalista da natureza da própria humanidade. A EA
é um processo evolutivo educativo, que conduz a um saber ambiental
materializado nos valores éticos e nas regras políticas do convívio
social e de mercado. Portanto, deve ser direcionada para a cidadania
ativa considerando seu sentido de pertencimento, por meio da ação
coletiva e organizadora, buscando a compreensão dos problemas
ambientais (SORRENTINO et al, 2005).
As explorações dos recursos naturais são de forma agressiva e
descontrolada, levando a uma crise sócioambiental. Crise essa
embasada em vários aspectos, como: social, econômica, cultural,
tecnológica, ambiental, entre outros. Para obter educação é
necessário desenvolver uma visão mais ampla dos nossos problemas
ambientais da atualidade (BACCI, 2008).
Durante o Rio-92 foi redigido o Tratado de Educação Ambiental
para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, que
estabeleceu 16 princípios da educação para as sociedades
sustentáveis. Com o avanço da tecnologia começaram aumentar os
riscos para o meio ambiente, assim podendo concluir que a
modernização destrói, modifica. As práticas de EA devem apontar
propostas pedagógicas para que possam ocorrer mudanças em seus
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hábitos, aumentando sua capacidade com cursos específicos, bem
como a participação do educando para transformação em educação
para cidade (JACOBI, 2005).
A EA é um processo de aprendizagem educativo, cujo objetivo
maior é a transformação de cidadão consciente em relação ao meio
ambiente como um todo, tendo responsabilidade e praticando ações
que trarão benefícios ao meio ambiente. A EA é entendida como um
processo educativo da fundamentação teórica e prática, colocando
o homem mais próximo da natureza (BARRA, 2006).
Segundo Silva (2008),
[...] a Lei Federal Nº 9795/1998, conhecida também como Política Nacional
de Educação Ambiental, a qual prevê a Educação Ambiental, obrigatória para
todos os níveis de ensino, mas não como disciplina à parte, e sim como um
processo para construir valores sociais, conhecimentos, atitudes e
competências, visando à preservação ambiental.
O trabalho de campo é de extrema importância para o aluno,
pois ele vai adquirir mais conhecimento e fará com que a aula seja
mais dinâmica e de fácil aprendizagem. A matéria Geologia é de
grande importância e contribui para um ensino de Ciências e de
Educação Ambiental, uma vez estuda a história da natureza mais
aprofundada (COMPIANI, 2007).
As crianças são movidas por seu desejo de ser “grande”, sonhar,
brincar, fantasiar. As trilhas feitas na floresta podem trazer uma
noção de qualidade de vida melhor para essas crianças, sabendo
respeitar a natureza e conhecendo-a mais de perto, fazendo com
que as mesmas possam deixar fluir suas imaginações perante a
natureza. O homem se sente indestrutível perante a natureza, com
o avanço da tecnologia o transforma, aumentando o seu poder,
superando as limitações de sua própria a natureza (VASCONCELLOS,
2006).
A EA é de responsabilidade de todos, durante vários anos a
população mundial convive com os reflexos da degradação do meio
ambiente. O objetivo EA é focar e promover um processo de
conscientização, refletir sobre as conseqüências que vem sendo feitas
ao meio ambiente e supostas causas futuras. Se não houver iniciativa
no presente, a flora e a fauna entrarão em extinção; a natureza
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está sofrendo cada vez mais com tudo isso, há que se refletir sobre
o futuro do planeta (CAZOTO, 2008).
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Local de Estudo
A Escola Municipal EMEI “Maria Cecília Ribeiro dos Santos”,
localizada no município de Presidente Alves-SP atende a população
de 4200 habitantes. Assim como em outras escolas da rede publica
não há um projeto específico para Educação Ambiental, desta forma,
a inserção de atividades voltadas à sensibilização e conscientização
ambiental tem o intuito não apenas de envolver os alunos
selecionados, mas também de colaborar com a formação adequada
dos professores em relação à EA, para que posteriormente, possam
propagar esse conhecimento no processo de ensino-aprendizagem.
2.2 Coleta de Dados
A metodologia escolhida para a pesquisa foi de caráter qualitativo
e quantitativo para que maior conteúdo de informações e dados
embasem o estudo realizado.
Esta pesquisa aconteceu em dois momentos: Pesquisa
bibliográfica utilizando autores consagrados na temática do trabalho
e uma pesquisa de campo com 19 alunos da 1° série.
A duração desse projeto foi de três meses de março a abril,
sendo que as aulas eram somente uma vez por semana no período
da tarde com a durabilidade de 2 horas.
Antes da realização das atividades voltadas à educação ambiental
os pesquisados passaram por uma avaliação comparativa para que
fosse feito um balanço do conhecimento mínimo sobre as questões
ambientais, foram mostradas ilustrações em cartolina uma com
ambiente preservado e outra com um ambiente destruído pela ação
do homem.
Nas salas de aula utilizou-se como recurso didático, livros de
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educação infantil, como também slides, desenhos e filmes para serem
trabalhadas as temáticas: importância da árvore, desmatamento,
poluição do ar, dos rios e solo e a problemática do lixo nas cidades,
através de uma linguagem de fácil aprendizagem. Cada tema durou
uma aula por semana, logo após o término do tema abordado os
alunos fizeram um desenho do que eles entenderam.
Concluído o conteúdo teórico, foi aplicada a parte prática dividida
nas etapas abaixo:
· Mudas de feijão: cada aluno realizou o plantio de feijão em copo
descartável com algodão e acompanhou desde a germinação da semente até
o desenvolvimento inicial. Cada etapa do desenvolvimento foi desenhado e
explicado.
· Horta na escola: na escola foi implantada e construída uma horta, feita
com telha ondulada de amianto com um comprimento de 6 metros e largura
de 1 metro. Para a seleção das espécies plantadas foi feito um levantamento
junto aos alunos, de quais verduras eles mais consumiam, resultando nas
espécies de nome popular Alface, Almeirão e Cebolinha. Propuseram a fazer
a composição orgânica para cultivar as hortaliças, que foi a mistura de 35%
de torta de cana, 35% de esterco bovino e 30% de terra vermelha. Feito isso
foi colocada à composição sobre a telha.
· Visita ao Viveiro Municipal: na visita feita pelos alunos ao Viveiro Municipal
de Presidente Alves foram abordados vários temas sobre meio ambiente. No
local visualizaram e estudaram a função e a importância de um minhocário,
no qual o húmus produzido foi utilizado na adubação da horta escola. Em
tubetes com substrato plantaram sementes de ipê roxo e aroeira pimenteira
e acompanharam a sua germinação por 10 dias até o desenvolvimento inicial
e após dois meses foram plantadas em pontos escolhidos na cidade. Sementes
de alface foram plantadas em bandejas de isopor, totalizando 200 mudas - a
sua germinação foi de três dias e o plantio foi feito após 30 dias, e
posteriormente foram utilizadas na horta-escola e na horta comunitária do
viveiro.
· Recuperação da Mata Ciliar: foi feito às margens do córrego Guaricanga,
no Distrito São Luiz do Guaricanga, em uma área de Preservação Permanente
(APP), o plantio de 200 mudas de árvores nativas de diversas espécies da
flora da nossa região, cultivadas no viveiro municipal. O plantio foi realizado
com mudas de árvores pioneiras, secundária inicial e tardia e clímax, com
espaçamento três x três metros; a adubação nas covas do plantio foi feita por
adubo orgânico (torta de cana 70% e 30% de terra retirada da cova).
·
Visita ao centro de reciclagem: No local os pesquisados foram informados
como deve ser feita a separação do lixo reciclável em sua casa, como
armazená-lo, o destino dado ao material e quem é beneficiado por ele. Foi,
também, entregue sacos de estopa para cada aluno fazer a separação do lixo
produzido em sua residência. Na escola foram colocados depósitos de lixo
reciclável, doados pela prefeitura municipal, em diferentes cores e nomes
para facilitar a separação.
·
Visita ao Aterro Sanitário: No Aterro Sanitário do município, que
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atualmente encontra-se em estado irregular, os alunos observaram a
quantidade de lixo gerado na área urbana.
· Visita a Estação de Tratamento de esgoto: os alunos fizeram uma visita
à lagoa de tratamento, acompanhada pelo técnico responsável pela SABESP,
onde foi observada a captação do esgoto, sua canalização até a lagoa de
tratamento, seu tratamento e devolução para o meio ambiente.
· Visita ao Rio Segunda Ponte: Neste rio é evidente a ação antrópica, uma
vez que sua margem está totalmente desmatada e destruída. Realizou-se,
nesse local, a coleta de todo o lixo e armazenaram-no em sacos plásticos e,
posteriormente, plantaram 08 mudas de ipê roxo no local.
Ao final das atividades foi feita uma comparação, por meio de
ilustrações em cartolinas, entre um ambiente preservado e outro
destruído as mesmas utilizadas no inicio da pesquisa.
3.RESULTADOS
No início da pesquisa foi efetuada uma análise do conhecimento
de cada aluno em relação à questão ambiental, utilizando cartazes
com desenhos de um ambiente destruído e conservado relacionados
ao tema, a fim de saber quais as informações os envolvidos já sabiam
sobre meio ambiente. A tabela 1 apresenta os dados coletados no
início da pesquisa, informando que a maioria, 58% (11) dos
pesquisados demonstraram conhecer o tema, enquanto que 42% (08)
deles desconheciam.
As aulas práticas e as visitas de campo com os alunos foram
feitas com o intuito de focar algo que não estivesse em seu cotidiano.
Durante as aulas e visitas foi possível observar a grande falta de
conhecimento da realidade em relação à questão ambiental,
entretanto o manuseio do solo, das plantas, enfim, as atividades
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práticas proporcionaram uma interação direta dos pesquisados com
a natureza, estimulando a criação de soluções para minimizar os
impactos causados pelos seres humanos.
Em relação às atividades relacionadas ao plantio de espécies
vegetais, a germinação e desenvolvimento das mudas de feijão nos
copos descartáveis e seu registro em desenho tornou evidente a
discussão das condições favoráveis para uma planta desenvolver,
assim como no plantio das mudas na área de APP, entretanto, nesta
dinâmica os alunos adquiriram um conhecimento mais amplo sobre
a flora, solo, a água e importância das árvores na contenção do
assoreamento dos rios. Essa atividade mostrou um grande interesse
por parte dos alunos, provavelmente por serem eles quem estava
reflorestando uma área desmatada.
A instalação da horta na escola motivou os alunos a desenvolver
um plantio de verduras que serão consumidas e desde a projeção do
local da horta, da escolha da hortaliça a ser plantada e dos compostos
orgânicos a serem aplicados foram os alunos que o fizeram. Segundo
informações da merendeira da escola houve um aumento no consumo
de verduras, certamente, devido à interação e o envolvimento dos
alunos como participantes em todo o processo.
No Viveiro Municipal os alunos tiveram uma aula prática
diferenciada, fizeram o plantio de sementes de árvores nativas em
tubetes e as sementes de verduras na bandeja de isopor. O minhocário
foi de extrema curiosidade pelos pesquisados, pelo fato da minhoca
produzir os húmus, que é usado como adubo orgânico, bem como a
importância da minhoca para o solo.
A visita ao aterro sanitário mostrou a quantidade de lixo gerada
pela cidade, fato que causou espanto aos pesquisados, pois muitos
nunca haviam visto tanto lixo. Essa realidade vista de perto fez com
que os alunos repensassem a sua contribuição para diminuir a
quantidade de lixo em suas residências, a ação proposta foi a de
realizar a separação do material reciclável para a coleta de lixo
seletiva do município, sendo o lixo orgânico separado para produção
de adubo orgânico. Dessa forma, a quantidade de lixo no aterro
sanitário e a poluição do solo, da água e do ar, certamente diminuirão
com o tempo.
A visita à Lagoa de Tratamento fez com que os alunos aprendessem
como é feita à captação do esgoto até seu destino final, bem como
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a importância do tratamento desses dejetos para o meio ambiente
além de não desperdiçar água em suas residências e na escola, assim
poderão reduzir o custo e ajudar o meio ambiente.
No final da pesquisa foi possível observar a aquisição de
conhecimentos, no qual 89% (17) demonstraram que apreenderam o
conteúdo sobre Educação Ambiental, e somente 11% (02)
permaneceram nas mesmas condições anteriores por motivos
desconhecidos. Os dados obtidos na tabela 2 foram os mesmos
utilizados no início do projeto, onde o meio de testar o conhecimento
dos pesquisados foram com desenhos ilustrativos, de um ambiente
preservado e outro destruído.
Na comparação dos dados obtidos no início e no final do trabalho,
apresentados acima, notou-se que houve um grande percentual de
aproveitamento (31%) na aquisição do conteúdo, o que demonstra
que foi proveitoso o desenvolvimento do projeto, sugerindo concluir
que há a necessidade de que seja ampliado o ensino da Educação
Ambiental na Educação Infantil, construindo desde a mais tenra idade
uma consciência ecologicamente correta.
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3. CONCLUSÕES
Um programa de Educação Ambiental, para ser efetivo, deve
promover, simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento,
de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria
de qualidade ambiental.
Os resultados da pesquisa mostraram que há a necessidade de
que seja ampliado o ensino da Educação Ambiental na Educação
Infantil em escolas municipais e que os professores sejam mais
capacitados e comprometidos para tal.
Notou-se que com essa estratégia, conseguiu-se identificar e
definir os problemas ambientais, coletando e organizando
informações e, assim, gerando soluções alternativas.
As práticas ambientais devem ser inseridas desde os primeiros
passos da criança e também somente fomentando a participação
comunitária, de forma articulada e consciente, um programa de
Educação Ambiental atingiria seus objetivos. Para tanto se devem
prover os conhecimentos necessários à compreensão do seu ambiente,
de modo a suscitar uma consciência social que possa gerar atitudes
capazes de afetar comportamentos.
Observou-se ao longo desse trabalho a necessidade de o aluno
não ter um estudo mais aplicado e amplo de várias matérias. Em
relação à questão ambiental, os pesquisados não tinham muito
conhecimento da realidade em que estamos vivendo, pois todo
conteúdo oferecido pelas professoras eram em forma de desenhos,
filmes infantis e histórias de conto de fadas. Os resultados ao meio
do projeto eram nítidos, pois cada aluno já estava fazendo sua
contribuição para o meio ambiente.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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EFEITO DA APLICAÇÃO DE BIOESTIMULANTE NA
SOJA - AVALIAÇÃO FOLIAR
Luiz Felipe Grejo IRENO1
Fernando de Oliveira ROCHA2
Gustavo Consoni ZANCHETTA3
1
Acadêmico do curso de agronomia da FAEF- Garça – SP – Brasil. e-mail:
[email protected].
2
3
Docente do curso de agronomia da FAEF – Garça- SP – Brasil.
Acadêmico do curso de agronomia da FAEF- Garça – SP – Brasil.
RESUMO
Esse experimento consiste em mostrar um estudo feito com
bioestimulante visando à maior quantidade de folhas e altura da
planta. Teve como principio o produto stimulate onde foi aplicado
na área de tratamento, esse produto foi aplicado no sulco de plantio.
Alem de ter diversos fatores externos onde impediram o experimento
de ter maior conclusão, o experimento teve um bom indice de
probabilidade onde podemos ver a diferença visualmente e
significativamente com o analise de variância.
Palavras Chave: Biorregulador, Crescimento, Hormônio,
Pulverização.
ABSTRACT
This experiment is to show a study of biostimulating targeting
the largest amount of leaves and plant height. Was to stimulate
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product where the principle was applied in the area of treatment,
this product was applied at planting. Besides having many external
factors which prevented the experiment from having major
conclusion, the experiment was a good index of probability where
we can see the difference visually and significantly with the analysis
of variance.
Key words: growth regulator Growth Hormone spraying.
1.INTRODUÇÃO
A soja (Glycine max) hoje no mundo é uma cultura de grande
importância pelo seu alto poder econômico. Pois seus Graus são
usados na fabricação de diversos produtos de grande importância
como o óleo vegetal, ração animal e também hoje muito em alta o
uso para a produção do biodiesel (COSTA NETO & ROSSI, 2000, p.4).
A soja tem como origem e adequação no norte da Ásia, china e
regiões. E sua dispersão pelo mundo foi através de embarcações
navais (CHUNG & SINGH, 2008, p. 295-341).
Transformações nos tecidos hormonais das plantas podem mudar
totalmente o desenvolvimento das plantas. Nos quais envolvem a
relação com fatores ambientais (CROZIER et al. 2000, p. 850-894).
SANTOS et al. (2005, p.124-130) analisou diversas dosagens de
bioestimulante na composição de citocinina, ácido indol butírico e
ácido giberélico em plantas de algodão e a aboservação feita foi o
crescimento da área foliar, e altura e crescimento também do estagio
inicial das plantas. CARVALHO et al. (1994), estudou também a
aplicação de fitorreguladores em plantas de algodão e poderiam
concluir que aumentam o peso do capulho e dos grãos.
Índices negativos são dados ao uso de cultivares de soja com
resistência a glifosato. Segundo HARPER (1997, p.8) varias cultivares
possui baixo índice de potencial genético para a produção, possui
casos em que a produtividade baixa está ligada com danos do
herbicida na soja. Para LARCHER(2006, p.295-338), a atuação de
hormônios vegetais esta ligada ao estágio de desenvolvimento e da
ação da planta, de incentivos externos, da parte da planta que recebe
o incentivo e o tempo de ação.
O Brasil, já teve culturas que conseguiram altos níveis
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tecnológicos conseguindo alta produtividade porem algumas não por
limitações nutricionais ou hídricas, então o uso de biorreguladores
vem sendo constantemente usado, que podem ser viáveis em todos
os sentidos (CASTRO, 2006, 46p).
Hormônios vegetais são moléculas presentes nos vegetais, e
alterações na concentração dos hormonios e na sensibilidade dos
tecidos podem mediar os processos de desenvolvimento das plantas,
muitos dos quais envolvem relação biossintéticas, catabólicas, onde
juntas controlam a homeostase dos hormônios no vegetal (CROZIER,
2000, p. 850-894).
Esse experimento teve como principio avaliar um produto
bioestimulante na produção de folhagem de soja.
2. DESENVOLVIMENTO
Brum et al (2005) afirmam, que o agronegócio no Brasil foi
introduzido a partir da soja, por necessidade empresarial de
administração da parte dos produtores, fornecedores dos insumos,
manuseadores da matéria-prima e negociantes.
Segundo Roessing, Sanches e Michellon (2005) a tecnologias pode
ter sido um dos motivos fundamentais para que aumentasse a
produção de soja no Brasil, ocupando o segundo lugar entre os maiores
produtores de soja do mundo.
Substâncias naturais ou não naturais consideradas controladoras
de plantas, seu uso podem ser feitas na aplicação direta as plantas
(folhas, frutos, sementes), provendo alternâncias no processo de
vida e nas estruturas, com finalidade no aumenta da produtividade,
melhor qualidade do produto e facilitar a colheita. Com essas
substâncias, há uma interferência em vários processos, como no
enraizamento, germinação, frutificação, floração, e senescência
(Castro e Vieira, 2001, 132 p).
Muitas pesquisas feitas sobre reguladores vegetais que interferem
na agricultura, destaca-se as floricultura, de olericultura e de
fruticultura. No entanto ainda há poucas pesquisas com grandes culturas,
como acontece com a soja e milho (Klahold, 2006, p. 179-185) .
Recentemente, estudos foram feitos em grandes culturas, como
a soja, o arroz, o milho e o feijão (Vieira, 2001; Castro e Vieira,
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2001, 2003). Estudos têm mostrado ganhos em produção devidos
ganho no sistema radicular na estabilização da cultura logo após a
germinação o ganho de vagens, na soja e feijão.
Os hormônios vegetais são resíduos orgânicos, não são nutrientes,
feitos pela planta, onde as baixas concentrações qualificam, modifica
ou inibem os processos morfologicos e fisiologicos da planta (Castro
e Vieira, 2001, 132p).
Citocininas tem a grande capacidade que promovem divisão
celular, fazendo parte assim do processo de alongamento e
diferenciação celular, principalmente quando se relacionam com as
auxinas.
O ácido giberélico tem efeitos marcantes na germinação das
sementes, ativando enzimas hidrolíticas que fazem desdobramento
onde ha as substâncias de reserva. As giberelinas também fazem a
estimulação ao alongamento e divisão celular. As auxinas têm ação
sobreposta no crescimento celular, agindo assim aumentando a
plasticidade da parede celular, corrigindo este alongamento
irreversível (Arteca, 1995, 332p).
A mistura de mais bioreguladores ou de bioreguladores vegetais
com outras substâncias (aminoácidos, nutrientes, vitaminas), é
nomeada de bioestimulante (Castro e Vieira, 2001 132p).
O Stimulate foi classifico por Castro et al. (1998, p.338-341),
sendo um bioestimulante contendo fitorreguladores. A composição
básica desse bioestimulante há 0,005%, auxina, 0,009% citocinina e
0,005% giberelina. O benefício do uso dos bioestimulantes esta ligada
ao aumento do crescimento e do desenvolvimento vegetal, onde
estimula a divisão, e diferencia o alongamento celular. Os mesmos
autores ainda falam sobre o aumento da absorção e do uso de água
e de nutrientes.
2.1. MATERIAIS E METODOS
STIMULATE é regulador de crescimento vegetal, onde os
ingredientes at ocorrem naturalmente na planta: CINETINA, ÁCIDO
GIBERÉLICO e ÁCIDO 4-INDOL-3-ILBUTÍRICO.
Segundo a bula do produto, há vários modos de ser usado o
produto como mostra a tabela abaixo:
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Os materiais utilizados foram enxada, enxadão, rastelo, bomba
costal, semente, produto Stimulate, dentre outros equipamentos
para o plantio e o manejo do solo.
Os métodos utilizados foram os seguintes: Foi plantada a soja
CV POTENCIA com o espaçamento de 50 cm entrelinha, 18 plantas
por metro linear, 200g de adubo 4-14-8 por bloco, na profundidade
de 2cm e a aplicação com a dose recomendada do produto stimulate.
A área utilizada foi de 20/5m (DBC), repartindo oito blocos de
5/2,5m cada, com o sorteamento dos blocos ao acaso entre a
testemunha e o tratamento. A avaliação desse experimento será
somente a folhagem, tendo como principio comparar o tratamento
e a testemunha.
A aplicação do stimulate foi com a recomendação da bula, onde
foi aplicado 5ml para os blocos de tratamento. O método foi aplicar
o produto diluído em água, através de pulverização, no sulco de
plantio, utilizando-se pulverizadores com bicos tipo leque (ângulo
de 80º ou menor) fixados nas linhas de plantio das semeadoras. O
volume de calda a se utilizar depende da vazão dos bicos, no caso
usamos uma calda de 10L.
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2.2. RESULTADOS E DISCUSÕES
O experimento foi deferido, pois ouve uma diferença significativa
entre a testemunha e o tratamento, o uso de bioestimulante pode
aumentar até o dobro da folhagem da soja, e com isso causando
uma maior produção.
Na tabela 2 esta o quadrado médio, valor de F, coeficientes de
variação e valores médios para as variáveis em relação às cultivares.
O método empregado foi à avaliação foliar onde foi feita a contagem
das folhas por plantas.
Porém houve alguns aspectos externos nas quais não deixaram
ter uma maior media do experimento, que danificaram o solo e a
planta, exemplo desses elementos externos foram a Lebre, onde
foram encontradas plantas danificadas e fezes espalhadas pelo campo
experimental como vemos na figura Abaixo. O excesso da chuva foi
o mais prejudicial, pois impediu o apontamento das plantas pela
camada expeça de solo que ficou sobre as sementes.
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A diferença foi vista visualmente como mostra nas figuras abaixo,
as plantas com o tratamento do bioestimulante estão maiores e com
maior numero de folhas. E assim então tornando o experimento
considerado e de grande importância para o setor agronômico.
Figura 4. Resultados visuais do experimento: A – Comparação de
folhagens entre o tratamento e a testemunha; B – Comparação de
plântulas. Fonte: Imagens próprias do experimento.
3. CONCLUSÃO
Conclui se que o experimento teve significância tanto
aparentemente como mostra nas Figuras acima, como
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estatisticamente. Os bioestimulantes são de grande importância para
o setor agronômico, pois como podemos ver um experimento simples
com bastantes restrições ouve um rendimento espetacular pelo
produto utilizado, que foi o stimulate. Esse método pode visar maior
produção aumentando então o sistema lucrativo do produtor que no
caso é o principal motivo no qual se implantou esse projeto.
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EFEITO DA APLICAÇÃO DE STIMULATE NA SOJA
– AVALIAÇÃO ENRAIZAMENTO
Gustavo Consoni ZANCHETTA1
Luiz Felipe Grejo IRENO2
Fernando de Oliveira ROCHA3
1
Acadêmico do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail:
[email protected].
2
Acadêmico do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil.
3
Docente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil.
RESUMO
O uso de bioestimulantes na cultura da soja visando uma melhor
produtividade vem sendo cada vez mais utilizada por agricultores.
A utilização de bioestimulantes proporciona um acréscimo no
desenvolvimento das plantas, porem poucos estudos abordam
característica fisiológica da soja relacionada à aplicação deste
produto. O experimento foi realizado com uma variedade de soja
(potencia), com a aplicação do stimulate no sulco do plantio, onde
foi observado o crescimento radicular das plantas com a aplicação
do Biorregulador e comparada com o sistema radicular das plantas
que não receberão dose nenhuma do produto.
Palavra chave: Biorreguladores, Crescimento, Produtividade, Raiz.
ABSTRACT
The use of bio-stimulants in soybean aiming better productivity
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is being increasingly used by farmers. The use of bio-stimulants
provides an increase in plant development, however few studies of
physiological characteristics of soybean related to the application
of this product. The experiment was conducted with a variety of
soybean (power), to stimulate the implementation of the planting
furrow, where the root growth of plants with the application of plant
growth regulator was observed and compared with the root system
of the plants that did not receive any dose of product.
Keywords: Bioregulator, Growth, Productivity, Root.
1.INTRODUÇAO
O Brasil esta entre os grandes produtores mundiais de soja
(Estados Unidos, Brasil e Argentina), o Brasil tem o maior potencial
de expansão das áreas cultivadas, dependendo das necessidades do
consumo do farelo e do óleo, pode mais do que duplicar a sua
produção em curto prazo, tornar-se o maior produtor e exportador
de soja e de seus derivados (DALL’AGNOL et al., 2004).
Alterações feitas na concentração hormonal dos tecidos podem
mediar todos os processos de desenvolvimento das plantas, muitos
têm relações com aspectos e fatores ambientais envolvidos (CROZIER
et al. 2000).
Segundo (ono ET AL., 1999). Os bioestimulantes possui
complexibilidade que acelera o equilíbrio hormonal das plantas,
favorecendo seu desenvolvimento genético, estimulando as plantas
terem um desenvolvimento, mas rápido.
O órgão das plantas tende a muda morfologicamente com a
aplicação de bioestimulantes, onde o crescimento e o
desenvolvimento das plantas são favorecido ou inibidos, onde
influencia ou modifica os processos fisiológicos das plantas que tem
a aplicação dos bioestimulantes, e também exerce controle da
atividade meristemática. (Weaver, 1972).
Em grande parte dos órgãos vegetais tem, o crescimento da gema
apical bloqueia o crescimento das gemas axilares. A auxina um
hormônio encontrado nos meristemas apicais é responsável por este
fenômeno, e responsável também pelo crescimento das plantas, onde
influencia diretamente na expansão celular. A função das giberelinas
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está aplicada ao crescimento caulinar. Plantas que tem o contato
com a aplicação de giberelinas podem ter um maior crescimento
das raízes e da sua estrutura (TAIZ e ZEIGER, 2004).
A hipótese deste estudo é de que com a aplicação do
bioestimulante terá um aumento da produtividade da soja devido
ao seu maior desenvolvimento de raiz e de sua estrutura. A ação dos
hormônios vegetais é variável conforme o estágio de
desenvolvimento, sendo mais eficaz na emergência das plantas e no
seu desenvolvimento inicial.
Este estudo tem como objetivo analisar o sistema radicular das
plantas com a aplicação do bioestimulante e de plantas sem o a
aplicação do produto.
2.DESENVOLVIMENTO
Segunda a (Embrapa, 2008), na safra de 2006/2007, o Brasil
obteve o segundo lugar no cenário mundial de produção de soja,
com uma área de 20,7. 106 ha, equivalente à produção de 58,4.
106 t. A produção da soja corresponde a 94,5 % das leguminosas
cultivadas no país, e é um dos principais produtos de exportação.
Nos últimos anos teve um aumento significativo da sua área cultivada,
devido à abertura de novas áreas agrícolas, no caso da Amazônia e
do cerrado, devido a sua utilização na rotação de culturas com a
pastagem onde tem a integração da agricultura com a pecuária, e
tem uma excelente capacidade de fixação nitrogênio. O grão da
soja é oleaginoso e é ótima fonte de proteína, atendendo o paladar
de humanos e animais. Atualmente, em vista alimentar e econômica,
é a mais importante leguminosa cultivada no mundo.
Segundo (CASTRO, 2001), Os biorreguladores são substâncias naturais
que podem ser aplicadas diretamente tanto em plantas ou em sementes
e ate mesmo no solo, e tem como finalidade o aumento da produção e
melhorar a qualidade das sementes. Os biorreguladores têm influencia
diretamente no metabolismo das plantas, podendo aumentar a síntese
de enzimas envolvidas no processo de germinação das sementes e ainda
na frutificação, enraizamento, floração e senescência de plantas.
Os biorreguladores têm em suas formulações, micronutrientes,
para diminuir problemas vindos da deficiência dos mesmos, no
processo de germinação, desenvolvimento e produção dos grãos. A
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importância dos micronutrientes tem a função de agir no metabolismo
das plantas, tendo principalmente como função de catalisadores de
várias enzimas (LOPES, 1989).
2.1. MATERIAIS E METODOS
No dia 28/09/2013 foi medida a área para fazer o experimento,
foi medida 20m por 5m e foi dividida em 8 blocos onde será plantado
uma variedade de soja (potencia), 4 blocos vão ser aplicado o produto
stmulate no sulco do plantio, e os outros 4 vão ficar para testemunha.
Foi utilizada fita métrica, estacas de bambu, bomba costal de
veneno, inchada, e fitas para separar os blocos. O trabalho tem
como finalidade avaliar o enraizamento da planta com stimulate e
da planta sem o stmulate.
2.2. RESULTADOS E DISCUSÕES
O resultado do trabalho foi significante para o uso de
bioestimulantes na aplicação no sulco do plantio de soja, onde
observei as raízes das plantas com a aplicação de stimulate e de
plantas sem o stimulate. Nos blocos que aplicamos os bioestimulantes
as plantas tiveram um maior desenvolvimento do que as do bloco
que não foi aplicado o produto, a raiz das plantas que tiveram a
aplicação do bioestimulante estava em um estagio de
desenvolvimento maior do que as demais, onde resultou em plantas
maiores e com maiores quantidades de folhas. Como podemos ver
na figura abaixo a imagem A teve um melhor resultado.
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3. CONCLUSAO
Conclui-se que o trabalho foi de grande importância, como
podemos observar a aplicação de stimulate rendeu plantas, mas
desenvolvidas do que as demais que não teve nenhum tipo de
aplicação, o trabalho teve como base avaliar o enraizamento das
plantas de soja com a aplicação do stimulate, onde podemos ver nas
figuras acima que as plantas com a aplicação do produto tiveram
um maior desenvolvimento, tornando plantas, mas desenvolvidas
tanto na parte de raiz como a planta toda.
4.REFERECIAS BIBLIOGRAFICA
DALL’AGNOL, A. D., ROSSING, A. C., LAZZAROTTO, J. J., HIRAKURI,
M. H. e EMBRAPA. Ata da XXVI Reunião de Pesquisa de Soja da
Região Central do Brasil. ISSN 1516-781X. Outubro, 2004.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 3.ª ed., Porto Alegre: Artmed,
2004. 559p.
CROZIER, A.; KAMIYA, Y.; BISHOP, G.; YOKOTA, T. Biosynthesis of
hormones and elicitor molecules. In: BUCHANAN, B.B.; GRISSEN,
W.; JONES, R.L. (Ed.) Biochemistry and Molecular Biology of
Plants. Maryland: Amercian Society of Plant Physiologists, 2000. p.
850-894.
ONO, E.O.; RODRIGUES, J.D.; SANTOS, S.O. Efeito de
fitorreguladores sobre o desenvolvimento de feijoeiro (Phaseolus
vulgaris L.) cv Carioca. Revista Biociências, Taubaté, v.5, n.1, p.713, 1999.
WEAVER, R.J. Plant growth substances in agriculture. San Francisco:
W.H. Freeman, 1972. 594p.
CASTRO, P.R.C. Agroquímicos de controle hormonal na agricultura
tropical. Piracicaba, 2001. 46p. (Série Produtor Rural n.32).
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EFEITOS DA APLICAÇÃO DE INOCULANTE NA
CULTURA DA SOJA NO ENRAIZAMENTO
Mateus Teodoro IRENO1
Fernando de Oliveira ROCHA2
1
Acadêmico do curso de agronomia da FAEF- Garça – SP – Brasil. e-mail:
[email protected].
2
Docente do curso de agronomia da FAEF – Garça- SP – Brasil.
RESUMO
Neste trabalho teve como objetivo a avaliação de viabilidade da
aplicação de inoculantes no plantio de soja via semente, onde foi
testado resultados de enraizamento e criação de nódulos, chamados
rizóbios, onde a raiz tem a finalidade de sustentação para a planta
e o principal local onde ocorre nutrição dela mesma, no caso dos
rizóbios eles são responsáveis pela fixação biológica de nitrogênio,
o principal nutriente de uma leguminosa.
Palavras Chave: Nitrogênio, Nódulos, Rizóbio.
ABSTRACT
This study aimed to evaluate the feasibility of inoculant application
in soybean planting by seed, which was tested results of rooting and
establishment of nodules, called rhizobia, where the root has the
purpose of support for the plan and the principal location where it
occurs herself nutrition, in the case of rhizobia they are responsible
for biological nitrogen fixation, the main nutrient of legumes..
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Keywords: Nitrogen, Nodules, Rhizobium.
1.INTRODUÇÃO
A Glycine Max (Soja), planta de origem asiática, nos dias de hoje,
é a leguminosa de grãos mais cultivada no Brasil, e isso foi
conseqüência dos programas de pesquisa que permitiriam o
prolongamento desta cultura por todo a extensão nacional. Os
projetos de desenvolvimento da cultura da soja no Brasil foram
orientados para que a planta pudesse ser cultivada em proporção
comercial, com altos níveis de produção, onde a solicitação de
nitrogênio (N), que é um nutriente primordial para o melhoramento
vegetal, seria concedida com o N derivado da inoculação com rizóbio.
Para a Glycine Max (Soja), o rizóbio é uma designação de
bactérias do gênero Bradyrhizobium, neste artigo foi usado um
produto que contém as bactérias Bradyrhizobium elkanii e
Bradyrhizobium japonicum, apropriadas para formar nódulos nas
raízes e trocar nitrogênio atmosférico (N2) em amônia (NH3),
processo este denominado como Fixação Biológica de Nitrogênio
(FBN).
As plantas usam o nitrogênio na composição de algumas
morfologias e, em seguida, os concedem a todos os indivíduos da
cadeia alimentar. Certas amostras de vegetais manifestam-se com
as bactérias fixadoras de nitrogênio, afastando rigorosamente do ar
o nitrogênio em forma gasosa e resultando-se em formas absorvíveis.
Fixação Biológica de Nitrogênio é uma indispensável origem de
N para a cultura da soja. Bactérias do gênero Bradyrhizobium, quando
em junção com as raízes da soja, infeccionam as raízes, via pêlos
radiculares, produzindo os nódulos. A Fixação Biológica de Nitrogênio
pode, decorrendo de sua eficiência, fornecer todo o Nitrogênio que
a soja precisa.
Várias espécies de plantas expressam a aptidão natural de
agregação com bactérias que fixam o nitrogênio, a competência da
fixação do nitrogênio pode ser acrescentada com a aplicação de
bactérias mais eficientes. Essa eficiência foi averiguada por pesquisas
que afastaram bactérias com alta competência de fixação de
nitrogênio. As bactérias averiguadas são vendidas no mercado apenas
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com o nome de inoculante. O agricultor pode comprar o inoculante
ou as sementes já tratadas com espécies escolhidas de bactérias
fixadoras de nitrogênio e, assim, aumentar a produtividade de sua
cultura.
O nitrogênio é o nutriente exigido em maior massa pela cultura
da Glycine Max (Soja). Avalia-se que para render 1000 kg de grãos
de soja são precisos 80 kg de Nitrogênio. Fundamentalmente, as
fontes de Nitrogênio acessíveis para a lavoura de soja são os adubos
nitrogenados e a fixação biológica do nitrogênio.
2.DESENVOLVIMENTO
“O manejo de inoculação de rizóbios é indispensável em área
de primeiro ano de cultivo da cultura da soja. Mas a aplicação normal,
via semente, nem sempre é eficaz, particularmente para a aplicação
associada do rizóbio com fungicidas, inseticidas e micronutrientes,
que ajudam á causar toxidez às bactérias e estragos incontroláveis
às sementes da cultura da soja” (Vargas & Suhet, 1980).
“Quando a inoculação é manipulada somente na semente de soja,
a nodulação no começo acontece nos primeiros pêlos da raiz (Dart,
1977) e se termina antes de totalmente começar a formação de
grãos, processo esse que acontece no período crítico de pedido de
nitrogênio pela planta da cultura da soja” (Vargas et al., 1982).
“Os nódulos criados nas raízes, em solo com amostra já iniciada
de rizóbio, deixam mais longo o ciclo de fixação biológica de
nitrogênio na soja” (Ciafardini & Barbieri, 1987).
“Possivelmente, em local natural, a inoculação no solo
desenvolvido no sulco poderia ocasionar essa nodulação secundária,
proporcionando um melhor estabelecimento de rizóbios no solo e
um melhoramento na nodulação” (Voss, 2002).
“A maioria das plantações brasileiras com a soja, no entanto, é
plantado no sistema plantio direto, que estimula um ambiente
ecológico diferente daquele do sistema convencional, geralmente
nos primeiros centímetros do solo, onde as reduções na temperatura
e nas mudanças térmicas e melhoramento na umidade no solo ajudam
a atividade microbiana” (Campos & Gnatta, 2006).
“As evoluções são também informados na simbiose rizóbioGarça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 02 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
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leguminosa, analisando, no caso da soja, maior número de células e
desigualdade de Bradyrhizobium, elevado número e massa dos
nódulos, compartilhamento mais profundo dos nódulos no perfil do
solo e um aumento das taxas de fixação biológica de nitrogênio”
(Hungria, 1999).
“A prática de inoculação do rizóbio, unido à semeadura da soja
no sistema de plantio direto, poderia decorrer no aumento da
nodulação, pois situaria o rizóbio de forma mais aglomerada e a
abrangência das raízes, logo após a emergência da planta” (Voss,
2002).
Com a pequena agitação do solo ocasionado na semeadura,
depois daquele momento em que as raízes se desenvolvessem além
da parte de destituição do inoculante, poderá ocorrer menor contato
com os rizóbios e, assim sendo, uma baixa fixação biológica de
nitrogênio.
Existem poucas referências disponíveis em relação dos efeitos
da aplicação do rizóbio no sulco de plantio em relação ao
procedimento de colocá-lo junto à semente, assim como a
conferência entre os seus efeitos em áreas já cultivadas e nãocultivadas. Desta forma, este trabalho teve como finalidade avaliar
a probabilidade da aplicação de inoculante na cultura da soja via
semente.
2.1. MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento será conduzido no campus da FAEF, aonde será
feito oito parcelas do plantio da soja, onde cada parcela terá 12,5
m². O Inoculante será aplicado na semente na hora do plantio, e
depois será feito a análise da quantidade de risóbios que a planta
irá criar com e sem o inoculante. A adubação de plantio foi feita
com o NPK 04-14-08 e plantado 15 sementes por metro linear.
O produto comercial usado foi o “Masterfix Soja”, um inoculante
sólido turfoso para a cultura da soja, onde pode ocasionar 1,4 milhão
de bactérias por semente plantada. O Masterfix Soja é um inoculante
à base de turfa contendo as bactérias Bradyrhizobium elkanii e
Bradyrhizobium japonicum, resultante do trabalho de pesquisas e
controle de qualidade e desenvolvimento pela Stoller do Brasil Ltda.
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A dosagem é de 100g de Masterfix Soja por saca de 50 Kg de
sementes, a dosagem utilizada pode depender do histórico da gleba
onde a cultura será implantada, do nível de tecnologia adotado e da
produtividade esperada, de outros fatores a critério do técnico
responsável pela cultura.
A aplicação deve ser feita em local fresco e à sombra, utilizar
equipamentos específicos para tratamento de sementes, após a
inoculação, as sementes devem permanecer em local fresco e á
sombra, até o momento da semeadura, e é de extrema importância
que a semeadura seja feita no máximo até 18 horas após a inoculação.
2.2. RESULTADOS E DISCUÇÕES
O plantio foi feito no dia 29/10/13 e teve a coleta de dados no
dia 21/11/13, ou seja, teve a duração de 25 dias, a soja ainda estava
no estágio fenológico v3 no primeiro trifólio.
Foi retirada uma planta de cada parcela feita no experimento,
onde foram observados os resultados da inoculação das raízes e
formação de rizóbios.
Os nódulos de rizóbio, para estar em perfeita atividade, devem
estar em sua parte interna com a coloração rósea, pois é sinal que a
leghemoglobina esta em perfeitas condições de fazer a fixação
biológica, podemos observar bem na figura abaixo, desenvolvida
neste experimento.
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3.CONCLUSÕES
Conclui-se que se teve um resultado bem visível e sinuoso, pois
no caso da testemunha, onde não foi feito a aplicação do inoculante,
entre quatro plantas observadas teve a formação de apenas um
rizóbio e raiz má desenvolvidas. Já na raiz com inoculante são bem
visíveis os rizóbios, entre quatro plantas observadas teve a formação
de 10 nódulos de rizóbios. Um aproveitamento de 90%.
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, B.H.C. & GNATTA, V. Inoculantes e fertilizantes foliares
na soja em área de populações estabelecidas de
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Bradyrhizobium sob sistema plantio direto. R. Bras. Ci. Solo, 30:6976, 2006.
CIAFARDINI, G. & BARBIERI, C. Effects of cover inoculation of
soybean on nodulation, nitrogen fixation, and yield. Agron. J.,
79:645-648, 1987.
DART, J. Infection and development of leguminous nodules. In: HARDY,
R.W.F. & SILVER, W. S. A treatise on dinitrogen fixation. Section IIIBIOLOGY. New York, John Wiley & Sons, 1977. p.307-472.
HUNGRIA, M. Características biológicas em solos manejados sob
plantio direto. In: REUNIÓN BIENAL DE LA RED LATINOAMERICANA DE
AGRICULTURA CONSERVACIONISTA, 5., Florianópolis, 1999. Anais.
Florianópolis, Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão
Rural de Santa Catarina., 1999.
VARGAS, M.A.T.; MENDES, I.C.; SUHET, A.R. & PERES, J.R.R.
Inoculação de soja em solos de Cerrado com populações
estabelecidas de Bradyrhizobium japonicum. R. Microbiol, 25:24550, 1994.
VOSS, M. Inoculação de rizóbio no sulco de semeadura para soja,
em um campo nativo, no norte do Rio Grande do Sul. Passo Fundo,
Embrapa Trigo, 2002.
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IDENTIFICAÇÃO DE PROCESSO EROSIVO EM
UMA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE GARÇA, SP
Luis Henrique Fernandes MEIRELLES1
Anderson Jorge ALVES1
Fabiana de Luca XAVIER1
Edgard Marino JULIOR 2
1
Acadêmicos do curso de agronomia da FAEF
2
Docente do curso de agronomia da FAEF
RESUMO
Os processos de erosivos são caracterizados pelo desprendimento
das partículas do solo, devido a vários fatores tais como precipitação
infiltração, vegetação, topografia, natureza do solo e a ação do
homem (quanto ao seu manejo) podendo ser distinguidos de acordo
com sua intensidade e dimensões. O presente trabalho objetivou
identificar o processo erosivo de uma propriedade do município de
Garça-SP e relatar quais foram suas possíveis causas, tendo em mãos
o histórico da área.
Palavras-chave: Erosão, Conservação de Solo, Pastagem.
ABSTRACT
The processes of erosions occur by the loss of soil particles due
to various factors such as precipitation, vegetation, topography, type
of soil and the action of man (regarding the management). This study
aimed to report the erosion of a property of the municipality of
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Garça-SP, Brazil, and described the causes of the erosion.
Keywords: Erosion, Soil Conservation, Pasture.
1. INTRODUÇÃO
A erosão é caracterizada pelo processo de desprendimento e
arraste das partículas do solo causados pela ação da água e vento.
Os fatores que podem influenciar são: chuvas, infiltração, topografia
do terreno, cobertura vegetal e a natureza do solo. Deste modo, a
erosão do solo é um processo complexo que envolve vários fatores
de forma e magnitude de acordo com o local de ocorrência. Um dos
principais problemas de manejo dos solos está relacionado com a
erosão hídrica, que contribui para o empobrecimento e redução ou
perda de sustentabilidade dos agro-ecossistemas devido ao arraste
de solo, água, nutrientes e carbono orgânico a ela associada (BERTONI
e LOMBARDI NETO, 2005).
A erosão dos solos brasileiros apresenta variabilidade espacial e
temporal devido à diversidade climática o que influência o potencial
erosivo das chuvas e variabilidade de solos que influenciam a
susceptibilidade erosiva. Assim sendo, tanto quanto a fatores
intrínsecos e a fatores extrínsecos, ocorrem solos mais ou menos
suscetíveis à erosão (BERTOL et al., 2002).
Assim sendo, o presente trabalho objetivou identificar o processo
erosivo de uma propriedade do município de Garça-SP e relatar quais
foram suas possíveis causas, tendo em mãos o histórico da área.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 MATERIAL E MÉTODOS
O presente estudo foi realizado em uma propriedade rural
localizada no município de Garça-SP situada na estrada de vicinal
para o patrimônio da corredeira do município de Pirajuí-SP denominada
Fazenda Santa Julia. A precipitação média anual da região é de 1.450
mm e a temperatura média anual é de 22° C. O levantamento de solo
foi realizado em pastagem (braquiária) com área de 5.438m² ou 0,5438
hectares com uma declividade de 13% (Figura 1).
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2.2. CARACTERIZAÇÕES DO SOLO
O tipo de solo encontrado no local pertence à ordem Argissolo, de
cor vermelho amarelado apresentando mudança textural abrupta,
sendo classificado como Argissolo Vermelho Amarelado Abrupto. Este
solo apresentava uma perda bastante significativa do horizonte “A”
onde deveria haver uma composição de matéria orgânica com vegetais
existentes, neste caso restando apenas o horizonte “B” apresentando
uma maior quantidade de argila no qual aflorava na superfície devido
a um grande período de erosão laminar. O relevo do local pode ser
classificado como ondulado a moderadamente ondulado.
2.3. VEGETAÇÃO
A vegetação local é pastagem de braquiária, (Brachiaria
decumbens) com manejo tradicional ou uso continuo. No entorno
desta área existe uma propriedade com plantio de seringueira e
uma estrada municipal com bambus (Bambusa vulgaris) e ainda em
alguns locais com Eucalyptus spp.
2.4. HISTÓRICO DO MANEJO E UTILIZAÇÃO DO SOLO
Por se encontrar no antigo polo cafeeiro do interior de São Paulo,
a área foi explorada com monocultura do cultivo de café seguido de
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eucalipto. Atualmente o local se encontra com pastagem sendo que
foi implantado um sistema de terraceamento construído com o uso
de máquinas pesadas.
2.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O solo apresentava uma perda bastante significativa do horizonte
“A” onde deveria haver uma composição de matéria orgânica com
vegetais existentes, neste caso restando apenas o horizonte “B”
apresentando uma maior quantidade de argila no qual aflorava na
superfície devido a um grande período de erosão. Com base nos
dados obtidos o processo erosivo foi a classificação como Erosão
Laminar Severa onde mais de 75% do solo superficial (horizonte A) já
havia sido removido e o subsolo (horizonte B) já aflorava na
superfície.
As erosões laminares ligeiras não apresentaram medidas
suficientes para serem avaliadas com a trena, entretanto estão
presentes na área, podendo ser vistas a olho nu, pelas camadas
visíveis de solo. Podem ter sido provocadas por enxurradas sobre as
partículas de solo havendo desagregação e ruptura das partículas
que se movimentaram para outras posições (Figura 2).
Foi encontrado também no mesmo local erosão em sulcos de 30
m de comprimento com 1,00 m de largura e em alguns casos de 0,80
cm de profundidade com espaçamento em entre eles de 1,5m a 2,0m
aproximadamente. Dessa forma, os sulcos foram classificados como
profundos e repetidos com frequência pois ocupam mais de 75% da
área do terreno (Figura 3).
3. CONCLUSÃO
Com o presente estudo, chegou-se à conclusão que os processos
erosivos foram formados devido ao manejo inadequado do solo. As
possíveis causas devem-se ao fato de que sem um devido
planejamento adequado ao uso e manejo correto no solo, houve
uma enorme concentração de fatores negativos quanto à função dos
seus terraços e ao uso de sua área ao objetivo desejado, ou seja,
com o intuito de obter maior viabilidade de sua área esqueceu-se do
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declive em que havia no local, perdendo assim uma grande extensão
de solo e nutrientes que foram sedimentados logo abaixo ocasionando
um assoreamento em um veio de água.
4 .REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTOL, I.; SCHICK, J.; BATISTELA, O.; LEITE, D.; AMARAL, A.J.
Erodibilidade de um Cambissolo Húmico Alumínicoléptico
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determinada sob chuva natural entre 1989 e 1998 em Lages (SC).
Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.26, n.2, p.465-71,
2002.
BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo, 5 ed., São
Paulo: Ícone 2005, 355p.
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INFLUÊNCIA HÍDRICA NA GERMINAÇÃO DE
SEMENTES DE MILHO (Zea mays L.)
Frederico Coqueiro DIAS
1
Reginaldo Mendes SILVA2
Felipe Camargo de Campos LIMA 3
Roseli Aparecida CARVALHO4
1
Agronomia formado na Faculdade de Agronomia e Engenharia Floresta –
FAEF
2
3
Docente do curso de Agronomia da Faculdade de Agronomia e
Engenharia Floresta –FAEF
Docente do curso de Engenharia Florestal da Faculdade de Agronomia e
Engenharia Floresta –FAEF
4
Discentes do curso de Agronomia da Faculdade de Agronomia e
Engenharia Floresta –FAEF
RESUMO
O Presente Trabalho teve como objetivo deste trabalho foi avaliar
a germinação da cultura do milho (Zea mays L.) com diferentes doses
de água.O experimento foi realizado no município de Garça, no estado
de São Paulo (SP), no laboratório de solos da Faculdade de Ensino
Superior e Formação Integral, em copos plásticos descartáveis cheios
com substrato de fibra de coco. Foram semeadas 2 sementes de
milho a 5 cm de profundidade. O delineamento experimental utilizado
foi o de blocos casualizados com quatro tratamentos e cinco
repetições. Os tratamentos foram constituídos por (0; 2,5; 1,25;
3,75) mililitros de água por copo diariamente.
Palavras-chave: Milho; Água; Germinação; Teste de Germinação.
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ABSTRACT
The present work had the objective of this study was to evaluate
the germination of maize (Zea mays L.) with different doses of
water.The experiment was conducted in the city of Heron, in the
state of São Paulo (SP), the soil lab Faculty of Higher Education and
Comprehensive Training in plastic cups filled with coconut fiber
substrate. 2 to 5 seeds of maize were sown inches deep. The
experimental design was randomized with four treatments and five
replications. The treatments consisted of (0, 2.5, 1.25, 3.75)
milliliters of water per cup daily.
Keywords: Corn, Water, Germination, Germination Test.
1.INTRODUÇÃO
A água é a substância mais encontrada nas plantas, e é uma das
mais importantes na relação entre as plantas e a atmosfera. No
entanto, no campo, o suprimento de água pode ser insuficiente para
o desenvolvimento das plantas de forma satisfatória.
Para a grande maioria das espécies cultivadas, o período
compreendido entre a semeadura e a emergência representa uma
das fases críticas do ciclo da cultura. A água é o fator que exerce a
maior influência sobre o processo de germinação, devendo estar
disponível para as sementes na quantidade exigida pela cultura
implantada (PIANA et al. 1994).
Na planta, o crescimento, o desenvolvimento e a translocação
de fotoassimilados estão diretamente associados à disponibilidade
de água no solo (FANCELLI; DOURADO-NETO, 2000). No processo de
fotossíntese, o déficit hídrico influencia no acúmulo de matéria seca,
limitando a quantidade de CO 2 disponível e os processos de
crescimento (EMBRAPA, 1993).
O milho que tem origem nas Américas, de forma mais precisa no
México, é cultivado por antigas civilizações que ali habitavam há
aproximadamente oito mil anos (SANTOS, 1997).
Dentro a classificação botânica, o milho pertence à família
Poaceae, gênero Zea, espécie Zea mays L. (CAMPOS, 1998).
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Das culturas economicamente interessantes para o país, destacase a de milho (Zea mays L.), pois tem um importante papel
socioeconômico além de ser uma excelente matéria-prima de diversos
setores agroindustriais (FANCELLI; DOURADO-NETO, 2000).
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, totalizando
53,2 milhões de toneladas na safra 2009/2010. A primeira ideia é o
cultivo do grão para atender ao consumo na mesa dos brasileiros,
mas essa é a parte menor da produção. O principal destino da safra
são as indústrias de rações para animais.
Cultivado em diferentes sistemas produtivos, o milho é plantado
principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O grão é
transformado em óleo, farinha, amido, margarina, xarope de glicose
e flocos para cereais matinais.
O estudo das projeções de produção do cereal, realizado pela
Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa, indica aumento de 19,11
milhões de toneladas entre a safra de 2008/2009 e 2019/2020. Em
2019/2020, a produção deverá ficar em 70,12 milhões de toneladas
e o consumo em 56,20 milhões de toneladas. Esses resultados indicam
que o Brasil deverá fazer ajustes no seu quadro de suprimentos para
garantir o abastecimento do mercado interno e obter excedente
para exportação, estimado em 12,6 milhões de toneladas em 2019/
2020. Número que poderá chegar a 19,2 milhões de toneladas.
O Brasil está entre os países que terão aumento significativo das
exportações de milho, ao lado da Argentina. O crescimento será
obtido por meio de ganhos de produtividade. Enquanto a produção
de milho está projetada para crescer 2,67% ao ano nos próximos
anos, a área plantada deverá aumentar 0,73%.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar germinação da
cultura do milho com diferentes doses de água.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Milho
De todos os cereais cultivados no país, o milho é o mais expressivo,
com aproximadamente 40,8 milhões de toneladas de grãos produzidos,
em uma área total de 14,7486 milhões de hectares (CONAB, 2008),
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referente a duas safras, tradicional e safrinha. Por suas características
fisiológicas a cultura do milho tem alto potencial produtivo, já se
obteve produção superior a 16 t ha-1, em concursos de produtividade
de milho. Entretanto, a média nacional de produtividade é baixa, por
volta de 3.897 kg ha-1, demonstrando que os mais variados sistemas
de produção de milho deverão ser ainda bastante melhorados para se
conseguir um aumento na produtividade e na rentabilidade que a
cultura pode proporcionar (CRUZ et. al., 2008).
Assim como a maioria das culturas econômicas, o milho requer a
interação de um conjunto de fatores edafoclimáticos apropriados
para o seu desenvolvimento satisfatório.
Sendo o milho uma planta cujo sistema radicular tem grande
potencial de desenvolvimento, é desejável que o solo seja profundo
(mais de 1 m). Solos rasos dificultam o desenvolvimento das raízes e
possuem menor capacidade de armazenamento de água, estando
sujeitos a um desgaste mais rápido em função da pouca espessura
do perfil (LANDAU et. al., 2010).
2.2. Profundidade de Semeadura
A profundidade de semeadura está ligada a diversos fatores, tais
como temperatura do solo, umidade e tipo de solo. A semente deve
ser colocada numa profundidade que permita um bom contato com
a umidade existente no solo. No entanto, a escolha da profundidade
de semeadura vai depender do tipo de solo. Em solos mais pesados,
com drenagem deficiente ou outros fatores que possam dificultar o
alongamento do mesocótilo, tornando mais difícil a emergência de
plântulas, as sementes devem ser colocadas entre 3 e 5 cm de
profundidade. Já em solos mais leves ou arenosos, as sementes podem
ser colocadas em profundidades maiores, entre 5 e 7 cm de
profundidade, para que elas se beneficiem do maior teor de umidade
do solo que ali se encontra (CRUZ, et. al., 2008).
2.3. Necessidade Hídrica
O milho é bastante exigente em água. No entanto, pode ser
cultivado em regiões onde as precipitações variam desde 250 mm
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até 5000 mm anuais, sendo que a planta consome, durante seu ciclo,
a quantidade média de 600 mm. O consumo de água pela planta, na
germinação e nos estádios iniciais de desenvolvimento, num clima
quente e seco, raramente excede 2,5 mm/dia. Durante o período
compreendido entre o espigamento e a maturação, o consumo pode
subir para 5 a 7,5 mm diários. Porém, se a temperatura estiver muito
alta e a umidade do ar muito baixa, o consumo poderá atingir até 10
mm/dia (LANDAU et. al., 2010).
2.4. Germinação
As sementes têm como função perpetuar a sua espécie, e estas
são a principal contribuinte para a expansão e desenvolvimento da
agricultura (HADDAD, M. L.; VENDRAMIM, J. D., 2006).
As sementes são compostas por três partes: cobertura, tecido
de reserva e eixo embrionário.
A cobertura tem como função unir as partes internas da semente,
proteger e regularizar o processo germinativo (TAIZ; ZEIGER, 2006).
O tecido de reserva nutre o eixo embrionário para que ele possa
crescer inicialmente. O eixo embrionário é o que formará um novo
indivíduo adulto. (MAGUIRE, J. D., 2006).
Para germinar a semente exige uma certa porcentagem de água
que varia entre as espécies. Sementes monocotiledôneas, como
cereais por exemplo, devem alcançar de 35 a 40% de umidade para
que germinem. Por outro lado, as dicotiledôneas só começam a
germinar depois de atingirem de 50 a 55% de água (FILHO, M., 2005).
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Em condições adequadas de campo, após a semeadura, as sementes
absorvem água e começam a crescer. A radícula é a primeira a se
alongar, seguida pelo coleóptilo, com plúmula incluída. Esse estádio,
conhecido como VE, é atingido pelo rápido crescimento do mesocótilo,
que empurra o coleóptilo em crescimento para a superfície do solo.
Em condições de temperatura e umidade do ar adequadas, a
emergência ocorre 4 a 5 dias após a semeadura, porém, em condições
de baixa temperatura e pouca umidade, a germinação pode demorar
até duas semanas ou mais (MAGALHÃES e DURÃES, 2010).
2.MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
Foi testada a germinação do milho, a semente DKB 370 VT PRO
com diferentes doses de água. Como delineamento estatístico, foi
utilizado o de blocos casualizados com quatro tratamentos e cinco
repetições.
Cada bloco continha vinte e cinco copos plásticos brancos de
150 ml cada, sendo que a cada cinco representava uma repetição
cheios com substrato.
3.2 SUBSTRATO
O Substrato utilizado para realizar este experimento foi o
substrato comercial Bioplant Prata HT de fibra de coco, de pH de
5,8 com variância de 0,5 pra mais ou menos, umidade de 55%, cujo
o registro no MAPA é MG – 89519 10023-1 e tem como data de
fabricação o dia 09/01/2013.
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3.3 LOCALIZAÇÃO
O experimento foi conduzido no laboratório de solos, no campus
experimental “Rosa Dourada” da Faculdade de Ensino Superior e
Formação Integral, localizada no município de Garça – SP.
3.4 SEMENTES
Para a realização deste trabalho foram utilizadas sementes de
milho da variedade DKB 370 VT PRO com poder germinativo de 95%
e pureza de 98%. Foram colocadas duas sementes em cada copo.
3.5 ÁGUA
A água utilizada neste experimento foi controlada, e colocada
com auxílio de uma pipeta sobre o local onde as sementes se
encontravam no substrato dentro do copo plástico descartável.
3.6 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO
3.6.1 PREPARO DOS COPOS ENCHIMENTO COM SUBSTRATO
Para a realização deste trabalho foram utilizados copos plásticos
descartáveis brancos com capacidade líquida de 150 ml. Os copos
tiveram a extremidade inferior furada e então foram cheios com
substrato comercial Bioplant Prata HT de fibra de coco com
características citadas acima.
3.6.2 SEMEADURA
A semeadura foi realizada manualmente, depositando duas
sementes de milho em cada copo plástico a uma profundidade de
2,5 cm e cobertas com substrato.
3.6.3 IRRIGAÇÃO
Para fornecer água as sementes de milho foi utilizada uma pipeta
plástica milimetrada para que pudesse colocar a dose adequada a
cada tratamento que são:
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·
T1à 00ml de água
·
T2à 2,5ml de água
·
T3à 1,25ml de água
·
T4à 3,75ml de água
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A água foi fornecida para todos os tratamentos, exceto para a
testemunha, em suas respectivas doses, diariamente.
3.7. AVALIAÇÕES
3.7.1 CARACTERÍSTICAS AVALIADAS
No presente trabalho foi avaliada a porcentagem de germinação
de sementes de milho sob as condições de água impostas a elas de
acordo com cada tratamento.
3.7.8 ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Os dados foram submetidos ao teste de variâncias através do
(sisvar) ao nível de significância a 5%. E para o teste de médias, o
teste de TUKEY a 5%.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na tabela abaixo é possível visualizar os resultados do teste de
Tukey a 5%.
Observando o gráfico abaixo podemos ver a diferença na
porcentagem de germinação entre os tratamentos, porém estes
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mesmos resultados não se diferem significativamente quando
aplicados ao teste de Tukey a 5% no oitavo dia após a semeadura.
No entanto, se diferem no período de germinação e na
uniformidade como podemos observar nas fotos abaixo:
Os tratamentos T2 e T3 são uniformes no tamanho de plântulas
recém-germinadas ao contrário do T4.
7. CONCLUSÃO
Com os resultados obtidos neste trabalho pode-se concluir que
apesar da água ser um fator limitante para a germinação não houve
diferença significativa entre os tratamentos já que todos germinaram.
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A única diferença que pode ser observada foi a uniformidade
entre as plântulas de um mesmo tratamento, as plantas que
receberam as menores doses de água germinaram com maior
igualdade.
8. REFERÊNCIAS
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IRRIGAÇÃO LOCALIZADA: GOTEJAMENTO E
MICROASPERSÃO
Nathane Colombo MENEGUCCI ¹
Renato Maravalhas de Carvalho BARROS ²
¹ Discente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail:
[email protected]
² Docente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail:
[email protected]
RESUMO
A irrigação localizada é entendida pelos sistemas de irrigação
nos quais a água é depositada ao solo, diretamente sobre a região
radicular, em pequenas proporções, porém com alta frequência, de
modo que conserve a umidade do solo na zona radicular próxima à
“capacidade de campo”. O objetivo do presente trabalho foi propor
uma análise comparativa entre os sistemas de irrigação localizada
com gotejadores e microaspersores.
Palavras-chave: Gotejadores, irrigação, microaspersores.
ABSTRACT
Localized irrigation is understood by irrigation systems in which
water is deposited on the ground, directly over the root area, in
small proportions, but with high frequency, so that conserve soil
moisture in the root zone to the next “field capacity “. The aim of
this study was to propose a comparative analysis of the systems of
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drip irrigation with drip and micro sprinklers.
Keywords: Drippers, irrigation, micro sprinklers.
1. INTRODUÇÃO
Existem, essencialmente, quatro formas de aplicação de água
às plantas, que determinam os principais sistemas de irrigação: por
superfície, aspersão, localizada e subsuperficial. Seja qual for o
sistema de irrigação, este deve ter por objetivo a reposição da
quantidade de água exigida na área irrigada, buscando manter níveis
elevados de eficiência e uniformidade.
Todos os sistemas apresentam vantagens e desvantagens, porém
cada situação em particular deve ser analisada, proporcionando
soluções em que as vantagens específicas possam equilibrar as
limitações naturais dos métodos: pode-se dizer que deve haver um
sistema de irrigação ajustado para cada condição, cuja escolha é
importante para o sucesso da cultura irrigada.
Entre os sistemas, a irrigação localizada aparece como um dos
métodos mais modernos de conduzir a água até plantas. Ainda que
se pense que este método tem por objetivo principal a economia da
água, mesmo que de fato economize, o princípio básico que levou
ao seu desenvolvimento foi a manutenção de um determinado grau
estável de água no solo, que pudesse dar às plantas, ao longo do seu
ciclo, condições de vida mais homogêneas e regulares possíveis,
quando se trata de umidade e fertilização.
A princípio todos os sistemas de irrigação localizada forneciam
água às plantas por fontes adaptadas, empregando dispositivos
chamados gotejadores. Todavia, com o aparecimento dos
microaspersores, dispositivos que aspergem água de forma a cobrir
uma pequena área, os sistemas de irrigação localizada tornaram-se
mais adaptáveis a diferentes condições de cultura e solo.
Pode-se dizer que as formas de irrigação localizada, gotejamento
e microaspersão, devem ser consideradas como uma nova concepção
agronômica para a condução das culturas, sob condições
intensamente controladas de umidade no solo, fertilização,
salinidade, etc., e que possui um efeito significativo na reação das
plantas, época de colheita e qualidade de produção.
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O objetivo do presente trabalho foi propor uma análise
comparativa entre os sistemas de irrigação localizada com
gotejadores e microaspersores.
2. DESENVOLVIMENTO
Gotejamento e microaspersão são sistemas muito disseminados, sendo
o primeiro mais antigo no Brasil (1972) e o segundo mais recente (1982).
Diferem entre si quanto à aplicação de água: no gotejamento utilizam-se
vazões menores, de 1 a 20 l/h, gota a gota, e na microaspersão as vazões
são aplicadas de forma pulverizada, de 20 a 150 l/h.
2.1. Irrigação Localizada
Irrigação localizada é caracterizada segundo Abreu et al. (1987)
como a aplicação de água no solo em uma zona mais ou menos
limitada do volume radicular, se caracterizando por: a) molhar apenas
uma parte do sistema radicular, aplicando água sobre ou abaixo da
superfície; b) utilizar pequenas vazões com baixa pressão; c) aplicar
a água próximo às plantas através de pontos de difusão, que em
alguns casos pode ser alto; d) ao reduzir o volume de solo encharcado
e, portanto, sua capacidade de armazenamento de água, atua-se
com a frequência necessária para manter um alto teor de umidade
no solo (irrigação com alta frequência).
Os primeiros sistemas de irrigação localizada, inicialmente em
gotejamento, segundo Karmeli & Keller (1974), surgiram na Inglaterra,
onde predominava a vegetação. Sua utilização no campo começou
por volta de 1950, em Israel. A partir de 1960, a irrigação localizada
cresceu, sendo utilizada hoje em dia em vários países, principalmente
nos Estados Unidos, Austrália, México, Espanha e Israel.
GUSTAFSON (1976) fez uma apuração das áreas irrigadas com
irrigação localizada em vários países. Em meio aos fatores e condições
que mais contribuíram para a ampliação desse método estão: a)
regiões com baixa precipitação pluviométrica ou pouca
disponibilidade de água e/ou má qualidade da água; b) plantio de
pomares em áreas com marcante declividade; c) regiões onde o custo
da água e da mão-de-obra são elevadas.
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A utilização desse sistema pode ser proveitosa em diversas
condições. DASBERG & BRESSER (1985) citaram que a principal
vantagem da irrigação localizada é o alto grau de controle de
aplicação de água que ela proporciona. O sistema condensa uma
grande quantidade de emissores por unidade de área com alta
igualdade de descarga. Com isto é possível conferir a eficiência de
aplicação em campo dos métodos superficiais, aspersão e localizada,
usando a definição de BOS (1977), em que a eficiência de aplicação
é a relação entre a quantidade de água aplicada na área irrigada e a
água necessária para manter o nível da mesma no solo acima do
mínimo conveniente para cultura.
WU & GITLIN (1983) entenderam que a eficiência da aplicação
de 90 % pode simplesmente ser obtida com irrigação localizada
comparada com os 60-80 % da aspersão e 50-60 % da superficial.
Nesses cálculos admite-se que a variação do fluxo do emissor não
deve ultrapassar 20 %, o que é um bom critério de acordo com
SOLOMON & KELLER (1978).
Segundo AZEVEDO (1986) o método de irrigação localizado alcança
seu ponto máximo quando aplicado nas seguintes condições: cultura
de grande espaçamento, igual ou superior a 2 metros entre linhas,
onde pode ser usada, de preferência, uma tubulação com emissores
para duas fileiras de plantas; culturas sensíveis a pequenas variações
de umidade no solo, respondendo com perdas destacadas na
produtividade; culturas que exigem doses constantes de fertilizantes,
uma vez que o método possibilita a aplicação do adubo através da
água de irrigação; culturas com alta lucratividade por unidade de
área, a exemplo do mamão, uva, banana, etc.; pouca mão-de-obra;
topografia com qualquer declividade, desde que seja homogênea.
Entre as principais limitações podem-se destacar o alto custo
inicial. Este custo, segundo ARMONI (1984), precisa de uma análise
econômica da cultura, que leva em conta três fatores: 1) a
contribuição do ecossistema na produtividade da cultura em kg ha-1;
2) a colaboração do sistema na melhor qualidade do produto; 3) o
preço unitário do produto.
Considera-se ainda, que devido as diminutas dimensões dos
orifícios do emissores, há uma invariável, exigindo sistemas de
filtragem altamente eficientes. O custo dos filtros pode constituir
de 5 a 20 % do preço dos equipamentos.
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Segundo SCALOPPI (1986), outra limitação diz respeito à forte
dependência que a execução do sistema apresenta à qualidade do
equipamento e às condições observadas no dimensionamento.
Equipamentos com baixa qualidade industrial, exibindo grande
variabilidade entre as características operacionais dos emissores
resultam em reduzida uniformidade de emissão, e podem causar
perdas de água e nutrientes, ou deficiências hídricas às culturas.
Pode-se citar ainda o grande número de tubulação na área irrigada,
complicando o controle mecanizado de ervas daninhas, bem como a
colheita mecanizada. Em geral os sistemas de irrigação localizada são
fixos e constituídos de: a) motobomba; b) cabeçal de controle; c) linha
principal; d) válvulas; e) linha de derivação; f) linha lateral; g) emissores.
2.1.1. Irrigação por Gotejamento
Segundo ARMONI (1984) a irrigação por gotejamento existia no
mundo há muitos anos, porém de forma primitiva. Nesse sistema a
aplicação da água é feita por meio de pequenas peças, chamadas
gotejadores ou emissores, acopladas em tubulações flexíveis de
polietileno. A este conjunto é chamado linha de gotejadores, linha
de emissores ou linha lateral de irrigação.
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Introduzidos na linha lateral, os gotejadores dispersam a energia
da água, de forma a emitir gotas ou um filete contínuo próximo da
planta a ser irrigada. A sua inserção no tubo pode ser feita “sobre a
linha”, “em linha entre duas seções do tubo” ou no “prologamento
da linha”, com espaçamento constante ou não, de acordo com KELLER
& KARMELI (1975).
A relação entre a vazão e a pressão na entrada do gotejador, a
perda de carga localizada com a sua introdução no tubo, o tamanho
do gotejador e o regime de escoamento nele efetivo constitui suas
características hidráulicas. Essas características, segundo GILLARD
et al. (1974), são empenhadas pela geometria, material e processo
do gotejador na linha lateral. SOLOMOM (1978) assegura também
que a variação na fabricação do dispositivo de emissão é um
considerável fator que influencia a uniformidade de emissão no
sistema de irrigação por gotejamento.
VERMEIREIN & HOBLING (1980) acreditam que o emissor, em um
sistema de irrigação localizada, deve apresentar: a) descarga
uniforme e constante; b) abertura suficiente para evitar
entupimentos; c) baixo custo, robustez e homogeneidade.
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Os métodos normalmente empregados para dissipar energia de
pressão nos emissores são os de orifícios e de percurso longo. Em
qualquer um deles a relação entre descarga e pressão, de acordo com
KELLER & KARMELI (1975) pode ser caracterizada pela seguinte equação:
q= k . Hx
em que:
q= vazão do emissor (l/h);
k= coeficiente de cada emissor;
H= pressão na entrada do emissor;
x= expoente de descarga do emissor que caracteriza o regime
de fluxo.
OLITTA (1984), afirma que em sistemas de dissipação por orifícios,
frequentemente ocorre o regime de fluxo turbulento, e que o sistema
de dissipação de longo percurso exibe o expoente x variando de 0,5 a
1,0. Isto significa que nos emissores de fluxo laminar o contato entre
a vazão e a pressão é proporcionalmente linear, isto é, quando se
dobra a pressão, a vazão também é dobrada. Nos emissores de fluxo
turbulento a vazão é proporcional à raiz quadrada da pressão, isto é,
para o dobro da vazão é necessário aumentar quatro vezes a pressão.
Os emissores oferecem um pequeno orifício de saída da água (1
a 2 mm). Baixas variações neste orifício provocam grandes mudanças
na descarga e uma mesma pressão. VERMEREIN & JOBLING (1980)
comprovaram que essas diferenças podem exceder à 10 %, o que em
alguns casos as tornam mais expressivas que variações da vazão
devido as diferenças de pressão ao percurso da linha lateral.
O coeficiente de variação de fabricação (CVF) é o parâmetro
utilizado para medir a variação de vazão provocada pela divergência
entre os emissores. É obtido pela seguinte expressão:
CVF= gama (q) : qmf
em que:
CVF= coeficiente de variação de fabricação;
gama (q)= desvio padrão da vazão à uma pressão de referência;
qmf= vazão média à uma pressão de referência.
NAKAYAMA & BUCKS (1986) indicaram, como as fundamentais
causas na variação da fabricação, a falta de habilidade para admitir
tolerâncias dimensionais devido a pressão e temperatura de
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fabricação, modificações no material utilizado, projeto do emissor
e molde usado.
Além do processo da fabricação e da variação de pressão ao
longo da linha lateral, a alteração de temperatura da água também
colabora para que haja mudanças na vazão dos gotejadores. Segundo
PARCHOMEHOK (1976), mudanças na viscosidade, em função da
temperatura da água, podem despertar variações na vazão dos
emissores, maior do que o limite máximo, de mais ou menos 10 %,
caso o regime de escoamento no emissor seja laminar. Quando o
regime de escoamento no emissor for turbulento, a vazão não será
prejudicada por mudanças na viscosidade, o que também foi
observado por KELLER & KARMELI (1975).
2.1.2 Irrigação por Microaspersão
A microaspersão é um dos sistemas de irrigação localizada, criado
a partir de outro já existente, o gotejamento, que fornece água às
plantas através de fontes naturais por meio de dispositivos conhecidos
como gotejadores. Ela é executada através dos microaspersores,
que nada mais são que pequenos aspersores que fazem uma irrigação
localizada, requerendo baixa pressão, com maior economia de água.
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A irrigação por microaspersão tem sido muito desenvolvida
nos últimos anos, ampliando-se a sua aplicação à irrigação em
pomares, hortaliças, viveiros e estufas. Teve origem em Israel,
na década de 70, sendo que seu uso acabou se difundindo pelo
mundo inteiro.
Segundo HOWELL & HILLER (1974) a microaspersão é um método
de irrigação localizada em que a água é aplicada nas plantas com
grande frequência e em quantidades próximas de seu uso, reduzindo
assim as perdas por percolação profunda, escoamento superficial e
evaporação. Este sistema utiliza tubulações plásticas de baixo
diâmetro, com emissores denominados microaspersores, espaçados
de maneira a depositar água na superfície do solo, em direção ao
sistema radicular da planta.
As vantagens da irrigação por microaspersão, segundo VERMEIREN
& JOBLING (1980) são: manejo simples; aplicação de pouca mão-deobra; maior controle da água aplicada; uso de água salina e utilização
de baixas vazões.
O alto grau de desenvolvimento que o sistema tem alcançado
nos últimos anos, se deve, em especial, às seguintes vantagens,
mencionadas por FISHER (1977) e KOEKEMOER (1979): a) economia
de água e energia; b) alta eficiência no sistema; c) uniformidade de
aplicação de água; d) possibilidade de emprego de água mais salina
que outros métodos; e) filtragem a baixo custo; f) possibilidade de
fertirrigação; g) independe da topografia e tipo de solo; h) elimina
perigos de erosão; i) simples localização de microaspersores
entupidos; j) não interfere no tratamento fitossanitário; k) pouca
mão-de-obra.
Segundo ARMONI (1986), na irrigação por aspersão numa
determinada acomodação de aspersores pode não se alcançar o nível
desejado de uniformidade. Tal situação pode ser modificada pela
mudança no espaçamento ou pela adição de um segundo bocal ao
aspersor. Já na microaspersão a situação é absolutamente diferente,
pois a água é aplicada diretamente ao solo, com quase ou nenhum
reconhecimento.
As linhas laterais ou linhas porta-emissores apresentam
microaspersores espaçados de acordo com o tipo de solo, cultura a
ser irrigada e as características dos microaspersores.
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Os microaspersores, introduzidos na linha lateral, espalham a
energia da água, transmitindo-a pelo solo em forma de gotas, de
modo a propiciar uma superfície úmida. Essa superfície muda com
as características do microaspersor e com a pressão de serviço. A
adição do microaspersor na linha lateral, segundo BRUMMER et al.
(1979) pode ser feita em linha por meio de adaptadores de rosca ou
de pressão, ou ainda empregando uma haste prolongadora para linhas
laterais enterradas.
BRUMER et al. (1979) aponta que vários tipos de microaspersores
foram desenvolvidos nos últimos anos, com a finalidade de dar vazão
e distribuição precisa, adaptadas a um mecanismo durável, podendose encontrar uma série de opções adaptáveis e demarcar as culturas.
SOLOMON (1979) propôs um coeficiente para medir a variação
da forma dos emissores causada pelo processo de fabricação, em
função da vazão média dos emissores e do desvio padrão da vazão,
obtido a pressão de serviço dos emissores e a temperatura constante.
Este coeficiente é um considerável componente na seleção dos
emissores.
O PNB 12:02.08.-022, da Associação Brasileira de Normas Técnicas
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ABNT (1986), apresenta a seguinte classificação para os
microaspersores, de acordo com o valor do coeficiente de variação
da vazão:
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com apoio na revisão bibliográfica feita e nos resultados
levantados, a análise comparativa entre sistemas de irrigação
localizada com gotejamento e microaspersão, apresentam as
seguintes conclusões: a) o sistema de irrigação por gotejamento,
hoje em dia, apresenta menor custo do que o sistema de
microaspersão; b) os gotejadores são mais sujeitos a obstrução que
os microaspersores; c) na microaspersão a distribuição de umidade
lateral pouco depende das carcterísticas do solo. O mesmo não
acontece com o gotejamento; d) o comprimento da linha lateral do
sistema de gotejamento comumente é maior que o de microaspersão.
Levando-se em conta principalmente o preço dos sistemas,
recomenda-se o gotejamento à microaspersão. De maneira geral, o
gotejamento é recomendado para culturas com pouco
desenvolvimento radicular e, microaspersão para culturas com grande
desenvolvimento radicular. Para os solos arenosos deve-se dar
preferência para o sistema de microaspersão.
No Brasil recomenda-se o gotejamento para as seguintes
culturas: banana, cacau, café, hortaliças (tomate, morango, ervilha,
pepino, beringela, etc.), mamão, melão, pimenta-do-reino, viveiro
de mudas frutíferas e de plantas ornamentais. A microaspersão
deve ser usada principalmente em: abacate, caju, citrus, guaraná,
manga, seringueira, etc.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NOGUEIRA, A.M. Características Hidráulicas e Distribuição de Água
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MELHORAMENTO GENÉTICO DO AMENDOIM –
REVISÃO DE LITERATURA
Diego Augusto Moura SILVA1
Giovana de Azevedo PAIVA2
1
Discente do Curso de Agronomia - FAEF
2
Docente do Curso de Agronomia - FAEF
RESUMO
O amendoim é uma dicotiledônea da família das Legumiosae. O
gênero Arachis é nativo da América do Sul, e é uma das oleaginosas
mais importantes no mundo. A cultura do amendoim vem ganhando
cada vez mais espaço no cenário nacional, devido ao fato da cultura
ser utilizada em áreas de renovação de outras culturas, como por
exemplo: canaviais e pastagens. A sua utilização tem como principal
destino a indústria alimentícia, além da sua utilização para a
produção de biodiesel. O ciclo do amendoim no estado de São Paulo
é de 130 a 140 dias, dependendo do genótipo. Desta forma, este
trabalho tem como objetivo mostrar o avanço do melhoramento
genético do amendoim no país.
Palavra Chave: Arachis hypogaea L, genética vegetal, indústria
alimentícia.
ABSTRACT
Groundnut is a dicot family of Legumiosae. The genus Arachis is
native to South America, and is one of the most important oil crops
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in the world. The peanut crop is gaining more space on the national
scene due to the fact that culture is used in renewal areas other
cultures, such as: sugar cane and pasture. Its use has as main target
the candy and confectionery industry, in addition to their use for
the production of biodiesel. The cycle of peanuts in the state of São
Paulo is 130 to 140 days, depending on the genotype. Thus, this
work aims to show the progress of peanut breeding in Brazil.
Keyword: Arachis hypogaea, food industry, plant genetics
1.INTRUDUÇÃO
O amendoim (Arachis hypogaea) é uma oleaginosa de grande
valor econômico, com uma produção superior a 31 milhões de
toneladas em grãos, e 6 milhões de toneladas em óleo, liderada
pelos principais produtores mundiais: China, Índia e EUA (FAO, 2011).
No Brasil, a produção da lavoura tem se situado em 345 mil toneladas
de amendoim em vagens, oriunda das regiões Sul, Sudeste, CentroOeste e Nordeste (IBGE, 2012)
O Brasil já foi um dos maiores produtores de amendoim do mundo,
ocupando papel expressivo, tanto para o suprimento interno de óleo
vegetal, quanto na exportação de subprodutos. Porém, a partir da
década de 1970, diversos fatores mercadológicos, políticos e
tecnológicos levaram à redução do cultivo nacional e, indiretamente,
modificaram o perfil do mercado desta oleaginosa (FREIRE et al.,1998).
Desde o início dessa década, o processo produtivo do amendoim,
Arachis hypogaea L., passou por uma série de modificações, desde a
adoção de novas cultivares, destacando-se as de hábito rasteiro (grupo
Virginia) até a utilização de maquinário moderno adaptado a estas
cultivares. Devido a boa aceitação de estas cultivares pelo mercado
externo (grãos maiores e de coloração castanho clara), bem como
pelas suas vantagens agronômicas (dormência das sementes, maior
resistência a aflatoxina e maior produtividade) (GODOY, 2002).
2.DESENVOLVIMENTO
O melhoramento de plantas é uma ciência multidisciplinar, à
qual a humanidade deve grande parte do seu sustento, e que procura
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agregar nas cultivares em vias de lançamento, boas características
às já disponíveis, ou características que compensem perdas devidas
à erosão genética, à evolução
dos patógenos, a problemas de indisponibilidade ou ainda a custos
crescentes de insumos, ou múltiplas outras causas que determinem
insatisfação com as cultivares em uso (VALLS, 2003).
A incorporação de características desejáveis via hibridação entre
espécies selvagens e a cultivada é, de certo modo, laboriosa e
necessita de manipulação genética devido às diferenças encontradas
entre estas espécies nos níveis de ploidia e barreiras interespecíficas.
Segundo Murty et al. (1981) alguns híbridos têm sido produzidos nestes
últimos anos. A grande maioria deles foi utilizada em análises
citológicas para avaliação do relacionamento entre as espécies,
entretanto, ressaltam que é difícil produzir híbridos desejáveis devido
às incompatibilidades interespecíficas.
No melhoramento de plantas, três recursos básicos devem ser
explorados para que se consiga maior variabilidade genética. O
primeiro é o conhecimento das diferenças hereditárias entre os
genótipos da espécie cultivada. O segundo, refere-se às diferenças
que podem ser criadas artificialmente pelo uso de mutagens e o
terceiro são as diferenças que ocorrem entre os relativos selvagens
das espécies cultivadas (FARIAS, 1996).
Um importante banco de germoplasma no Brasil é a Embrapa
Cenargen, que é constituído de 928 acessos, 847 dos quais originários
do Brasil, 48 do Paraguai, 13 da Bolívia, 13 da Argentina e 7 do
Uruguai (VALLS, 1997). A maioria desses acessos é mantida no Instituto
Agronômico de Campinas (IAC) em trabalhos de parceria com o
Cenargen. A Embrapa Algodão quando iniciou as pesquisas com
amendoim em 1986, constituiu uma coleção de Arachis hypogaea, a
qual conta atualmente com 228 acessos. Embora seja composta
apenas de materiais da espécie cultivada, resultados obtidos através
de estudos de diversidade genética têm demonstrado que a variação
infra-específica detectada entre os acessos tem sido suficiente para
gerar variabilidade genética no programa de melhoramento da cultura
desenvolvido pela empresa (SALES, et al. 1995).
Os métodos convencionais do melhoramento envolvidos para a
melhoria do gênero são: introdução, seleção, linha pura, seleção
massal ou modificada, hibridação e recombinação seguidas pelas
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técnicas de pedigree (ALLARD, 1971). Segundo Wynne & Gregory
(1981), podem ainda serem utilizados, para obtenção de uma
população melhorada, o sistema de cruzamento múltiplo, seleção
recorrente e o sistema dialelo de cruzamento seletivo.
A maioria dos programas de melhoramento do amendoim explora
apenas a variabilidade genética dentro da espécie cultivada, a
utilização de espécies silvestres de Arachis e ainda limitada, devido
a incompatibilidade cromossômica entre as espécies cultivadas e
silvestres (GODOY et al., 2005)
Trabalhos que visam obter hibridos férteis, ccurzandoo – se
epecies silvestres com o amendoim cultivado, via duplicação
cromossômica, têmsido conduzidos por (FÁVERO et al., 2006).
De acordo com Coffelt & Hammons (1974), o melhoramento
genético do amendoim pode ser dividido em três etapas: 1. criação
de germoplasma um banco; 2. seleção de indivíduos superiores; e 3.
utilização dos indivíduos selecionados para criar variabilidade
genética. O uso da genética quantitativa para a estimativa das
variâncias e dos parametros genéticos: herdabilidade e coeficiente
de correlação podem ser de grande valor em todas as três etapas.
A utilização de marcadores moleculares RAPD têm sido de grande
importância para estudos de variabilidade genética (SUBRAMANIAN
et al., 2000; RAINA et al., 2001; XAVIER et al., 2005) para identificação
de espécies (MARTIN et al., 1997), para monitorar a eventual
transferência de material genético de espécies diplóides selvagens
para o amendoim cultivado (GARCIA et al., 2006), para determinar o
grau de associação entre a distância genética entre parentes e a
performance dos seus híbridos (DIAS et al., 2003), e para construção
de mapas genéticos de ligação (MENÉNDEZ et al., 1997). A técnica
dp RAPD pode ser eficaz na redução do numero de acessos analizados,
uma vez que permite a indentificação de acessos contrastantes
(XAVIER et al., 2005).
Segundo Badami (1930), sugere que em uma população a ser
melhorada, deve ser feita uma seleção preliminar baseada nas plantas
que apresentem maior número de vagens maduras e uma seleção
final nas plantas que apresentem maior peso de semente.
A África é um importante centro secundário de variação. Os
germoplasma oriundos deste Continente mostram uma grande
plasticidade genética, esta plasticidade é devida às várias
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combinações surgidas através de mutações naturais, cruzamentos e
alguma instabilidade genética herdada em conseqüência da natureza
tetraplóide do amendoim (GREGORY et al. 1973).
A espécie selvagem A. monticola, oriunda do Nordeste da
Argentina, cruza naturalmente com a espécie cultivada, A. hypogaea.
Presume-se, a propósito, que essa espécie seja o descendente
selvagem comum de A. hypogaea. Comparando-se A. monticola com
A. hypogaea, (BAJAJ, 1984) relata que essa última tem vagens mais
resistentes, pouco frágeis e os ginóforos são mais curtos. Infere-se
que tais mudanças, por certo desvantajosas na selvagem, foram
conseguidas através de uma seleção humana, sendo ainda de
importância fundamental na domesticação e subsequente distribuição
e diversificação da espécie, uma vez que grande variabilidade do
hábito de crescimento e características das sementes foram
acumuladas.
Krapovickas (1968) distinguiu cinco grandes grupos do amendoim
cultivado na América do Sul, os quais representam centros secundários
de diversidade, desenvolvidos a partir de um outro centro primário
de domesticação no Sudeste da Bolívia e Nordeste da Argentina.
Do ponto de vista de utilização em programas de melhoramento
genético, as espécies selvagens possuem características desejáveis,
não encontradas nas cultivares comerciais. Citam-se como principais
a alta resistência ao estresse hídrico e a algumas doenças de
importância econômica bem como a rica qualidade da proteína
encontrada nas sementes de algumas espécies. Nesse último aspecto,
o melhoramento pode ser derivado para quaisquer um desses dois
segmentos: melhoria da dieta alimentar para consumo humano ou
animal. Segundo Pizarro (1997), a maioria das espécies do gênero
Arachis prestam-se para produção de forragem, cuja qualidade
nutricional é tão elevada quanto outras leguminosas forrageiras
utilizadas comercialmente. As espécies A. pintoi, A. glabrata e A.
hypogaea, por exemplo, apresentam ampla adaptação a vários tipos
de clima e solo, alto rendimento de forragem e, especialmente,
alto valor nutritivo tanto na parte vegetativa quanto na semente.
As principais cultivares de amendoim lançadas pelo IAC são: IAC
TUPÃ, IAC POITARA e IAC OIRÃ, liberadas em 1987. Todas são de
porte ereto, ciclo entre 100 a 120 dias, sementes grandes e alongadas,
sendo a última de coloração bege. A média de rendimento em vagens
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dessas cultivares situa-se em 2.900kg/ha no período das águas e
1.900kg/ha no período seco. O rendimento em sementes situa-se
em 75% e o teor médio de óleo é de 53% (Pompeu, 1987). Em 1997
foram lançadas as cultivares de porte rasteiro e sementes de
coloração bege IAC CAIAPÓ (ciclo de 130-135 dias e sementes de
tamanho médio) e IAC JUMBO (ciclo de 145-160 e semente extra
grande). Ambas possuem duas sementes/vagem e são bastante
produtivas; apresentam moderada resistência à Mancha parda, Pinta
preta e Verrugose e resistência à Mancha barrenta (INSTITUTO
AGRONÔMICO DE CAMPINAS, 1997).
3.CONCLUSÃO
O melhoramento de plantas vem elevando o potencial das
cultivares e diminuindo sua fragilidade e suscetibilidade a doenças
e pragas com isso vem ganhando mais em produtividade podendo
suprir a demanda mundial de alimentos, vale ressaltar que a cultura
abordada já teve um grande avanço por parte do melhoramento
genético podendo – se notar uma grande produtividade e um aumento
significativo em áreas plantadas.
4.REFERÊNCIAS
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BR 465, Km 07, CEP 23890-000 Seropédica, RJ.
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ATUALIDADES EM NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
EM AVES DE POSTURA
Cilso FERREIRA1
Wilson MAKOTO
2
Letícia de Abreu FARIA 3
3
1
Discente do Curso de Agronomia da FAEF.
2
Discente do Curso de Agronomia da FAEF.
Docente do Curso de Agronomia da FAEF. Emai: [email protected]
RESUMO
A avicultura é setor de destaque no cenário agropecuário
brasileiro, tendo forte impactado sobre a economia do país, e
empregando milhares de pessoas direta e indiretamente na
atividade. Devido à alta demanda que requer nos dias de hoje, se
faz cada vez mais necessário que a atividade seja ainda mais
eficiente, e um dos mais importantes fatores para que se tenha
tal eficiência influi sobre a nutrição das aves, que necessitam de
alimentação especifica de acordo com o seu estágio de
desenvolvimento para que tenham êxito em sua finalidade, em
termos de aves poedeiras essas necessitam ainda mais de uma
nutrição balanceada, tem em vista que o ovo é um alimento rico
em nutrientes. O presente trabalho teve o objetivo de relatar as
novas tecnologias de nutrição de aves poedeiras no país.
Palavras-chave: agronegócio, avicultura, manejo, poedeiras.
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ABSTRACT
The poultry industry is featured in the Brazilian agricultural
scenario, having strong impacted on the country’s economy, and
employing thousands of people directly and indirectly in the activity.
Due to high demand that requires these days, is increasingly necessary
for the activity to be even more efficient, and one of the most
important factors for such efficiency influences on nutrition of birds,
which require food specifies according to their stage of development
so that succeeding in its purposein terms of laying birds that need
even more of a balanced nutrition, aims that the egg is a food rich
in nutrients. The present work aims to report the new nutrition
technologies of laying birds in the country.
Keywords: agribusiness, poultry, management, layers.
INTRODUÇÃO
O cenário agropecuário do Brasil tem se destacado mundialmente
pela sua forte produção dentro do agronegócio, sendo a avicultura
um dos segmentos que mais evoluiu nos últimos anos. O pais está na
posição de terceiro maior produtor de carne de frango no mundo e o
maior exportador. Tal crescimento na produção tem sido constante,
sendo que somente no ano de 2011 houve um aumento de 8,76% na
produção de janeiro em relação ao mesmo período do ano de 2010
(PESSOA et al., 2011).
Temos de certo que em torno de 70% do custo de produção
de galinhas poedeiras está ligado à alimentação das mesma. Mediante
a isso ela se torna uma das tarefas mais importantes em um sistema
de criação, já que interfere diretamente no desenvolvimento
das aves e consequentemente na rentabilidade do negócio.
O produtor precisa fazer uso de rações de extrema qualidade
para garantir resultados satisfatórios, bem como corretamente
balanceada, para que se atendenda às exigências nutricionais nas
distintas fases de cria-recria, pré-postura, postura, e final de postura.
Diante dos diferentes períodos é crucial que o criador conte sempre
com a orientação de um nutricionista, ele indicará a quantidade
certa de ração e as proporções para cada idade das aves.
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Durante seu crescimento as galinhas poedeiras necessitam de
alimento em abundancia, devido a dependerem disso para que se
desenvolvam corporalmente e haja o amadurecimento para uma vida
em postura. Por sua vez a fase de produção requer que a ração
diária seja controlada, para que não tenha uma redução em sua vida
produtiva. Para se ter uma base uma ave mais leve ira consumir
cerca de 90-110g de ração/dia (LAZIA, 2011).
Temos no ovo um alimento de suma importância, havendo um
balanço em nutrientes exclusivo em sua composição nutricional e
em suas propriedades de defesa naturais o que preserva seu conteúdo
interno até a chegada à mesa do consumidor, sendo isso resultado
de uma bom manejo nutricional das aves poedeiras.
A alimentação balanceada de aves de poedeiras almeja a
produção máxima de ovos de boa qualidade e o perfeito equilíbrio
alimentar das aves. Cabendo ao produtor fazer uso de uma
alimentação que promova a manutenção e produção dos animais,
devendo-se lembrar ainda que, quando as aves entram em postura,
não completaram totalmente o seu crescimento, devido ao fato de
que as necessidades de crescimento também devem ser atingidas.
DESENVOLVIMENTO
Segundo Araujo (2005) a expressiva capacidade de produção
animal no pais, em especial o setor avicultura, de dá devido aos
fatores, como a excelência da capacidade dos profissionais da
nutrição animal de formular dietas de qualidade e a custo reduzido,
assim como a um setor empresarial altamente competitivo. No
entanto o emprego de modernos compostos, advindos da
biotecnologia, é fundamental pois podem aumentar a produtividade
e ainda reduzir os custos de produção.
Sendo que alimentos alternativos em muitos casos não são
indicados por reduzirem os índices zootécnicos. Visando a redução
deste comprometimento, alguns artifícios são utilizados, como a
adição de probióticos, prebióticos, simbióticos e enzimas exógenas,
que servem para auxiliar de forma direta ou indiretamente o animal
a utilizar mais eficientemente os nutrientes contidos neste tipo de
ingredientes (SCHWARZ, 2002).
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Os probióticos são microrganismos vivos, os quais acarretam
benefícios quando introduzidos no trato gastrintestinal,
competindo com a flora patogênica por nutrientes, locais de
adesão no epitélio intestinal e sintetizando ácidos orgânicos que
criam resistência ao crescimento de organismos patogênicos
(Junqueira & Duarte, 2005).
Esses geram o equilíbrio da microbiota intestinal e ainda
melhoram no ganho de peso e na eficácia alimentar das aves, devido
ao fato de competirem com os patógenos no intestino e evitarem
lesões no vilo, viabilizando a regeneração da mucosa intestinal (Sato
et al., 2002). Tal competição em que os microrganismos benéficos
são favorecidos é importante, pois o desequilíbrio em favor de
bactérias indesejáveis pode resultar em infecção intestinal, no qual
comprometeria a digestibilidade da ração.
Tem-se como definição de prebióticos como ingredientes
alimentares não digestíveis que estimulam seletivamente o
crescimento de bactérias endógenas como os Lactobacillus,
Bifidobacterium, os quais beneficiam o hospedeiro. Eles tem como
principal ação o estimulo no crescimento e a ativação do metabolismo
de algum grupo de bactérias benéficas do trato gastrintestinal. O
emprego da adição de prebióticos na ração está ganhando destaque
como aditivos biológicos devido a não provocarem a resistência
bacteriana (ARAUJO et al, 2007).
Dentre os prebióticos os mais importantes são: as hexoses como
glicose, frutose, galactose e manose e pentosescomo ribose, xylose
e arabinose A frutose e manose compõem os dois mais importantes
grupos de prebióticos utilizados atualmente os FOS
(frutoligossacarídeos) e MOS (mananoligossacarídeos) (Immerseel et
al., 2004).
Os frutoligossacarídeos são produtos da indústria que, quando
adicionados às rações, fornecem carboidratos fermentáveis para as
bactérias benéficas nativas que habitam o trato gastrintestinal,
minimizando as populações de bactérias patogênicas, como a
Escherichia colia e Salmonella, devido a exclusão competitiva
(inibição da proliferação dos microrganismos patogênicos pela adição
de determinados compostos que favorecem a multiplicação dos
microrganismos naturais benéficos do trato gastrintestinal do
hospedeiro) (Scapinello et al., 2001).
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Os MOS são mais complexo. Derivam da parede celular interna
de leveduras e seu primeiro modo de atuação é ligando-se a certas
bactérias patogênicas na área gastrintestinal, essas bactérias
ligadas aos oligossacarídeos não podem aderir à infecção iniciada
no intestino, mas algumas bactérias não possuem em suas
membranas celulares sítios de ligação para fixação dos
oligossacarídeos, a exemplo, a bactéria que causa a enterite
necrótica no intestino. Mediante a presença desta bactéria, há a
redução quando os MOS são administrados (Scapinello et al., 2001).
Já por sua vez os simbióticos são a denominação de probiótico
e prebiótico, o qual constitui um novo conceito na utilização de
aditivos em dietas para aves (Junqueira & Duarte, 2005). A
resultante da combinação entre probiótico e prebiótico serve para
melhorar a sobrevivência do primeiro, pela disponibilidade do seu
substrato, influindo em vantagens para o hospedeiro, tanto pela
presença da flora benéfica quanto pela fermentação (Immerseel
et al., 2004).
Tratando de enzimas exógenas define-se por esse termo como
catalisadores biológicos que aceleram as reações químicas. Sendo
que as enzimas não são organismos vivos, e sim produtos de
organismos vivos como bactérias e fungos (Hannas & Pupa, 2007).
Elas vêm sendo usualmente empregadas de maneira a melhorar na
digestibilidade de fontes alternativas de energia, como centeio,
trigo, cevada e aveia, proporcionando, uma melhora no ambiente
dos animais uma vez que se tem fezes mais secas e sem resíduo de
alimento (Murakami et al., 2007).
Os grãos de soja há altos índices de substâncias pécticas em
sua parede celular, e quando considerado que a soja contribui com
mais de 70% da proteína em dietas avícolas, a suplementação com
enzimas pode ser uma excelente ferramenta para um melhor
aproveitamento desse ingrediente e, consequentemente, aumento
dos lucros da atividade (Murakami et al., 2007). Portanto as enzimas
são alternativas excelentes para diminuir os custos de produção
de ovos, devido ao fato que a melhora significativa na
digestibilidade dos alimentos, obtida com o uso de enzimas, permite
alterações nas formulações das rações de forma a minimizar o custo,
aumentando o uso de ingredientes energéticos e proteicos nas
rações.
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CONCLUSÃO
Diante do exposto, temos que o setor de avicultura de postura é
de suma importância para o pais, e que inovações em nutrição e
alimentação dessas aves são cada vez mais necessários para que se
tenha cada vez mais um elevado nível de excelência no setor.
Destacando o uso dos prebióticos, probióticos, simbióticos e de
enzimas exógenas, as quais proporcionam melhores resultados em
termos de nutrição para as aves de postura.
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QUALIDADE DE MANÁ-CUBIU (SOLANUM
SESSIFLORUM DUNAL) MINIMAMENTE
PROCESSADO TRATADO COM ÁCIDO ASCÓRBICO
Erika FUJITA1
Rogério Lopes VIEITES2
Karina FURLANETO3
1
Doutora em Agronomia, Dep. Horticultura, Faculdade de Ciências
Agronômica-UNESP/Botucatu, SP, Brasil – [email protected];
2
Prof. Dr. Titula Rogério Lopes Vieites, Dep. Horticultura, Faculdade de
Ciências Agronômica-UNESP/Botucatu, SP, Brasil – [email protected]
3
Mestranda em Agronomia, , Dep. Horticultura, Faculdade de Ciências
Agronômica-UNESP/Botucatu, SP, Brasil – [email protected].
RESUMO
O objetivo este trabalho foi avaliar o efeito do ácido ascórbico
na conservação em maná-cúbiu minimamente processado. Foram
utilizados quatro tratamentos: 0%, 1%, 2% e 3% de ácido ascórbico.
Os produtos foram armazenados em bandejas, cobertas com um filme
de polivinilcloreto e mantidos a 6ºC por 10 dias. A cada dois dias,
avaliou-se o pH, teor de sólidos solúveis, acidez titulável, “Ratio” e
perda de massa fresca. Os tratamentos com o ácido ascórbico tiveram
menor perda de sólidos solúveis e mostrou o melhor sabor, mas o
tratamento com 3% demonstrou a menor perda de massa fresca,
mostrando-se de interesse econômico.
Palavras-chave: Conservação, Minimamente Processados, Manácubiu.
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ABSTRACT
The objective of this work is to evaluate the effect of ascorbic
acid on conservation in mana cubiu minimally processed. Four
treatments were 0%, 1%, 2% and 3% ascorbic acid. The products were
stored in trays, covered with a film of polyvinylchloride and kept at
6 ° C for 10 days. Every other day, we evaluated the pH, soluble
solids, titratable acidity, “Ratio” and loss of weight. Treatment with
ascorbic acid had less loss of soluble solids and showed the best
flavor, but treatment with 3% showed the least loss of weight, being
of economic interest.
Keyword: Conservation, minimally processed, Mana-cubiu.
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é privilegiado pela sua diversidade. As floras da Amazônia
são verdadeiros pomares com centenas de espécies de frutas que
precisam ser coletadas e domesticadas; ainda há muitas plantas
nativas diferenciadas, plantas de excepcional valor, que necessitam
ser conservadas e reproduzidas para garantir a preservação da
variabilidade dentro da espécie.
O interesse do consumidor nacional e internacional em obter
uma alimentação saudável e natural levou a procurar frutas nativas
e exóticas, que vem aumentando e se tornando interessante para os
produtores rurais que procuram alternativas de fonte de renda
(LORENZI et al., 2006).
O principal atrativo destas frutas perante o consumidor são os
diferentes sabores e propriedades medicinais que possibilitam a
criação de pratos e medicamentos em prol à saúde humana (LORENZI
et al., 2006).
Dentre essas riquezas tem-se o cubíu. No Peru, é chamado de
cocona e outro nome em espanhol é topiro ou tupiro, que antes
dava nome à espécie. Na Amazônia é o cubíu, e mais recentemente
tem sido chamado de maná. Também recebe os nomes de tomatede-índio, ou “peach tomato” e “oniroco apple”. Em tupi é kubi’u.
Na região Sudeste é conhecida por maná-cubíu. A origem da espécie
é dada como nativa das vertentes orientais dos Andes, na Amazônia
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peruana, equatoriana, venezuelana e colombiana, mas também na
Amazônia brasileira, no alto do rio Orinoco, onde é utilizada pelos
índios. Os frutos são usados ao natural, na medicina popular e podem
ser processadas. Podem-se produzir suco, geléia, néctar, batida e na
culinária, são usados para cozidos de peixe. Na medicina popular,
são utilizados para reduzir os níveis de colesterol, ácido úrico e glicose
no sangue (DONADIO; MORO; SERVIDORE, 2002).
A utilização de hortifrutícolas minimamente processados no
Brasil é recente, mas com grande potencial de crescimento,
devido à economia de tempo e trabalho que proporciona à nível
doméstico, em redes de alimentação rápida e em restaurantes.
A comercialização de produtos minimamente processados, no
Brasil, iniciou-se na década de 90 e, nos últimos anos, este
segmento do agronegócio apresentou grande crescimento tanto
no mercado institucional, quanto no varejista. As perdas por
amadurecimento precoce, por falta de tratamento pré e póscolheita se configuram em alguns milhões de toneladas por ano
(OLIVEIRA, 2005).
Nos EUA, a venda de produtos minimamente processados alcançou
US$ 7,9 bilhões em 1997, prevendo-se crescimento para US$ 19
bilhões até 2003. No Brasil, o setor movimentou R$ 450 milhões em
1998 (AGRIANUAL, 2000). É uma atividade que está em expansão,
devido à necessidade que os consumidores têm de adquirir produtos
com qualidade e praticidade (WILLEY, 1994).
O crescimento das vendas deste tipo de produtos deve-se também
a expansão dos serviços de self-service (restaurantes, hotéis,
lanchonetes) e nível doméstico, visto que estes produtos oferecem
uma série de vantagens como: redução na geração de resíduos (casca
e/ou sementes), aumento da qualidade higiênico-sanitária,
padronização na forma e tamanho nas operações oferecidas,
diminuição nos custos adicionais com mão-de-obra e estrutura física
para o processamento e armazenamento da matéria-prima e do
produto, redução do tempo gasto com o processamento, entre outros
(SILVA, 2001).
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade
dos frutos de Maná Cubíu, minimamente processados, em
diferentes concentrações de ácido ascórbico em armazenamento
refrigerado.
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2. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Frutas e Hortaliças
do Departamento de Horticultura da Faculdade de Ciências
Agronômicas – UNESP, Campus de Botucatu.
Os frutos originaram-se do município de Iguape-SP, no litoral sul
paulista. Após a colheita, seguiram para o Laboratório, foram
selecionados, lavados em água corrente e imersos, por cinco minutos,
em água fria (5ºC), contendo 100 mg L-1 de cloro, para desinfecção e
retirada de parte do calor de campo. Estes frutos foram mantidos
em câmara fria (10ºC) por 12 horas.
O processamento foi feito manualmente com todos os utensílios
devidamente higienizados e os colaboradores usaram luvas, aventais,
gorros e máscaras, procurando proteger ao máximo o produto de
prováveis contaminações.
Os frutos foram descascados e cortados em rodelas com espessura
de 3 a 4 mm, após o corte as rodelas foram submetidas as diferentes
concentrações de ácido ascórbico (0%, 1%, 2% e 3%) escorridas para
retirar o excesso de água e embalados em bandejas de isopor
recobertas por filme de PVC flexível. Todas as bandejas foram
acondicionadas em refrigeradores à 6ºC. As avaliações foram
realizadas a cada dois dias, totalizando dez dias de armazenamento
e cinco dias de retirada em todos os tratamentos.
Os parâmetros utilizados foram: potencial higieniônico - pH, teor
de sólidos solúveis (°Brix), acidez titulável (g de ácido total 100-1 de
polpa) de acordo com a metodologia proposta pelo IAL (2008), “Ratio”
(SS/AT) e perda de massa fresca (%).
A acidez constitui fator de grande importância para o sabor e
aroma dos frutos e, além disso, o pH influencia o escu-recimento
oxidativo dos tecidos vegetais. A diminuição do seu valor acarreta
redução da velocidade de escurecimento do fruto (CHITARRA;
CHITARRA, 2005).
3. RESULTADO E DISCUSSÃO
Na Figura 1, no dia 1 o valor de pH aumentou em todos os
tratamentos. Os tratamentos com ácido ascórbico demonstraram
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uma ligeira queda até o término do experimento, sem apresentar
uma diferença significativa entre as concentrações utilizadas. Já o
controle aumentou o pH, estabilizando próximo do final do
experimento. Esse comportamento esta relacionado com o uso do
ácido como solução conservadora levando a diminuição do pH,
enquanto no tratamento sem o uso do ácido, os frutos iniciaram um
processo de fermentação nos frutos (CHITARRA; CHITARRA, 2005).
Observando a Figura 2, no dia 1, os valores de acidez titulável
tiveram uma grande diminuição em todos os tratamentos mantendose constantes durante todo o período de armazenamento, não
demonstrando diferença significativa entre os mesmos.
Os valores de sólidos solúveis diminuíram no dia 1 de análise e
se mantiveram constante até o final indicando que o produto atingiu
o equilíbrio, em todos os tratamentos, como mostra a figura 3. Essa
redução nos teores de açúcares pode ser explicada pelo aumento na
taxa respiratória dos frutos. A ação física do processamento mínimo
induz à produção de etileno, denominado etileno de ferimento e
também induz a uma elevação na respiração, respiração de
ferimento, a qual utilizará rapidamente os substratos de reserva
(WATADA, 1990). Nos frutos fatiados tratados com ácido ascórbico
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não foi observada nenhuma queda acentuada nos teores de açúcares,
o que, provavelmente, é explicado pelo fornecimento de ácidos para
esses frutos, através dos tratamentos, os quais podem ser substratos
respiráveis. Assim, no início do armazenamento, quando o fruto
tendeu a aumentar sua taxa respiratória devido ao estresse promovido
pelo corte, os ácidos fornecidos pelo tratamento possivelmente
podem ter servido de substratos para a respiração.
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O “Ratio” representa a relação entre os sólidos solúveis e a acidez
titulável (Figura 4). É um indicativo de sabor do fruto, pois relaciona
a quantidade de açúcares e ácidos presentes. Mesmo o fruto tendo
apresentado um valor do “Ratio” baixo, o armazenamento provocou
um pequeno acréscimo, sendo o controle obteve o menor valor com
relação aos outros tratamentos.
Na figura 5 o comportamento das fatias de frutas tratadas e não
tratadas com ácido ascórbico apresentaram a maior e a menor perda
de massa, respectivamente. As fatias sem tratamento com ácido
ascórbico, apresentaram menor perda de massa, pois os tecidos das
fatias foram menos afetadas pelo acido utilizado no tratamento de
conservação. A perda de água dos frutos relaciona-se, principalmente,
ao processo de transpiração, respiração e ao tempo de
arma-zenamento, e resulta em enrugamento, amolecimento dos
tecidos e perda de brilho, tornando os frutos mais susceptíveis às
deteriorações. Também pode ocasionar alterações na cor e sabor
deles (KADER, 1992). A perda de massa é um dos principais fatores
negativos na vida de armazenamento de muitos produtos hortícolas.
Esta ocorre em razão do tempo de armazenamento e da transpiração.
Essa perda tem efeitos marcantes sobre a fisiologia dos tecidos
vegetais e, em alguns casos, antecipa a maturação e a senescência
de frutos tropicais (YANG, HOFFMANN, 1984).
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4. CONCLUSÃO
Os tratamentos com ácido ascórbico se mostraram eficientes na
conservação dos produtos minimamente processados, auxiliaram na
diminuição do pH que retarda o escurecimento dos tecidos. Porém,
os tratamentos com a utilização do ácido ascórbico levaram a uma
diminuição no peso da massa fresca, o que torna o produto inviável
economicamente, mas o tratamento á 3% de ácido ascórbico foi o
que apresentou a menor perda de massa.
Com isso conclui-se que o tratamento que melhor conservou as
fatias foi a de 3% de ácido ascórbico.
5. REFERÊNCIAS
AGRIANUAL 2000: anuário da agricultura brasileira. São Paulo: FNP
Consultoria & Comércio, 2001, p.40
CHITARRA, M. I. F. ; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e
hortaliças: fisiologia e manuseio. Lavras, MG: ESAL/FAEPE, 2005.
320 p.
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técnicas especiais do Estado de São Paulo, revistas pela CNNPA
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Nacional de Normas e Padrões para Alimentos. Diário Oficial.
Brasília, 24 de julho de 1978. Seção 1, pt I.
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Jaboticabal, SP: Novos Talentos, 2002. p. 146-148.
IAL. Métodos físicos e químicos para análise de alimentos. 3 ed.
São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 553p.
KADER, A. A. Postharvest technology of horticultural crops. 12 ed.
Oakland: University of California, Division of Agriculture and Natural
Resources, 1992. 296p.
LORENZI, H., BACHER, L. B., LACERDA, M. T. C., SARTORI, S. F. Frutas
Brasileiras e Exóticas Cultivadas (de consumo “in natura”). Nova
Odessa, SP: Instituto Platanum de Estudos da Flora LTDA, 2006, 672 p.
OLIVEIRA, A. M. C., Estudo das características físico-químicas e
microbiológicas de abacaxi (Ananas comosus), goiaba (Psidium
guajava L.) e maracujá (P. edulis L.) minimamente processados.
2005. p.12, 16-18. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos)
– Departamento de Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal
do Ceará, Fortaleza, 2005.
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de cálcio e ácido ascórbico nas características físicas, físicoquímicas e microbiológicas do abacaxi minimamente processado.
2001. p.2. Dissertação (Mestrado Em Tecnologia de Alimentos) –
Departamento de Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal do
Ceará, Fortaleza, 2001.
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v. 44 , n. 5, p. 116-122, May 1990.
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New York: Chapman & Hall, 1994. 368p.
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QUALIDADE DO FRUTO DE BURITI (MAURITIA
FLEXUOSA L. F.) ARMAZENADO SOB
REFRIGERAÇÃO
Erika FUJITA1
Rogério Lopes VIEITES2
Juliana Arruda RAMOS3
1
Doutora em Agronomia, Dep. Horticultura, Faculdade de Ciências
Agronômica-UNESP/Botucatu, SP, Brasil – [email protected];
2
Prof. Dr. Titula Rogério Lopes Vieites, Dep. Horticultura, Faculdade de
Ciências Agronômica-UNESP/Botucatu, SP, Brasil – [email protected]
3
Mestranda em Agronomia, , Dep. Horticultura, Faculdade de Ciências
Agronômica-UNESP/Botucatu, SP, Brasil – [email protected].
RESUMO
Este trabalho objetivou verificar a qualidade dos frutos de buriti
refrigerados em B.O.D. nas temperaturas: 10°C, 12°C, 15°C com
60% ± 5% UR e temperatura ambiente de 23°C ± 5° com 80% ± 5% UR,
na FCA/UNESP. A cada três dias durante 12 dias de armazenamento
foram avaliados: sólidos solúveis, pH, acidez titulável, “ratio”. O
delineamento foi inteiramente casualizado com três repetições,
utilizando o Teste de Tukey (p<0,05). A conservação frigorificada
mostrou-se eficaz em prolongar o período de armazenamento dos
frutos em relação a temperatura. Os frutos à 10°C apresentaram a
melhor conservação da qualidade pós-colheita.
Palavra-Chave: Mauritia flexuosa L. f, Refrigeração, Póscolheita
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ABSTRACT
This study aimed to determine the quality of the fruit Buriti
chilled in BOD at temperatures: 10 ° C, 12 ° C, 15 ° C with 60% ± 5%
RH and ambient temperature of 23 ° C ± 5 ° with 80% ± 5% RH, the
FCA / UNESP. Every three days during 12 days of storage were studied:
soluble solids, pH, titratable acidity, “ratio”. The design was
completely randomized with three replications, using the Tukey test
(p <0.05). The refrigerated storage was effective in prolonging the
shelf life of fruits in relation to temperature. The fruits at 10 ° C
showed the best conservation of postharvest quality.
Keyword: Mauritia flexuosa L. f, Refrigeration, Post Harvest.
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é um país dotado de uma grande extensão territorial,
onde podemos encontrar uma imensa diversidade natural inexistente
em qualquer outro país do mundo, com isso temos uma variedade de
frutas e plantas benéficas para o homem com diferentes fins. Pela
grande extensão territorial a disseminação de informações culturais
devido a dificuldade do consumidor ter acesso a esses alimentos em
outras regiões do país, por isso encontramos diferentes tipos de frutas
e outros alimentos que não chegam ao conhecimento de toda a nação
e na grande maioria das vezes não é dado o devido valor para essas
plantas pelas suas características nutricionais e fitopatológicas.
O Cerrado é uma grande fonte de recursos naturais, dentre essas
riquezas temos o buriti, também denominado de muriti. É uma
palmeira muito conhecida na região Amazônica e nos cerrados devido
a sua importância, pois se aproveita de tudo desde o fruto até as
raízes, denominada pela população de “árvore da vida”. Apresenta
vária características como, auxilio nas enfermidades do homem
moderno como, por exemplo, as raízes do buriti são utilizadas na
medicina popular em infusão (chá) para “dores de barriga” e má
digestão e da polpa pode se obter um óleo viscoso de cor laranja a
vermelha, com alto teor de betacaroteno, muito usado na culinária.
O óleo da polpa de fruto é empregado no tratamento de
queimaduras levando ao alívio imediato e auxilia na cicatrização, e
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é usado pelos índios como protetor solar, com isso algumas empresas
farmacêuticas e de cosméticos utilizam na formulação de remédios,
cremes para a pele e protetores solar. O tronco, as folhas e o pecíolo
são utilizados na construção de casas, calhas, móveis, artesanatos e
brinquedos. O fruto é uma drupa, elíptico de 5 a 7 centímetros de
comprimento com 4 a 5 centímetros de diâmetros. Sua casca tem
uma coloração castanho-vináceo, com típicas escamas rômbicas,
cartilaginosas, com polpa alaranjada, carnosa, oleaginosa. O epicarpo
ou casca é escamosa, com a cor que varia de vermelha, vinho ou
mais escura. O mesocarpo ou polpa com somente de 4 a 6 milímetros
de espessura, tem sabor agridoce bastante característico, a cor varia
do alaranjado ao laranja-avermelhado.
Pode ser encontrado desde a floresta Amazônica até os cerrados
de vários estados brasileiros da região Norte, Nordeste e CentroOeste e no estado de Minas Gerais. Atingindo o Pantanal MatoGrossense, chegando até a Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Nesses
países existem grandes áreas cultivadas de buritizeiro. Há uma
discussão entre os cientistas brasileiros e peruanos para definir o
seu centro de origem (CAVALCANTE, 1991).
Os frutos são fontes importantes de proteínas, vitaminas, sais
minerais, etc. Com significativa aceitabilidade do seu fruto e produtos
na culinária regional, como a polpa do fruto e a medula do tronco,
que fornece uma farinha usada em mingaus e contribui para o
suprimento de parte das exigências nutricionais dessa população
(ALMEIDA; SILVA, 1994).
A palmeira tem papel social para a população como fonte de
renda e de emprego, devido o uso em pequenas empresas ou
cooperativas no fabrico de produtos como licores, vinhos, doces,
sucos e sorvetes. Porém, essa atividade não tem encontrado suporte
técnico e científico para tornar o buritizeiro uma cultura sustentável
e economicamente interessante, que pode solucionar problemas
encontrados na produção.
O fruto é colhido somente no período das águas (dezembro à
junho), nos demais períodos do ano não há frutos para serem
processados dificultando o fornecimento constante de matéria-prima
para pequenas empresas processadoras ou produção caseira. O
método de armazenamento não está definido claramente, existem
tentativas como despolpar o fruto em raspas que são desidratadas
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no ambiente, no qual é armazenado na temperatura de refrigerador
doméstico ou sob congelamento da polpa fresca ou do fruto inteiro,
por período ainda não determinado, porém são métodos simples que
a população encontrou com intuito de aumentar o período de
armazenamento para futuro processamento (ALMEIDA; SILVA, 1994).
O presente trabalho teve como objetivo verificar a qualidade e
conservação frigorificada do fruto de buriti.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Os frutos originaram-se da reserva ecológica de Jalapão próximo
do município de Dianópolis do estado de Tocantins, nas coordenadas
geográficas de longitude: 46º 00' e 51º 00' e latitude 05º 00' e 13º 00'
S com solo arenoso, situado no sudoeste do estado, próximo da divisa
com o estado da Bahia e do Goiás. O cacho foi acondicionado num
contentor devidamente arejado com temperatura aproximada de
±16°C. O cacho colhido tinha 55 kg fornecendo 40 kg de frutos
Logo após a colheita, os frutos foram enviados para o Laboratório
de Pós-Colheita do Departamento de Horticultura – UNESP-BotucatuSP. Neste mesmo laboratório foram realizadas as análises nos frutos.
Os mesmos foram separados aleatoriamente em 4 lotes, armazenados
a 10°, 12° e 15°C na umidade relativa de 85% ± 5% e em temperatura
ambiente de 23°C ± 5°C com umidade relativa de 60% ± 5%. Após a
definição dos tratamentos foram acondicionadas em 3 (três) câmaras
refrigeradas nas respectivas temperaturas.
As análises foram realizadas a cada 3 dias totalizando 12 dias,
pois após este período os frutos não apresentaram condições de serem
consumidos, assim foram realizados 5 dias de análises, em todos os
tratamentos, com exceção do tratamento testemunha, pois foi
descartado após 9 dias depois do início do experimento devido a
incidência de patógenos impossibilitando as análises.
Foram avaliadas as seguintes características, conforme
metodologias especificadas: sólidos solúveis – SS (°Brix): conforme
metodologia de AOAC (1995); acidez titulável – AT (%): utilizando-se
5g de polpa homogeneizada, diluída em 100 ml de água destilada.
Os valores foram expressos em gramas de ácido total, expresso em
porcentagem, conforme metodologia recomendada pelo Instituto
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Adolfo Lutz (2005); “Ratio” (SS/AT): foi obtido através da relação
entre os “sólidos solúveis” e a “acidez titulável”. R= SS/AT; pH: a
leitura de pH foi realizada em três amostras, utilizando-se um
potenciômetro digital, conforme metodologia do Instituto Adolfo Lutz
(2005).
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado em esquema fatorial 4 (tratamentos) x 5 (cinco dias de
análise). Os dados foram analisados pelo programa SISVAR 4.6
segundo Ferreira (1998) sendo as médias dos tratamento e as
interações (tratamentos x dias), comparadas utilizando-se Teste de
Tukey a 5% de probabilidade (GOMES, 1987).
3. RESULTADO E DISCUSSÃO
No teor de sólidos solúveis (Tabela 1), no decorrer do experimento
os tratamentos a 10°C, 12°C e 15°C, apresentaram valores
semelhantes, sendo que com 12°C não houve diferença significativa
entre os dias de armazenamento. O tratamento a temperatura
ambiente, após o 3º dia, o valor diminuiu mantendo-se constantes
até o descarte no 9º dia devido ao intenso ataque inicial de Monilinia
fructicola (Wint) Honey (Monilia fructicola) impossibilitando possível
consumo dos mesmos. Para identificação do patógeno encontrado
nos frutos, uma amostra foi retirada aleatoriamente e levada para o
Departamento de Produção Vegetal, no Laboratório de Fitopatologia
na Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP. Somente no 6º dia
houve diferença significativa entre os tratamentos 10°C, 12°C e
15°C, já os demais não tiveram. O tratamento em temperatura
ambiente manteve os menores valores de sólidos solúveis.
No 3º dia de armazenamento houve uma tendência no aumento
do valor do pH, no tratamento ambiente, isso se deve ao do início
da fermentação nos frutos no processo da senescência (CHITARRA;
CHITARRA, 2005). O aumento no valor do pH foi observado durante
todo o experimento. O tratamento 10°C, apresentou valores
constantes no 0 e 3º dia, já no 6º dia houve um aumento até o 9º dia
seguindo uma diminuição no 12º dia. O tratamento 12°C mostra uma
diminuição no 3º dia, sendo que no 6º até o 12º dia os valores
aumentaram com uma queda no 9º dia. No tratamento ambiente os
valores do pH aumentaram até o último dia de análise antes do
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descarte. O tratamento 10°C foi o que apresentou o maior valor no
pH observando a média. Possivelmente o aumento do pH no 6º dia
(Tabela 2). Observou-se que durante o armazenamento houve
aumento do valor de pH nos tratamentos 10° e 15°C. O aumento do
pH esta diretamente ligado à diminuição da acidez titulável, devido
a maturação ou da excelente reserva energética do fruto.
A acidez titulável (Tabela 3) no 3º dia apresentou valores que
aumentaram em todos os tratamentos em relação ao dia zero, a
partir disso houve um declínio nos valores chegando a estabilidades
até o término do experimento. Entre os tratamentos, os valores foram
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semelhantes no decorrer dos dias de análise. No 6º dia houve queda
na acidez. O tratamento a temperatura ambiente apresentou um
valor da acidez baixo, por causa da infestação de patógenos e o
consumo de ácido no metabolismo (CHITARRA; CHITARRA, 2005).
Os valores do “Ratio” (Tabela 4) apresentaram um aumento
até o término dos dias de análises, havendo algumas variações
nos tratamentos. Nos 0, 3º e 12º dia não ocorreram diferenças
significativas entre os tratamentos. A temperatura de 10°C foi
a que se destacou dos demais tratamentos com os maiores
valores. O aumento do valor demonstra uma melhora no sabor
dos frutos, e é necessário valores elevados para obtenção de um
sabor aceitável, na qual aumenta com o amadurecimento devido
ao decréscimo na acidez (CHITARRA; CHITARRA, 2005). Observouse perda de rendimento em todos os tratamento até o término
do experimento (Tabela 6). Os tratamentos ambiente, 12°C e
15°C foram os que tiveram a menor perda no rendimento. Nos
0, 6º, 9° e 12° dias de avaliação não houve diferença significativa
entre os tratamentos 10°C, 12°C e 15°C. Nos tratamentos com
armazenamento refrigerado as perdas do rendimento foram
menores, pois a refrigeração retarda a deterioração, provocadas
pelas bactérias e fungos e regula as taxas de todos os processos
fisiológicos e bioquímicos associados (CHITARRA; CHITARRA,
2005).
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4. CONCLUSÃO
A conservação frigorificada dos frutos do buritizeiro mostrou-se
eficiente na manutenção à sua a vida útil chegando até 12º dia após
esse período observou-se a impossibilidade de consumo dos frutos.
Os frutos do tratamento controle foi descartado devido ao intenso
ataque de patógenos, sendo desencadeado pelo Monilinia fructicola
(Wint) Honey (Monilia fructicola) já no dia 6º dia. O tratamento a
10°C foi o que manteve as melhores características físico-química e
química dos frutos durante o armazenamento, porém apresentou
uma perda de massa próxima de 30%, com isso o tratamento 12°C
foi o que melhor manteve a qualidade.
5. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, S. P.; SILVA, J. A. Piqui e Buriti – Importância alimentar
para a população dos cerrados. Planaltina, DF: EMBRAPA-PAC, 1994.
p. 25-34.
AOAC. Official methods of analysis of the Association of Official
Analytical Chemistry International. 16th ed, Arlington, 1995. v. 2..
CAVALCANTE, P. B. Frutas Comestíveis da Amazônia. 5º ed. ver.
Belém: Ed. CEVUP, 1991. p. 168-171.
CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e
hortaliças:fisiologia e manuseio. Lavras, MG: ESAL/FAEPE, 2005. 785p.
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FERREIRA, D. N. Sistemas de análise estatística para dados
balanceados. Lavras, MG: UFLA/DEX/SISVAR, 1998.
GOMES, F. P. Curso de estatística experimental. 12. ed. Piracicaba,
SP: Nobel, 1987. 467 p.
IAL. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz: Métodos físicos e
químicos para análise de alimentos. 4ª ed. Instituto Adolfo Lutz,
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REVISÃO SOBRE PARICÁ
GOMES, Alana1
BENITTIS , Luana ¹
BOSQUÊ, Gisleine Galvão²
1
Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF, Garça/SP (
[email protected])
² Coordenadora do curso de Agronomia da FAEF, Garça/SP
RESUMO
Fugir da dependência da liberação de planos de manejo e garantir
o fornecimento da própria matéria-prima, que estava escassa. Estes
foram alguns dos motivos para empresários do Pará investirem no
paricá (Schizolobium amazonicum Huber). “A escolha se deve ao
fato dele ser uma espécie de rápido crescimento, com abundância
de sementes, excelentes desenvolvimentos em plantios comerciais,
facilidade na produção de mudas e produção de madeira de cor clara,
homogênea e sem nó, que conquistou o mercado interno e externo”,
afirmou Marco Antônio Siviero, diretor do grupo Árboris
(ALTERNATIVAS VIÁVEIS). O plantio com paricá em escala comercial
em Dom Eliseu (PA) teve início no final de 1993. O paricá é uma das
poucas espécies florestais com silvicultura relativamente fácil, sendo
um destaque a desrama natural. O principal cuidado é a limpeza nos
primeiros anos para evitar o matocompetição. “No geral o paricá é
uma espécie muito rústica”, completa Alessandro Lochinoski,
engenheiro florestal do CPP (Centro de Pesquisas do Paricá).
Palavras Chave: espécie arbórea; Pará, Schizolobium amazonicum
Huber
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ABSTRACT
Escaping the dependence of release management plans and
ensure the supply of the commodity itself , which was scarce. These
were some of the reasons for entrepreneurs to invest in paricá (
Schizolobium amazonicum Huber ) . “ The choice is due to the fact
that it is a kind of rapid growth , with plenty of seeds , excellent
developments in commercial plantations , ease of seedling production
and timber production in a clear , homogeneous and without node,
which won the domestic and color external , “said Marco Antonio
Siviero , director of ARBORIS group ( VIABLE ALTERNATIVES ) . Planting
with paricá on a commercial scale in Dom Eliseu ( PA ) began in late
1993 . Paricá is one of the few forest species with forestry relatively
easy , with a highlight natural pruning . The main caveat is cleaning
in the early years to prevent weed competition . “Overall the paricá
is a very rustic species ,” adds Alessandro Lochinoski , forester CPP
( Research Center Paricá) .
Keywords : Paricá ; Schizolobium amazonicum Huber
1. INTRODUÇÃO
“Economicamente o paricá despontou no cenário nacional como
a terceira espécie florestal mais plantada no Brasil, conquistando o
mercado nacional e externo devido a excelente madeira”, disse
Siviero. Ele afirma que os projetos em andamento têm apresentado
uma taxa de retorno financeiro satisfatório, ao ponto de estimular a
ampliação da área platada (ALTERNATIVAS VIÁVEIS).
O paricá atualmente é colhido por volta o sexto ou sétimo ano
de idade através de corte raso ou desbaste, sendo que o incremento
médio anual para a espécie é superior a 30 metros cúbicos/
hectare.ano. O ciclo de corte de sete anos é praticado para lâminas
para compensados (ALTERNATIVAS VIÁVEIS). Atualmente o paricá tem
grande aceitação no mercado externo e também no mercado
nacional. Na região sul do país, é também utilizado para capa de
compensados com enchimento de outras espécies. Segundo
levantamentos do CPP a espécie é a terceira mais plantada perdendo
naturalmente para eucalipto e pinus, que apresenta queda de 1,4%
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(comparando 2006 e 2007), segundo dados da Abraf (Associação
Brasileira dos Produtores de Florestas).
2. DESENVOLVIMENTO
De acordo com o Sistema de Classificação de Cronquist, a posição
taxonômica de Schizolobium amazonicum obedece à seguinte
hierarquia:
- Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
- Classe: Magnoliopsida (Dicotyledonae)
- Ordem: Fabales
- Família: Caesalpiniaceae (Leguminosae: Caesalpinioideae)
- Gênero: Schizolobium
- Espécie: Schizolobium amazonicum
- Publicação: in Bol. Mus. Goeldi, vii 152 (1913).
Abaixo observam-se as características morfológicas da espécie:
Forma biológica: árvore decídua. As árvores maiores atingem
dimensões próximas de 40 m de altura e 100 cm de DAP (diâmetro à
altura do peito, medido a 1,30 m do solo), na idade adulta. Seu
tempo de vida é considerado curto a médio, em relação às espécies
clímax.
Tronco: De acordo com Matsubara (2003) apresenta tronco bem
cilíndrico, bem formado e reto, sem nós, revestido por casca grossa.
Nas árvores jovens, o tronco tem coloração verde acentuada e com
cicatrizes transversais deixadas pela queda das folhas. Às vezes,
apresenta sapopemas basais. O fuste mede até 25 m de comprimento.
Ramificação: é dicotômica. A copa é galhosa, aberta e obovóide
formando uma abóbada perfeita, mas não impede o crescimento da
vegetação de sub-bosque (Lima et al., 2003).
Casca: grossa medindo até 15 mm de espessura, com ritidoma
liso ou granular de cor cinza-esverdeada quase negra (RODRIGUEZ
ROJAS & SIBILLE MARTINA, 1996; MATSUBARA, 2003). A casca externa
é lisa a finamente fissurada, de coloração cinza-clara, com
abundantes lenticelas conspícuas, suberificadas e proeminentes,
dispostas em fileiras longitudinais (PENNINGTON & SARUKHÁN, 1998).
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Nos indivíduos velhos, a casca fica esbranquiçada, tornando-se
esfoliada em placas retangulares. A casca interna é creme-rosada,
granulosa, amarga e tem um odor desagradável de almíscar (PARROTA
et al., 1995).
Folhas: são longipecioladas, bipinadas, grandes (de 60 cm a 150
cm de comprimento), tem um raque lenhoso e elegante quando
jovem, mas nos indivíduos velhos as folhas diminuem
consideravelmente de tamanho, com muitas pinas e eralmente com
15 a 20 pares de folíolos oblongos, de 2 cm a 3,5 cm de comprimento;
o pecíolo é viscoso. As gemas e folhas tenras apresentam consistência
pegajosa (figura 1).
Inflorescências: em panículas terminais vistosas na ponta dos
ramos, abundantes e erguidas, medindo de 15 cm a 30 cm de
comprimento.
Flores: são de coloração amarela-clara, de aroma doce,
zigomorfas, medindo de 2 cm a 2,2 cm de comprimento.Fruto: é uma
criptosâmara, em forma espatulada, oblanceolada, aberta até o ápice;
mede de 6 cm a 10 cm de comprimento por 1,5 cm a 3 cm de largura;
produz de uma a duas sementes por fruto (OLIVEIRA & PEREIRA, 1984).
Os frutos são deiscentes e liberam as sementes facilmente quando
expostos ao sol (BIANCHETTI et al., 1998) (figura 2).
Semente: é coberta com um endocarpo papiroso e ao fruto. A
semente é anátropa, base atenuada, cor de café, com o bordo mais
escuro,medindo de16mma 21mm de comprimento por 11mm a 14
mm de largura. O hilo é localizado na base e oposto à rafe e a
micrópila em posição lateral ao hilo. A testa é lisa brilhante e óssea
(figura 3).
A espécie possui grande aceitação na indústria de compensados
pela produção de excelentes lâminas para o mercado externo (Galeão
et AL 2005), sendo seu cultivo bastante difundido no Pará, onde
cerca de 40% das empresas reflorestadoras possuem plantios (Galeão
2000). Quase todo o paricá processado pelo maior utilizador de
madeira de reflorestamento da espécie do país é vendido para os
Estados Unidos, ficando uma pequena parcela para o mercado
europeu, principalmente o italiano. Somente 10% da produção é
vendida no mercado nacional (Diário do Pará, 27 de dezembro de
2004).
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3. CONCLUSÃO
Concluiu-se que o Paricá apresenta características bem marcantes
e é uma espécie promissora no setor produtivo.
4. REFERÊNCIAS
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SELÊNIO O ELEMENTO BENÉFICO PROIBIDO NO
BRASIL
Letícia de Abreu FARIA1
1
Professora Doutora em Ciências, Dep. Solos e Nutrição de Plantas, Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz -USP/Piracicaba, SP, Brasil –
[email protected];
RESUMO
O Selênio é essencial aos animais e embora muito discutido,
permanece classificado como elemento benéfico às plantas. As baixas
concentrações nos alimentos se devem principalmente aos baixos
teores nos solos e a sua ausência em fertilizantes. O Brasil é um dos
países que demonstram baixas concentrações no solo, porém
diferente do que é verificado em alguns países, não há permissão
legislativa para o uso deste elemento como fertilizante. O objetivo
foi levantar informações e incentivar pesquisas sobre o Se na
agricultura brasileira.
Palavra-Chave: antioxidante, elemento benéfico, micronutriente,
selenato de sódio
ABSTRACT
Selenium (Se) is essential for animals, although much discussed
it remains classified as a benefical element for plants. Low contents
of Se in foods are mainly consequence of low levels in soils and its
absence in fertilizers. Brazil is one of the countries with low levels
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of Se in soil, but different of other countries, it has no legislative
permission for application of this element in fertilizers. The aim
was an overview about Se and to encourage research about it in
Brazilian agriculture.
Keyword: antioxidant, beneficial element, micronutrient, sodium
selenate
1. INTRODUÇÃO
O Selênio (Se) é um micronutriente para o reino animal e, nos
últimos anos sua atuação como antioxidante tem chamado a atenção
também para o reino vegetal, no qual tem sido classificado como
um elemento benéfico às plantas embora, muitas pesquisadores têm
discutido o impasse de sua essencialidade.
Embora possa ser tóxico mesmo em baixas concentrações, sua
divulgação como “vilão” tem se convertido a “mocinho” devido à
atuação na prevenção de doenças em animais e seres humanos, assim
o Se tem sido alvo de muitos estudos visando seus efeitos benéficos.
O Se contido no solo é resultado do intemperismo do conteúdo
de rochas, atividade vulcânica, resíduos (queima de combustíveis
nas proximidades), alguns fertilizantes fosfatados e algumas águas,
que também podem servir de fonte Se para os solos (COMBS JR. e
COMBS, 1986).
Conforme Malavolta (1980) o selênio é encontrado em rochas
ígneas e calcárias em teores baixos e nas rochas sedimentares os
teores são variáveis. O Se ligado ao solo ou em sedimentos depende
do pH, competição com anions, óxidos de ferro e tipo de mineral de
argila (DHILLON e DHILLON, 2003).
Segundo Malavolta (1980), em solos alcalinos bem arejados é
comum o Se aparecer na forma de selenato (SeO42-), a qual predomina
a absorção pelas plantas, e em terras ácidas ou com pH próximo a
neutralidade, o elemento frequentemente esta presente como
selenito podendo estar fixado ao ferro e formar complexos com a
matéria orgânica e dependendo do pH, grau de aeração e da atividade
microbiana, pode estar em diversos estados de oxidação.
A biofortificação agronômica, com a aplicação do elemento via
fertilizantes, visando o aumento de seu teor e biodisponibilidade
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nos alimentos tem sido estudada como potencial forma de remediar
os baixos teores nos solos.
O Brasil está entre os países com baixos níveis de Se no solo
(SILLANPÄÄ e JANSSON, 1992), mas diferentemente do que se observa
em alguns países sob mesma condição, que atualmente aplicam ou
até exigem a aplicação de Se na adubação.
No Brasil a área total de pastagens nativas e cultivadas gira em
torno de 180.000.000 milhões de hectares utilizados como base da
alimentação animal conforme Zimmer e Barbosa (2005), e é
inexistente a presença do Se em formulações de adubos minerais,
sendo sua suplementação na nutrição animal realizada junto ao
fornecimento do sal mineral na forma de selenito de sódio,
principalmente no Estado de São Paulo devido a constatação de
deficiência generalizada de Se em gramíneas pelo estudo de Lucci
et al. (1984). A aplicação de Se via fertilizante no Brasil exigiria
mudança na legislação, que atualmente não inclui o Se como
micronutriente (BRASIL, 1982).
Segundo Moraes (2008), atualmente a deficiência ocasionada pela
falta de Se se situa entre as deficiências causadoras de maior
preocupação em relação à saúde humana, principalmente em países
em desenvolvimento. O Se é responsável pela cura de algumas
disfunções dos homens e dos animais com papel ativo no sistema
imune (SELÊNIO, 2002). O objetivo foi levantar informações sobre a
influência do Se na fertilidade do solo e nutrição de plantas e sua
situação no Brasil.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. SELÊNIO
Em sua classificação química, o Se é definido como um elemento
não metálico relacionado ao enxofre e ao telúrio, é raro encontrá-lo
em seu estado natural, podendo combinar-se tanto com metais como
com não metais formando compostos orgânicos e inorgânicos
(SELÊNIO, 2002).
A concentração de selênio nos solos varia de 0,005 a 1200 mg kgcom ocorrência de altas concentrações em muitas partes do mundo
(CASTEEL e BLODGETT, 2004). Encontrado em pequenas quantidades
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em quase todos os materiais que compõem a crosta terrestre, é um
dos elementos com elevada variação de seus teores (MALAVOLTA,
1980). As propriedades químicas são similares ao enxofre, e pode
ser encontrado na natureza em diversos estados de oxidação incluindo
selenato (SeO4-²), selenito (SeO3-²), selênio elementar (Se0) e seleneto
(Se-2) (CASTEEL e BLODGETT, 2004).
Conforme a Selenium-Tellurium Development Association (STDA),
(2007) por ser um elemento essencial à vida, 5% da demanda total
de Se têm sido utilizada para fins biológicos/ agrícolas através da
adição em quantidades traço nos alimentos dos animais, produtos
veterinários para prevenção de certas doenças para animais em
crescimento, em fertilizantes para correção de solos deficientes,
além de sua utilização na medicina e como suplemento na dieta
humana para controle de certas doenças.
2.2. O SELÊNIO NO BRASIL
No Brasil tem-se observado já algum tempo significativa
quantidade de pesquisas relacionadas ao selênio na alimentação
humana e animal e sua influencia no sistema imune, porém pesquisas
com selênio, selenato e selenito de sódio, na forma de fertilizante
aplicado às plantas são estudos recentes no país.
O Brasil está entre os países com baixos níveis de Se no solo
(SILLANPÄÄ e JANSSON, 1992), embora a pesquisa tenha abrangido
apenas a região sul e parte do sudeste e centro-oeste. Deficiência
marginal em bovinos a pasto foi verificada no Rio Grande do Sul
(VALLE et al., 2003), enquanto em São Paulo e Mato Grosso do Sul
verificaram baixas concentrações de Se nas plantas forrageiras (LUCCI
et al., 1984; MORAES et al., 1999; FARIA, 2009).
Ferreira et al. (2002) encontraram baixos teores de selênio em
alimentos consumidos no Brasil e atribuíram as variações observadas
à concentração de selênio entre amostras do mesmo tipo de alimento,
inclusive nos alimentos de origem animal a presença de Se em
determinadas formulações fertilizantes e rações animais e o teor de
Se no solo como possibilidade de explicação.
Teores de Se inferiores a 0,5 mg kg-1 no solo são considerados
baixos (MILLAR, 1983). Os solos do estado de São Paulo e Minas Gerais
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apresentam faixas que variam, respectivamente, de 0,09 a 1,61 e
0,05 a 2,14 mg kg-1, sendo que em ambos os levantamentos houve
significativa quantidade de amostras com teores inferiores ao limite
de quantificação do método analítico (GABOS, 2012; SILVA et al.,
2012).
O uso de Se como fertilizante tem sido empregado em alguns
países com sucesso, principalmente na adubação de grãos e
pastagens. No Brasil, embora comprovado os baixos níveis de Se no
solo em algumas áreas do país, não é regulamentada a aplicação de
Se via fertilizantes. Nos anos 90 houve lançamento de fertilizantes
para pastagem contendo Se, no entanto não houve sucesso no registro
do produto junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), impedindo que fosse indicada a garantia de
teor mínimo de Se (SELÊNIO, 2002).
2.3. A INGESTÃO DE SELÊNIO PARA OS ANIMAIS E SERES HUMANOS
Os animais e seres humanos entram em contato com Se através
da água, ar, pele e alimentos, sendo esta última a principal forma
de entrada do elemento no organismo (ABREU et al., 2011). Sintomas
de deficiência em animais e seres humanos são comumente
observados quando os níveis de Se em alimentos são baixos (ATSDR,
2003). A deficiência severa de Se causa doença do músculo branco
(CONRAD et al., 1984; MALAVOLTA, 2006), mas o nível subclínico de
deficiência pode causar fraqueza muscular em recém nascidos,
imunossupressão, redução no ganho de peso e de escore,
infertilidade, aborto e retenção de placenta (SURAI, 2006).
Em muitos países, áreas com biodisponibilidade natural de Se, a
aplicação de Se via fertilizantes tem sido uma opção com bons
resultados para que haja adequado suprimento deste micronutriente
aos animais e consequentemente melhor desempenho animal, além
da boa qualidade nutricional dos alimentos provenientes, como leite
e carne (ABREU et al., 2011).
Na Nova Zelândia a administração de Se aos animais era permitida
apenas via injetável até a década de 80, quando surgiu, com
comprovada eficácia, a aplicação anual junto à adubação fosfatada
das pastagens (WATKINSON, 1983).
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O Se inorgânico da ração pode ser absorvido no intestino delgado
na forma orgânica, mas a composição da dieta pode influenciar a
forma de Se que chega ao intestino delgado (GERIUS, 2007). A maior
biodisponibilidade do Se nas formas orgânicas é verificada com o
maior acúmulo nos tecidos e órgãos (ZANETTI e CUNHA, 1997; DAVIS
et al. 2008), e maior eficiência em aumentar a concentração de Se
no sangue e leite de vacas, se comparado às inorgânicas (GERIUS,
2007).
2.4. SELÊNIO NA RELAÇÃO SOLO-PLANTA
A essencialidade do Se no reino vegetal não é considerada
convincente (ADRIANO, 1986; CARTES et al., 2005; SORS et al., 2005)
embora há muitas discussões e controvérsias (TERRY et al., 2000;
MALAVOLTA, 2006).
Foi demonstrado que as Selenocisteínas tRNAs, que ocorrem nos
representantes de três dos cinco reinos (Monera, Animal e Protista)
e que atuam na codificação do códon de UGA, também ocorrem nos
dois reinos restantes, das plantas e fungos, sugerindo que UGA, além
de ser responsável em cessar a síntese de proteínas, também codifica
a Selenocisteína do código genético universal (HATFIELD et al., 1992).
Resultados de estudos indicaram que o Se contido no tRNA parece
estar presente no reino das plantas. Contudo, a distribuição dos
selenonúcleosídeos no tRNA varia qualitativamente e
quantitativamente para diferentes plantas, um novo
selenonucleosídeo, ainda não caracterizado, diferente dos
selenonucleosídeos bacterianos, está onipresente em todas as plantas
examinadas (WEN et al., 1988).
Em contradição, Terry et al. (2000), questionaram se o Se é
requerido para o crescimento de plantas superiores, enquanto Cartes
et al, (2005) comprovaram o aumento da atividade da glutationa
peroxidase e a redução da peroxidação de lipídios em plantas
superiores submetidas ao Se.
A planta absorve selenato, selenito e formas orgânicas, de acordo
com Adriano (1968) a maior taxa de adsorção no solo é verificada
com o selenito e a taxa de conversão selenato-selenito (vice-versa)
é bastante lenta, assim a aplicação de selenato no solo apresenta
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potencial em elevar a concentração de Se na planta (HARTIKAINEN
et al., 2000; FARIA et al., 2009; RIOS et al., 2010). No Brasil, Faria
(2009) verificou potencial de fornecer Se via fertilizante às pastagens,
porém doses até 20 g ha-1 de Se na forma de selenato de sódio em
distintos solos não foram suficientes para que a Brachiaria brizantha
atingisse o mínimo requerido por bovinos, que seria de 0,1 a 0,3 mg
kg-1 na massa seca (NRC, 2001).
A escolha do selenato como fertilizante é consequência de sua
maior biodisponibilidade no solo e maior capacidade em elevar o
teor de Se na planta, além de apresentar menor potencial fitotóxico
(CARTES et al., 2005; RIOS et al., 2010). Hartikainen et al. (2000) e
Rios et al. (2010) obtiveram incremento na produção de azevém e
alface, respectivamente, com a aplicação de Se, porém em ambas
as pesquisas foram observados efeito pró-oxidante do Se quando em
elevadas doses culminando em depressão na produção e sintomas
de fitotoxidez.
O Se atua em defesa das plantas por meio de sua influência na
atividade da glutationa peroxidase, a qual é responsável em controlar
espécies reativas de oxigênio geradas em situações de estresse que
podem ser danosas as moléculas e estruturas da célula (ADRIANO,
1986; HARTIKAINEN et al., 2000; CARTES et al., 2005; RIOS et al.,
2010). Rios et al. (2010) verificaram a atuação do Se aumentando o
metabolismo do N na planta por meio da ativação de enzimas nitrato
redutase, glutamina sintetase e glutamate sintase, bem como a maior
concentração de N total reduzido.
Em Souza et al. (1998), o selenato e o selenito apresentaram
taxas diferentes de absorção, translocação, assimilação e
volatilização na mostarda indiana (Brassica juncea), e identificaram
a diferença na especialização do selenato e selenito que são
informações úteis para melhorar a eficiência da fitorremediação.
Conforme Zanetti (2005) a variação pode ocorrer em diferentes
espécies, diferentes tipos de solo e estádios vegetativos da planta e
em relação à idade da planta, nas gramíneas tropicais a composição
pode alterar muito em um curto espaço de tempo.
Correia (1986) relatou que o Se tende a acumular-se de forma
decrescente nas partes: sementes, folhas e caules, diminuindo o
teor à medida que o estágio de maturação avança. As prováveis
relações entre as formas orgânicas e inorgânicas nas gramíneas
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dependem da maturidade e da matéria seca da planta (HINTZE et
al, 2001).
Nos vegetais e grãos de cereais está associado a frações de
proteínas e pode substituir o enxofre dos aminoácidos, tal como a
cisteína e metionina, e quando encontrado na forma Se-metionina é
considerado mais biodisponível que quantidades iguais de selenito
de sódio (ROGERS et al. 1990).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando os avanços em pesquisas que comprovam a
importância do Se na alimentação humana em consequência da sua
ação antioxidante na prevenção de doenças e sua influencia positiva
no desempenho animal, juntamente com a eficácia de seu
fornecimento via fertilizantes em outros países, fica evidente a
necessidade de incrementos na pesquisa brasileira com selênio em
fertilizantes.
5. REFERÊNCIAS
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SILO SECADOR E ARMAZENADOR DE GRÃOS
MOVIDO A ENERGIA SOLAR
Luiz Felipe Grejo IRENO1
Mateus Teodoro IRENO 2
Gustavo Consoni ZANCHETTA 3
Alexandre Luiz da Silva FELIPE 4
1
Acadêmico do curso de agronomia da FAEF- Garça – SP – Brasil. e-mail:
[email protected].
2
Acadêmico do curso de agronomia da FAEF- Garça – SP – Brasil.
3
Acadêmico do curso de agronomia da FAEF- Garça – SP – Brasil.
4
Acadêmico do curso de agronomia da FAEF- Garça – SP – Brasil.
RESUMO
O presente trabalho tem o objetivo de oferecer informações sobre
um silo secador e armazenador com baixo custo de instalação, com
uso de tecnologias sustentáveis e renováveis como no caso a energia
solar para melhor secagem dos grãos. O qual trará maiores benefícios
e economia para um produtor rural.
Palavras Chave: Autossustentável, Silo, Solar.
ABSTRACT
This paper aims to provide a dryer and storer silo with low
installation cost, using sustainable and renewable technologies as
in solar energy for drying the grain better. Where will bring greater
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benefits and savings for farmers who want to install on your property
this self-sustaining silo.
Keywords: self-sustaining, Silo, Solar.
1. INTRODUÇÃO
As políticas de estocagem no Brasil prejudicam demais os
pequenos produtores por ser muito equivocadas, o país perde por
deixar de arrecadar mais imposto, e o produtor perde por não ter
um lugar adequado para estocar seu produto e com isso perde
lucratividade e também, o consumidor perde porque com isso vai
pagar mais caro no produto final além de correr o risco de não ser
de boa qualidade (MARTINS, 2002).
A qualidade que é sempre perseguida pelos produtores, trata-se
de um tema polêmico cujo significado depende da finalidade ou do
uso final do produto (SILVA et al., 2000). Logicamente é o consumidor
que define os padrões de qualidade e características que os grãos
devem ter, no entanto cabe ao produtor oferecer isso, assim o
comprador e produtor têm que estar cientes das qualidades para
sua comercialização.
Muitos pesquisadores não concordam com o fato de que as
alterações no valor nutricional do milho ou da soja sejam devidas às
altas temperaturas de secagem, porém são unânimes em afirmar que
as características físicas e químicas no que se referem a consistência,
energia, dureza, cor, umidade e teor de proteínas e aminoácidos são
afetadas pela temperatura de secagem (SILVA et al., 2000).
O objetivo desse trabalho é oferecer informações sobre silo
secador com baixo custo de instalação, com uso de tecnologias
sustentáveis e renováveis como no caso a energia solar para melhor
secagem dos grãos.
2.DESENVOLVIMENTO
2.1. Processos de Secagem
Uma das etapas do pré – processamento de produtos agrícolas é
a secagem, que tem como objetivo retirar a água contida nos mesmos.
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A secagem é definida como um processo simultâneo de trocar de
calor e massa. Nesse processo a umidade é retirada até que o nível
dos produtos fique em equilíbrio com o ar do ambiente onde será
armazenado (SILVA; AFONSO; DONZELLES, 2000).
Com isso reduz a disponibilidade de água para o desenvolvimento
de fungos e bactérias, assim evita o surgimento de grãos ardidos e
micotoxinas, dificulta o processo de respiração dos grãos que provoca
perda de peso e gera calor e prejudica as reações bioquímicas que
promovem a auto degeneração do produto (SILVA, 2005).
O objetivo da armazenagem é conservar a matéria seca evitandose possíveis gastos sem necessidade. Para as condições brasileiras,
o teor de umidade ideal para armazenar os grãos e sementes é de
13%. Quando os grãos atinge essa taxa de umidade estabiliza-se a
atividade aquosa e assim inviabilizar o desenvolvimento de fungos e
bactérias (SILVA, 2005).
A secagem é muito importante e ganha mais importância à medida
que a produção aumenta, com isso ainda se tem vantagens como a
antecipação da colheita, a redução de perdas de produto no campo,
ganhos em tempo de armazenamento sem ocorrências de prejuízos
no produto armazenado, manutenção do poder germinativo (SILVA;
AFONSO; DONZELLES, 2000).
Na construção de um silo secador – armazenador exige-se
características especiais tais como o piso tem que deve ser feito de
chapa metálica perfurada com 20% de perfurações para melhor
distribuição do ar. A instalação de um ventilador forçando a aeração
se faz necessária, sendo suficiente para secar toda a massa dos grãos
sem causar fermentação, e suas dimensões e potência devem ser
calculadas considerando a demanda e o tipo de grão (SILVA, 2008).
A secagem de produtos agrícolas pode ser realizada de forma
natural ou artificial. A secagem natural emprega a radiação solar
para aumentar o potencial de secagem do ar. No Brasil, esta tem
sido empregada para a secagem de café, cacau em barcaças, milho,
arroz e feijão, sendo a grande desvantagem dessa modalidade a
dependência das condições climáticas e a maior vantagem é o fato
de propiciar menor ocorrência de grãos trincados e, ou, quebrados
(SILVA, 2005).
A secagem artificial usa métodos que aceleram o processo
contando com equipamentos tais como, sistema de aquecimento do
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ar através de fornalhas, ou queimadores a gás; sistemas de
movimentação do ar, como ventiladores, ou sistemas de
movimentação dos grãos, como elevadores de caçambas,
transportadores helicoidais ou fitas transportadoras (SILVA, 2005).
Os grãos de cereais são higroscópicos, o que faz com que sua
superfície fique com uma camada delgada de ar constituindo um
microclima com umidade relativa com valores iguais a 100 vezes o
índice de atividade aquosa, por outro lado o ar também tem sua
umidade relativa, o que pode repassar ou receber vapor de água. O
sentido e intensidade do fluxo é dado pela diferença dos valores,
ocorrendo sempre do maior valor para o de melhor valor de umidade
relativa, e isso pode gerar a secagem do produto, o umedecimento
dos grãos e causar o equilíbrio higroscópico (SILVA, 2005).
Segundo SILVA (2005), o processo de secagem ocorre em três
passos, o primeiro, em que o ar de secagem cede calor ao grão, isso
força a umidade do grão a migrar para o local de microclima,
aumentando a umidade relativa do mesmo. Em seguida, como a
umidade relativa do microclima é maior que a do ar de secagem,
estabelece-se um fluxo de vapor no sentido do microclima para o ar
de secagem. E por final, como o ar de secagem repassou calor ao
grão e recebeu vapor de água, sua temperatura diminui, e sua
umidade relativa aumenta. O ar de secagem passa então a ser
denominado de ar de exaustão, e quanto mais próxima de 100% for
à umidade relativa do ar de exaustão, maior será a eficiência da
secagem.
2.2. Vantagens do uso do Secador de leito fixo
O secador de leito fixo tem sido empregado na secagem de milho
em espiga,feijão em ramas, café e arroz. O formato da câmara de
secagem pode ser variado e esta pode ter o fundo inclinado para
propiciar a descarga por gravidade (SILVA, 2005).
Este tipo tem como vantagens a necessidade de pouca
potência elétrica para acionar os motores dos ventiladores, utiliza
fonte renovável de energia que é a solar, portanto, não causa poluição
ao meio ambiente, é adotado principalmente por pequenas
propriedades agrícolas, poupa muita mão de obra para o produtor,
compõe-se de um equipamento de baixo custo de implantação e de
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fácil manutenção, com fácil acesso à peças, proporciona qualidade
aos grãos, pois sua secagem é feita 10ºC acima da temperatura
ambiente e com isso os grãos não trincam, não perdem volume e
mantêm sua coloração (SILVA, 2005).
2.3. Descrição
O secador deve ser construído com um leito fixo em alvenaria
com tijolo maciço e um coletor solar armazenador feito com pedra
britada com capacidade para 50 sacos. A Câmara de secagem deve
ser feita em alvenaria, com tijolos maciços com argamassa de
cimento e areia na proporção de 1:4. O leito de secagem, deve ser
construído a base de madeira ripada e ser utilizado sacos de aniagem
para substituir à tela metálica assim, torna-se uma opção mais
econômica (MARTINS, 2002).
2.4. Painel solar
O Silo construído com painéis fotovoltaicos, formados por células
solares, transformando energia solar em energia elétrica é um sistema
vem que surge com o objetivo de não atacar o meio ambiente e
substituir a lenha.
A energia solar é captada através de um coletor solar que faz
com que o ar seja encaminhado a uma camada de grãos com auxílio
de um ventilador promovendo a secagem. O objetivo deste é
aproveitar a energia solar, já que o Brasil é um país rico nesse tipo
de fonte energética, além das vantagens do aparelho na secagem
dos grãos sem danificá-los (SILO..., 2014).
2.5. Difusor e ventilador
O difusor deve ser feito de alvenaria de tijolos maciços com
traço da argamassa de cimento 1:4 e concreto armado na proporção
de 1: 2 : 3, cimento, areia e brita.
O ventilador recomendado deve ser do tipo com pás inclinadas
para trás com perfil “air foil” (asa de avião), pois possibilitam maiores
vazões com menor potência instalada (MARTINS, 2002).
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Por ser movido a energia solar, uma fonte de energia limpa e
renovável, não gera prejuízos ao meio ambiente, porém uma vez
carregado, com qualquer produto, não poderá ser desligado até que
se complete o ciclo.
No período noturno o ventilador deve permanecer ligado para
resfriamento dos grãos. Deve considerar a umidade inicial dos
produtos de 25%. É muito importante para a conservação do
armazenamento, a limpeza dos grãos após a secagem e antes de
guarda-los no silo, para que não sofra ação de insetos e fungos.
2.6. Recomendações para sua construção
Os Silos devem ser divididos em 2 partes telhado e corpo. O
telhado tem como componentes as telhas que podem ser auto
portantes ou apoiadas na estrutura do telhado. Há padronização na
quantidade de telhas por chapa do corpo, sendo que empresas
utilizam de 3 a 4 telhas (SCALABRIN, 2008).
O corpo do silo deve possuir como componentes uma chapa lateral
perfilada com diferentes ondulações com comprimentos de onda de 101,6
mm e altura de 12 mm formando anéis cuja espessura varia de acordo
com a carga que deverá resistir. Os silos brasileiros seguem padrões
americanos, e o comprimento de cada chapa costuma ser de 2,8 m..
Os montantes, denominam as colunas dos silos internas ou
externas. O projeto deve padronizar o perfil de espessura destas
peças de acordo com a carga, e também padronizar a quantidade de
montantes por chapa lateral. Os anéis de reforços, são artifícios
usados para enrijecer o silo quando o mesmo for sujeito a pressões
de ventos, visando reforçar a resistência do conjunto chapa lateral
e montante (SCALABRIN, 2008).
A estrutura deve ser construída com materiais não inflamáveis,
a cobertura deverá ser vedada evitando a entrada de pó e água,
porém cada silo deve ter um respiro curvado ou inclinado para evitada
destes (NPT 027, 2012).
2.7. Instalações elétricas
Os cuidados com instalações elétricas devem atender às normas
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estabelecidas na NBR 5410/04 e NBR IEC 60079-14, sendo que, todas
as luminárias devem ser à prova de explosão e de pó (NPT 027,
2012). Além disso, todo silo deve dispor de proteção contra raios,
assim de acordo com as normas técnica esses devem ser aterrados
(NPT 027, 2012).
Os sensores de temperatura devem ser localizados entre os
dispositivos de calor e o secador, sendo que tais indicadores de
aquecimento devem ser instalados em todo o silo (NPT 027,2012).
2.8. Controle de poeira
Toda poeira depositada deve ser coletada, em todos os pontos
dentro da unidade, com maior atenção demandada para os pontos
de transferência de grãos, como nas moegas rodoviárias (NPT 027,
2012).
3. CONCLUSÃO
O secador descrito é de fácil construção e operação, todavia,
são necessários cuidados para obter o máximo de rendimento e
qualidade dos produtos.
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SINTOMATOLOGIA, ETIOLOGIA E DIAGNOSE DA
BANANEIRA
Guilherme NEVES¹
Leonardo TAVARES¹
Lucas SIQUEIRA¹
Valdir SALVADOR¹
Willian Bucker MORAES²
¹ Discentes do curso de Agronomia da FAEF-Garça -SP – Brasil, e-mail:
[email protected]
² Docente do curso de Agronomia da FAEF-Garça-SP-Brasil, e-mail:
[email protected]
RESUMO
A bananeira tem grande importância econômica mundial, por
ser um fruto bastante popular no Brasil ele esta em segundo lugar
em cultivo perdendo apenas para o citros, a bananeira requer vários
cuidados como manejo, temperatura, umidade principalmente na
parte de doenças, pois esta sujeita a alguns efeitos negativos e
danosos a cultura como fungos, bactérias e vírus. No entanto fazendo
observações e uma boa diagnose com base na sintomatologia e
etiologia podemos chegar ao agente causal e fazer o devido controle.
Palavra chave: bananeira; cuidados, controle.
ABSTRACT
The banana is of great economic importance worldwide, being a
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very popular fruit in Brazil he is second in crop second only to citrus,
banana requires several precautions as handling, temperature,
humidity mostly on diseases, as this subject to and some negative
effects such as damaging the crop fungi, bacteria and viruses.
However making observations and a good diagnosis based on
symptomatology and etiology can get to the causative agent and
make proper control.
Keyword: banana, care, control.
1 INTRODUÇÃO
A bananeira é originaria, pesquisas revelam que desde 5000 AC
ou ate mesmo em 8000 AC (CARVALHO et al., 2011). A bananeira é
de cultivo perene, pois os frutos da mesma podem ser colhidos o
ano todo.
A banana é de grande importância mundial, sendo o quarto
produto a ser produzido no mundo todo, o Brasil fica em segundo
lugar na produção de banana, em 2012 a área cultivada do mesmo
chega em torno de 476,744 mil hectares e o volume de frutas
produzidos no Brasil (6.846,611 milhões de toneladas) perde-se
somente do cultivo da laranja segundo dados do (IBGE, 2013). Diversas
classes sócias consomem a banana, pois ela é rica em nutrientes e
de fácil acesso e economicamente barata no bolso do brasileiro.
No Brasil a região que possui a maior produção da fruta é a região
Nordeste, mas a cultura esta espalhada em todo território nacional,
a bananeira é uma planta tipicamente tropical, no Estado do
Amazonas não possui restrições em relação à temperatura,
luminosidade, altitude, umidade relativa e vento, a produtividade
dos bananais é insuficiente e acaba obrigando o Estado a fazer
importações frequentes para atender a demanda interna. Alguns
fatores que têm ajudado para a baixa produtividade dos bananais
amazonenses, é a ocorrência de doenças vasculares, tais como o
moko ou murcha-bacteriana da bananeira e o mal-do-panamá, e a
doenças foliares, como a sigatoka-negra e a amarela.
Contudo o objetivo deste trabalho é falar um pouco sobre algumas
doenças comuns e mais frequentes que ocorrem na bananeira, falando
também um pouco sobre a etiologia, sintomatologia e diagnose da mesma.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
Umas das frutas mais consumidas em todo mundo é a banana e é
explorada na maioria dos países tropicas destacando se em uma
grande empregadora de mão-de-obra principalmente na agricultura
familiar. A uma estimativa que em um hectare da cultura emprega
cerca de seis pessoas por ano, e esta distribuída em todo território
brasileiro. Alves (1985).
Segundo Alves (1985) a bananeira tem seu origem do sudeste
asiático e pode ser encontrado, nos estados brasileiros da Bahia,
São Paulo e Santa Catarina ou na América Latina nos países Equador
Colômbia e Costa Rica.
A bananeira precisa grande quantidades de nutrientes para
desenvolver e na obtenção de altos rendimentos, por produzir muita
massa vegetativa, absorvendo e distribuindo grandes quantidades
de nutrientes, sendo um deles o potássio (K) e o nitrogênio (N) são
os nutrientes que são necessários e absorvidos para o crescimento e
produção da bananeira (LAHAV, 1983).
2.1 Mal do panamá
Em áreas de deficiência nutricional onde a cultura da
bananeira é predominante, a ocorrência de varias doenças
causadas por patógeno vem aumentando principalmente a o Maldo-Panamá, ocorre nos tecidos do hospedeiro através do sistema
radicular, atingindo o xilema da planta, há abundante
esporulação sendo transportados pelo fluxo transpiratório.
(CORDEIRO 1995).
As murchas vasculares são causados por patógenos de
disseminação lenta, capaz de, causar grande devastação como é o
caso do mal-do-Panamá, isto não significa que as murchas tenham
menor importância do que as doenças foliares de rápida
disseminação. (Amorim, Resende, Filho 2011) p.27.
Nas folhas, os sintomas manifestam-se com amarelecimento
progressivo das folhas mais velhas para as mais novas, iniciando-se
pelos bordos do limbo foliar, evoluindo no sentido da nervura
principal. Estas folhas podem apresentar murchar, secar e quebrar
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na região do pseudocaule, se assemelhando a um guarda-chuva
fechado. (MICHEREFF, 2011).
2.2 Sigatoka negra
No vale de sigatoka no continente asiático, em Fiji foi identificada
pela primeira vez a sigatoka negra, a primeira aparição foi em 1972
em Honduras e na Costa do Marfim em 1979 disseminando para outros
países a partir da ai. (CORDEIRO, 2001; CAVALCANTE, 2004)
A sigatoka negra é causada pelo fungo M. fijiensis Morelet
(Anamorfo: Paracercospora fijiensis (Morelet Deighton). A propagação
do fungo é por dois tipos de esporos, conídios e ascóspboros. Os
conídios se formam a partir do ápice dos conidióforos, acontecem
no primeiro estádio da lesão na folha, no lado inferior. Os ascósporos
se formam mais tarde em manchas mais evoluídas de coloração
branco-acinzentado, principalmente nas folhas necrosadas ou mortas.
(FERRARI; NOGUEIRA, 2004, citado por NOGUEIRA, et al., 2009).
Nas áreas onde ocorria a sigatoka amarela, sigatoka negra acabou
predominando (PEREIRA et al., 1998, citado por NOGUEIRA et al.,
2009). Comentam se que o desaparecimento da sigatoka amarela
veio ser realizado após o surgimento da sigatoka negra, por ser
precoce na produção de esporos, e por isso possui maior densidade
na manifestação, e acabou não dando espaço para o desenvolvimento
da sigatoka amarela (STOVER, 1983, citado por FIORAVANÇO et al.,
2005).
2.3 moko
O moko-da-bananeira foi relatado inicialmente por no Brasil por
Tokeshi e Duarte em 1976 no Estado do Pará, é causado pela bactéria
Ralstonia solanacearum, (TOKESHI; DUARTE, 1976).
O moko foi relatado em todos os Estados da Região Norte do
Brasil além do Estado da Bahia. Os sintomas do moko são distinguíveis
basicamente pela exsudação de pus-bacteriano, em testes de copo,
pela descoloração vascular centralizada no pseudocaule e pela
murcha-das-plantas, em qualquer fase do ciclo vegetativo.
(ZAMBOLIM et al., 2002).
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2.4 Sigatoka amarela
A sigatoka amarela foi descoberta em Java por Zimmermann no
de 1902. Já no Brasil a sigatoka amarela foi encontrada no estado
do Amazonas no ano de 1944, depois disseminada por outros estados
brasileiros. (FOURÈ, 1994).
A infestação ocorre no estômato das
folhas novas na superfície abaxial, o tempo da infestação varia muito
com estado ambiental da área e a suscetibilidade da planta ( ROCHA,
2008).
A sigatoka amarela afeta a região foliar verde das plantas,
contudo diminui o numero de frutos por cacho, menor tamanho de
fruto, redução de cachos por planta. As perdas podem chegar de
50% a 100% dependendo do microclima. (CORDEIR & MATOS 2005).
2.5 Podridão mole
Foi uma destrutiva doença nos bananais causada pela bactéria
Erwinia musa, foi descrita em 1949 em Honduras, é uma bactéria
gran negativa, e perde sua patogenicidade em meio de cultura
(REZENDE 2005).
A doença apodrece o rizoma da planta e avança ate o
pseudocaule, evoluindo na base ate a ápice da planta, os sintomas
aparecem na parte área e se confunde bastante com a doença com
o Moko e o Mal do Panamá, a planta expressa sintomas como murcha
e amarelecimento das folhas podendo haver quebras da folha no
meio do limbo (AMORIM 2005).
2.6 Mosaico da bananeira
É uma das mais comuns viroses que ocorre com as bananeiras, o
vírus é do gênero cucumovírus da família Bromoviridae apresenta
um grande numero de estirpes e tem o diâmetro de 30 nm e a relação
vírus - vetor não é persistente e a transmissão do mesmo é feito por
afídeos. (AMORIM 2005)
Os sintomas do mosaico são algumas estrias a ate a necrose interna
atingido as folhas velhas, ocorre nanismo e a morte da planta, há
formação de rosetas na saídas das folhas, as bainhas acabam se
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despregando do pseudocaule, as folhas ficam atrofiadas lanceoladas
vindo a ficar cloróticas e exibindo o mosaico (MARINHO, 2005)
2.7 Podridão da Cora
Com a comercialização dos frutos, um dos problemas que mais
afeta em bananeiras é a podridão da coroa ou almofada, essa doença
é causada por fungos que são Cephalospariun sp, Fusariun spp,
Colletotrichum musae, Diaghthoniella torulosa e Ceratocytis
parados, esses fungos são encontrados, flores, folhas velhas, frutos,
restos florais, são patógenos que ficam aderidos no ferimento. O
problema se agrava quando o transporte dos frutos passam de 10
dias. ( REZENDE, 2005)
O ferimento causado pelo despenca mento, á criação de um ponto
de fácil acesso para patógenos oportunistas como fungos e bactérias,
após a entrada destes patógenos provoca o escurecimento e necrose
do tecido, logo após aparecem sinais do patógeno onde foi afetado.
Os sintomas aparecem depois de setes dias da inoculação do mesmo.
(REZENDE, 2005)
2.8 Estrias da Bananeira
O primeiro sinal desta doença foi na Costa do Marfim e depois
disseminado em outros países em diferentes cultivares, no Brasil
esta ligada a variedade Mysore, sintomas já são vistos na variedade
nanica e nanicão porem sem a confirmação da presença do vírus, é
transmitido pela cochonilha da cana-de- açúcar para a bananeira, a
principal via para a transmissão dessa doença é através de material
propagativo infectado. (AMORIM, 2005)
Os sintomas são semelhantes ao o mosaico do pepino e evoluindo
para estrias necróticas, geralmente não mostra os sintomas em toda
a folha, a redução de tamanho e redução do cacho. Na variedade
Mysore as vezes ocorre a morte de plantas jovens (AMORIM, 2005)
2.9 Antracnose da Bananeira
Algumas doenças ocorridas após a colheita são um dos problemas
que afetam a exportação e qualidades das frutas em um modo geral,
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na bananeira não podia ser diferente, nessa fase a ocorrência de
varias podridões e uma dessa doença é antracnose, ela é causada
pelo fungo Colletotrichun musae, esse fungo se manifesta
principalmente nas frutas maduras (VENTURA & HINZ, 2002)
Essa doença se caracteriza por formação de lesões escura com o
eixo principal paralelo ao eixo longitudinal, as lesões são geralmente
superficiais, em casos onde o ataque é severo, pode atingir a polpa
da fruta (KIMATI et al., 2005).
2.10 Nematoides
Os nematoides são chamados de vermes, são microscópicos e
essencialmente aquáticos, algumas espécies se alimenta de fungos e
bactérias, esse essencialmente são chamados de nematoides de vida
livre, já outros nematoides são parasitas alguns são parasitas de animais
(zooparasitas) e outros são de plantas (fitoparasitas). Os parasitas de
planta habitam o solo ou no interior de algumas estruturas vegetais,
como folhas, caule, mas principalmente em raízes. Possuem o estilete
em seu aparelho bucal com o qual introduzem substancias nas células
digerindo-as e em seguida sugando o liquido resultante, é dessa forma
em que o nematoide se alimenta. (THOME, 1961).
A bananeira é uma forte candidata a nematoides fito parasitas, a
ocorrência de infestação de varias espécies dando uma atenção maior a
essas espécies como R. similis, P. coffeae, e H. multicinctus e, os sedentários
Meloidogyne spp que são nematoides migradores. Esses nematoides são
encontrados principalmente em países tropicais e subtropicais. A ocorrência
de 28 gêneros de nematoides, mas a citadas anteriormente são de maior
importância pois trazem risco econômico. (JESUS, 2006)
A presença de nematoides será observada quando a infestação
chegar a grandes proporções isto é em longo prazo, pois os mesmo
reduzem a longevidade da bananeira, queda de produção, às folhas
na desenvolvem e as folhas ficam pequenas, as raízes ficam curtas e
com pouca sustentação a planta acaba caindo (Rossi, 2010)
3 CONCLUSÃO
O presente trabalho teve por finalidade demostrar a
sintomatologia, etiologia e diagnose da bananeira para que possa
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chegar ao agente causal com maior certeza e fazer o devido controle
sem que haja erros, no intuito de ajudar no controle de doenças
causadas por fungos, bactérias e vírus, relacionados à bananeira
intimamente ligados no começo do plantio ate a colheita.
4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, E.J. Programa de melhoramento genético da banana e
plátano na Embrapa-CNPMF: planejamento, implantação e
progressos. Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, BA:
v.15, nº 3, p.83-94, 1992.
AMORIN, L; REZENDE, J. A. M; BERGAMIN FILHO, A. Importância das
Doenças de Plantas In: Manual de Fitopatologia 4 ed. Piracicaba:
Agronômica Ceres, 2011. P 26 e 27
CORDEIRO, Z. J. M; KIMATI, H. Doenças da Bananeira. In: Manual de
fitopatologia/ editado por KIMARI, H... [et al]. 3. Ed. São Paulo:
Agronômica Ceres. 1995- 1997. 2v.:il. P113 a 136.
Embrapa. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Dados sobre
a banana no Bra’sil. Cenargenda OnLine. Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia. Ano I. 2005.
FIORAVANÇO, J. C.; PAIVA, M. C. SIGATOKA-NEGRA DA BANANEIRA
rev isão bibliográfica. 2005 Disponíveis em: http://
www.ufpel.tche.br/faem/agrociencia/v11n2/artigo02.pdf visto em
22/03/2014
MARINHO, V.L.A.; BATISTA, M.F. Interceptação, pelo serviço de
quarentena de mudas, de vírus em mudas meristemáticas de
bananeiras importadas. Fitopatologia Brasileira, v. 30, n. 5, p. 552,
2005.
MOREIRA, R. S. Banana: teoria e prática de cultivo. Campinas:
Fundação Cargill. 1985. 335p.
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SINTOMATOLOGIA, ETIOLOGIA E DIAGNOSE DE
ALGUMAS DOENÇAS DA BATATA
Fábio Reis GREATTI¹
Gustavo Jose Simão GOULART¹
Rubens Ferreira de CARVALHO FILHO¹
Willian Bucker MORAES²
¹Discentes do curso de Agronomia da Faculdade de Agronomia e
Engenharia Floresta –FAEF.
²Prof. Dr. do curso de Agronomia da Faculdade de Agronomia e
Engenharia Floresta –FAEF.
RESUMO
A cultura da batata, como qualquer outra pode sofrer ataque de
patógenos causadores de doença, quando este encontrar ambiente
favorável e hospedeiro susceptível para seu desenvolvimento. Estes
patógenos podem ser diversas espécies de bactérias, fungos, vírus e
nematóides e causar diversos danos para cultura. Para o
conhecimento da doença e a identificação de seu agente causal é
necessário que se faça a sintomatologia, etiologia e a diagnose para
correta identificação.
Palavras-chave: sintomatologia, etiologia, diagnose.
ABSTRACT
The potato crop may suffer as any other attack pathogens causing
disease when it encounters a susceptible host and favorable
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environment for their development. These pathogens can be several
species of bacteria, fungi, viruses and nematodes and cause extensive
damage to crop. To the knowledge of the disease and the
identification of its causative agent is necessary to make the
symptoms, etiology and diagnosis for proper identification.
Keywords: symptoms, etiology, diagnosis.
1. INTRODUÇÃO
Como qualquer cultura, as plantações de batata também estão
sujeitas a doenças, ou seja, ao ataque de diversas espécies de bactérias,
fungos, vírus e nematóides que comprometem a produtividade.
Para conhecermos as doenças que atacam e se manifestam em
uma lavoura de batata é necessário que se faça a sintomatologia,
etiologia e posteriormente com convicção à diagnose, para correta
identificação da doença e seu agente causal.
Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar algumas doenças
da batata, com sua sintomatologia, etiologia e diagnose.
2. SINTOMATOLOGIA, ETIOLOGIA E DIAGNOSE DE ALGUMAS
DOENÇAS DE BATATA
Sintomatologia: estuda os sintomas e sinais de doenças de
plantas, visando posteriormente sua diagnose (MICHEREFF, 2001).
Etiologia: é o estudo da causa da doença, abordando as
características do agente causal como o modo de penetração,
crescimento e multiplicação no interior dos tecidos do hospedeiro
(MICHEREFF, 2001).
Diagnose: refere-se à identificação de uma doença e seu agente
causal, com base nos sintomas e sinais (AMORIM, 2011).
2.1. Doença causada por bactéria
2.1.1. Sarna comum (Streptomyces scabies)
Sintomas: podem ocorrer nas raízes, tubérculos e caule em
contato com o solo. Verifica-se uma pequena elevação na cutícula,
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tornando a superfície áspera. As lesões possuem coloração que varia
de pardo-claro a escura, com uma superfície irregular, podendo estar
mais elevada que o tecido sadio.
Etiologia: o agente causador é a bactéria Streptomyces scabies,
que tem crescimento em temperaturas entre 5 – 40°C. Pode viver
saprofiticamente no solo e em outras plantas hospedeiras e seus
propágulos podem ser disseminados por diversos agentes (água,
vento, insetos, tubérculos (KIMATI et al 1997).
Diagnose: para diagnose de infecção bacteriana pode-se lançar
mão da chamada “corrida bacteriana”, de preparações que permitam
a visualização da bactéria ao microscópio de luz ou mesmo do
isolamento em meio de cultura. Para identificação da bactéria e
complementar a diagnose pode-se fazer o uso de métodos culturais,
bioquímicos, sorológicos e moleculares (AMORIM, 2011).
2.2. Doenças causadas por fungos
2.2.1. Requeima: Phytophthora infestans
Sintomas: pode afetar toda parte aérea da planta. Nas folhas os
sintomas podem variar de acordo com a temperatura, intensidade
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luminosa, umidade e resistência do hospedeiro. As lesões são
inicialmente pequenas, irregulares, de coloração verde-claro ao
escuro, podendo aumentar rapidamente em condições favoráveis
tornando-se escura, necrosando os tecidos e matando os folíolos. É
possível observar um halo encharcado que separa a lesão do tecido
sadio.
Em condições de alta umidade, verifica-se um crescimento
esbranquiçado na página interior da folha. A lesão pode avançar
para o pecíolo e caule, chegando ocasionar morte da planta.
As plantas apresentam-se queimadas e exalam um odor putrefato.
Etiologia: o agente causal é o fungo Phytophthora infestans ,
que nos trópicos, o patógeno sobrevive principalmente em restos de
culturas e tubérculos doentes, sendo disseminados pelo vento e chuva
(KIMATI et al 1997)..
2.2.2. Pinta preta ou alternaria: Alternaria solani
Sintomas: ocorre principalmente em plantas adultas e a infecção
se inicia pelas folhas mais velhas, onde surgem pequenas manchas
escuras, posteriormente, estas crescem, adquirindo um formato
ovóide, delimitado pelas nervuras da folha de coloração escura. O
tecido entre e ao redor das lesões apresenta-se normalmente
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clorótico. Nos tubérculos, as lesões são escuras, de formato circular
a irregular, deprimidas tendo a provocar podridão seca.
Etiologia: o agente causal é o fungo Alternaria solani, que
também é patogênico a outras solanáceas. Sobrevivem em restos de
culturas, solo e outros hospedeiros. A alternância de períodos úmidos
e secos favorece o rápido desenvolvimento da doença, sendo mais
severa em plantas que sofreram algum tipo de estresse hídrico ou
nutricional (KIMATI et al 1997)..
2.2.3. Podridão seca: Fusarium spp.
Sintomas: afeta principalmente tubérculos tanto durante a
estocagem como no plantio. Tubérculos infectados apresentam
podridão seca e deprimida de tamanho variável. As lesões, em
condições de alta umidade, podem revelar “flocos cotonosos” de
cor branca a rosada. Com a progressão da doença, as partes afetadas
vão se ressecando até a completa mumificação do tubérculo.
Etiologia: o agente causal é o fungo Fusarium spp. e o patógeno
encontra excelente condições de desenvolvimento em temperaturas
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de 15 a 25°C e umidade relativa de 50 a 75%. Presença de ferimentos,
plantio em solos contaminados e armazenamento inadequado
favorecem o desenvolvimento da doença (KIMATI et al 1997).
Diagnose: nas infecções causadas por fungos a identificação é,
na maioria das vezes simples, por estes geralmente produzirem
estruturas reprodutivas na superfície dos órgãos atacados. O exame
na lupa seguido de coleta dessas estruturas e posterior observação
em microscópio de luz, frequentemente permite a identificação do
fungo e sua associação com os sintomas (AMORIM, 2011).
2.3. Doença causada por vírus
2.3.1. Mosaico Y: “Potato virus Y”
Sintomas: a infecção primária pode causar anéis ou pontuações
necróticas nas folhas apicais. Manifestam-se na forma de mosaicos,
depressão das nervuras nas folhas apicais e redução no crescimento,
como sintomas secundários.
Etiologia: o agente causal é o vírus “Potato virus Y”, que
apresenta partículas alongadas, flexuosas e helicoidais. A elevada
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estabilidade da partícula viral permite que esta seja transmitida
por contato, durante a remoção dos brotos ou pela ação de escovas
de limpeza ou por enxertia e por afídeos (KIMATI et al 1997).
Diagnose: a diagnose de doenças causada por vírus inicia-se pela
observação dos sintomas. Caso esta não seja possível, a diagnose e
identificação do vírus são feitas pelos seguintes procedimentos: teste
de transmissão do vírus para espécie hospedeira; exame do material
vegetal ao microscópio eletrônico de transmissão para observar a
morfologia das partículas virais; testes sorológicos podem ser
empregados para os casos em que há antissoros específicos; diagnose
molecular, baseado na detecção e/ou caracterização viral (AMORIM,
2011).
2.4. Doença causada por nematóides
2.4.1. Nematóide-das-lesões: Pratylenchus penetrans
Sintomas: provoca lesões nas raízes e manchas circulares
castanho-púrpura nos tubérculos infectados, impróprios para o
comércio.
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Etiologia: o agente causal é o nematóide Pratylenchus penetrans.
Sobrevivem na lavoura, principalmente em plantas vivas, uma vez
que são parasitas obrigatórios. No entanto, ovos e larvas podem
sobreviver por períodos prolongados na matéria orgânica e nas
camadas mais profundas e úmidas do solo (PEREIRA et al, 2011).
Diagnose: a identificação de nematóides pode ser feita com base
em características morfológicas que podem ser obtidas pelo exame
de exemplares em microscópio de luz (AMORIM, 2011).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enfim, com o bom estudo dos sintomas e sinais e das causas da
doença, abordando todas as características do agente causal podemos
posteriormente chegar com convicção na correta identificação da
doença e do seu agente causal.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.; FILHO BERGAMIN, A. Manual de
fitopatologia: Princípios e conceitos. Vol. 1. São Paulo: Editora
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Agronômica Ceres, 2011
KIMATI, H. et al, Manual de fitopatologia: Doenças das plantas
cultivadas. Vol. 2. São Paulo: Editora Agronômica Ceres Ltda, 1997.
MICHEREFF, S.J. Fundamentos de Fitopatologia. Departamento de
Agronomia. Universidade Federal de Pernambuco. Recife-PE. 2001
PEREIRA, A. da et al, Produção de batata no Rio Grande do Sul.
Embrapa Clima Temperado, 2011. (Embrapa Clima Temperado.
Sistema de Produção, 19).
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SINTOMATOLOGIA, ETIOLOGIA E DIAGNOSE DE
DOENÇAS DO CAFEEIRO
Nathane Colombo MENEGUCCI ¹
Bruno Henrique CREPALDI ¹
Pedro Alpino HILA ¹
Willian Bucker MORAES ²
¹ Discentes do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail:
[email protected]
² Docente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail:
[email protected]
RESUMO
O objetivo do presente trabalho foi apresentar as principais doenças
do café, seus sintomas, etilogia e diagnose. O cafeeiro pode ser atacado
por várias doenças infecciosas que causam muitos prejuízos ao produtor.
Elas são ocasionadas por fungos, bactérias e vírus. O diagnóstico correto
das doenças e das condições que indicam a sua ocorrência é elementar
para o êxito das medidas de controle ou precaução de tais problemas.
É básico conhecer os fatores ambientais e de manejo, que podem causar
alterações fisiológicas nos cafeeiros, e os sintomas resultantes desses
fatores para evitar análises e indicações incorretas.
Palavras-chave: Cafeeiro, diagnose, doenças, etiologia.
ABSTRACT
The objective of this study was to present the main coffee
diseases, their symptoms, diagnosis and etiology. Coffee plants can
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be attacked by various infectious diseases that cause much harm to
the producer. They are caused by fungi, bacteria and viruses. The
correct diagnosis of diseases and conditions that indicate its
occurrence is elemental to the success of control measures or
precautions such problems. You know the basic environmental and
management factors that may cause physiological changes in coffee,
and symptoms resulting from these analyzes and factors to avoid
incorrect indications.
Keywords: Coffee, diagnosis, disease etiology.
1. INTRODUÇÃO
O estudo dos sintomas de doenças é chamado sintomatologia, e
exerce grande utilidade na diagnose. Qualquer expressão das reações
de uma planta a um agente contrário pode ser considerada um
sintoma, o diagnóstico se refere ao reconhecimento de uma doença
e do seu agente causal, com fundamento nos sintomas e sinais.
A verificação de uma provável doença na plantação usualmente
é feita pelo próprio produtor, técnico ou fitopatologista, por meio
dos sintomas exibidos pelas plantas atingidas, pois representam um
desvio do que normalmente é aguardado pela cultura. A análise
antecendente é feita no campo, logo após o material é coletado,
sendo neste momento importante distinguir os sintomas quanto à
posição em relação ao local de ação do patógeno (folha, flor, caule,
fruto, raiz e solo), posteriormente, a amostra é enviada para uma
clínica fitopatológica.
Assim, uma lesão na folha do cafeeiro, apresentando
urediniósporos do fungo Hemileia vastatrix, é o sintoma da ferrugem
do cafeeiro, onde estão presentes sinais (esporos) do agente causal.
Durante o desenvolvimento da doença, sintomas desiguais ocorrem
em uma determinada sequência, voltando à ferrugem do cafeeiro.
O primeiro sintoma do ataque de H. Vastatrix apresenta-se como
uma pequena mancha amarelada, de 1 a 2 mm de diâmetro, chamada
“fleck”, na face inferior da folha., que notifica o início da colonização
dos tecidos do hospodeiro. Aos poucos, esta mancha aumenta de
tamanho, apresentando-se circular, até atingir de 1 a 2 cm. Neste
ponto, a face superior da folha exibe uma mancha lisa e amarela, à
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qual corresponde, na face inferior, uma mancha alaranjada, com
uma massa pulvurulenta, saliente, formada de urediniósporos do
fungo.
A correta diagnose e o conhecimento da epidemiologia da doença
são pré-requisitos indispensáveis para definir medidas para o seu
manejo.
2. SINTOMATOLOGIA, ETIOLOGIA E DIAGNOSE DE DOENÇAS DO
CAFEEIRO
O cafeeiro pode ser atacado por diferentes patógenos, como
fungos, bactérias e nematóides. As doenças fúngicas, como a
ferrugem, formam o maior número e são consideradas as mais
importantes. Além disso, em algumas regiões do país, determinadas
espécies de namatóides causadores de galhas, pertencentes ao gênero
Meloidogyne, vêm apresentando sérios danos à cultura do café.
2.1. MANCHA AUREOLADA
A mancha aureolada é uma doença bacteriana, apurada pela
primeira vez em 1955 na região de Garça, no Estado de São Paulo,
ocorre principalmente nas regiões mais frias, no Paraná, em São
Paulo, no sul de Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul, sem provocar
problemas nas demais regiões cafeeiras.
Sintomas: A doença incide sobre folhas, rosetas, frutos novos e
ramos do cafeeiro, atingindo mudas no viveiro e pantas no campo.
Nas folhas, a bactéria acarreta sintomas necróticos do tipo mancha,
de coloração pardo-escura, com 0,5-2,0 cm de diâmetro e centro
necrótico, cercada por um halo amarelo. A mancha é composta por
um tecido seco e quebradiço, que constantemente se rompe e cai,
deixando uma abertura no seu lugar, dando um contorno irregular à
folha. Nos viveiros, as mudas atingidas sofrem desfolha e o ponteiro
morre, chegando a causar a morte das plantas.
Etiologia: A bactéria Pseudomonas syringae pv. garcae afeta,
basicamente, folhas em desenvolvimento, motivo pelo qual os
sintomas aparecem com maior frequência em plantas jovens e em
folhas novas de plantas adultas. A bactéria penetra por lesões
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causadas por danos mecânicos, feridas causadas por insetos ou por
outras doenças.
Diagnose: Requer a coleta dos órgãos doentes, por ser um sintoma
localizado.
2.2. FERRUGEM DO CAFEEIRO
Dois tipos de ferrugem podem ocorrer no cafeeiro. A ferrugem
farinhosa, causada por Hemileia coffeicola Maubl. & Rogers,
descoberta e classificada em 1932, é de menor importância,
ocorrendo somente sobre Coffea arabica e limitada à África Central
e Ocidental. A ferrugem alaranjada, descrita no Ceilão (Sri Lanka),
em 1868, por Berkeley, tendo como agente causal o fungo Hemileia
vastatrix Berk. & Br., tem sido a principal dificuldade da cultura do
café em todas regiões do mundo onde ele é estabelecido.
Das doenças que ocorrem no cafeeiro no Estado, a ferrugem é a
mais importante, pois causa grandes prejuízos à cultura. Esta doença
aparece em todas as regiões produtoras de café no Brasil, América
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Central e América do Norte (Schieber & Zentmyer, 1984). No café
arábica, a perda é cerca de 35 a 40% (Garçon et al., 2000).
Sintomas: A ferrugem do cafeeiro é uma doença foliar que, no
início, causa manchas cloróticas translúcidas com 1-3 mm de
diâmetro, notadas na face inferior do limbo foliar. Em poucos dias,
essas manchas aumentam, atingindo 1-2 cm de diâmetro. Na face
inferior, propagam-se massas pulvurulentas de coloração amarelolaranja, formadas por uredósporos do patógeno que, quando
coalescem, podem revestir grande parte do limbo.
Etiologia: A doença é causada pelo fungo Hemileia vastatrix,
pertencente à família Pucciniaceae. A fonte de inóculo é composta
pelas lesões em folhas infectadas onde são criados os uredósporos.
A disseminação ocorre pela ação do vento, pelas gotas de chuva,
pelo homem (excução de tratos culturais) e por insetos e outros
animais que iniciem o contato com plantas infectadas.
Diagnose: Requer a coleta dos órgãos doentes, por ser um sintoma
localizado.
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2.3. CERCOSPORIOSE OU OLHO PARDO
A cercosporiose, também denominada de olho pardo, mancha
circular, mancha parda ou olho de pombo, é uma doença muito antiga
nos cafezais brasileiros e nas Américas, datada no Brasil em 1887
(Godoy et al., 1997). Hoje está presente de forma endêmica em
praticamente todas as regiões que apresentem condições
apropriadas, como solos pobres, contituindo-se numa doença de
importância econômica, que causa desfolha e reduz a produção.
Sintomas: Os sintomas nas folhas apresentam-se como manchas
de aparência relativamente circular, com 0,5-1,5 cm de diâmetro,
de coloração pardo-clara ou marrom-escura, com centro brancoacinzentado, compreendidas por anel arroxeado, dando a ideia de
um olho. As folhas atacadas caem rapidamente, ocorrendo desfolha
e seca dos ramos. A desfolha é causada pela grande produção de
etileno no processo de necrose, sendo suficiente uma lesão por folha
para provocar sua queda. Nos frutos, as lesões começam a aparecer
quando estes estão ainda pequenos.
Etiologia: O agente etiologico da doença é o fungo Cercospora
coffeicola. As condições favoráveis para a esporulação são umidade
relativa alta e temperatura amena. A disseminação é promovida pelo
vento, água ou insetos. Quando ocorre infecção dos frutos, o patógeno
pode atingir as sementes e ser transmitido por meio destas.
Diagnose: Requer a coleta dos órgãos doentes, por ser um
sintoma localizado.
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2.4. RHIZOCTONIOSE
A rhizoctoniose, também conhecida como podridão de colo,
tombamento e mal do colo, admite uma grande importância
econômica em viveiros e sementeiras, limitando o número e vigor
das mudas. No campo, em local de plantio definido pode afetar mudas
até um ano após o plantio, atrasando o desenvolvimento normal das
plantas.
Sintomas: Segundo Godoy et al. (1997), Carvalho & Chalfoun
(2000) e Mendonça et al. (2000); o ataque quando em préemergência, causa a morte da plântula antes desta atingir a
superfície do solo. No canteiro, constatam-se falhas, em
reboleiras, caracterizando o desenvolvimento anormal da
germinação. Em pós-emergência, os principais sintomas aparecem
na região do caule, próximo ao solo, onde são formadas lesões
com 1 a 3 cm de extensão, que circulam o caule, causando um
estrangulamento e paralisação da circulação de seiva, o que
promove a murcha e posterior morte da muda. Em condições de
alta umidade, pode-se observar um bolor cinzento sobre a lesão,
formado pelo micélio do fungo.
Etiologia: A rhizoctoniose é causada pelo deuteromiceto
Rhizoctonia solani, que tem como estádio perfeito o basidiomiceto
Thanatephorus cucumeris. É um habitante do solo, com grande
capacidade soprofítica, podendo resistir durante longos períodos
em restos de cultura ou de um ano para outro na forma de
escleródios.
Diagnose: Requer amostras de diferentes posições do local onde
ocorre - viveiro ou campo, coletando-se plantas inteiras (sistema
radicular e solo).
2.5. MAL-DE-QUATRO-ANOS
O mal-de-quatro-anos, também conhecido como roseliniose,
podridão de raízes e mal de Araraquara, acontece geralmente em
cafezais novos, com 3 a 4 anos de idade, plantados em terras recémdesbravadas, aparecendo em reboleiras de plantas que morrem a
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partir do centro, onde há troncos de árvores em decomposição e
restos de mata antiga.
Sintomas: O nome mal-de-quatro-anos associa-se com a origem
do patógeno, que se aloja inicialmente nos tocos de árvores em
decomposição e, a partir desses, alastra-se para o cafeeiro. Esse
processo requer um período longo (3 a 4 anos). As plantas atacadas
começam a mostrar sintomas secundários de deficiências nutricionais
na parte aérea, como amarelecimento, murcha, queda de folhas e
morte dos ramos. Sintomas parecidos podem ser determinados por
outras causas parasitárias ou fisiológicas.
Etiologia: O mal-de-quatro-anos é causado por fungos do gênero
Rosellinia. Em condições propícias, o fungo estende seus rizomorfos
no solo, até alcançar raízes de cafeeiro plantados em terras recémdesbravadas. A penetração dos rizomorfos acontece geralmente na
região do colo ou nas raízes localizadas próximas à superfície do
solo, mediante os ferimentos provocados por capinas mal feitas.
Diagnose: Requer o exame do sistema radicular.
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2.6. SECA DOS PONTEIROS E RAMOS LATERAIS
A seca dos ponteiros ou ramos laterais, compreendida também
por “dieback”, é causada por um conjunto de fatores, predominandose as condições climáticas desfavoráveis, má nutrição das plantas e
ocorrência de pragas e doenças. Ocorre em cafeeiros de qualquer
idade e se distingue pela desfolha e morte descendente dos ramos.
Sintomas: A doença acontece em duas épocas fundamentais. Nos
períodos de inverno chuvoso (que adiam o ciclo vegetativo da planta,
e as folhas novas estão mais sujeitas ao frio, aos ventos e à entrada
de patógenos) e na época de granação dos frutos (quando os ramos
carregados se esgotam, desfolham e apresentam morte da ponta
para a base). O desequilíbrio nutricional do cafeeiro pode provocar
a doença, que se destaca durante a granação e maturação dos frutos,
oportunidade de máxima exigência nutricional. Como efeito, ocorre
a má granação dos frutos, devido à desfolha, provocando uma redução
na produção do ano em questão e na do ano seguinte, e uma bebida
de menor qualidade.
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Etiologia: Essa doença é causada pelo ataque dos fungos
Colletotrichum spp. e Phoma spp. No caso de Colletotrichum spp.,
ele é encontrado como saprófito, ocupando a parte externa da casca
dos ramos de café e passando a atacar os ramos, folhas e frutos,
invadindo-os através de ferimentos ou lesões de outras doenças e
pragas, ou tecidos debilitados.
Diagnose: Requer a coleta dos órgãos doentes, por ser um sintoma
localizado.
2.7. ANTRACNOSE
A antracnose do cafeeiro é uma doença difundida na maioria das
regiões cafeiculturas, diversificando muito a natureza e a intensidade
dos danos causados. Em muitas regiões da África, onde o café é
cultivado, é considerada a doença mais séria do cafeeiro.
Sintomas: Todas as partes da planta podem ser atacadas por
Colletotrichum coffeanum, que costumam colonizar o tecido externo
do café. Nas flores, o primeiro sintoma é a presença de uma mancha
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ou listra castanho-escura sobre o tecido branco da pétala, sendo a
flor ocupada e abatida em pouco tempo. Em frutos verdes, os
sintomas iniciam-se com pequenas manchas necróticas escuras. A
doença manifesta-se nas folhas como manchas irregulares,
necróticas, cinzas e grandes, ocorrendo geralmente próximo às
margens. Com o envelhecimento das manchas, formam-se anéis
concêntricos, cujo podem ser visualizadas massas de esporos do
fungo. Em sementeiras e viveiros, a antracnose pode ser notada
sobre os cotilédones, como manchas pardas, que de modo geral,
provocam a morte da plântula.
Etiologia: Os conídios de C. Coffeanum podem ser disseminados
a breves distâncias pelos respingos de chuva, que levam consigo os
esporos do fungo e os colocam sobre outras partes da mesma planta
ou de outra. A maioria dos esporos de C. Coffeanum são liberados do
topo do cafeeiro.
Diagnose: Requer amostras de diferentes posições do local onde
ocorre (sementeira ou viveiro).
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2.8. NEMATÓIDES
O cafeeiro é atacado por inúmeras espécies de nematóides.
Os mais frequentes são: Meloidogyne incognita, Meloidogyne
exigua e Meloidogyne coffeicola. Muitas destas espécies podem
ocorrer ao mesmo tempo no sistema radicular do cafeeiro, porém
os danos causados por algumas delas não sejam confirmados. A
vasta disseminação das espécies de Meloidogyne nos cafezais
brasileiros, junta à sua alta capacidade de reprodução e
agressividade, torna este grupo de nematóides, conhecido de
nematóide das galhas, o responsável por 15% da redução total da
produção de café, em relação aos 20% de prejuízos causados por
todos os fitonematóides.
Sintomas: A espécie de maior importância no Brasil é M. incognita.
Esse nematóide afeta violentamente o sistema radicular do café,
causando necroses e rachaduras nas raízes, que ficam com a
característica de cortiça, reduzindo a absorção de água e nutrientes
pela planta e provocando queda na produção.
Etiologia: M. incognita tem grande espectro de hospedeiros, quer
sejam estes plantas cultivadas ou ervas daninhas que assolam os
cafezais. Essa característica impede a rotação de culturas. Os
nematóides espalham-se principalmente através do uso de mudas
atacadas de café ou de outras plantas de sombra, pelas enxurradas,
que levam o solo infestado de uma área para outra, e também pelos
implementos agrícolas.
Diagnose: Requer a coleta do sistema radicular e solo.
3. CONCLUSÕES
As doenças descrevem os fatores mais restritivos para a produção
e produtividade do café, podendo causar perdas que chegam a deter
a exploração da cultura. Sejam elas de origem biótica (fungos,
bactérias, nematóides e vírus) ou abiótica (fatores ambientais do
local de estabelecimento e principalmente de formação das mudas),
criam problemas consideráveis na cultura e podem prejudicar todas
as partes da planta. Para se alcançar o máximo de eficiência de
controle é necessária uma diagnose precisa das doenças.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, M.S. & SOUZA, S.M.C. Café: nematódeos. Informe
Agropecuário 11:50-1, 1978.
AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M. & BERGAMIN FILHO, A. eds. Manual de
Fitopatologia. Volume 1 - Princípios e Conceitos. 4ª Edição. Editora
Agronômica Ceres Ltda. São Paulo. 2011. 704p.
CHAVES, G.M.; CRUZ, J.F.; CARVALHO, M.G.; MATSUOKA, K.; COELHO,
D.T.; SHIMOYA, C. A ferrugem do cafeeiro. Seiva, 1970. 75 pp.
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SUSTENTABILIDADE É UMA PROPOSTA ÉTICA
QUE DEVE SER APLICADA NO SETOR
AGROPECUÁRIO
Ricardo PERRI
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo promover uma discussão sobre
as questões de sustentabilidade e agricultura, e principalmente, da
necessidade da criação de uma consciência única de preservação do
nosso planeta, pela gerações atuais e futuras. Deixou-se aqui
perguntas para que crie uma onda de reflexão para o início imediato
de uma reação em cadeia de ações sustentáveis, não importando o
seu tamanho nem impacto.
Palavras-chaves: sustentabilidade, agricultura, meio ambiente
ABSTRACT
This work aims to promote discussion of the issues of
sustainability and agriculture, and especially the need to create a
unique awareness of preserving our planet for current and future
generations. Questions allowed here to create a wave of reflection
for the immediate start of a reaction chain of sustainable actions,
no matter your size or impact.
Key words: sustainability, agriculture, environment.
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Origem da palavra
Sustentabilidade é uma palavra que tem origem do Latim –
sustentare – e significa sustentar, defender, suportar, conservar ou
manter (Ehlers, 1996), e no Dicionário Aurélio é um substantivo
feminino que significa ‘a qualidade do sustentável’.
Sabe-se que estas definições acima estão sempre relacionadas a
um sistema ou processo que deve se sustentável, ou seja, que deva
permanecer em um determinado nível durante um determinado
prazo.
1.2. O início da visão do homem voltada à sustentabilidade
A partir de 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human
Environment - UNCHE), realizada na Suécia, na cidade de Estocolmo
de 5 a 16 de junho, este termo começou a ter seu sentido voltado
para o meio ambiente, relacionando a ele, as atividades humanas. A
Conferência de Estolcomo, organizada pela ONU, teve como objetivo
conscientizar a sociedade a melhorar a sua relação com o meio
ambiente, atendendo assim as necessidades das gerações presente
e futura do nosso planeta. Esta conferência foi a primeira atitude a
nível mundial para iniciar a preservação do meio ambiente
(Infoescola).
No Item 3 do documento intitulado Protocolo de Estolcomo
anotou-se o seguinte:
“O homem carece constantemente de somar experiências para prosseguir
descobrindo, inventando, criando, progredindo. Em nossos dias sua capacidade
de transformar o mundo que o cerca, se usada de modo adequado, pode dar
a todos os povos os benefícios do desenvolvimento e o ensejo de aprimorar a
qualidade da vida. Aplicada errada ou inconsideradamente, tal faculdade pode
causar danos incalculáveis aos seres humanos e ao seu meio ambiente. Aí
estão, à nossa volta, os males crescentes produzidos pelo homem em diferentes
regiões da Terra: perigosos índices de poluição na água, no ar, na terra e nos
seres vivos; distúrbios grandes e indesejáveis no equilíbrio ecológico da
biosfera; destruição e exaustão de recursos insubstituíveis; e enormes
deficiências, prejudiciais à saúde física, mental e social do homem, no meio
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ambiente criado pelo homem, especialmente no seu ambiente de vida e de
trabalho”.
Neste mesmo ano, foi relacionado com o futuro da humanidade
no livro Blueprint for Survival (Kidd, 1992). E, no final dos anos 70
incorporou dimensões sociais e econômicas, passando a ser
amplamente utilizado (Ehlers, 1996). Outro livro, lançado 10 anos
antes, que despertou a comunidade mundial a respeito de
sustentabilidade foi o The Silent Spring (Primavera silenciosa) de
Raquel Carson, que fez duras críticas aos efeitos não ecológicos da
utilização generalização de defensivos agrícolas nas monoculturas,
na Revolução Verde.
1.3. Conceito de Sustentabilidade
De acordo com Kidd (1992), todos os conceitos de sustentabilidade
evidenciam a interação entre o uso de recursos, pressão sobre o
meio ambiente e o crescimento populacional.
Relata ainda que existem 6 diferentes correntes de pensamentos
que deram origem ao conceito de sustentabilidade, dentre as quais,
destacamos as três que são mais importantes:
a)
a corrente ecológica, que é crítica ao uso de tecnologia;
b) a do eco desenvolvimento, que defende a ecologia com seus
princípios básicos;
c) as correntes de pensamento que pregavam o não
crescimento, ou seja, da redução do crescimento econômico.
Tem-se a ideia que sustentabilidade é detentora de um conceito
muito complexo e dinâmico, e que depende muito do contexto a
qual é aplicado; e, não ter uma definição única e mundialmente
aceita.
Em 1987, o Relatório Bruntland ou também conhecido como Nosso
Futuro Comum – Our Common Future, criou um conceito sobre o
desenvolvimento sustentável, e o definiu como sendo aquele que
“garante às necessidades do presente sem comprometer a capacidade
de as gerações futuras também atenderem às suas” (World
Commission on Environment and Development, 1987).
Utilizando-se da pesquisa acima, procurou-se a seguir, discutir a
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abrangência das questões sustentáveis em relação ao setor
agropecuário.
2. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA AGRICULTURA
A agricultura começou na Era Neolítica, também conhecida como
Era da Pedra Polida, logo após a Idade da Pedra, onde os homens
notaram que algumas plantas poderiam ser ‘enterradas’ que
produziam de novo, isto é, poderiam ser semeadas.
Vamos nos dedicar ao período mais recente para uma análise
mais focada.
2.1. Primeira Revolução Agrícola Contemporânea
A agricultura que conhecemos hoje, chamada de moderna, teve
a sua origem nos séculos XVIII e XIX na Europa, com a Primeira
Revolução Agrícola Contemporânea, período este, onde ocorreram
profundas mudanças na desestruturação do feudalismo e no
surgimento do capitalismo (VEIGA, 1991).
A principal caracterização desta revolução foram de origem
econômica, social e tecnológica, pelo abandono de áreas de pousio
e consequente desenvolvimento de sistemas rotacionais de lavoura,
utilizando-se, principalmente, leguminosas e tubérculos – plantas
que eram utilizadas tanto na adubação do solo, quanto na
alimentação de pessoas e animais (Oliveira Jr., 1989)
Estes acontecimentos promoveram o uso mais intensivo da terra
e aumentarm significativamente a produção agropecuária, tendo
como resultado positivo, a diminuição gradativa da escassez crônica
de alimentos que ocorreram nos séculos anteriores (Ehlers, 1996)
2.2. Segunda Revolução Agrícola Contemporânea
A Segunda Revolução Agrícola Contemporânea marcou uma nova
etapa no setor agropecuário, e ocorreu no final do Século XIX e início
do Século XX. Novamente, profundas transformações ocorreram neste
período, embasadas em novas descobertas científico tecnológicas,
como por exemplo: fertilizantes químicos, motores de combustão
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interna, melhoramento genético de plantas; isto impôs um novo
padrão para a agricultura, que teve novas alterações na sua forma
de existir, sendo que as mudanças mais significativas foram: o
contínuo abandono do uso de adubação verde e de esterco na
fertilização do solo, a perca da importância da rotação de culturas,
a separação de áreas para produção agrícola e pecuária, e
principalmente, as indústrias absorveram algumas etapas do processo
de produção agropecuário. Tantas mudanças fizeram surgir sistemas
intensivos de produção, fatos que marcaram uma nova era na história
da agropecuária no mundo, que foi marcado pela menor dependência
dos recursos locais na produção agropecuária. (Ehlers, 1996).
Nesta fase houve a introdução de máquinas agrícolas como tratar,
arados, colheitadeiras e início do uso de defensivos agrícolas e rações
animais (Oliveira Jr., 1989). Cita ainda, que estes avanços –
transportes, armazenamento e conservação de produtos agrícolas –
fizeram surgir um mercado em escala internacional e unificado.
2.3. Revolução Verde – Green Revolution
No final da década de 60 e início da década de 70, alicerçadas
pelas conquistas nas áreas de pesquisa química, mecânica e genética,
juntamente com o fortalecimento do setor industrial que se voltou
para a agropecuária, surge a Revolução Verde, que é considerada
uma fase dentro da Segunda Revolução Agrícola Contemporânea.
Caracteriza-se pela intensificação através da especialização
(Crouch, 1995) e tem como eixos principais: a monocultura e a
produção estável de alimentos (arroz, trigo, milho, principalmente).
Outra ponto a ser considerado é o que diz respeito a tecnologias
como: motomecanização, fertilizantes com alta solubilidade,
pesticidas, uso de variedades geneticamente melhoradas e a evolução
da tecnologia da irrigação.
Tudo isto aconteceu em meio a Guerra Fria, em um mundo
dividido em dois blocos superpoderosos, que determinou a aplicação
massiva de tecnologia nos campos de produções agrícolas dos EUA e
do terceiro mundo sob seu poder, na busca de mostrar que o
comunismo não tinha capacidade tecnológica para isto (Butter, 1995).
O objetivo foi o de maximizar a produtividade agrícola mundial.
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Como escreveu DEO et al. (1990)
“Por razões políticas, as tecnologias da Revolução Verde foram vistas como
uma ferramenta, para produzir os alimentos necessários, e assim lutar contra
o crescimento das doutrinas de esquerda no campo. (Deo et al.,1990).”
A expansão da pesquisa pública relacionada com as tecnologias
da Revolução Verde foi financiada pelos governos dos países
desenvolvidos e por agências internacionais controladas por estes
governos, como por exemplo: USAID (United States Agency
International Development), Ford Foundation, Banco Mundial, The
Rockfeller Foundation, entre outras.
Foi neste contexto mundial que surgem as questões abordadas
no Item 1.2 deste trabalho, onde o mundo, perplexo com estas
transformações e com as possibilidades de altos níveis de degradação
do meio ambiente, que surgiu os primeiros conceitos e entendimentos
sobre sustentabilidade do mundo.
2.4. Cinco frases que mudaram o mundo
Cita-se cinco frases abaixo, as quais, pode se dizer, mudaram a
forma de pensamento do mundo e de seu crescente e desenfreado
crescimento econômico:
Frase 1 – Rachel Carson – do livro Silent Spring (1962):
“A dúvida é se a civilização pode mesmo travar esta guerra contra a vida sem
se destruir e sem perder o direito de se chamar de civilizada.”
Frase 2 – James Lovelock – autor da Teoria de Gaia:
“1 bilhão (de pessoas) poderia aproveitar a Terra. 6 bilhões vivendo como nós
vivemos é muita coisa, e podem acabar com o planeta rapidinho.”
Frase 3 - Ernst Friedrich Schumacher - do livro Small is beautiful
(1973):
“A busca obstinada da riqueza – ou seja, o materialismo – não cabe neste
mundo, porque ela não contém em si nenhum princípio limitador, enquanto o
meio ambiente onde se encontra é decididamente limitado.”
Frase 4 – Wangari Maathai – conhecida como “mulher árvore”,
ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2004 e fundadora do Movimento
Cinturão Verde do Quênia (1977):
“Em poucas décadas, a relação entre meio ambiente, recursos e conflito
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pode parecer quase tão óbvia como a ligação que vemos hoje entre direitos
humanos, democracia e paz.”
Frase 5 – Al Gore – 45º Vice Presidente do Estados Unidos da
América (Presidente era Bill Clinton), em uma entrevista coletiva na
China (2008):
“De certa forma, a luta para salvar o meio ambiente é muito mais difícil do
que a luta contra Hitler, porque agora a guerra é contra nós mesmos. Nós
somos o inimigo, assim como temos apenas nós mesmos como aliados. Em
uma guerra como esta, o que é a vitória e como vamos reconhecê-la?”
3. - DISCUSSÕES SOBRE OS CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE E A
AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
Após o estudo acima relacionando a evolução do conceito de
sustentabilidade e suas várias definições e associações, observa-se que a
questão da sustentabilidde não é algo para ser definido, mas sim, para
ser declarado. Deve ser um princípio ético da humanidade para com ela
mesma, e suas gerações futuras, que deve seguir como um guia, para
todos, desde as pessoas no seu dia a dia, até as mais poderosas instituiçoes
econômicas do mundo nas suas mais simples decisões (Brown et al, 1987).
Pensando em agricultura sustentável, e relacionando-a com os
conceitos de sustentabilidade discutidos até então, e analisando a
questão do parágrafo acima, pode-se dizer que é uma agricultura
ecologicamente equilibrada, economicamente viável, socialmemte
justa, humana e adaptativa (Reinjntjes et al.,1992). Outras definições
de agricultura sustentável, normalmente, incluem qualidade de vida,
segurança alimentar e produtividade, conforme diz Stockle et al. (1994).
A definição de agricultura sustentável que mais se apropria de
todos estes conceitos e sua relatividade contextual é o de Lehman
et al. (1993) que diz:
“Agricultura sustentável consiste em processos agrícolas, isso é, processos
que envolvam atividades biológicas de crescimento e reprodução com a
intenção de produzir culturas, que não comprometa nossa capacidade futura
de praticar agricultura com sucesso. Assim…nós podemos dizer que agricultura
sustentável consiste em processos agrícolas que não exaurem nenhum recurso
que seja essencial para a agricultura”.
Vale a pena voltar ao Relatório Bruntland, para fazer uma
comparação positiva sobre a definição de agricultura sustentável
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acima, onde coincide a afirmação sobre o desenvolvimento
sustentável ser aquele que “garante às necessidades do presente
sem comprometer a capacidade de as gerações futuras também
atenderem às suas”.
Desta forma, os princípios para uma agricultura sustentável devem
ser vistos como uma processo dinâmico de alta complexidade que
envolve as questões econômicas, sociais, políticas, ecológicas e culturais;
e, de acordo com tudo que foi apresentado acima, vamos arriscar
relacionar algumas características que acredita-se, serem importantes
no desenvolvimento de uma nova agricultura, uma agricultura que
atenda as expectativas populacionais do mundo e a limitação de nossos
recursos terrestre, enfim, uma agricultura que busque a
sustentabilidade, unificando todos os conceitos vistos até aqui, desde
Butter (1995) até Veiga (1991). Segue abaixo alguns destes pontos:
a. Ser humana: que satisfaça todas as necessidades humanas básicas e que
sustente as gerações presente e futura do nosso planeta;
b. Ser ambientalmente correta: protegendo os recursos e biodiversidades
naturais e prevenindo a degradação ambiental para garantir a existência das
gerações presente e futura;
c. Ser viável: economicamente;
d. Ser produtiva: que mantenha e sempre aumente os índices de
produtividade para que possa atender as necessidade de consumo;
e. Ser estável: garantindo sempre a sua produção;
f. Ser participativa: lembrando sempre da necessidade de ser construída
coletivamente, para que haja sempre compartilhamento do conhecimento
em função do atendimento das necessidade do homem;
g. Ser autônoma: para garantir a sobrevivência das diversas comunidades
em todos os lugares do mundo;
h. Ser igualitária a todos: no que diz respeito aos recursos naturais básicos –
solos, água e outros – para todas as populações do mundo;
i. Ser preservada: genética e culturalmente nas comunidades que a
desenvolverem;
j. Ser educacional: buscando a transferência dos conhecimentos adquiridos,
de geração para geração, como no tempo de nossos avós.
4. CONSIDERAÇÕES
Discutir e discursar sobre sustentabilidade, agricultura
sustentável e outros temas relacionados é uma tarefa árdua e com
poucos resultados efetivos a cada momento deste.
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Pergunta-se, então, para que dedicar tanto esforço nesta tarefa?
Responde-se, claramente, que o objetivo principal é para a
criação de uma consciência mundial para as questões de
sobrevivência, de alimentação, de crescimento populacional, de
desenvolvimento e níveis de tecnologias, e, certamente, para
percebermos que somos partes interrelaciodas de um todo, e que
este todo, sofre pela ação indevida de cada um. Somos um só corpo
terrestre.
Devido a complexidade do assunto, que este estudo proponha
o interesse em desenvolver novos e novos estudos, na mais pura
tentativa de criar uma ferramentas para que a consciência de cada
um aja na sua unidade e isto faça diferença no todo.
Outras perguntas que gostaria de responder ou que poderiam
ser respondidas:
a) se Sustentabilidade é um tema tão complexo, limitante,
atual e necessita das pequenas ações de cada ser vivo deste planeta,
por quê não buscar esta consciência planetária a partir do nosso
dia a dia?
b) será que existe um hiato entre sustentabilidade e
desenvolvimento que seja tão grande, que impossibilite nossa
recuperação consciencial e emergencial de uso diferenciado e
preservação permanente do nosso planeta?
c) Será que não é hora de criarmos uma corrente de educação
ambiental desde o ensino fundamental até pós doutorados, pedindo
de cada um a sua contribuição de ser sustentável no seu dia a dia?
d) Pode-se dizer que há mais de 100 mil anos – época em que
o homem conseguiu dominar o fogo – as atividades por ele
desenvolvidas vêm transformando o nosso meio ambiente (Phillipi
Jr., 2004). Não será hora de criar um novo mundo?
e) será que o importante, na verdade, é começar a fazer
qualquer tipo de ação e esquecer a busca de um modelo único?
Que estas perguntas iniciem uma reflexão em cadeia e, oxalá,
nossos netos, bisnetos, tataranetos, possam nos ter como exemplos
do sucesso da vida no nosso planeta.
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post green revolution perspective. Nothhingham : Nottingham
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CROUCH, M.L.. Biotechonology is not compatible with sustainable
agriculture. Journal of Agricultural an Environmental Ethics. USA,
1995.
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York : McGraw-Hill, 1990.
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9ed. São Paulo : Gaia, 2004.
EHLERS, E. Agricultura sustentável: origens e perspectivas de um
novo paradigma. São Paulo : Livros da Terra, 1996.
KIDD, C.V. The evolution of sustainability. Journal of Agricultural
environmental Ethics. Vol. 5. USA, 1992
LEHMAN, H. et alli. Claifying the definition of sustainable agriculture.
Journal of Agricultural environmental Ethics. Vol. 6. USA, 1993
OLIVEIRA JR., P.H.B. Notas sobre a história da agricultura através do
tempo. Rio de Janeiro : Fase, 1989.
PHILIPPI JR., Arlindo et alli. Curso de Gestão Ambiental. Barueri (SP)
: Manole, 2004.
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low-external-input and sustainable agriculture. London : The
Macmillan Press, 1992.
STOCKLE, C.O. et alli. A framework for evaluating the sustainability
of agricultural production systema. America Journal of Alternative
Agriculture, Vol 9. USA, 1994.
VEIGA, J.E. O desenvolvimento agrícola: uma visão histórica. São
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future – The Bruntland Report. New York : Oxford University Press,
1987.
DICIONÁRIO AURÉLIO. http://www.dicionariodoaurelio.com/.
Acessado no dia 10 de abril de 2014.
INFOESCOLA. http://www.infoescola.com/meio-ambiente/
conferencia-de-estocolmo/. Acessado em 05 de abril de 2014.
DECLARAÇÃO DE ESTOLCOMO. http://www.vitaecivilis.org.br/
anexos/Declaracao_Estocolmo_1972.pdf. Acessado em 02 de
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WORDPRESS. http://ambiente.files.wordpress.com/2011/03/
brundtland-report-our-common-future.pdf. Acessado em 05 de
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XVII
MANUAL DE PUBLICAÇÕES DO
SIMPÓSIO DA FAEF
QUEM SERIAMENTE ESTUDA NO NÍVEL SUPERIOR FAZ PESQUISA...
QUEM PESQUISA QUER PUBLICAR
1. Por que quem estuda nível superior deve fazer pesquisa?
Porque o ensino superior visa à formação de um profissional liberal
e este profissional somente será liberal e autônomo se aprendeu a
pesquisar de forma sistemática e científica e se adquiriu este hábito
permanentemente em sua vida.
2. E se o universitário não realizar pesquisa, em sua formação
superior, será um profissional fracassado?
Certamente, primeiro porque não saberá atualizar seus
conhecimentos na área profissional e ficará ultrapassado, pois as
ciências e as tecnologias evoluem a cada dia e quem não sabe
pesquisar não saberá se atualizar, e depois porque não saberá resolver
problemas novos na sua área profissional, devendo assim ser
comandado e monitorado, ou seja, poderá exercer cargos mais baixos
onde seus superiores comandem suas ações profissionais. Resumindo:
terá o diploma de nível superior mas exercerá apenas as funções de
nível técnico, por absoluta incompetência.
3. Onde posso publicar minhas pesquisas?
Uma das opções é nos Anais dos Simpósios de Ciências Aplicadas da
FAEF realizados anualmente.
4. O que é “Anais dos Simpósios de Ciências Aplicadas da FAEF”?
A FAEF realiza anualmente o “Simpósio de Ciências Aplicadas”,
durante o primeiro semestre de cada ano, tratando-se de um evento
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científico, devidamente planejado, visando à apresentação de
trabalhos científicos de toda comunidade acadêmica: professores e
alunos. Os trabalhos aceitos pela Comissão Científica são
apresentados oralmente ou em painéis e são publicados nos ANAIS
de cada simpósio.
5. Como devo apresentar os trabalhos realizados para serem
aprovados e publicados?
De acordo com as Normas para Publicação nos “Simpósios de Ciências
Aplicadas” descritas abaixo:
1. Encaminhamento: os trabalhos para apreciação, devem ser
identificados como para “Simpósio” (especificar a área de
conhecimento – Administração, Agronomia, Ciências Contábeis,
Direito, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária, Pedagogia,
Psicologia, Turismo e Sistemas de Informação) e poderão ser enviados
pela Internet, no endereço [email protected] (atentando para o
tamanho do arquivo que não deverá ultrapassar 3 Mb, já inclusos
tabelas e gráficos) ou via correio em CD (devidamente identificado),
gravado em editor de texto Word for Windows, para o endereço:
Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso à
Garça km 1, Campus Rosa Dourada – caixa postal 61, CEP 17400-000,
Garça/SP. Os textos devem apresentar as seguintes especificações:
página A4, fonte Times New Roman, corpo 12, entrelinhas 1,5, com
3cm de margem superior, inferior, esquerda e direita. Os trabalhos
devem conter de 6 a 15 páginas, incluindo as referências
bibliográficas.
2. Informar endereço completo, telefone e e-mail para contato
futuro.
3. Serão aceitos trabalhos escritos nos seguintes idiomas: espanhol,
inglês e português.
4. Apresentação dos trabalhos:
4.1. Título e Identificação do(s) autor(es)
4.1.1 Título completo do artigo em LETRA MAIÚSCULA: em negrito,
centralizado e fonte tamanho 12.
4.1.2 Nome completo do(s) autor(es) (por extenso e apenas o
SOBRENOME EM MAIÚSCULA): alinhado à direita, fonte tamanho 12,
com indicação para nota de rodapé.
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4.1.3 Na nota de rodapé, deve constar filiação científica, na seguinte
ordem: Departamento, Instituto ou Faculdade, Universidade – SIGLA
– CIDADE/ESTADO – PAÍS e endereço eletrônico, fonte tamanho 10.
4.1.4 Entre o título e os dados de identificação do(s) autor(es), deve
existir espaço de uma linha.
4.1.5 Todos os subtítulos devem estar alinhados à esquerda, em CAIXA
ALTA, negrito e fonte tamanho 12.
4.2. Resumo e Abstract
RESUMO de, no máximo, 100 palavras e de três a cinco palavraschave (termos ou expressões que identifiquem o conteúdo do
trabalho). O título, o resumo e as palavras-chaves deverão ser no
idioma do texto. O corpo do texto pertencente ao resumo deve estar
em espaçamento entre linhas simples e fonte tamanho 10. A seguir,
deve constar o ABSTRACT e Keywords, nos mesmos moldes do resumo.
4.3. Corpo do texto:
4.3.1 Subitens destacados em negrito, no mesmo corpo do texto,
alinhados à esquerda. 4.3.2 Texto contendo, sempre que possível:
a) INTRODUÇÃO (com exposição de objetivos e metodologia);
b) DESENVOLVIMENTO (com subtítulo derivado do título; corpo do
texto com as reflexões ou ainda Material e Métodos, Resultados e
Discussão),
c) CONCLUSÃO ou CONSIDERAÇÕES FINAIS e REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS.
Obs: Os artigos que, por preferência do autor, não tenham a estrutura
contida neste item não serão excluídos.
4.3.3 Todo o corpo do texto deve estar em espaçamento 1,5, contendo
sempre o espaço de uma linha entre os subtítulos e o texto.
4.3.4 Notas de rodapé devem ser, na medida do possível, incluídas
no corpo do texto.
4.3.5 Tabelas e gráficos deverão ser numerados, sequencialmente,
em algarismos arábicos e encabeçados por seus respectivos títulos.
4.3.6 Fotografias e ilustrações poderão ser coloridas e deverão ser
inseridas no corpo do texto, numeradas, sequencialmente, e com
legendas.
4.3.7 Referências no corpo do texto deverão ser feitas pelo sobrenome
do autor, entre parênteses e separado por vírgula da data de
publicação e da(s) página(s) utilizada(s) tanto para citação direta
como indireta.Ex: (SILVA, 1984, p. 123). Caso o nome do autor esteja
citado no texto, deverá ser acrescentada a data e paginação entre
parênteses.
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Por exemplo, “Silva (1984, p. 123) aponta...”. As citações de diversas
obras de um mesmo autor, publicadas no mesmo ano, deverão ser
discriminadas por letras minúsculas em ordem alfabética, após a
data, sem espaçamento (SILVA, 1984a; 1984b). Quando a obra tiver
até três autores, estes deverão ser separados por ponto e vírgula
(SILVA; SOUZA, 1987). No caso de três ou mais, indica-se o primeiro,
seguido da expressão “et al”. (SILVA et al., 1986).
As citações literais, com mais de três linhas devem seguir este
modelo, estando o texto entre linhas simples, com fonte tamanho
11, entre aspas e seguida da referência do autor, com nome, data e
página referente” (SILVA, 1987, p.82).
4.3.8 Vale ressaltar que, “as citações literais com no máximo três
linhas deverão estar entre aspas, como parte do texto, seguidas de
sua referência”.
4.3.9 Anexos e/ou Apêndices serão incluídos somente quando
imprescindíveis à compreensão do texto.
4.4. Referências bibliográficas:
4.4.1 As referências bibliográficas deverão ser arroladas no final do
trabalho, pela ordem alfabética do sobrenome do(s) autor(es),
obedecendo às normas da ABNT (NBR 6023, de agosto de 2002).
Ex: LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho
científico. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1986.
4.4.2 Para referência de segunda mão, um autor citado pelo autor
do texto siga o exemplo: (LAKATOS apud SEVERINO, 1990, p. 25).
5. Os trabalhos de alunos e de orientandos deverão, antes de serem
encaminhados, receber a aprovação dos professores em cujas
disciplinas, práticas ou estágios eles foram elaborados; ou de seus
orientadores de projetos de iniciação científica ou de trabalhos de
conclusão de curso.
6. Serão publicados os trabalhos aprovados e recomendados por
pareceristas das áreas correspondentes, que constituem a Comissão
Científica do Simpósio.
7. É vedada a reprodução dos trabalhos em outras publicações
eletrônicas.
8. Os trabalhos que não estiverem de acordo com estas normas de
formatação serão devolvidos ao(s) autor(es); podendo ser refeitos e
apresentados em outra oportunidade, mediante os critérios 5 e 6.
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF
9. Os casos não previstos por estas Normas serão resolvidos pela
Comissão Científica do Simpósio.
10. Os dados e conceitos emitidos nos trabalhos, bem como a exatidão
das referências bibliográficas, são de inteira responsabilidade de
seus autores.
Garça, 3 de março de 2014.
COMISSÃO CIENTÍFICA DO SIMPÓSIO
DE
CIÊNCIAS APLICADAS DA FAEF.
Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420
Via de acesso a Garça, km 1, CEP 17400-000, Garça/SP
www.grupofaef.edu.br / [email protected]
(14) 3407-8000
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