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Centro Universitário São José de Itaperuna
Curso de Graduação em Administração
POLIANA PIMENTEL BUY
VANESSA PEZARINO COUTINHO
SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL:
um olhar para o meio ambiente
Itaperuna, RJ
Dezembro/2013
1
POLIANA PIMENTEL BUY
VANESSA PEZARINO COUTINHO
SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL:
um olhar para o meio ambiente
Artigo
apresentado
à
Banca
Examinadora do Curso de Administração
do Centro Universitário São José de
Itaperuna como requisito final para a
obtenção do título de Bacharel em
Administração.
Orientador: Prof. Érik da Silva Oliveira,
DSc
Itaperuna, RJ
Dezembro/2013
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POLIANA PIMENTEL BUY
VANESSA PEZARINO COUTINHO
SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL:
Um olhar para o meio ambiente
Artigo
apresentado
à
Banca
Examinadora do Curso de Administração
do Centro Universitário São José de
Itaperuna como requisito final para a
obtenção do título de Bacharel em
Administração.
Orientador: Prof. Dr. Érik da Silva Oliveira
Itaperuna, 05 de dezembro de 2013.
Banca Examinadora:
_______________________________
Prof. Dr. Érik da Silva Oliveira (Orientador)
UNIFSJ – Itaperuna-RJ
________________________________
Prof. Me. Márcio de Oliveira Monteiro
UNIFSJ – Itaperuna-RJ
________________________________
Profª Me. Priscilla Alves Juvino Couto
UNIFSJ – Itaperuna-RJ
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SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL:
um olhar para o meio ambiente
Poliana Pimentel Buy1
Vanessa Pezarino Coutinho2
Érik da Silva Oliveira3
Resumo: Este trabalho apresenta um olhar sobre o meio ambiente empresarial em relação a
adoção de práticas de sustentabilidade. A verdade, no entanto, é que poucos compreendem o
que seja o conceito de sustentabilidade. Muitas pessoas associam-na à preservação do meio
ambiente. Sustentabilidade é muito mais que preservar, ou seja, é suprir as necessidades da
geração presente sem afetar as gerações futuras. O presente trabalho de conclusão
de curso apresenta algumas etapas de sustentabilidade empresarial como uma
oportunidade para novos negócios com adoção de práticas de gestão sustentáveis,
discutindo suas vantagens competitivas e as dimensões de sustentabilidade:
econômica, social e ambiental, em contraposição a visão da sociedade em que
estão inseridas.
Palavras-chave: Sustentabilidade Empresarial. Pilares da Sustentabilidade.
Vantagens Competitivas.
Introdução
Muitas pessoas pensam que Sustentabilidade é apenas uma relação com a
consciência
da
preservação
do
meio
ambiente,
porém
a
definição
de
sustentabilidade mais ampliada é a da Comissão Brundtland em (1987), a qual
avalia que o desenvolvimento sustentável deve atender às necessidades da geração
atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas
próprias necessidades. Esse conceito deixa claro um dos princípios básicos de
sustentabilidade, a visão de longo prazo, uma vez que os interesses das futuras
gerações devem ser avaliados.
1
Graduando do Curso de Administração do Centro Universitário São José de Itaperuna/RJ. E-mail:
[email protected].
2
Graduando do Curso de Administração do Centro Universitário São José de Itaperuna/RJ. E-mail:
[email protected].
3
Bacharel em Administração - UFF
Pós-Graduação em Novas Tecnologias no Ensino da Matemática - UFF
Pós-Graduação em Planejamento, Implementação e Gestão de Educação à Distância - UFF
Mestre em Engenharia de Produção - UENF/CCT/LEPROD
Doutor em Produção Vegetal - UENF/CCTA/LEAG. E-mail: [email protected].
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Várias definições surgiram ao longo das décadas e um ponto comum entre elas
é que todas compõem no termo sustentabilidade as dimensões: econômica, social e
ambiental.
A dimensão econômica refere-se a uma gestão eficiente dos recursos em geral
e caracteriza-se pela regularidade de fluxos do investimento público e privado.
Implica a avaliação da eficiência por processos macrossociais. (SACHS, 1993).
A dimensão social refere-se ao desenvolvimento e tem por objetivo a melhoria
da qualidade de vida da população. (SACHS, 1993).
A dimensão ambiental refere-se à manutenção da capacidade de sustentação
dos ecossistemas, o que implica a capacidade de absorção e recomposição dos
ecossistemas em face das agressões antrópicas. (SACHS, 1993).
As empresas vêm adotando esse novo tema sustentabilidade em suas
organizações com a necessidade de adaptar seus procedimentos ou de modificar
sua forma de agir de forma rápida, como uma oportunidade de inovarem, agregarem
valor com diferencial aos seus produtos, procedimentos e serviços, tornando-se
mais competitivas, pois estão interessadas em demonstrar seu respeito e sua
preocupação com as condições do ambiente e da sociedade para minimizarem os
impactos negativos causados por elas ao meio ambiente.
Atualmente práticas sustentáveis são uma necessidade real e um diferencial de
mercado para todos os tipos de porte de empresas para que se tenha um
empreendimento de sucesso. A empresa que não tem uma visão sustentável deixa
de ser competitiva no mercado de trabalho, onde os consumidores refletem também
a sua visão do mundo e a importância que dão às questões sociais e ambientais em
que vivem, mostrando-se cada vez mais exigentes em relação ao meio ambiente.
As vantagens de inserir as práticas sustentáveis no ambiente
empresarial “é uma forma de adotar uma política de responsabilidade
social e ambiental que trará retornos positivos, podem ser de forma
rápida ou lentamente, o resultado dependerá das estratégias
praticadas, do interesse em continuar buscando melhorias e
inovações nas empresas.” (CAREON E SILVA, 2010, p. 8).
As empresas que não tentarem se adaptar as suas atividades ao conceito de
desenvolvimento sustentável estão fadadas a perder competitividade em curto ou
médio prazo. Portanto, cada empresa deve se apropriar das melhores práticas e
modelos de gestão para a modalidade do seu negócio e buscar traçar objetivos e
metas para adequar-se a essa nova realidade.
5
O objetivo essencial deste artigo é mostrar as diversas formas de agregação
de valores para as organizações, na qual utiliza-se a sustentabilidade empresarial
como diferencial nos negócios.
1 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
1.1 A origem, a evolução e o conceito
Desde a origem do homem na Terra, os indivíduos começaram a utilizar os
recursos naturais para suprir suas necessidades de sustento.
“Historicamente, constata-se que o homem sempre explorou os recursos
naturais do Planeta, gerando resíduos, sem se preocupar com os efeitos sobre o
meio ambiente” (ALBUQUERQUE, 2009, p. 71).
Para Dias (2009, p. 6), “o Planeta Terra não suportaria o aumento populacional
devido à pressão sobre os recursos naturais e energéticos e ao aumento da
poluição, concluindo que apenas com um ataque concentrado e unido sobre o
problema é que o Homem poderia alcançar o estado de equilíbrio necessário à sua
sobrevivência”.
O meio ambiente tem sido degradado por causa das atividades humanas, o
que tem mostrado grandes preocupações nos dias de hoje. As empresas
começaram a retratar a importância da diminuição dos embates sociais e
ambientais, devido a problemas que surgiram através de efeitos causados pelos
homens ao meio ambiente, como a degradação ambiental e o crescimento da
poluição. Essa visão ambiental do mundo passou a ser discutida, assim surgiram
vários acontecimentos importantes que marcaram a evolução da sustentabilidade.
No final da década de 1960, o Clube de Roma apresentou o relatório
“Os limites para o crescimento” devido à relação entre a questão do
meio ambiente e o crescimento, onde afirma que para alcançar a
sustentabilidade basta resolver o controle de algumas questões
como: o crescimento industrial, o crescimento populacional, a
escassez da produção de alimentos e o esgotamento dos recursos
naturais (ALBUQUERQUE, 2009, p. 74).
Em 1972 aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano, também conhecida como Conferência de Estocolmo e que foi a primeira
6
reunião a abordar à questão de preservação do meio ambiente, realizada em
Estocolmo na capital da Suécia. Para Almeida (2002, p. 18)
Até meados da década de 1970, não existia no Brasil gestão
ambiental, no sentido de um conjunto de ações e políticas integradas
para moldar a relação do homem com o ambiente. As normas de
proteção à natureza estavam dispersas em diferentes instrumentos
legais, como os códigos florestal, de obras, de águas, de caça e
pesca; a lei de proteção aos animais e outras posturas municipais.
Esse panorama só começou a mudar depois que a Organização das
Nações Unidas (ONU) convocou uma Conferência Internacional
sobre Meio Ambiente Humano, marcando-a para junho de 1972.
O debate em Estocolmo teve como objetivo propor determinações que
pudessem solucionar problemas relacionados às questões ambientais sem
prejudicar os recursos em relação às atividades humanas, que acarretou no
importante relatório Brundtland “Nosso futuro Comum” apresentado em 1987, o qual
impulsionou o conceito do desenvolvimento sustentável, na comissão Mundial de
Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada em 1983, chefiada pela ministra GroHarem Brundtlans da Noruega.
Segundo Antunes (2010), citado pela primeira vez no Relatório de Brundtland,
o termo desenvolvimento sustentável foi denominado como “a satisfação das
necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
suprir suas próprias necessidades”.
Após vinte anos da primeira iniciativa da comissão de Estolcomo, foi
organizada pela ONU a II Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992, conhecida como Rio
92 ou ECO 92.
O objetivo principal do Rio-92 era tratar de diagnosticar problemas,
compreender os conflitos e tentar decidir proposta e estratégias da sustentabilidade
em várias questões voltadas a práticas de desenvolvimento sustentável.
A Rio-92, deu origem à elaboração de vários documentos oficiais tais
como: A Carta da Terra, aprovada posteriormente pela ONU em
2002; as Convenções Internacionais de Mudanças Climáticas, de
Biodiversidade e de Desertificação; a Declaração de Princípios sobre
Florestas e a Agenda 211, principal documento da Rio-92 e que
serve de base para que cada país, estado, município e/ou instituição
elabore seu plano de preservação para o meio ambiente (LEAL,
2010, p. 5).
7
O protocolo de Quioto foi discutido e negociado em Quioto, no Japão, em 1997,
foi aberto para assinaturas em 11 de dezembro de 1997 e ratificado em 15 de
março de 1999, mas só entrou em vigor em 2005 .
De acordo com IPAM (2013), o Protocolo de Quioto é um acordo internacional
voltado para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O protocolo foi o
resultado de um longo processo de debate e negociações envolvendo diversos
países de todos os continentes.
Várias outras conferências e acordos têm sido elaborados de modo a
promover o caráter de urgência de inserir o modelo de sustentabilidade no mundo.
Com isso o conhecimento da sustentabilidade hoje para as empresas tem se
tornado uma grande oportunidade para novos negócios, já que as mesmas precisam
se manter competitivas nessa nova realidade.
Na última década vêm se tornando crescentes essas práticas sustentáveis,
com ações inovadoras, trazendo benefícios econômicos, reduzindo os impactos
ambientais e melhorando o convívio com a sociedade. Essas práticas apresentam
uma grande importância para todos promovendo uma visão mais sustentável e uma
organização diante das mudanças, contribuindo para melhorar o desenvolvimento
econômico das empresas e o meio em que vivemos. Para a Revista Brasil
Sustentável (2011, p. 20)
Sustentabilidade é um valor novo na sociedade, que você incorpora
como cidadão, empresário, governante. A partir dessa absorção,
todos os assuntos relacionados à sustentabilidade se tornam óbvios,
integrados à sua vida.
Ser sustentável no mundo de hoje não é mais uma opção para as empresas, o
que tem levado essas instituições à necessidade de aderir à conservação de
recursos naturais e reduzir ao máximo os resíduos de forma que evite desperdícios.
De acordo com a SEBRAE (2012, p. 11) o que tem sido observado é que as
empresas que cuidam de seus passivos ambientais e têm práticas de gestão
sustentável têm seus custos reduzidos porque:
 Consomem menos água, pelo uso racional;
 consomem menos energia, pela redução do desperdício;
 utilizam menos matéria-prima, pela racionalização do seu uso;
 geram menos sobras e resíduos, pela adequação do uso de insumos;
8
 reutilizam, reciclam ou vendem resíduos, quando possível;
 gastam menos com controle de poluição.
De acordo com Zambon e Ricco (2010, p. 3) “a efetividade e a evolução das
teorias e práticas de desenvolvimento sustentável incluem, necessariamente, a
participação de todos os atores sociais, dentre eles, as empresas possuem grande
destaque”. Assim, adotar prática sustentável não é apenas melhorar a imagem das
empresas, mas também aumentar a competitividade e a rentabilidade dos negócios.
Com isso resultará em mais clientes e lucros, pois os clientes estão cada vez mais
exigentes selecionando produtos que consomem e serviços que contratam.
O novo âmbito mundial impulsiona as empresas a cada vez mais adotarem
uma visão sustentável, adaptando - se a modelos e práticas de gestão, traçando
objetivos e metas para se manterem nessa nova realidade do País. Dentro dessa
visão, a sustentabilidade de uma empresa dependerá, basicamente, de sua
capacidade de estabelecer um equilíbrio entre a sua competitividade no mercado, a
sua relação com o meio ambiente e a sua atuação em termos de responsabilidade
social.
1.2 Desenvolvimento sustentável aplicado na empresa
Através da abordagem do desenvolvimento sustentável aplicado nas
empresas, pode-se observar que há uma grande necessidade de implementar a
sustentabilidade em seus negócios. Para uma organização ser considerada
sustentável é preciso mudar as atitudes, ter uma visão ética, buscar uma qualidade
com diferencial nos seus produtos e serviços, agregando valores para si próprios.
Empresas que aderem à sustentabilidade têm visibilidade perante os
consumidores, podendo assim se manter competitiva de forma a contribuir para
perenidade dos negócios, beneficiando no fim a própria atividade empresarial. Para
Arruda e Quelhas (2010, p. 2),
A busca pela competitividade e a crescente disputa por mercados,
vivenciada nas últimas décadas, fizeram surgir novos modelos de
negócios baseados em inovações tecnológicas, na gestão de
pessoas e no gerenciamento do conhecimento, chavões
considerados como diferenciais competitivos para agrega valor aos
negócios e oferecer melhores serviços aos clientes.
9
Com a crescente propagação da sustentabilidade e o aumento das exigências
dos consumidores relacionadas a essas práticas, as empresas começaram a ter
uma preocupação maior em relação a sua visibilidade, com consciência de que a
melhoria ambiental e social do seu retorno traz a elas vantagens no mercado de
aceitação. Essas melhorias estão associadas a vários fatores como: o bem-estar
dos colaboradores; maior inclusão social da comunidade em que a empresa está
inserida; melhor aproveitamento dos recursos, promovendo uma melhor relação
entre os fornecedores e o primordial para as empresas que é a satisfação dos
clientes.
No Brasil tem várias empresas que possuem essa visão sustentável. Podemos
citar como grande exemplo hoje a maior empresa brasileira no setor de cosméticos,
a Natura. Conforme especificado no site da Natura (2013),
Nosso desafio é tornar a sustentabilidade um dos principais pilares
de inovação e geração de novos negócios. Hoje o tema é um
componente muito importante em nosso planejamento e ajuda a
companhia a definir metas, atividades de educação e análises de
desempenho e remuneração para os colaboradores, entre outros.
Nossa estratégia de sustentabilidade nasceu da relação que temos
com nossos clientes, fornecedores e todos os nossos parceiros, que
nos ajudam a identificar os temas socioambientais mais importantes
para o nosso negócio, os chamados Temas Prioritários, como por
exemplo Educação, que é levada em consideração na hora que
planejamos e definimos nossos projetos e programas. Para contribuir
com o desenvolvimento do País, mantemos relações comerciais com
36 comunidades para adquirir os insumos naturais que utilizamos em
nossos produtos a fim de influenciar diretamente o desenvolvimento
econômico e social dessas populações. Em 2012, esses acordos
comerciais movimentaram R$ 12 milhões, volume 12% superior a
2011. Acreditamos que nosso trabalho pode inspirar as pessoas da
nossa rede – colaboradores, consultores, consumidores,
fornecedores, acionistas, além da imprensa, organizações da
sociedade civil e órgãos públicos - a se autodesenvolverem e
adquirirem cada vez mais uma consciência socioambiental.
O quadro abaixo enfatiza os projetos desenvolvidos pela empresa Natura:
10
Quadro 1: Projetos elaborados pela Natura
Projeto
Área de
Atuação
Movimento Natura
Educação
Crer pra Ver
Educação
Programa de
Certificação de
Ativos
Ambiental
Pegada Hídrica
Ambiental
Programa
Amazônia
Ambiental
Programa
Carbono Neutro
Mudanças
Climáticas
Valor do
Principais
Investimento
Resultados
Os recursos
Recolheu mais de 184
Formar uma rede, através
utilizados para a
toneladas de
de nossas CNs, que ajude
realização do
embalagens no
a conscientizar as pessoas
projeto estão
programa Reciclagem
da importância do
incluídos na
de Produtos Natura,
desenvolvimento
estrutura de
que foram enviadas às
sustentável.
negócio.
cooperativas.
Em 2010, o projeto
atingiu: - 350
Contribuir com a melhoria
municípios em todo o
da qualidade do ensino
Brasil; - 5.690 escolas
R$ 3.876.500,00
público com projetos de
públicas; - 450 mil
em 2010
promoção da leitura e da
pessoas entre alunos,
escrita de qualidade.
professores,
coordenadores e
diretores.
Em 2010: Encerramos o ano
Certificar ativos vegetais
com 36 espécies
para garantir o
Os recursos
certificadas fornecimento sustentável
utilizados estão
Certificamos mais 6
das espécies,
incluídos na
ativos utilizados em
considerando aspectos
estrutura de
perfumaria,
ambientais, sociais e
negócio.
cosméticos e para a
econômicos.
linha de chás
Frutífera.
Melhorar a gestão e
Os recursos
Em 2010: - Reduzimos
mitigar impactos da Natura utilizados estão
em 10% nosso
sobre recursos hídricos
incluídos na
consumo de água por
considerando o ciclo de
estrutura de
unidade faturada.
vida dos produtos
negócio.
Contribuir para o
desenvolvimento
Os recursos
sustentável da região
Em fevereiro de 2011,
utilizados estão
amazônica através de
a Natura ouviu
incluídos na
ciência, tecnologia e
representantes de
estrutura de
inovação, bem como
públicos da região.
negócio.
adensamento das cadeias
produtivas da região.
Reduzir contínua e
significativamente nossas
emissões de Gases do
Os recursos
- Até 2010, reduzimos
Efeito Estufa (GEE) e
utilizados estão
21% a emissão
mitigar o impacto que
incluídos na
relativa de GEE (KG
causamos, buscando
estrutura de
de CO2e/ KG de
neutralizar as emissões
negócio.
produto faturado).
geradas por meio de
projetos de compensação.
Objetivo
Fonte: Informações retiradas no site:
http://www.bmfbovespa.com.br/wrs/FormConsultaEmpInveste.asp?Cod=17
11
Esse comportamento que as empresas vêm adotando se torna uma prática
possível para organizações que estão interessadas em atingir um conceito maior em
relação à sustentabilidade. Portanto, entendendo que existem grandes e pequenas
empresas sustentáveis, as estratégicas que as empresas devem considerar para tal
fato, segundo a visão de Friend (2009, p. 16) são as seguintes:
 Reduzir os impactos ambientais negativos;
 obedecer às regulações ambientais;
 ter uma campanha de marketing ‘verde’ eficiente;
 publicar um relatório sobre a Responsabilidade Social da empresa;
 tem bons sistemas de gestão ambiental;
 está certificada pelas normas ISO 14000 ou suas congéneres;
 conseguir sustentar indefinidamente as suas operações no futuro;
 enriquecer o mundo onde atua.
As empresas devem enfrentar essas práticas como forma de oportunidade para
seus negócios. Segundo Bovespa (2013, p. 20),
Ao decidir incorporar a agenda de sustentabilidade ao seu negócio,
sua empresa logo perceberá que essa é uma corrida sem linha de
chegada. A cada dia, novas demandas irão surgir, levando a um
processo de evolução permanente.
Ser uma empresa sustentável gera grandes mudanças desde a administração
até o produto final da empresa, e é preciso criar um hábito com pequenas atitudes,
aplicando estratégias para começar a praticar a sustentabilidade no dia-a-dia,
incentivando e motivando seus colaboradores a também viverem e introduzirem
essa cultura dentro e fora da organização em que operam.
Nesse contexto, o meio empresarial possui um papel relevante no
sentido de contribuir para o consenso social, por meio de uma prática
sustentável de negócios que enseje a mudança de valores e
orientação em seu sistema operacional, vislumbrando a conservação
do meio ambiente (ALBUQUERQUE, 2009, p. 95).
As empresas exercem um importante papel nas práticas para preservação do
meio ambiente e para a qualidade de vida de seus funcionários e da sociedade.
Para Zambon e Ricco (2010, p. 4), “é cada vez mais necessária a busca por novas
formas que contribuam não somente para os negócios, mas também a construção
de uma sociedade sustentável”.
12
A empresa que pretende aderir ao conceito de desenvolvimento sustentável
precisa se adequar às normas, procedimentos e documentos importantes. A
realidade é que para a empresa ser sustentável é custoso, mas com certeza
gratificante e lucrativo para todos os envolvidos. Para isso, é preciso planejar, ter
uma equipe envolvida nos assuntos para elaborar todo o processo de regularização.
Tudo isso depende dos interesses da empresa.
O desenvolvimento sustentável nas empresas é um caminho que envolve
vários procedimentos para se tornar um negócio não só desejável, como correto
perante tantas exigências e realidades da sociedade. Assim sendo, as empresas
vêm cada vez mais precisando assumir uma postura diante dessa nova realidade,
modificando a forma de administrar, colocando a questão ambiental como prioridade
em suas ações, conseguindo assim incorporar benefícios como uma boa imagem,
vantagem competitiva e oportunidade de lucros em sua história.
1.2.1 Responsabilidade Social Empresarial
As empresas a cada dia mais estão procurando uma forma de realizar seus
negócios através de responsabilidade social. Entende-se “por responsabilidade
social ações que a empresa pratica além da sua obrigação legal”, conforme
assegura Silva e Vitti (2007, p. 2).
A responsabilidade empresarial está voltada para ética, assim estando
presente em todas as tomadas de decisões de uma empresa, com compromissos
voltados a questões ambientais e respeitando valores de todos os envolvidos dentro
ou fora de uma organização.
Assim podemos dizer que as organizações têm como responsabilidades no seu
dia a dia inserir ações de bem-estar na sociedade e também em seus
colaboradores.
Para o Instituto Ethos e Sebrae (2003, p. 9) o conceito da responsabilidade
social empresarial “está relacionado com a ética e a transparência na gestão dos
negócios e deve refletir-se nas decisões cotidianas que podem causar impactos na
sociedade, no meio ambiente e no futuro dos próprios negócios”.
13
Para uma empresa ser socialmente responsável ela precisa ter foco para
realizar ações de responsabilidade. Seguem algumas dicas de Silva & Vitti (2007, p.
3):
 Valorize empregados e colaboradores;
 envolva parceiros e fornecedores;
 promova a comunidade;
 faça sempre mais pelo meio ambiente;
 proteja clientes e consumidores;
 comprometa-se com um bem comum;
 adote valores e trabalhe com transparência.
As empresas estão buscando assumir uma nova consciência ética, com
compromisso de responsabilidade social por si próprias ou muitas vezes por
exigência do mercado. Essa responsabilidade social vem ganhando um espaço no
meio das organizações. Teoricamente, muitas empresas se dizem socialmente
responsáveis, mas na prática deixam a desejar em suas ações diárias, como
afirmam Albuquerque (2009, apud, PAZ & FROEMMING, 2006, p. 132).
Para praticar a responsabilidade social corretamente é necessário que as
empresas passem a adotar uma postura ética, criando um respeito perante a
sociedade, através de preservação do meio ambiente e um bom relacionamento
com os fornecedores e clientes. A empresa que tem ações de responsabilidade
social acaba ajudando de forma positiva na organização da administração e também
a sociedade.
De acordo com Albuquerque (2009, p. 135), “responsabilidade social se refere
a decisões de negócios tomadas com base em valores éticos que incorporam as
dimensões legais, o respeito pelas pessoas, comunidade e meio ambiente”.
Assim, a responsabilidade social nas empresas está voltada a tudo que se
refere à relação de ética numa organização, preservando os recursos naturais e
culturais, proporcionando um desenvolvimento sustentável com uma melhoria na
qualidade de vida da sociedade.
14
1.2.2 Ecoeficiência
Podemos dizer que uma maneira de realizar a gestão de sustentabilidade
empresarial é através da ecoeficiência, uma das práticas mais básicas para as
empresas que trilham o caminho da sustentabilidade. “Ser ecoeficiente é gerar
menor impacto ao meio ambiente e apropriados de serem absorvidos pela natureza,
oferecendo bens e serviços que atendam às necessidades” (ZAMBON E RICCO,
2010, p. 5).
Implementar práticas ecoeficientes é um método de melhoria para a empresa,
pois tem a capacidade de resistir aos diferentes tipos de impactos ambientais. Outra
forma para se obter uma ecoeficiencia é através de preços competitivos que
agradem as necessidades dos seres humanos e melhorem a sua qualidade de vida.
De acordo com Bovespa (2013, p. 25), consiste no uso mais eficiente de
recursos naturais, no intuito de reduzir os custos econômicos e os impactos
ambientais, por meio da melhoria de eficiência nos processos produtivos. A
ecoeficiência estabelece que as empresas esquematizem estratégias de gestão
ambiental preventiva, que agreguem aspectos ambientais ao ciclo de vida de seus
produtos e serviços, relacionando a excelência ambiental com a empresarial. Para
Leal (2010, p. 8) se deve seguir algumas práticas básicas para implementar a
ecoeficiência:
 Agregação de valor aos bens e serviços;
 intensificação da reciclagem de materiais;
 redução do consumo de materiais com bens e serviços;
 maximização do uso sustentável de recursos renováveis;
 redução da emissão de substâncias tóxicas;
 prolongamento da durabilidade dos produtos.
Avalia-se que este novo cenário de ecoeficiência seja uma qualidade essencial
para que as empresas sobrevivam num mercado que, além de competitivo, também
seja altamente sustentável.
Conforme recomendações do Leal (2010, apud WBCSD, p. 8), a empresa pode
e deve fazer uso de quatro instrumentos fundamentais na aplicação de práticas de
ecoeficiência, a saber:
 Implantação de um sistema de gestão ambiental;
15
 obtenção de certificação ambiental para seus produtos e/ou serviços;

uso da técnica de Análise do Ciclo de Vida (ACV) para avaliação dos impactos
ambientais de seus produtos, e;

adoção da técnica de Produção mais Limpa (P+L), que tem a sua ênfase
voltada para a medição, controle e redução do consumo de matérias-primas,
da poluição, e da geração de resíduos durante o processo de produção.
Desta forma, a ecoeficiência é uma oportunidade para o desenvolvimento dos
mercados nas próximas décadas, com isso as empresas precisam ter atitude e visão
de como modificar problemas sociais e ambientais em negócios rentáveis e
sustentáveis.
2. PILARES DA SUSTENTABILIDADE
As ações de desenvolvimento sustentável devem atuar simultaneamente nas
dimensões, onde vêm crescendo, desenvolvendo, e se tornando evidenciadas em
todas as sociedades.
Para a empresa ter um desenvolvimento que seja considerado sustentável,
segundo Ferreira (2008), são necessários três pilares: econômico, social e ambiental
que abrangem as seguintes dimensões:
a) Social: busca a homogeneidade social envolvendo a distribuição de renda
justa, emprego com qualidade, igualdade no acesso aos recursos e serviços sociais,
ou seja, o atendimento de necessidades materiais e não materiais. O seu grande
objetivo é reduzir as desigualdades sociais.
b) Econômica: avaliadas também em termos macrossociais e não apenas pela
lucratividade
empresarial.
desenvolvimento
Os
econômico
principais
intersetorial
elementos
equilibrado,
macrossociais
segurança
são:
o
alimentar,
capacidade de modernização contínua dos instrumentos de produção, nível de
autonomia na pesquisa científica e tecnológica e a sua inserção soberana na
economia internacional. Com esses fatores, pretende-se buscar menor dependência
de fatores externos e aumentar a produção e a riqueza social.
c) Ambiental: relaciona-se com o limite do uso dos recursos não-renováveis e
com a preservação do potencial do capital natureza. Busca-se a qualidade do meio
16
ambiente e a preservação das fontes de recursos energéticos e naturais para as
próximas gerações.
Figura 1: Tripé da sustentabilidade empresarial
Fonte:http://facasuaparte2010.blogspot.com.br/2010/05/os-tres-pilares-da-
sustentabilidade.html
A figura 1 demonstra o tripé da sustentabilidade empresarial, uma imagem
perfeita para entender a sustentabilidade, pois nela estão contidos os aspectos
ambientais, sociais e econômicos. Esses métodos são muito utilizados no ambiente
corporativo.
Os pilares da sustentabilidade tornaram-se conhecido entre as organizações
como uma ferramenta importante para mostrar a importância de uma visão da
sustentabilidade mais ampla.
Para King (2007p. 34), “muitas empresas estão gerindo os três elementos do
tripé separadamente. Entretanto, de forma crescente, os três precisam ser geridos
de uma maneira tal que reconheçam suas inter-relações”.
Segundo Coral (2002, p. 129), um modelo de sustentabilidade a ser aplicado
pelas empresas pode ser observado na figura 2.
17
Quadro 2: Modelo de sustentabilidade empresarial
Sustentabilidade
Econômica
Sustentabilidade
Ambiental
 Vantagem
Competitiva
 Tecnologias Limpas
 Qualidade e Custo
 Reciclagem
 Foco
 Utilização
sustentável de
recursos naturais
 Mercado
 Atendimento a
legislação
 Resultado
 Estratégias de
Negócios
Sustentabilidade
Social
 Assumir
responsabilidade
 Suporte no
crescimento da
comunidade
 Compromisso com
o desenvolvimento
dos RH
 Promoção e
participação em
projeto de cunho
 Tratamento de
influentes e resíduos
 Produtos
ecologicamente
corretos
 Impactos Ambientais
Fonte: Adaptado de Coral, (2002, p. 129)
A figura demonstra o modelo empresarial onde há diversas abordagens em
torno da sustentabilidade. As empresas utilizam dessas ferramentas disponíveis
para estar à frente dos concorrentes, obtendo maiores resultados nos seus
negócios.
Os três aspectos da sustentabilidade devem estar presentes na organização
trabalhando de forma integrada ao longo do tempo. Isso deve alcançar os resultados
econômicos, reduzir o impacto ambiental e melhorar o relacionamento com a
sociedade.
3 SUSTENTABILIDADE E SUAS VANTAGENS COMPETITIVAS NAS EMPRESAS
A demanda no mundo atual busca valorizar os produtos com um melhor papel
energético e com baixos níveis de poluição e produtos que possam ser reciclados
possuindo um grande valor de revenda.
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“As empresas estão na busca de inovação ambiental para conseguir preços
melhores por seus produtos ecologicamente encaminhados e com isso aumentar
sua imagem perante os clientes” (JÚNIOR e GOMES, 2010).
“Atualmente para as organizações buscarem cada vez mais a competitividade
é necessário se adequar a um mundo altamente globalizado com os negócios”
(CAREON e SILVA, 2010, p. 5).
O uso de tecnologias ambientais, que têm como objetivo minimizar os impactos
causados ao meio-ambiente, quando agregado às novas tecnologias trazem para as
empresas vantagem competitiva em grande potencial e também um desempenho
superior. Esses esforços para reduzir emissões poluidoras refletem positivamente no
resultado de uma empresa perante a sociedade.
Junior e Gomes (2010, apud, HUSTED & ALLEN, 2001) enfatizaram que as
estratégias de Responsabilidade Sustentável Empresarial podem gerar vantagens
competitivas se utilizadas de maneira adequada pelas empresas, afirmando que
existe uma relação positiva entre as ações de responsabilidade social estratégica e
a geração de vantagens competitivas.
A existência de uma relação entre a redução de emissões com o
custo de capital e a reputação da empresa. Se a empresa tem perfil
ambiental favorável, terá menor exposição a processos judiciais,
melhor reputação e maior valor de mercado. Desempenho pobre no
quesito ambiental pode afetar o custo de capital da empresa,
aumentando-o, e o custo de capital afeta, diretamente, o
desempenho financeiro. (JUNIOR E GOMES, 2010, apud HART &
AHUJA, 1996, p. 64).
Por muito tempo as empresas acreditaram que a sustentabilidade era uma
prática cara de se aplicar. O desafio é saber como inserir os conceitos de
sustentabilidade no dia a dia dos negócios.
As ideias ultrapassadas devem ser
revistas e abandonadas o mais breve possível, pois o não abandono dessas ideias
pode até causar certa desvantagem competitiva para as microempresas perante os
concorrentes, que já estão preparados para atender ao mercado que anseiam por
uma produção mais limpa e socialmente justa.
O comprometimento e a adoção dessa postura responsável, ao longo do
tempo, pode proporcionar à empresa uma maior eficiência e eficácia de custos e
produtividade, podendo ainda, promover estímulos como a melhoria interna,
propósito, clareza e alinhamento, políticas e práticas, o que refletirá numa gestão de
qualidade.
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North apud Lima e Freitas (2006, p. 62) demonstra no quadro as vantagens de
inserir as práticas sustentáveis no ambiente empresarial.
Quadro 3: Benefícios de ser uma empresa sustentável
Fonte: North, apud, Lima & Freitas (2006, p. 62)
São vários os benefícios que uma empresa pode agregar quando se é
sustentável, ou seja, quando incorpora em sua gestão a prática sustentável. Essas
vantagens vão desde econômicas, com a economia de custo, passando pela receita
da empresa na linha de novos mercados e até na geração de benefícios estratégicos
como a geração de uma melhor imagem da empresa.
A estratégia de vantagens competitivas para uma empresa gera benefícios
agregando valores, sem que outra concorrente ao mesmo tempo o pratique, isso faz
com que a empresa ganhe mercado.
Quando se consideram aspectos ambientais, a empresa se permite a
questionamentos no que se refere ao processo para identificação dos riscos e
oportunidades, que podem ser associados direta ou indiretamente ao desempenho
econômico, isso é o que enriquece as discussões para uma estratégia melhor e
fomenta a inovação.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que na década de 70 a 80 o tema sustentabilidade começava a ser
discutido em relação às questões ambientais, com isso podemos observar que nos
últimos anos um novo olhar ambiental passou a ser considerado nas organizações
na busca de soluções e com a necessidade de minimizar os impactos ambientais.
Portanto, hoje as empresas buscam adotar novas atitudes em prol das práticas de
sustentabilidade e da preservação do meio ambiente.
As empresas precisam encarar essa nova realidade no mundo empresarial
com responsabilidade e trabalhar para a implementação da prática na empresa, pois
além de trazer diversos benefícios, dentre eles o financeiro, também atribui de forma
positiva sua imagem perante os colaboradores e clientes.
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